sábado, 8 de junho de 2013

“A CESE é a comunhão das nossas Igrejas a serviço dos pobres”, afirmou dom Leonardo Steiner


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Em comemoração pelos 40 anos da Coordenadoria Ecumênica de Serviço (CESE), foi realizada no dia 6 de maio, um culto celebrativo na Cúria Metropolitana do Bom Pastor, em Salvador (BA). Participaram representantes de diferentes denominações religiosas. Também esteve presente o Secretário Geral da CNBB, dom Leonardo Steiner.
O bispo destacou a missão da CESE. “É uma comunhão das nossas Igrejas a serviço dos pobres. A CESE sempre procurou levar à pessoa humana uma autonomia, lutando para que os direitos sejam preservados, mas também as pessoas tenham acesso aos seus direitos, nos diversos aspectos que o direito propõe”, concluiu.
O evento, que marcou os 40 anos do grupo, incluiu uma sessão especial na Assembleia Legislativa da Bahia, e a exposição “Direitos Humanos em Imagens”, do artista plástico J. Cunha. Também foi realizado o lançamento do livro “Ecumenismo e Cidadania: a trajetória da Coordenadoria Ecumênica de Serviço”.
A CESE é uma entidade ecumênica, sem fins lucrativos, que já apoiou mais de 10 mil projetos de organizações populares em todo o Brasil. Desta forma, busca beneficiar as populações rurais e urbanas, que convivem com as consequências de extrema desigualdade no país.
Fonte: CNBB

Seminário pretende relembrar a atuação dos cristãos no período da ditadura


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Nos dias 26 e 27 de junho, a Comissão Brasileira de Justiça e Paz (CBJP), organismo vinculado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNNB), promove o Seminário Internacional Memória e Compromisso. O evento será realizado no Centro Cultural de Brasília (CCB) e tem por objetivo relembrar a atuação dos cristãos no processo de anistia política e de redemocratização do Brasil durante o período de 1964 a 1988.
Para a CBJP, o resgate dessa memória é fundamental para fazer justiça aos que vivenciaram diversas violações de direitos e para alimentar as esperanças em tempo de opressão, bem como para lançar luzes aos desafios da atualidade. Por isso, o evento pretende provocar reflexões a cerca da conjuntura político-social brasileira com discussões que envolvem o modelo atual de Estado e de desenvolvimento adotado pelo país e suas consequências para a sociedade.
A reflexão contará com a presença de nomes como padre Oscar Beozzo, Hamilton Pereira, padre Leonel Narvaez, Maria Clara Bingemer, Maria Vitória Benevides, frei Carlos Mesters, pastor Walter Altmann, dom Celso Queiroz, entre outros.
O encontro será pautado em análises da conjuntura nacional, internacional e eclesial, do período ditatorial. A reflexão será no sentido de entender quais eram os desafios teológicos e institucionais da Igreja nesse período. Os participantes ainda acompanharão falas sobre os cristãos em luta por transição em diversos países; resgate de experiências e memória da atuação dos cristãos e instituições cristãs; e uma reflexão sobre justiça de transição e desafio cristão de reconciliação, entre outros temas.
Memória e Compromisso
O Seminário consiste na primeira fase do projeto Memória e Compromisso. Esse projeto é realizado em parceria com a Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, e conta com apoio da Comissão Nacional da Verdade e da Secretaria de Cultura do Governo do Distrito Federal.
O projeto também conta com a participação do padre Zezinho e Frei Betto, que não participarão do Seminário, mas vão colaborar em outras etapas (como a publicação do livro, do DVD e do CD com as conclusões do projeto).
Participação
Podem participar estudantes, pessoas de todas as denominações religiosas, agentes pastorais, membros de organismos, profissionais e militantes da área de direitos humanos, e demais interessados. Será emitido certificado de participação, com as horas correspondentes.
Os interessados devem acessar o site da Comissão Brasileira Justiça e Paz e preencher a ficha de inscrição.
Mais informações: (61) 33238713 ou cbjpagenda@gmail.com
Assessoria de Imprensa: (61) 84802524 ou comunicaçã o.cbjp@gmail.com
Fonte: 

Não se transmite a identidade cristã pelo relativismo, afirma Dom Fisichella


O Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, Dom Rino Fisichella, comentou sua preocupação sobre os nocivos efeitos do relativismo na transmissão da Fé nos níveis comunitário e familiar, essenciais para a Nova Evangelização. "Nós somos crentes mas em nossas comunidades não se transmite a identidade cristã como a identidade de evangelizadores", alertou o Arcebispo. Suas declarações destacam vários desafios sérios que deve enfrentar a Igreja Católica. "O grande problema hoje é este: nos encontramos em um momento histórico no qual se interrompeu a transmissão da Fé", afirmou Dom Fisichella. Para o prelado, uma das causas mais importantes deste problema é o avanço do relativismo. "Seguramente um dos motivos é o não crer mais que nossa religião seja a verdadeira. Se não há já uma relação com a verdade, por que tenho que ir aonde está outra pessoa e dizer-lhe que isto é belo? Porque nos dirá: ´Ele é muçulmano, aquele é budista, cada um tem uma cultura própria´", explicou.

Prescindir da Igreja é destruir o cristianismo

O Presidente do Pontifício Conselho advertiu que a cultura atual concebe as religiões como um "supermercado" onde cada qual pega o que necessita, e isto contradiz a veracidade e autenticidade do cristianismo. "Porque não cremos mais, se diminuiu a transmissão, a dimensão da verdade; na catequese não se fala mais do valor intrínseco da Fé, motivo pelo qual cada um pensa ter Fé prescindindo da Igreja", advertiu o prelado. Prescindir da Igreja tem um efeito devastador na Fé mesma, segundo alertou Dom Fisichella: "Essa dimensão individualista que a sociedade e a cultura hoje me dá, a assumo também no fenômeno do cristianismo, o que significa a destruição do cristianismo mesmo. Por que? Porque o cristianismo é um fenômeno comunitário e não individual como tal". O Arcebispo fez então um chamado aos católicos para tomar consciência desta situação e fomentar a adesão dos crentes à Igreja. "Temos necessidade de nos reencontrar com nós mesmos, ou seja redescobrir nossa identidade e o sentido do pertencer a uma comunidade, a Igreja. Isto, a meu ver, é fundamental." Dom Fisichella recordou finalmente que os católicos tem a obrigação de ser evangelizadores e de sair ao encontro do homem de hoje, levando a Fé aos lugares nos quais se desenvolve a vida cotidiana daqueles que se distanciaram de Deus.
SIR

'Não quis ser o papa. E me agrada estar no meio do povo'


“Vivo em Santa Marta porque me agrada estar no meio do povo...” Tem tudo a ver com isso o diálogo extemporâneo do Papa Francisco com os alunos dos colégios dos jesuítas na Itália e na Albânia, acompanhados de educadores e famílias, recebidos nesta manhã em audiência. Bergoglio se apresenta com o discurso escrito. Mas vê a plateia e diz: “Eu preparei um texto, mas são cinco páginas! Um pouco fastidioso... Façamos uma coisa: eu farei um pequeno resumo e depois consignarei isto, por escrito, ao padre provincial e o darei ao padre Lombardi, para que todos vocês o tenham por escrito”.

“Eis, pois, em poucas batidas, o suco do discurso. Primeiro ponto deste texto” – explica Francisco – é que “na educação que damos aos jesuítas o ponto-chave é, para o nosso desenvolvimento de pessoa, a magnanimidade. Nós devemos ser magnânimos, com o coração grande, sem medo. Apostar sempre nos grandes ideais. Mas também magnanimidade com as coisas pequenas, com as coisas cotidianas. O coração amplo, o coração grande... E esta magnanimidade é importante encontrá-la com Jesus, na contemplação de Jesus. Jesus é aquele que nos abre as janelas ao horizonte”.

Depois, um conselho aos pais e aos professores: no educar é preciso “balançar bem os passos. Um passo firme na zon de segurança, mas o outro andando na zona de risco... Não se pode educar somente na zona de segurança: somente não. Isso é impedir que as personalidades cresçam. Mas também não se pode educar somente na zona de risco: isso é demasiado perigoso”. Francisco também convidou os educadores a procurarem novas formas de educação não convencionais, segundo a necessidade de lugares, tempos e pessoas. “Isto é importante na nossa espiritualidade inaciana’.

Depois começou o diálogo com os meninos, que se dirigiram ao papa tratando-o de “tu”. Por que não escolheu viver no palácio apostólico, não ter uma grande máquina, nem horários e preciosidades? “Não é somente uma questão de riqueza", explica. "É um problema de personalidade: eu tenho necessidade de viver entre o povo. Seu eu vivesse sozinho, talvez um pouco isolado, não me faria bem. Esta pergunta me foi feita por um professor: por que não vai morar lá? E eu respondi: veja, professor. É por motivos psicológicos! É a minha personalidade. O apartamento não é tão luxuoso, é tranquilo, mas não posso viver sozinho.

E sobre a sobriedade acrescentou: “creio que os tempos nos falam de tanta pobreza no mundo, e isto é um escândalo! Num mundo em que temos tantas riquezas, tantos recursos para dar de comer a todos, não se pode entender como há tantas crianças famintas, tantas crianças sem educação, tantos pobres. A pobreza hoje é um clamor, todos nós devemos pensar se podemos tornar-nos um pouco mais pobres. Como posso tornar-me um pouco pobre, para assemelhar-me a Jesus, Mestre pobre?”

O Papa falou depois dos seus amigos, respondendo à pergunta de outra menina. “Eu sou papa há dois meses e meio, e meus amigos estão a catorze horas daqui, estão longe... Vieram três deles a visitar-me e saudar-me, vejo-os e lhes escrevo... Não se pode viver sem amigos, são importantes!”

Francisco, respondendo a uma outra pergunta, falou do empenho político dos que creem: “Envolver-se na política é uma obrigação para o cristão. Nós cristãos não podemos brincar de Pilatos, lavar-nos as mãos. Devemos envolver-nos na política, porque a política é uma das formas mais altas da caridade, porque procura o bem comum. Os leigos cristãos devem trabalhar em política. Você me dirá: Não é fácil. Mas também não o é tornar-se padre! A política é demasiadamente conspurcada, mas é conspurcada porque os cristãos não se envolveram com o espírito evangélico. É fácil dizer: culpa daquilo... Mas eu, o que faço? Trabalhar para o bem comum é dever do cristão.”
Vatican Insider

'Não existe fé sem a vida, e a vida sem fé'

Em um artigo intitulado "Crer é ir contra a corrente", dom Anuar Battisti, arcebispo de Maringá, no Estado do Paraná, fala que o Ano da Fé, em que estamos vivendo, nos chama para uma renovada conversão e renovação da nossa fé em Jesus Cristo como único Senhor e Salvador. Segundo o prelado, este é um caminho que fazemos a cada dia, recebendo todo o tipo de influência, onde o cristão é chamado a viver e reviver a sua fé, indo contra a corrente do mundo e das ideologias.
O arcebispo também citou algumas palavras do Papa Francisco, que ao falar dos desafios do ser cristão hoje disse: "A vereda da Igreja, bem como o nosso caminho cristão pessoal, nem sempre são fáceis. Seguir o Senhor, deixar que o seu Espírito transforme as nossas áreas de sombra, os nossos comportamentos em desarmonia com Deus e os nossos pecados, é um caminho que encontra muitos obstáculos fora de nós, no mundo e também dentro de nós mesmos, no coração. No entanto, as dificuldades, as tribulações fazem parte da senda para alcançar a glória de Deus. Por isso, não devemos desanimar.
Temos a força do Espírito para vencer estas tribulações". Ao mesmo tempo, continua o prelado, ninguém pode sentir-se sozinho neste caminho de fé. De acordo com dom Anuar, somos e formamos um corpo, uma comunidade, reunida em nome do Senhor.
Para ele, a razão da nossa perseverança vem da fé no Deus Conosco, no Senhor da vida e da História e ao lado desta consciência de que somos um povo a caminho, nasce também o dever de conhecer melhor a nossa fé. Dom Anuar ainda lembra que, ao abrir o Ano da Fé, o Papa Bento XVI dizia: "O cristão hoje muitas vezes não conhece nem mesmo o núcleo central da própria fé católica, do Credo, de modo a deixar espaço para um certo sincretismo e relativismo religioso, sem clareza sobre as verdades sobre as quais crer e sobre a singularidade salvífica do cristianismo.
Devemos voltar a Deus, ao Deus de Jesus Cristo, devemos redescobrir a mensagem do Evangelho, fazê-la entrar de modo mais profundo em nossas consciências e em nossa vida cotidiana." Muitas vezes, afirma Bento XVI, a fé , "é vivida de modo passivo e privado" e esse modo de ser está na base da "fratura" que existe entre fé e vida. Segundo o prelado, todo fiel, na e com a comunidade eclesial, deve sentir-se responsável pelo anúncio e pelo testemunho do Evangelho.
"A partir desta afirmação do Papa, não existe fé sem a vida, e a vida sem fé", completa dom Anuar. Por fim, o arcebispo ressalta que a capacidade de crer, não é um ornamento, algo agregado a nós, e sim é dom de Deus dado, doado a cada cristão para o bem dele e da comunidade. E para concluir ele recorda que, na oração do Ângelus no dia 16 de dezembro de 2007, o Papa Bento XVI disse: "A alegria cristã brota desta certeza: Deus está conosco, está comigo, na alegria e na dor, na saúde e na doença, como amigo e esposo fiel. E essa alegria permanece também na provação, no próprio sofrimento, e permanece não superficialmente, mas no profundo da pessoa que se entrega a Deus e n´Ele confia".
SIR

Papa Francisco pede mais proteção à liberdade religiosa

O Papa Francisco, que se encontrou neste sábado (8) com o presidente da Itália, Giorgio Napolitano, considera necessário que os governos do mundo protejam de modo "unânime" a liberdade religiosa, que chamou de "direito fundamental". "No mundo de hoje, se fala de liberdade religiosa mais do que se concretiza", lamentou o Papa.
"As graves ofensas que são infligidas a este direito fundamental são fonte de séria preocupação e devem provocar uma reação unânime dos países para reafirmar, contra qualquer atentado, a dignidade intangível da pessoa humana", ressaltou o pontífice.
O Papa destacou "o enfraquecimento da família e dos vínculos sociais", assim como a "diminuição demográfica".
Segundo um comunicado da Santa Sé, Francisco e Napolitano conversaram sobre a "degradação preocupante dos conflitos na zona do Mediterrâneo e a instabilidade na região norte-africana".
O Papa destacou as boas relações entre a Igreja e a Itália e pediu aos italianos, em particular os mais jovens, que voltem a confiar na política.
Giorgio Napolitano foi reeleito presidente da República este ano aos 87 anos. Por falta de alternativa, Napolitano aceitou uma nova candidatura após um apelo dos partidos.
O presidente disse que a liberdade religiosa é um "ponto cardeal" da Constituição italiana e "nosso dever é defendê-la onde quer que for".
AFP