terça-feira, 1 de outubro de 2013

Catequista, guardião da memória de Deus


Cidade do Vaticano (RV) – Mais de 100 mil pessoas, provenientes de diversas partes do mundo, inclusive do Brasil, participaram no último domingo, na Praça S. Pedro, da missa presidida pelo Papa Francisco por ocasião do Dia dos Catequistas.

A celebração deste dia, convocado no âmbito do Ano da Fé, foi a oportunidade para o Pontífice ressaltar a importância dessa figura dentro da Igreja, sem a qual a fé não se transmite.

Em sua homilia, o Papa falou sobre a “memória de Deus”. Sem esta memória, disse ele, tudo se nivela pelo ‘eu’, pelo meu bem-estar.

A vida, o mundo, os outros perdem consistência, não contam, tudo se reduz a uma única dimensão: o ter. Se perdemos a memória de Deus, também nós mesmos perdemos consistência, também nós nos esvaziamos, perdemos o nosso rosto! Quem corre atrás do nada, torna-se ele próprio nulidade – diz o profeta Jeremias. Somos feitos à imagem e semelhança de Deus, não das coisas, nem dos ídolos.
Eis então que o catequista é o guardião desta memória:

É aquele que guarda e alimenta a memória de Deus; guarda-a em si mesmo e sabe despertá-la nos outros. Como a Virgem Maria, não pensa nas honras, no prestígio, nas riquezas, não se fecha em si mesmo. O catequista é precisamente um cristão que põe a memória ao serviço do anúncio; não para se exibir, nem para falar de si, mas para falar de Deus, do seu amor, da sua fidelidade.
Para o Secretário-Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, Dom Leonardo Steiner, essas palavras do Santo Padre recordam que quem faz catequese não exerce uma função dentro da Igreja. É muito mais do que isso, é uma vocação. Clique acima para ouvir a reportagem completa.

(BF)



Texto proveniente da página 
do site da Rádio Vaticano

http://pt.radiovaticana.va/news/2013/10/01/catequista,_guardi%C3%A3o_da_mem%C3%B3ria_de_deus/bra-733325
 

Papa institui "Conselho de cardeais": uma nova modalidade de consulta, diz Pe. Lombardi


Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco instituiu nesta segunda-feira, com um Quirógrafo, o "Conselho de cardeais", grupo composto por oito purpurados cujos nomes foram publicados em 13 de abril passado, que terão a missão de coadjuvar o Papa no governo da Igreja e no projeto de reforma da Cúria Romana.

Nesta terça-feira, 1º de outubro, tem lugar a primeira reunião do Conselho com a presença do Santo Padre. As sessões de trabalho prosseguirão até quinta-feira, dia 3. Sobre a importância dessa reunião, o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, concedeu uma coletiva na manhã desta segunda-feira.

Pe. Lombardi iniciou lendo o Quirógrafo com o qual o Pontífice especificou o papel e as funções dos 8 cardeais. Em primeiro lugar, o grupo se chamará Conselho e ressalta-se que é fruto das sugestões apresentadas nas Congregações Gerais antes do último Conclave.

Com o documento estabelece-se formalmente que o Conselho de cardeais ajudará o Papa "no governo da Igreja" e "no estudo de um projeto de revisão da Constituição apostólica Pastor Bonus sobre a Cúria Romana".

Pe. Lombardi deteve-se sobre o novo método de governo querido pelo Papa Francisco:

"Um modo com o qual talvez se possa definir esse Conselho é 'um ulterior instrumento que enriquece o governo da Igreja com uma nova modalidade de consulta': portanto, um enriquecimento dos instrumentos já disponíveis ao Santo Padre para o governo da Igreja mediante a consulta, a ajuda que se pode ter consultando."

O quirógrafo evidencia que o Conselho pode ser alterado em seu número de componentes, quer ser uma ulterior expressão da comunhão episcopal e do auxílio ao munus petrinum, ao governo do Sucessor de Pedro. O porta-voz vaticano especificou quais são as duas palavras-chave para enquadrar essa passagem do quirógrafo:

"As palavras-chave para pensar nesse método de governo que o Papa está configurando creio que sejam o caráter sinodal, a idéia do caminhar juntos: uma Igreja que caminha junto em seus diversos componentes e o Papa se coloca em caminho com essa Igreja; e o discernimento, que é a busca da vontade de Deus mediante uma consulta freqüente e paciente."

Em seguida, o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé afirmou que os 8 cardeais, que nestes dias chegaram a Roma, já se reuniram informalmente antes do encontro desta terça-feira com o Papa.

O Conselho de cardeais preparou-se colhendo sugestões e propostas em suas áreas geográficas. Ademais, foram enviados ao Papa documentos de vários dicastérios e da Secretaria de Estado.

Ao todo, disse Pe. Lombardi, trata-se de cerca de oitenta documentos, dos quais o secretário do Conselho, Dom Marcello Semeraro, preparou um síntese. Os trabalhos se realizarão na Biblioteca privada do apartamento papal.

Os cardeais, que neste período estarão hospedados na Casa Santa Marta, se reunirão pela manhã e pela tarde e o Papa estará sempre presente, exceto na quarta-feira pela manhã por causa da audiência geral.

Pe. Lombardi deteve-se sobre como o Papa participará das sessões de trabalhos:

"O Papa prevê fazer uma introdução muito breve e ouvir. Substancialmente, a presença do Papa é uma presença de escuta desses conselheiros que terão muito a trazer com as suas considerações, dado que o material é muito abundante."

Respondendo às perguntas dos jornalistas, o sacerdote jesuíta quis especificar que com esse Conselho o Papa Francisco não introduz um governo colegial:

"O Papa não está de modo algum condicionado. Para dizer que é um governo colegial precisaria dizer que o Papa 'deve' consultá-lo, 'deve' reuni-lo sobre determinados temas, 'deve'... Não se trata disso: trata-se de um Conselho ao qual pode ser pedido que dê o seu parecer."

Por fim, o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé reiterou que se trata do primeiro encontro do Papa com os cardeais e que, portanto, não se deve esperar decisões relevantes. Aliás, especificou, não serão publicados documentos de trabalho nem está previsto nenhum comunicado final. (RL)




Texto proveniente da página 
do site da Rádio Vaticano 

http://pt.radiovaticana.va/news/2013/09/30/papa_institui_conselho_de_cardeais:_uma_nova_modalidade_de/bra-733190

Intenção de oração em outubro recorda Dia Mundial das Missões


Cidade do Vaticano (RV) – “Para que o Dia Mundial das Missões nos anime a ser destinatários e anunciadores da Palavra de Deus”: esta é a intenção missionária para este mês.

Como todos os anos, celebra-se no penúltimo domingo de outubro, que este ano ocorre no dia 20, o Dia Mundial das Missões. “A finalidade desta celebração é recordar aquilo que nunca deveríamos esquecer: todos, pelo batismo, somos evangelizadores, missionários. Este dia não deve ser, portanto, um momento esporádico na nossa vida cristã, mas só mais uma ocasião para refletirmos na nossa vocação missionária” – lê-se no site do Apostolado da Oração.

Em sua mensagem para este Dia, o Papa Francisco escreve: “O homem do nosso tempo necessita de uma luz segura que ilumine a sua estrada e que só o encontro com Cristo lhe pode dar. A missionariedade da Igreja não é proselitismo, mas testemunho de vida que ilumina o caminho, que traz esperança e amor. A Igreja – repito mais uma vez – não é uma organização assistencial, uma empresa, uma ONG, mas uma comunidade de pessoas, animadas pela ação do Espírito Santo, que viveram e vivem a maravilha do encontro com Jesus Cristo e desejam partilhar esta experiência de profunda alegria, partilhar a Mensagem de salvação que o Senhor nos trouxe”.

Já a intenção geral para este mês de outubro é: “Para que aqueles que estão desesperados a ponto de desejar o fim da própria vida, sintam a proximidade amorosa de Deus”.

(BF)



Texto proveniente da página 
do site da Rádio Vaticano 

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Papa concelebra com cardeais consultores: "Que o nosso trabalho nos faça mais humildes e pacientes"


Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco concelebrou a Missa esta manhã, na Casa Santa Marta, com os membros do “Conselho de Cardeais” que, a partir desta terça-feira, se reúnem com o Pontífice, no Vaticano, para analisar um projeto de reforma da Cúria.

Na homilia, Francisco se inspirou no Evangelho do dia, em que Jesus censura os dois Apóstolos que queriam que descesse fogo do céu sobre os que não queriam acolhê-Lo, para recordar que o cristão não percorre o “caminho da vingança”.

Pelo contrário, a estrada do cristão é a humildade, a mansidão, o espírito de ternura e de bondade como nos recorda Santa Teresinha do Menino Jesus, que a liturgia celebra hoje. A força que nos leva a este espírito, disse o Santo Padre, vem do amor, da caridade, da consciência de que estamos nas mãos do Pai. Quando sentimos isso, não precisamos do fogo que desce do Céu:

Desce outro espírito, o da caridade que tudo sofre, tudo perdoa, que não se vangloria, que é humilde, que não busca a si mesmo. Alguém pode dizer - e alguns filósofos pensavam assim – que isso seja uma humilhação da majestade do homem, da grandeza do homem. Isso é estéril! 

A força do Evangelho, prosseguiu o Pontífice, “está justamente ali, porque o Evangelho chega ao ponto mais alto na humilhação de Jesus: humildade que se torna humilhação!”:

A Igreja – nos dizia Bento XVI – não cresce com o proselitismo, mas cresce com a atração, com os testemunhos. E quando as pessoas, os povos veem este testemunho de humildade, de mansidão, sentem a necessidade de que narra o Profeta Zacarias: “Queremos vir convosco!”. As pessoas sentem esta necessidade diante do testemunho da caridade, dessa caridade humilde, sem prepotência, não suficiente, humilde! Adora e serve!
Para Francisco, a caridade é “simples: adorar a Deus e servir os outros! E este testemunho faz crescer a Igreja”. Por isso uma freira “tão humilde, mas tão confiante em Deus”, como Santa Teresinha do Menino Jesus, “foi nomeada Padroeira das Missões, porque o seu exemplo faz com que as pessoas digam ‘Queremos vir convosco!’”.

O Papa concluiu sua homilia fazendo uma referência às reuniões que, a partir desta terça, se realizarão no Vaticano com o Conselho de Cardeais, convocado por Francisco para ajudá-lo no governo da Igreja:

Hoje, aqui no Vaticano começa a reunião com os cardeais consultores, que estão concelebrando a Missa. Peçamos ao Senhor que o nosso trabalho de hoje nos faça mais humildes, mais pacientes, mais confiantes em Deus, para que, assim, a Igreja possa oferecer um belo testemunho às pessoas que, vendo o Povo de Deus, vendo a Igreja, sintam a vontade de “vir conosco!”. 
(BF)



Texto proveniente da página 
do site da Rádio Vaticano 

http://pt.radiovaticana.va/news/2013/10/01/papa_concelebra_com_cardeais_consultores:_que_o_nosso_trabalho_nos/bra-733316

Confira as intenções de oração do Papa para o mês de outubro


995EE8A3E460B3C250284B494DA6D0Neste mês de outubro, que se inicia nesta terça-feira, 1º, o Papa Francisco traz como intenção geral uma oração pelos que estão desesperados a ponto de desejar o fim da própria vida. Francisco reza para que eles sintam a proximidade amorosa de Deus.
Já a intenção de oração missionária é para que “a Jornada Missionária Mundial nos anime a ser destinatários e anunciadores da Palavra de Deus”.
O Dia Mundial das Missões é celebrado sempre no penúltimo domingo de outubro, que neste ano será dia 20 de outubro. No Brasil, em especial, ao longo de todo o mês de outubro a Igreja recorda e celebra o aspecto missionário.
Todos os anos, as intenções de oração do Papa para cada mês são confiadas ao Apostolado de Oração, e a iniciativa é seguida pelos fiéis em todo o mundo.

Fonte: Canção Nova

Vaticano divulga tema do Dia Mundial das Comunicações Sociais 2014


1_0_732994Foi divulgado esta segunda-feira o tema do Dia Mundial das Comunicações Sociais 2014: “Comunicação a serviço de uma autêntica cultura do encontro”. A cultura do encontro é um assunto recorrente no magistério do Papa Francisco. Em várias ocasiões, inclusive no Brasil, o Pontífice insistiu neste tema. Em sua recente visita a Cagliari, no dia 22 deste mês, no encontro com os acadêmicos, o Papa afirmou: “Esta é uma proposta: cultura da vizinhança. O isolamento e o fechamento em si mesmo ou nos próprios interesses nunca são o caminho para voltar a dar esperança e operar uma renovação, mas é a proximidade, é a cultura do encontro. O isolamento, não; proximidade, sim.
Cultura do conflito, não; cultura do encontro, sim. A universidade é espaço privilegiado em que se promove, ensina e vive esta cultura do diálogo, que não nivela indiscriminadamente diferenças e pluralismos – este é um dos riscos da globalização – e muito menos os extrema, tornando-os motivo de conflito, mas abre ao confronto construtivo. Isto significa compreender e valorizar as riquezas do outro, considerando-o não com indiferença ou temor, mas como fator de crescimento. As dinâmicas que regulam as relações entre pessoas, grupos e nações não são muitas vezes de proximidade, de encontro, mas de conflito”.
O Dia Mundial das Comunicações Sociais, a única celebração mundial estabelecida pelo Concílio Vaticano II (Decr. Inter mirifica, 1963), está marcada na maioria dos países, por indicação do episcopado mundial, para o domingo precedente a Pentecostes (em 2014, dia 1º de junho).
Em geral, o anúncio do tema é divulgado no dia 29 de setembro, festa dos Arcanjos S. Miguel, S. Rafael e S. Gabriel, o qual foi designado Padroeiro dos radialistas. A Mensagem do Santo Padre para o Dia Mundial das Comunicações Sociais é publicada tradicionalmente em coincidência com a memória de S. Francisco de Sales, Padroeiro dos jornalistas (24 de janeiro), para permitir que as Conferências episcopais, os escritórios diocesanos e as organizações que se ocupam de comunicação social tenham tempo suficiente para preparar subsídios audiovisuais e outros materiais destinados às celebrações em nível nacional e local.

Fonte: CNBB

Evangelho do dia

Ano C - 01 de outubro de 2013

Lucas 9,51-56

Aleluia, aleluia, aleluia.
Veio o Filho do homem, a fim de servir e dar sua vida em resgate por muitos (Mc 10,45). 


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
9 51 Aproximando-se o tempo em que Jesus devia ser arrebatado deste mundo, ele resolveu dirigir-se a Jerusalém.
52 Enviou diante de si mensageiros que, tendo partido, entraram em uma povoação dos samaritanos para lhe arranjar pousada.
53 Mas não o receberam, por ele dar mostras de que ia para Jerusalém.
54 Vendo isto, Tiago e João disseram: "Senhor, queres que mandemos que desça fogo do céu e os consuma?"
55 Jesus voltou-se e repreendeu-os severamente.
56 "O Filho do Homem não veio para perder as vidas dos homens, mas para salvá-las". Foram então para outra povoação.
Palavra da Salvação.

Comentário do Evangelho
O FANATISMO CONDENADO
As divergências entre judeus e samaritanos eram bem conhecidas, no tempo de Jesus. Por razões históricas, eles se tinham na conta de inimigos, recusando-se a se reconciliar. Atravessar a Samaria, rumo a Jerusalém, era sempre perigoso. Podia-se contar, com certeza, com a hostilidade dos samaritanos.
Mesmo assim, Jesus tomou a decisão de atravessar a Samaria, rumo a Jerusalém. E, mais, seus discípulos entraram num povoado samaritano, pedindo hospedagem para o Mestre. A rejeição foi imediata. Os samaritanos recusaram-se a dar-lhes acolhida, pois souberam que estavam a caminho de Jerusalém.
Tiago e João, apelidados de "filhos do Trovão", desafogam seu fanatismo, pedindo que o Mestre destrua os inóspitos samaritanos, com fogo enviado do céu. A intolerância desses dois discípulos era sintoma de seus ideais messiânicos, feitos de gestos espetaculares, nos moldes dos antigos profetas. O profeta Elias, por exemplo, havia destruído com o fogo do céu os emissários do rei, enviados para prendê-lo. Coisa semelhante desejavam ver Tiago e João!
O pedido dos discípulos foi rechaçado por parte Jesus. Antes, eles foram severamente repreendidos, por sua dureza de coração. Seu fanatismo era fruto da incompreensão do projeto do Mestre. A rejeição dos samaritanos era insignificante diante da que ele haveria de padecer em Jerusalém

Oração

Espírito de tolerância, ajuda-me a ser compreensivo e paciente nas experiências de fracasso, sem nutrir desejos de ódio e de vingança.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Leitura
Zacarias 8,20-23
Leitura da profecia de Zacarias.
8 20 Eis o que diz o Senhor dos exércitos: "virão ainda muitos povos e habitantes de grandes cidades:
21 os habitantes de uma cidade convidarão os habitantes de outra, dizendo: ‘Vamos e roguemos ao Senhor! Busquemos o Senhor dos exércitos! - Também eu irei’. -
22 Virão muitos povos e poderosas nações buscar o Senhor dos exércitos em Jerusalém, e implorar a face do Senhor".
23 Eis o que diz o Senhor dos exércitos: "naquele dia dez homens de todas as línguas das nações tomarão um judeu pela orla de seu manto, e dirão: ‘queremos ir convosco, porque soubemos que Deus está convosco’".
Palavra do Senhor.
Salmo 86/87
Nós temos ouvido que Deus está convosco.

O Senhor ama a cidade
que fundou no Monte santo;
ama as portas de Sião
mais que as casas de Jacó.
Dizem coisas gloriosas
da Cidade do Senhor.

Lembro o Egito e Babilônia
entre os meus veneradores.
Na Filistéia ou em Tiro
ou no país da Etiópia,
este ou aquele ali nasceu.
De Sião, porém, se diz:
“Nasceu nela todo homem;
Deus é sua segurança”.

Deus anota no seu livro,
onde inscreve os povos todos:
“Foi ali que estes nasceram”.
E por isso todos juntos
a cantar se alegrarão;
e, dançando, exclamarão:
“Estão em ti as nossas fontes!”
Oração
Ó Deus, que preparais o vosso reino para os pequenos e humildes, dai-nos seguir confiantes o caminho de santa Teresinha, para que, por sua intercessão, nos seja revelada a vossa glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Canonizações, reformas e cúria: uma semana crucial para Francisco


Franisco: sete meses de pontificado e uma agenda atribulada.
O papa Francisco começou, nesta segunda-feira (30), uma semana intensa marcada pelo anúncio das datas de canonização dos papas João Paulo II e João XXIII, pela primeira reunião com os oito cardeais que estudam uma reforma da cúria romana e por sua primeira visita a Assis, cidade de São Francisco, o santo dos pobres.

O papa, de 76 anos e que assumiu o nome do santo de Assis para recordar que necessitamos de "uma Igreja pobre e para os pobres", mudou em quase sete meses a imagem desgastada da instituição, com sua linguagem direta e clara, sua personalidade, seu estilo de governo e seu projeto de pontificado, marcado pela abertura inédita em questões como a homossexualidade ou o aborto.

Na segunda-feira, o papa convocou um consistório, ou reunião de cardeais, para confirmar as datas para a canonização de João XXIII (1958-1963) e João Paulo II (1978-2005), prevista para o dia 27 de abril de 2014. Está previsto que milhares de pessoas, boa parte delas procedentes da Polônia, participarão da cerimônia solene, que elevará à glória dos altares dois líderes muito diferentes da Igreja: um humilde e próximo das pessoas; o outro, carismático e capaz de seduzir as multidões.

Em 5 de julho passado, o papa Francisco assinou um decreto em que se atribui um segundo milagre por intercessão de João Paulo II, ocorrido na Costa Rica. No caso de João XXIII, Francisco considerou que não era necessário demonstrar que intercedeu em um milagre. A atribuição ao beato João Paulo II deste segundo milagre foi fundamental para a sua rápida canonização, autorizada tão somente oito anos depois da sua morte, em 2005.

A decisão do Papa de canonizar João XXIII (Angelo Giuseppe Roncalli) sem milagre, embora não seja frequente nas últimas décadas, é uma prerrogativa do chefe da Igreja católica, que quis valorizar o exemplo do chamado ‘papa bom’, autor da Encíclica Pacem in Terris e evitar, ao mesmo tempo, o culto da personalidade produzido pelo polonês Karol Wojtyla.

Oito cardeais para reformar a Igreja

Depois do consistório, o papa se reunirá com os oito cardeais que designou um mês depois da sua eleição, em março, e a quem encarregou de estudar um projeto de reforma da Constituição sobre a cúria romana. O cardeal Jorge Mario Bergoglio foi eleito papa com o objetivo de reformar as estruturas da Igreja, desacreditadas por uma série de revelações na imprensa sobre uma trama interna de corrupção, sexo e tráfico de influência.

Com a criação do grupo de assessores, o papa latino-americano passou à ação, tal como haviam exigido os quase 90 dos 115 cardeais que o escolheram como pontífice no conclave. Os oito cardeais terão sua primeira reunião entre os dias 01 e 08 de outubro, e terão todo o tempo necessário para estudar os assuntos mais delicados, disse o próprio papa em uma histórica entrevista à imprensa.

Paralelamente, Francisco designou várias comissões de especialistas em assuntos econômicos, no Banco do Vaticano e na Administração da Santa Sé. Os purpurados deverão revisar a Constituição Apostólica "Pastor Bonus" sobre a Cúria Romana de 1988, promulgada por João Paulo II, precisou em uma nota a Secretaria de Estado.

Coordenados por uma das maiores personalidades da Igreja latino-americana, o hondurenho Oscar Andrés Rodríguez Maradiaga, arcebispo de Tegucigalpa e presidente da Caritas Internacional, os cardeais examinarão vários pontos.

Segundo fontes vaticanas, estudam a possibilidade de reduzir os dicastérios e conselhos pontifícios da cúria e não se sabe se terão o atrevimento de prescindir do controvertido Banco do Vaticano, acusado de lavagem de dinheiro, para convertê-lo em um banco ético, dedicado apenas ao microcrédito, como exigem amplos setores católicos. O papa quer uma pastoral sobre a família, que estude a situação dos divorciados em segunda união e fomente o papel da mulher dentro da Igreja.

Na sexta-feira (4), ele viajará para Assis, no centro da Itália, para uma visita aos lugares por onde Francisco passou, que será uma imersão total nos lugares da espiritualidade franciscana. Durante as 10 horas que permanecerá na cidade do santo que inspirou o nome de seu pontificado, visitará não apenas o santuário do padroeiro da Itália, mas também rezará no quarto em que São Francisco se despojou de todos os seus bens, assim como de todas as tentações mundanas, como sinal da pobreza evangélica.
Religión Digital, 28-09-2013.