quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Arquidiocese convida religiosos para celebrar a Abertura do Ano da Vida Consagrada




Nova ImagemReligiosos e religiosas da Arquidiocese de Olinda e Recife têm encontro marcado no próximo dia 30 de novembro. A Igreja Particular realizará nessa data a Abertura do Ano da Vida Consagrada proclamado pelo papa Francisco. A manhã de confraternização e espiritualidade terá início às 9h com Missa na Igreja Catedral – Sé de Olinda.
O evento seguirá com aprofundamento sobre  “A Identidade de consagrados e consagradas”. A reflexão ocorrerá na Academia Santa Gertrudes também no Alto da Sé. A conclusão será com o almoço no mesmo local.
O arcebispo metropolitano, Dom Fernando Saburido, monge beneditino. O religioso ressaltou em carta dirigida às oredens e congregações a importância do período para os consagrados: “Também sou religioso e desejo viver esse período privilegiado para a renovação de nossos propósitos, com todos os religiosos e religiosas, nos diversos carismas, em tantas famílias religiosas, que enriquecem a Arquidiocese de Olinda e Recife. Peço, encarecidamente, que nenhuma família religiosa, presente em nossa Igreja Particular, deixe de participar desse momento precioso.”
As ordens e congregações religiosas devem entrar em contato com a Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB Regional) e informar quantos membros participarão do encontro. Não há limites de vagas. O contato deve ser feito com as assessoras Ir. Maria Bernadete da Luz, RSF, ou Ir. Débora G. Bezerra de Souza, SSD, através do telefone (81) 3221-3690. O expediente é das 8h às 12h.

Abertura do Ano da Vida Consagrada
Local: Igreja Catedral – Sé de Olinda
Dia: 30 de novembro de 2014
Horário: 9h

Da Assessoria de Comunicação AOR

Podem a fé e a razão andar juntas?


'A glória de Deus é encobrir as coisas e a glória dos reis é investigá-las' (Pr 25,2)
A ciência e a fé não são concorrentes: uma supõe a outra.
Por Dom Murilo S.R. Krieger*

É comum alguém perguntar: É possível conciliar a razão (isto é: a ciência) e a fé? Pode um cientista estar voltado para a ciência e a sua vida ser iluminada pela fé? Num mundo como o nosso, dominado pela tecnologia, ainda há espaço para a fé? A ciência não é suficiente para dar resposta às nossas múltiplas inquietações e dúvidas?

A ciência e a fé, segundo o Papa S. João Paulo II (cf. Carta encíclica “Fides et Ratio”), longe de se oporem, são duas asas pelas quais o espírito humano se eleva para a contemplação da verdade. Foi Deus que colocou em nosso coração o desejo de conhecê-lo, de conhecer a verdade, e, assim, de nos conhecermos.

Algumas perguntas atravessam o tempo e as fronteiras geográficas e, certamente, continuarão sendo feitas pelas novas gerações: Quem sou? De onde vim? Para onde vou? Por que existe o mal? O que existe depois desta vida? Das respostas que dermos a cada uma dessas perguntas dependerá a orientação de nossa vida. Quem tem fé se guia por duas convicções: o mistério do ser humano só se esclarece verdadeiramente no mistério de Jesus Cristo; as verdades da fé não são fruto de um pensamento elaborado pela razão, mas um dom gratuito de Deus.

A ciência (razão) e a fé não são concorrentes: uma supõe a outra, e cada qual tem o seu espaço próprio de realização. Lemos no Livro dos Provérbios: “A glória de Deus é encobrir as coisas e a glória dos reis é investigá-las” (Pr 25,2). A fé constata: no mais fundo do coração dos homens e das mulheres foram semeados o desejo e a saudade de Deus.

É necessário que os valores escolhidos e procurados por nós sejam consistentes, porque somente eles poderão aperfeiçoar-nos. Não é nos fechando sobre nós mesmos que encontraremos a verdade, mas nos abrindo para dimensões que nos transcendem. Essa é uma condição necessária para que nos realizarmos como pessoas adultas e maduras.

Muitos se perguntam: A vida tem um sentido? Para onde se dirige? Os filósofos do absurdo dizem que ela não tem sentido. Duas verdades, no entanto, se impõem: existimos (o que fazer, pois, com a vida que temos?); morreremos (e o que virá depois?). O que é verdadeiro deve ser verdadeiro sempre e para todos. Procuramos incessantemente a verdade. Santo Agostinho disse isso de outra maneira: “Encontrei muitos com o desejo de enganar os outros, mas não encontrei ninguém que quisesse ser enganado”. Entre os seres criados, o ser humano é o único capaz não só de buscar a verdade, mas também de saber, e saber que sabe; é o único que tem autoconsciência. Temos consciência, inclusive, de que não fomos criados para viver sozinhos: nascemos e crescemos numa família e depois, pelo trabalho, procuramos nos inserir, na sociedade.

Para nós é importante o testemunho dos mártires: ao morrerem por Jesus Cristo, definiram claramente em quem acreditavam. Eles tinham tido um encontro pessoal com o Filho de Deus; haviam-se convertido e queriam que outros vivessem das mesmas certezas que orientavam suas vidas. O encontro com o Evangelho lhes oferecia uma resposta tão satisfatória à questão do sentido da vida que não sentiam necessidade de outras respostas. Santo Tomás de Aquino ensinava que tanto a luz da razão como a luz da fé provêm de Deus; por isso, não podem contradizer-se. Se o teólogo se recusasse a levar em conta os dados da ciência, teria dificuldade de compreender a própria fé. Se o cientista excluísse todo contato com a teologia, acabaria criando uma nova religião, pois precisaria procurar respostas para as perguntas fundamentais de cada ser humano: Por que existo? Por que o mal? Por que o sofrimento? Por que a morte?

Conclusão: o mistério da encarnação de Cristo – isto é, o fato de o Filho de Deus ter assumido a nossa natureza humana – é uma resposta às nossas mais importantes perguntas. É como se Jesus proclamasse: O mundo não é mau; o ser humano não se basta a si mesmo; a verdade não pode ser fruto da decisão da maioria; Deus, sem o ser humano, continua sendo Deus – e o ser humano, sem Deus, o que é?...
CNBB, 24-11-2014.
*Dom Murilo S.R. Krieger é arcebispo de São Salvador da Bahia (BA) e Primaz do Brasil.

O exemplo do servo bom e fiel


O bem e a virtude são louváveis por si; o mal e os maus exemplos são reprováveis por si sós e também e pelos seus efeitos.
Por Dom Odilo Pedro Scherer*

As notícias sobre fatos de corrupção e desonestidade na administração do dinheiro e do patrimônio públicos só não assustam ainda mais, porque já nos acostumamos a elas, de tanto que aparecem na imprensa! Há alguns anos, talvez em 2005, numa coletiva de imprensa, o presidente da CNBB da época disse que um dos maiores males do Brasil é a corrupção; recebeu protestos e reprovação na opinião pública. Parece, entretanto, que os anos sucessivos só confirmaram esse alerta… Como enfrentar o mal da corrupção?

A desonestidade e corrupção na administração do bem público têm consequências duplamente funestas: de um lado, fatos muito graves são denunciados e requerem séria investigação e uma justificação perante a sociedade; isso nem sempre acontece e fica a sensação de impotência e resignação, como se nada pudesse ser feito para impedir e mudar esse mal. Depois de cada escândalo, espera-se a divulgação de mais algum…  Por outro lado, os fatos de desonestidade repercutem de maneira negativa na educação das consciências; a própria capacidade de discernir e reagir fica comprometida. Passa-se a impressão de que nada é esclarecido ou comprovado, ou que tudo não vai além da luta pelo poder; que tudo é lícito a quem tem poder, bastando defender-se, para se sair bem e, no final das investigações, escapar à justiça e ao rigor da lei.

Existem caminhos para mudar isso e para se ter uma convivência mais respeitosa, onde os fatos de desonestidade sejam reprovados, sem jeitinhos e meias verdades? É sabido o dito popular: “o exemplo vem de cima”. O comportamento de quem está mais em evidência e ocupa postos de maior responsabilidade pública tem influência sobre os outros. O bom e o mau exemplo marcam o senso ético.

Se o exemplo “de cima” não é bom, as pessoas ficam autorizadas a seguir os maus exemplos? Certamente não. O bem e a virtude são louváveis por si; o mal e os maus exemplos são reprováveis por si sós e também e pelos seus efeitos. O bem edifica e o mal destrói. Nada justifica imitar os maus exemplos. Mas é sempre louvável seguir os bons exemplos. Por isso, quem está mais em evidência tem, mais ainda, o dever de oferecer um exemplo de vida edificante aos outros.

Por onde atacar a “cultura da corrupção”? De muitos modos e em muitas frentes. Começa com a séria investigação das denúncias de desonestidade no cumprimento dos deveres públicos, para averiguar a verdade, sem deixar dúvidas no ar, nem cometer injustiça contra inocentes. A clara reprovação pública dos crimes de desonestidade é o passo seguinte: deve ficar claro que não se compactua com a desonestidade. E, se ficar comprovada a lesão do patrimônio público, por desonestidade, deve haver ressarcimento justo do dano, para não ficar a sensação de impunidade, ou que o crime compensa; em ambas essas hipóteses, teríamos um incentivo ao crime.

A desonestidade é um comportamento viciado, que se aprende e consolida, como um modo de viver. A honestidade, a retidão e o senso de justiça são virtudes, que também se aprendem e precisam ser incentivadas e educadas. O vício não é bom, não faz bem e marca o caráter de forma negativa. A virtude é boa, merece apreço e marca o caráter de forma positiva. A educação para as virtudes da honestidade e da retidão precisa começar cedo; desde a mais tenra infância, a criança deve aprender que algumas coisas lhe pertencem e, outras, não; que não deve apropriar-se daquilo que é dos outros.

A educação, de muitos modos, é fundamental para assegurar uma conduta honesta; deve-se ter em vista, antes de tudo, a formação do caráter, para que seja forte e se oriente por princípios éticos e morais sólidos. Os dez mandamentos da Lei de Deus apontam os caminhos da retidão e da justiça. A vida oferece muitas tentações. Sem um caráter bem formado, e sem princípios morais firmes, fica difícil resistir à tentação do agir desonesto e à lisonja dos vícios.

Acima de tudo, nunca devemos esquecer que se pode burlar a lei e escapar à justiça dos homens. Mas, todos devemos prestar contas a Deus sobre nossa vida e o nosso agir. Nem o fato de dizer que não se crê em Deus isenta disso. E, diante de Deus, não há como burlar a lei, nem enganar o juiz.
A12, 25-11-2014.
*Dom Odilo Pedro Scherer é cardeal e arcebispo de São Paulo e Presidente do Regional Sul 1 CNBB.

Imprensa internacional repercute discurso do papa


Veículos americanos e europeus destacaram os diversos temas abordados pelo pontífice.
Os dois discursos do Papa Francisco proferidos nessa terça-feira (25) nas instituições europeias com sede em Estrasburgo abordaram um grande leque de assuntos, dando criatividade a coberturas mediáticas muito diferentes.

Dos principais meios de comunicação internacionais foram poucos os que ignoraram um evento que aconteceu pela última vez há 26 anos. Foi, no entanto, o caso do "site" do Telegraph e do "Boston Globe", embora este último tenha a desculpa de ter um "site" subsidiário, o "Crux", dedicado unicamente a questões ligadas à Igreja Católica, que naturalmente dá todo o destaque à visita. O vaticanista John Allen Jr., que esteve presente em Estrasburgo, diz que o Papa mandou a Europa: "Meter a casa em ordem, social e religiosamente".

O "New York Times" não dá muito destaque ao Papa, mas sublinha o seu apelo à abertura das fronteiras aos imigrantes, que o jornal americano descreve como refugiados. Este assunto foi sem dúvida um dos que mais atenção chamou, sobretudo de jornais de tendência mais liberal ou de esquerda. É o caso do "Guardian", que diz simplesmente que o papa "atacou a Europa por causa da sua postura em relação à imigração" e do "El Pais" que destaca a frase em que Francisco disse que o Mediterrâneo não se pode tornar um grande cemitério, aludindo aos horrores dos naufrágios de barcos cheios de imigrantes ilegais. Já o ABC, de direita, escolhe a referência do Papa à "doença" social que é a solidão na Europa.

O português "Diário de Notícias" também escolhe a mesma frase do cemitério do Mediterrâneo para o seu destaque. Contudo o DN, tal como todos os órgãos nacionais, incluindo a Renascença, colocam as notícias sobre o Papa abaixo do grande tema do dia, a prisão preventiva de José Sócrates. O "Público" não foge à regra, tendo escolhido para título a crítica do Papa ao sistema social que coloca a economia no centro e não a pessoa.

Para pleno destaque nos jornais generalistas, com direito a manchete, é preciso ir aos sites franceses, como por exemplo o "Le Monde" e o "La Croix". O primeiro puxa para manchete o apelo ao Parlamento Europeu para que abrace os valores humanistas, e o segundo é dos únicos órgãos que coloca em título o discurso ao Conselho da Europa, apelando a que se continue a trabalhar para a paz.

Os discursos do Papa são o principal destaque das duas principais revistas católicas do Reino Unido, o "The Tablet", de tendência mais liberal e o "Catholic Herald", mais conservador, na medida em que estes epítetos políticos se aplicam ao religioso.

O "Tablet" prefere a referência à Europa envelhecida e ao apelo do Papa para que a dignidade humana seja colocada no centro das políticas, enquanto o "Herald" cita a frase em que o Papa lamenta que os seres humanos ainda não nascidos e os doentes terminais sejam tratados como objetos na Europa.
SIR

Papa: ´Doutrina Social da Igreja vem do Evangelho´


Em entrevista a jornalistas, Francisco esclareceu que não se filia a nenhuma identidade partidária.
CIDADE DO VATICANO – O avião que trouxe o Papa Francisco de Estrasburgo pousou no Aeroporto de Ciampino, em Roma, pouco depois das 16 horas. Durante o voo, como costuma fazer, o Santo Padre conversou com os jornalistas, respondendo às perguntas sobre os temas tratados no Parlamento Europeu.

O pontífice disse que a Doutrina Social da Igreja é inspirada no Evangelho, e interpelado sobre a expressão "identidade dos povos" contida no seu discurso e se o seu coração abrigava um “sentimento social-democrata”, respondeu:

"Não ouso qualificar-me de uma ou de outra parte. Eu ouso dizer que isto vem do Evangelho. Esta é a mensagem do Evangelho que a Doutrina Social da Igreja contém. Eu nisto, concretamente, e em outras coisas – sociais ou políticas – não me afasto da Doutrina Social da Igreja. A Doutrina Social da Igreja vem do Evangelho, da Tradição cristã. Isto que disse – a identidade dos povos – é um valor evangélico".

O papa aprofundou, após, o seu convite para se abrir à verdade edificando o bem comum, a ser confiado também aos jovens políticos:
“Eu vi nos diálogos com os jovens políticos, aqui no Vaticano, sobretudo, de diversos partidos e nações, que eles falam com uma música diversa que tende à transversalidade! Eles não têm medo de sair da própria pertença, sem negá-la, mas sair para dialogar. E são corajosos! E acredito que nisto devemos imitá-los. E também o diálogo entre as gerações. Este sair para encontrar pessoas de outra pertença e dialogar: a Europa tem necessidade disto, hoje”.

Dentro do tema da paz "seguidamente ferida", como afirmou em Estrasburgo, o papa Francisco assim respondeu aos jornalistas quando interpelado se seria possível o diálogo como o "Estado islâmico". "Eu nunca dou uma coisa por perdida, nunca! Talvez não se possa haver um diálogo, mas nunca fechar uma porta. É difícil, se pode dizer 'quase impossível', mas a porta está sempre aberta”.

Francisco convida então, a refletir sobre a resposta ao terrorismo: “Cada Estado por conta própria sente ter o direito de massacrar os terroristas, e com os terroristas caem tantos inocentes. E esta é uma anarquia de alto nível que é muito perigosa. Com o terrorismo se deve lutar, mas repito aquilo que disse na viagem precedente: quando se deve deter o agressor injusto, se deve fazer com o consenso internacional”.

Hoje a paz, como ele mesmo afirmou ao Conselho da Europa, “é violada também pelo tráfico de seres humanos”, nova escravidão do nosso tempo, tema tratado em diversas oportunidades pelo Pontífice: “A escravidão é uma realidade inserida no tecido social de hoje, mas há tempos. O trabalho escravo, o tráfico de pessoas, o comércio de crianças: é um drama. Não fechemos os olhos diante disto. A escravidão, hoje, é uma realidade; assim como a exploração das pessoas”.

A quinta viagem apostólica internacional do papa Francisco é concluída com as perguntas dos jornalistas sobre os próximos compromissos: agora foi à Estrasburgo, como coração das instituições europeias; no futuro – perguntam – será a vez da França?
“O plano não foi feito”, disse, mas certamente “se deve ir a Paris”, “existe uma proposta” para Lourdes e – acrescentou – pediu para visitar “uma cidade onde nunca tenha ido nenhum papa”.

Então, um pensamento final para a Europa:

"A Europa neste momento me preocupa; bom, para ajudar, que siga em frente. E isto como Bispo de Roma e sucessor de Pedro".
SIR

Evangelho do Dia

Ano A - 26 de novembro de 2014

Lucas 21,12-19

Aleluia, aleluia, aleluia.
Permanece fiel até a morte e a coroa da vida eu te darei! (Ap 2,10)

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
Naquele tempo, 21 12 disse Jesus aos seus discípulos: “Antes de tudo isso, vos lançarão as mãos e vos perseguirão, entregando-vos às sinagogas e aos cárceres, levando-vos à presença dos reis e dos governadores, por causa de mim.
13 Isto vos acontecerá para que vos sirva de testemunho.
14 Gravai bem no vosso espírito de não preparar vossa defesa,
15 porque eu vos darei uma palavra cheia de sabedoria, à qual não poderão resistir nem contradizer os vossos adversários.
16 Sereis entregues até por vossos pais, vossos irmãos, vossos parentes e vossos amigos, e matarão muitos de vós.
17 Sereis odiados por todos por causa do meu nome.
18 Entretanto, não se perderá um só cabelo da vossa cabeça.
19 É pela vossa constância que alcançareis a vossa salvação”.
Palavra da Salvação.

Comentário do Evangelho
O SOFRIMENTO DO DISCÍPULO
A perseguição e o sofrimento do discípulo são tidos por Jesus como sinais premonitórios do fim. O testemunho de seu nome atrairia de tal forma a ira dos inimigos que estes lançariam mão de toda sorte de maldade contra os seguidores do Mestre. Sofrimento, perseguição, prisões, acusações na sinagoga, morte e ódio era o que lhes aguardava. Até mesmo, a perseguição por parte dos próprios familiares. Tudo isso por causa da fidelidade ao Mestre Jesus. Era preciso, pois, avivar neles a chama da perseverança. Tarefa desafiadora!
Não obstante isso, nos momentos mais difíceis os discípulos receberiam a ajuda divina, de forma que não precisariam preparar a própria defesa. Receberiam, também, uma sabedoria tão sublime, capaz de levá-los a convencer seus adversários.
Além da perseverança, os discípulos necessitarão de uma grande fé em Deus. "Nem um só cabelo cairá de vossa cabeça" - garante Jesus ao grupo de discípulos, facilmente contamináveis pelo medo. A luta, afinal de contas, é do Mestre. Os discípulos são unicamente seus mediadores. O Pai os protege, preservando-os do mal, porque é o Senhor. Ninguém como Deus tem nas mãos a vida dos discípulos, e, por conseguinte, tem o poder de livrá-los do mal.

OraçãoEspírito que me livra do mal, não permitas que eu sucumba às forças do egoísmo e do mal, mesmo tendo de suportar sofrimentos e perseguições.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês).
Leitura
Apocalipse 15,1-4
Leitura do livro do Apocalipse de são João.
15 1 Vi ainda, no céu, outro sinal, grande e maravilhoso: sete Anjos que tinham os sete últimos flagelos, porque por eles é que se deve consumar a ira de Deus.
2 Vi também como que um mar transparente, irisado de fogo, e os vencedores, que haviam escapado à Fera, à sua imagem e ao número do seu nome, conservavam-se de pé sobre esse mar com as cítaras de Deus.
3 Cantavam o cântico de Moisés, o servo de Deus, e o cântico do Cordeiro, dizendo: “Grandes e admiráveis são as tuas obras, Senhor Deus Dominador. Justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei das nações!
4 Quem não temerá, Senhor, e não glorificará o teu nome? Só tu és santo e todas as nações virão prostrar-se diante de ti, porque se tornou manifesta a retidão dos teus juízos”.
Palavra do Senhor.
Salmo 97/98
Como são grandes e admiráveis vossas obras,
Ó Senhor e nosso Deus onipotente!


Cantai ao Senhor Deus um canto novo,
porque ele fez prodígios!
Sua mão e o seu braço forte e santo
alcançaram-lhe a vitória.

O Senhor fez conhecer a salvação,
e, às nações, sua justiça;
recordou o seu amor sempre fiel
pela casa de Israel.

Aplauda o mar com todo ser que nele vive,
o mundo inteiro e toda gente!
As montanhas e os rios batam palmas
e exultem de alegria.

Na presença do Senhor, pois ele vem,
vem julgar a terra inteira.
Julgará o universo com justiça
e as nações com eqüidade.
Oração
Levantai, ó Deus, o ânimo dos vossos filhos e filhas, para que, aproveitando melhor as vossas graças, obtenham de vossa paternal bondade mais poderosos auxílio. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Liturgia Diária

DIA 26 DE NOVEMBRO - QUARTA-FEIRA

XXXIV SEMANA DO TEMPO COMUM *
(VERDE – OFÍCIO DO DIA)

Antífona de entrada:
O Senhor fala de paz a seu povo e a seus amigos e a todos o que se voltam para ele (Sl 84,9).
Oração do dia
Levantai, ó Deus, o ânimo dos vossos filhos e filhas, para que, aproveitando melhor as vossas graças, obtenham de vossa paternal bondade mais poderosos auxílio. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Apocalipse 15,1-4)
Leitura do livro do Apocalipse de são João.
15 1 Vi ainda, no céu, outro sinal, grande e maravilhoso: sete Anjos que tinham os sete últimos flagelos, porque por eles é que se deve consumar a ira de Deus. 
2 Vi também como que um mar transparente, irisado de fogo, e os vencedores, que haviam escapado à Fera, à sua imagem e ao número do seu nome, conservavam-se de pé sobre esse mar com as cítaras de Deus. 
3 Cantavam o cântico de Moisés, o servo de Deus, e o cântico do Cordeiro, dizendo: “Grandes e admiráveis são as tuas obras, Senhor Deus Dominador. Justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei das nações! 
4 Quem não temerá, Senhor, e não glorificará o teu nome? Só tu és santo e todas as nações virão prostrar-se diante de ti, porque se tornou manifesta a retidão dos teus juízos”. 
Palavra do Senhor.
Salmo responsorial 97/98
Como são grandes e admiráveis vossas obras,
Ó Senhor e nosso Deus onipotente!

Cantai ao Senhor Deus um canto novo, 
porque ele fez prodígios!
Sua mão e o seu braço forte e santo
alcançaram-lhe a vitória.

O Senhor fez conhecer a salvação,
e, às nações, sua justiça; 
recordou o seu amor sempre fiel
pela casa de Israel.

Aplauda o mar com todo ser que nele vive,
o mundo inteiro e toda gente!
As montanhas e os rios batam palmas
e exultem de alegria.

Na presença do Senhor, pois ele vem,
vem julgar a terra inteira.
Julgará o universo com justiça
e as nações com eqüidade.
Evangelho (Lucas 21,12-19)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Permanece fiel até a morte e a coroa da vida eu te darei! (Ap 2,10)

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
Naquele tempo, 21 12 disse Jesus aos seus discípulos: “Antes de tudo isso, vos lançarão as mãos e vos perseguirão, entregando-vos às sinagogas e aos cárceres, levando-vos à presença dos reis e dos governadores, por causa de mim. 
13 Isto vos acontecerá para que vos sirva de testemunho. 
14 Gravai bem no vosso espírito de não preparar vossa defesa, 
15 porque eu vos darei uma palavra cheia de sabedoria, à qual não poderão resistir nem contradizer os vossos adversários. 
16 Sereis entregues até por vossos pais, vossos irmãos, vossos parentes e vossos amigos, e matarão muitos de vós. 
17 Sereis odiados por todos por causa do meu nome. 
18 Entretanto, não se perderá um só cabelo da vossa cabeça. 
19 É pela vossa constância que alcançareis a vossa salvação”. 
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
O SOFRIMENTO DO DISCÍPULO
A perseguição e o sofrimento do discípulo são tidos por Jesus como sinais premonitórios do fim. O testemunho de seu nome atrairia de tal forma a ira dos inimigos que estes lançariam mão de toda sorte de maldade contra os seguidores do Mestre. Sofrimento, perseguição, prisões, acusações na sinagoga, morte e ódio era o que lhes aguardava. Até mesmo, a perseguição por parte dos próprios familiares. Tudo isso por causa da fidelidade ao Mestre Jesus. Era preciso, pois, avivar neles a chama da perseverança. Tarefa desafiadora!
Não obstante isso, nos momentos mais difíceis os discípulos receberiam a ajuda divina, de forma que não precisariam preparar a própria defesa. Receberiam, também, uma sabedoria tão sublime, capaz de levá-los a convencer seus adversários.
Além da perseverança, os discípulos necessitarão de uma grande fé em Deus. "Nem um só cabelo cairá de vossa cabeça" - garante Jesus ao grupo de discípulos, facilmente contamináveis pelo medo. A luta, afinal de contas, é do Mestre. Os discípulos são unicamente seus mediadores. O Pai os protege, preservando-os do mal, porque é o Senhor. Ninguém como Deus tem nas mãos a vida dos discípulos, e, por conseguinte, tem o poder de livrá-los do mal. 

Oração
Espírito que me livra do mal, não permitas que eu sucumba às forças do egoísmo e do mal, mesmo tendo de suportar sofrimentos e perseguições.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês).
Sobre as oferendas
Acolhei, ó Deus, estes dons que nos mandastes consagrar em vossa honra e, para que eles nos tornem agradáveis aos vossos olhos, Dai-nos guardar sempre os vossos mandamentos. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão:
Cantai louvores ao Senhor, todas agentes; povo todos, festejai-o! Pois comprovado é seu amor para convosco, para sempre ele é fiel! (Sl 116,1s)
Depois da comunhão
Fazei, ó Deus todo-poderoso, que nunca nos separemos de vós, pois nos concedeis a alegria de participar da vossa vida. Por Cristo, nosso Senhor.


MEMÓRIA FACULTATIVA

TIAGO ALBERIONE 
(BRANCO – OFÍCIO DA MEMÓRIA)

Oração do dia:
Ó Deus, que suscitastes na vossa Igreja o bem-aventurado Tiago Alberione para anunciar ao mundo, com as multíplices formas da comunicação, vosso filho, que é caminho, verdade e vida, concedei que, imitando o seu exemplo, nos dediquemos com pleno amor ao anúncio do evangelho a todos os povos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Sobre as oferendas:
Sejam aceitos por vós, ó Deus, os frutos do nosso trabalho que trazemos ao vosso altar em honra do bem-aventurado Tiago Alberione e concedei que, livres da avidez dos bens terrenos, tenhamos em vós a única riqueza. Por Cristo, nosso Senhor.
Depois da comunhão:
Ó Deus, pela força deste sacramento, conduzi-nos constantemente no vosso amor, a exemplo do bem-aventurado Tiago Alberione, e completai, até a vinda do Cristo, a obra que começastes em nós. Por Cristo, nosso Senhor.
Santo do Dia / Comemoração (TIAGO ALBERIONE):
Na noite da passagem do século, 31 de dezembro de 1900 para 1o de janeiro de 1901, o jovem seminarista permanece quatro horas em oração na catedral de Alba (Itália). Uma luz vem do Tabernáculo e o envolve. - "Fazer alguma coisa por Deus e pelas pessoas do novo século, com as quais conviveria!" Sente fortemente o convite e o apelo de Deus. O mundo passava por profundas mudanças sociais e tecnológicas, era necessário utilizar as novas descobertas, as novas forças do progresso para fazer o bem, para evangelizar. O jovem seminarista, com apenas dezesseis anos, era Tiago Alberione, futuro fundador da Família Paulina, que nunca deixou que essa chama luminosa se apagasse em sua vida. Alberione nasceu em 4 de abril de 1884, em São Lourenço de Fossano, norte da Itália, de uma família de camponeses simples e laboriosos. Vinte quatro horas após o nascimento, foi batizado e recebeu o nome de "Tiago". Buscando melhores terras para a lavoura, a família Alberione mudou para a cidade de Cherasco, onde Tiago passou sua infância e adolescência. Foi lá que se manifestou a vocação para o sacerdócio. - Quero ser padre! foi a resposta que deu à professora, Rosina Cardona, que perguntava aos seus oitenta alunos o que queriam ser quando crescessem. A resposta, que poderia parecer impensada, veio de um menino de bom coração e piedoso. Com o passar do tempo, a vocação fortificou-se e ele foi encaminhado para o seminário, onde não perdia tempo e procurava aprender de todos e de tudo. Inquietavam Alberione as transformações que aconteciam na sociedade e os apelos do papa, Leão XIII, para que todos se voltassem para Jesus Cristo, Caminho, Verdade e Vida, salvação da humanidade. Foi ordenado sacerdote no dia 29 de junho de 1907, com vinte e três anos de idade. Todas as organizações de renovação existentes, então, na Igreja foram acolhidas por padre Alberione, que participou, ativamente, dos movimentos: missionário, litúrgico, pastoral, social, bíblico, teológico e, mais tarde, do movimento ecumênico. Em todos os movimentos Alberione-profeta vislumbrava espaços carentes de evangelização e atualização. Impulsionado pelo Espírito Santo, tornou realidade sua intuição carismática com a fundação de várias congregações e institutos para, juntos, anunciar Jesus Cristo, Caminho, Verdade e Vida, com os meios da comunicação social. Padres e irmãos Paulinos em 1914; Irmãs Paulinas em 1915; Discípulas do Divino Mestre em 1924; Irmãs Pastorinhas em 1938; e Irmãs Apostolinas em 1957. Fundou, também, os institutos seculares de Nossa Senhora da Anunciação e São Gabriel Arcanjo em 1958; os institutos Jesus Sacerdote e Sagrada Família em 1959; além da Associação dos Cooperadores Leigos em 1917. Hoje, os membros dessas fundações estão presentes em todos os continentes mostrando que é possível santificar-se e comunicar, a todas as pessoas, Jesus Cristo com os meios técnicos e eletrônicos. Após a fundação dos dois primeiros ramos - Paulinos e Paulinas - a vida de Alberione fundiu-se com suas obras nascentes. Acompanhava de perto a vida de seus filhos e filhas da Itália e do exterior com numerosas e prolongadas viagens. Preocupava-se não só com fundações e organizações, mas principalmente com a formação e a vida religiosa de seus seguidores, apesar do conturbado contexto histórico em que viveu: duas grandes guerras, revolução industrial, conflagrações nacionalistas e sociais, emancipação dos operários e da mulher, além de crises institucionais na família e na Igreja. Padre Tiago Alberione, jamais esmoreceu, continuou firme na sua fé, acreditando que a obra que realizava era querida e abençoada por Deus. Com humildade e coragem, o fundador da Família Paulina, o profeta e o apóstolo de uma evangelização moderna chegou ao fim de seus dias em 26 de novembro de 1971, aos oitenta e sete anos. O reconhecimento da santidade de Alberione já acontecera antes da declaração oficial da Igreja, especialmente com algumas declarações de dois papas seus amigos: o bem-aventurado João XXIII e Paulo VI. "Padre Alberione, veio ao meu encontro" - dizia o "papa bom". "Parecia-me ver a humildade personificada. Ele, sim, éi um grande homem!" E Paulo VI, na audiência concedida aos Paulinos em 27 de novembro de 1974, recordava: "Lembro-me do encontro edificante com padre Alberione, ajoelhado, em profunda humildade. Este é um homem, direi, que está entre as maravilhas do nosso século". O processo de beatificação percorreu um longo caminho. Após a morte de Alberione, foram apresentados à Igreja documentos sobre sua vida, sua missão apostólica e suas fundações, assim como documentos sobre sua santidade. Baseados em um meticuloso exame desses elementos e reconhecidas as virtudes praticadas em grau heróico pelo servo de Deus, padre Tiago Alberione, o papa João Paulo II, em 25 de junho de 1996, declarou-o "venerável". Passaram-se sete anos à espera de um milagre que fosse reconhecido como autêntico pela Igreja. E o milagre chegou. A cura milagrosa atribuída ao padre Tiago Alberione, que o conduziu à beatificação, salvou Maria Librada Gonzáles Rodriguez, uma mexicana de Guadalajara. Em 1989, ela foi internada por causa de uma insuficiência respiratória provocada por uma tromboembolia pulmonar, com muitas crises. Pedindo a Deus a cura por intercessão de padre Alberione, doze dias depois teve alta. A cura foi reconhecida pela Congregação das Causas dos Santos, após a declaração da comissão médica que considerava a recuperação de Maria rápida, completa, duradoura e não-explicável à luz da ciência. E o dia da beatificação chegou: 27 de abril de 2003. Padre Tiago Alberione é proclamado "bem-aventurado" num reconhecimento oficial da Igreja àquele homem que foi um santo, um profeta e o pioneiro na evangelização eletrônica. Festa litúrgica do bem-aventurado Tiago Alberione Preparo-me para a Leitura Orante, fazendo uma rede de comunicação e comunhão em torno da Palavra com todas as pessoas que se encontram neste ambiente virtual. Rezo, em sintonia com o Bem-aventurado Tiago Alberione, sacerdote e fundador da Família Paulina. Tiago Alberione nasceu a 4 de Abril de 1884, em São Lourenço de Fossano (Itália). Quando ainda era jovem seminarista, na noite da passagem do século XIX para o século XX, durante uma longa Adoração Eucarística, viveu uma intensa experiência de Deus. Nela compreendeu claramente qual devia ser a sua missão: viver e dar ao mundo Jesus Cristo, Verdade, Caminho e Vida. Para esse fim, usar todos os meios mais rápidos e eficazes que o progresso humano oferece para a comunicação entre as pessoas. Para realizar esta missão, fundou a «Família Paulina», composta por cinco Congregações religiosas, quatro Institutos agregados e uma Associação de leigos. Terminou a sua existência terrena no dia 26 de Novembro de 1971, depois de ter recebido a visita do Papa Paulo VI. Foi proclamado bem-aventurado no dia 27 de abril de 2003, pelo papa João Paulo II. A Família Paulina é constituída de cinco congregações religiosas: Sociedade de São Paulo (fundação 20/8/1914), Filhas de São Paulo (fundação 15/6/1915), Discípulas do Divino Mestre (fundação 10/2/1924), Irmãs de Jesus Bom Pastor (7/10/1938), Irmãs de Maria Santíssima Rainha dos Apóstolos ou Apostolinas (8/9/1959) e quatro Institutos agregados (8/4/1960): "Jesus Sacerdote" (para sacerdotes diocesanos), "São Gabriel Arcanjo" (para jovens e homens), "Anunciatinas (para moças) e "Santa Família" (para cônjuges e famílias). E também, a Associação dos Cooperadores Paulinos. "Tudo nos vem de Deus. Tudo nos leva ao Magnificat", dizia Alberione.