sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Homilia do Papa em Santa Marta: "cristãos alérgicos aos pregadores"



Cidade do Vaticano (RV) – O Santo Padre celebrou Missa, na manhã desta sexta-feira, na Capela da Casa Santa Marta, no Vaticano, durante a qual refletiu, com os fiéis presentes, sobre a Liturgia do dia.

No Evangelho de hoje, disse o Papa, Jesus compara a geração do seu tempo àquelas crianças, sempre descontentes. Aquelas pessoas não eram abertas à Palavra de Deus, rejeitavam o Mensageiro de Deus, que comia e bebia com os publicanos e pecadores; preferiam o fechamento em seus preceitos, em seus planos revolucionários ou na sua espiritualidade desencarnada.

Aquelas pessoas, explicou ainda o Pontífice, preferiam refugiar-se em uma religião mais elaborada, em preceitos morais, como os fariseus, em compromissos políticos, como os saduceus. O Povo de Deus parece ter certa alergia pelos pregadores da Palavra: os Profetas. Eis porque os perseguia e matava.

Este tipo de cristão, afirmou o Papa, vive fechado, engaiolado, triste e não livre. Por quê? Porque tem medo da liberdade do Espírito Santo, que nos é dada por meio da pregação. Eis o escândalo da pregação, como dizia São Paulo, que acaba no escândalo da Cruz. Tais cristãos se escandalizam que Deus fale através de homens limitados e pecadores; se escandalizam ainda mais porque Deus nos fala e nos salva através de um homem, que se apresenta como Filho de Deus, mas que morre como criminal.

Esses cristãos, disse o Santo Padre, não acreditam no Espírito Santo e nem na liberdade que vem da pregação, que admoesta, que ensina. Este tipo de liberdade faz a Igreja crescer. E exortou:

“Penso nestes cristãos tristes, que sempre criticam os pregadores da Verdade, porque têm medo de abrir a porta do seu coração ao Espírito Santo. Rezemos por eles, mas também por nós, para que não sejamos cristãos mesquinhos, que não deixam o Espírito Santo nos trazer a liberdade, mediante o escândalo da pregação”. (MT)





Texto proveniente da página do site da Rádio Vaticano

A alegre esperança do cristão

Roteiro Homilético
A proposta de reflexão da Liturgia Dominical é de auotoria do Pe. Johan Konings SJ, preparada pelo Pe. Jaldemir Vitório, reitor e professor da FAJE.


A esperança que temos é a mola propulsora de nossa vida. Que é que você espera da vida? Como ela se tornaria melhor? Quem poderia ajudá-lo para isso? São essas as perguntas de todo mundo e também do cristão, perguntas que a liturgia deste domingo suscita em nós.
Deus mesmo é a esperança do fiel. Ele não é um castigador, um fiscal de nossos pecados e nem mesmo da “desordem estabelecida” na sociedade em que vivemos. Ele não deseja castigar, mas transformar aquilo que está errado: ele vem salvar. Esta é a esperança anunciada pelos profetas (1ª leitura).
Com a vinda de Jesus começou irreversivelmente a realização desta esperança, a realização da profecia. João Batista não percebe bem o que Jesus está fazendo. Manda perguntar se ele é o Messias, ou se é para esperar outro (evangelho). Jesus aponta os sinais que ele está realizando: aquilo que os profetas anunciaram. Daí a conclusão: já não precisamos aguardar outro.
Ora, Jesus apenas iniciou. Implantou. A plantação deve ainda crescer. Com a paciência e a firmeza do agricultor, devemos esperar o amadurecimento de seu reino na História. Com o “sofrimento e paciência dos profetas que o anunciaram...” (2ª leitura).
A esperança suscita em nós alegria confiante: Deus deu início à realização de seu projeto. Quando se olha com objetividade o que a palavra da Cristo já realizou no mundo, apesar das constantes recaídas de uma humanidade inconstante, reconhecemos que ela foi eficaz. Devemos também olhar para os sinais que se realizam hoje: a transformação impulsionada pelo evangelho de Cristo se reflete na nova consciência do povo, que assume sua própria história na construção de uma sociedade mais fraterna.
A esperança fundamenta uma firmeza permanente, confiante de que Deus erradicará o mal que ainda persiste.
A esperança exterioriza-se na celebração, expressão comunitária de nossa alegria e confiança.
A esperança do cristão é Jesus. Ele é aquele que havia de vir. Não precisamos ir atrás de outros messias, oferecidos pelo mundo do consumo, por promessas políticas ambíguas e assim adiante. Consumo e política são propostas humanas, e podemos servir-nos delas conforme convém, com liberdade. Mas o Messias vem de Deus; ele merece nossa adesão, nele podemos acreditar. Chama-se Jesus. Feliz quem não se deixa abalar em relação a ele (cf. Mt 11,6)!
Esperamos que o amor e a justiça que Cristo veio trazer ao mundo, e nos quais somos chamados a participar ativamente, realizem o plano de Deus para a humanidade, desde já e para sempre, “assim na terra como no céu”.

O que esperamos do Natal?

O momento deveria ser, em primeiro lugar, dedicado à celebração do nascimento de Jesus Cristo.

Somos considerados o país mais católico do mundo. Mas será que somos verdadeiramente cristãos?
Por Dom Jacinto Bergmann*
Li há algum tempo atrás uma estatística interessante que a famosa revista Stern da Alemanha fez na época do Natal, perguntando aos alemães o que eles gostariam no e do Natal. Os quatro primeiros desejos expressos foram: 89% responderam: "Eu gostaria de estar junto com a família"; 54% responderam: "Eu me alegro com o encontro com os amigos, parentes e conhecidos"; 37% responderam: "O importante para mim,  é a celebração do nascimento de Jesus Cristo e a participação no culto"; e 21% responderam: "Para mim, o mais importante são os presentes de Natal".

Chama a atenção que as duas primeiras respostas atendem uma necessidade bem humana: conviver com outras pessoas, sejam familiares, amigos e conhecidos. No mundo europeu, onde o progresso e o desenvolvimento deram passos gigantescos, o lado humano continua sendo a grande necessidade de realização. Nós somos mais humanos quanto mais convivemos com os outros. No dia a dia da vida, correndo atrás apenas do mero progresso e desenvolvimento material, acabamos nos desumanizando.

Apenas a resposta em terceiro lugar na hierarquia dos desejos dos alemães, que, afinal, é o grande motivo do Natal: “a celebração do nascimento de Jesus Cristo e a participação do culto”, revela, como paulatinamente vai desaparecendo o cerne do Natal. Por isso, cada vez mais é necessário acentuar: Natal acima de tudo é Jesus Cristo. Se desaparecer este cerne, inclusive a grande necessidade humana da convivência vai águas abaixo. Conviver com o outro na paz, na justiça, na solidariedade, no perdão, na promoção só é possível quando tivermos consciência que cada outro é um Jesus Cristo encarnado.

A quarta resposta sobre os "presentes", como sendo o mais importante, mostra o quanto estamos nos materializando cada vez mais. Os presentes sempre são expressão de algo humano. Jamais podem tornar-se "o mais importante". E onde fica o presente maior que é Jesus Cristo? A troca de presentes na época de Natal, enquanto expressão deste presente maior, somente isso tem algum sentido. Sem o mesmo, tornamo-nos cada vez mais materializados e consequentemente vazios. Apesar de tantos presentes, a humanidade anda vazia! O que preenche a pessoa humana é o grande presente Jesus Cristo, enviado por Deus-Pai e encarnado na nossa história na gruta de Belém, do qual todos os outros presentes são mera expressão.

Enquanto fazia esta análise das quatro respostas dos alemães, vinha-me sempre em mente a forte curiosidade de saber como nós brasileiros nos posicionamos diante do Natal. Somos considerados o país mais católico do mundo. Mas será que somos verdadeiramente cristãos? Os cristãos, como o próprio nome diz, colocam Jesus Cristo acima de tudo. Logo, Natal deveria ser, em primeiro lugar, a celebração do nascimento de Jesus Cristo e essa acontecendo nas celebrações eucarísticas natalinas nas comunidades cristãs. Afinal, Jesus nasce como? Especialmente em cada Eucaristia celebrada e participada. O resto é extensão disso.
CNBB, 12-12-2013.
*Dom Jacinto Bergmann é arcebispo de Pelotas (RS).

Advento e solidariedade



(Foto: Arquivo)
A preparação para o Natal, nascimento de Jesus Cristo, Salvador e Redentor da humanidade, é uma oportunidade singular de nova e adequada compreensão da vida. Não se pode vivê-la sem a luminosidade própria da fé que alimenta a luz da inteligência, garantindo um caminho de horizontes largos e belos. A Igreja Católica, sábia e pedagogicamente, convida todos a viverem esse tempo do Advento.  Nas quatro semanas que antecedem o Natal, a Igreja cria oportunidades importantes para se cultivar, de maneira profunda, a escuta da Palavra de Deus e, assim, fomentar e sustentar os laços de fraternidade, capacitando cada um no exercício dos gestos de solidariedade. São incontáveis as possibilidades, pelo percurso deste caminho do Advento, preparatório para o Natal do Senhor.

Para cada peregrino, homens e mulheres de boa vontade, desenham-se novos horizontes que qualificam a vida tão preciosa de cada um, razão pela qual Ele, Cristo Salvador, encarnou-se, igual a nós em tudo, exceto no pecado, para nos resgatar da condição de escravos e reconquistar o sentido mais autêntico de nossa liberdade. Trata-se, particularmente, de um caminho de vivência espiritual. Não pode esgotar-se simplesmente no que chama a atenção, e até alegra, pelos enfeites, luzes e cores, nem mesmo nas confraternizações. É preciso aproveitar o momento para refletir a própria interioridade, alargando este alicerce que nos capacita para uma vida comprometida com a cidadania e com a autêntica fé professada.

Pensando na verdadeira e real preparação para o Natal do Senhor, convido você para refletir sobre o relevante sentido de pertencimento à sociedade. Cada um olha a sua condição de cidadão, seus direitos e deveres, suas lutas e conquistas, empenhos para garantia de liberdades e de atendimento às necessidades fundamentais. Este olhar para si, analisando projetos pessoais e familiares, institucionais e outros, nos obriga a enxergar, sobretudo neste tempo, os mais pobres e sofredores, nos diversos cenários da sociedade.

Um dever especial, sem esquecer nenhum dos que reconhecidamente são sofredores e pobres, é lançar o olhar e unir o coração aos que estão mais desconsiderados na sua dignidade. Refiro-me aos irmãos e irmãs nossos que estão nas ruas das cidades. Uma situação que não pode ser apenas tratada com Lei e prescrições. Indispensáveis são o sentimento e o princípio humanístico da solidariedade, antídotos para ações abominavelmente higienistas. A Pastoral do Povo de Rua da Arquidiocese de Belo Horizonte, em parcerias e cooperação ampla, sabe que há muito que fazer. Conhece a defasagem humanística entre a abordagem destes irmãos e irmãs e a fiscalização, como também a insuficiência de infraestrutura para processos educativos respeitosos e ações de resgate. A Pastoral aponta o quanto o poder público, nossas Igrejas e os setores diversos da sociedade ainda precisam se mobilizar.

Retransmito um convite-intimação do Papa Francisco, na sua recente Exortação Apostólica Alegria do Evangelho: tornar realidade em nós e no nosso meio o Natal de Jesus Cristo para nos curar de indiferenças, incompetências nas respostas e incapacidade para ações prioritárias, destinadas aos mais pobres. Vamos cultivar “uma fraternidade mística e contemplativa que sabe ver a grandeza sagrada do próximo, que sabe descobrir Deus em cada ser humano, que sabe tolerar as moléstias da convivência agarrando-se ao amor de Deus, que sabe abrir o coração ao amor divino para procurar a felicidade dos outros como a procura o seu Pai bom”. Vamos tratar diferente, nos comprometer mais com o povo que está nas ruas e com os mais pobres. Só assim será verdade o voto de “feliz Natal” que desejamos uns aos outros. Que o propósito deste Natal seja especialmente a qualificação de todos na condição de integrantes da sociedade.

Dom Walmor Oliveira de Azevedo O arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, Dom Walmor Oliveira de Azevedo, é doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma (Itália) e mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico, em Roma (Itália). Membro da Congregação do Vaticano para a Doutrina da Fé. Dom Walmor presidiu a Comissão para Doutrina da Fé da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), durante os exercícios de 2003 a 2007 e de 2007 a 2011. Também exerceu a presidência do Regional Leste II da CNBB - Minas Gerais e Espírito Santo. É o Ordinário para fiéis do Rito Oriental residentes no Brasil e desprovidos de Ordinário do próprio rito. Autor de numerosos livros e artigos. Membro da Academia Mineira de Letras. Grão-chanceler da PUC-Minas.

PROCLAMAS MATRIMONIAIS




                                                         14 e 15 de dezembro de 2013


COM O FAVOR DE DEUS E DA SANTA MÃE A IGREJA, QUEREM SE CASAR:



·         ÍTALO ARCO-IRIS SILVA
E
ALBA CARLA ALVES LEONARDO

·         RODRIGO CIOCHETTA DE OLIVEIRA
E
RAFAELY BORGES FERREIRA

·         DOUGLAS MACIEL SANTANA
E
JULIANA VICENTE DA SILVA

·         GILVAN BARRETO DE BRITO FILHO
E
PATRICIA DA SILVEIRA MENDONÇA

·         FERNANDO PIO DOS SANTOS DANTAS CARTAXO
E
MARIA CAROLINA LEMOS RUSSO

·         BRUNO AQUINO FERREIRA
E
ALESSANDRA LEE BARBOSA FIRMO



                       Quem souber algum impedimento que obste à celebração destes casamentos está obrigado em  consciência a declarar.