segunda-feira, 31 de março de 2014

Abrir-se à luz de Jesus, pede Papa no Angelus


No Angelus deste domingo, 30, Papa Francisco falou da passagem evangélica que retrata a cura, realizada por Jesus,  do homem cego. Ele destacou a necessidade do ser humano se abrir à luz de Jesus, para que a vida dê frutos, e não seguir pelo caminho da “cegueira interior”.
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.: Íntegra do Angelus
Francisco concentrou-se sobre dois comportamentos que se vê nessa passagem do Evangelho: a abertura do cego à luz de Cristo e o fechamento dos doutores da lei em suas próprias presunções.
“Enquanto o cego se aproxima da luz, os fariseus, ao contrário, se fecham cada vez mais na cegueira interior. Fechados em suas presunções, acreditam já ter a luz e por isto não se abrem à verdade de Jesus”
Esses doutores da lei, segundo explicou o Papa, fazem de tudo para negar a evidência, colocam em dúvida a identidade do homem curado. Depois, negam a ação de Deus na cura, sob a alegação de que Deus não age aos sábados.
O Santo Padre enfatizou que este trecho do Evangelho chama a atenção para o drama da cegueira interior de tantas pessoas. Às vezes, disse, a vida é parecida com a do cego que se abriu à luz de Deus e à sua graça. Outras vezes, lamentavelmente, a vida se parece um pouco mais com a dos fariseus, de forma que o orgulho próprio leva a julgar os outros e até mesmo Deus.
“Hoje somos convidados a nos abrirmos à luz de Cristo para dar frutos na nossa vida, para eliminar comportamentos que não são cristãos, para caminhar decididamente pelo caminho da santidade que começa no Batismo”.
Francisco sugeriu que, ao voltarem para casa hoje, os fiéis leiam o capítulo 9 do Evangelho segundo São João. Segundo ele, isso fará bem para cada um refletir e se perguntar como anda o seu coração: aberto para Deus e para o próximo ou fechado. “Sempre temos em nós algum fechamento nascido do pecado, do erro, mas não tenhamos medo. Vamos nos abrir à luz do Senhor, Ele nos espera sempre, para nos fazer ver melhor, para nos dar a luz”.
Ele pediu, por fim, que nesse caminho de preparação para a Páscoa os fiéis possam reavivar em si o dom recebido no Batismo e alimentar essa chama com a oração e a caridade para com o próximo. “Confiemos à Virgem Maria o caminho quaresmal para que também nós, como o cego curado, possamos com a graça de Cristo ‘caminhar para a luz’, renascer para a vida nova”.
Fonte: Canção Nova

Liturgia Diária

Dia 31 de Março - Segunda-feira

IV SEMANA DA QUARESMA
(Roxo – Ofício do Dia)

Antífona da entrada: Confio em vós, ó Deus! Alegro-me e exulto em vosso amor, pois olhastes, Senhor, minha miséria (Sl 30,7s).
Oração do dia
ORAÇÃO DO DIA Ó Deus, que renovais o mundo com admiráveis sacramentos, fazei a vossa Igreja caminhar segundo vossa vontade, sem que jamais lhe faltem, neste mundo, os auxílios de que necessita. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Isaías 65,17-21)
Leitura do livro do profeta Isaías.
Assim fala o Senhor: 65 17 "Pois eu vou criar novos céus, e uma nova terra; o passado já não será lembrado, já não volverá ao espírito,
18 mas será experimentada a alegria e a felicidade eterna daquilo que vou criar. Pois vou criar uma Jerusalém destinada à alegria, e seu povo ao júbilo;
19 Jerusalém me alegrará, e meu povo me rejubilará; doravante já não se ouvirá aí o ruído de soluços nem de gritos.
20 Já não morrerá aí nenhum menino, nem ancião que não haja completado seus dias; será ainda jovem o que morrer aos cem anos: não atingir cem anos será uma maldição.
21 Serão construídas casas onde habitarão, serão plantadas vinhas cujos frutos comerão".
Palavra do Senhor.
Salmo responsorial 29/30
Eu vos exalto, ó Senhor, pois me livrastes!

Eu vos exalto, ó Senhor, pois me livrastes
e não deixastes rir de mim meus inimigos!
Vós tirastes minha alma dos abismos
e me salvastes quando estava já morrendo!

Cantai salmos ao Senhor, povo fiel,
dai-lhe graças e invocai seu santo nome!
Pois sua ira dura apenas um momento,
mas sua bondade permanece a vida inteira;
se à tarde vem o pranto visitar-nos,
de manhã vem saudar-nos a alegria.

Escutai-me, Senhor Deus, tende piedade!
Sede, Senhor, o meu abrigo protetor!
Transformastes o meu pranto em uma festa,
Senhor meu Deus, eternamente hei de louvar-vos!
Evangelho (João 4,43-54)
Honra, glória, poder e louvor a Jesus, nosso Deus e Senhor!
Buscai o bem, não o mal, pois assim vivereis; então o Senhor, nosso Deus, convosco estará! (Am 5,14)

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
Naquele tempo, 4 43 "passados os dois dias, Jesus partiu para a Galiléia.
44 (Ele mesmo havia declarado que um profeta não é honrado na sua pátria.)
45 Chegando à Galiléia, acolheram-no os galileus, porque tinham visto tudo o que fizera durante a festa em Jerusalém; pois também eles tinham ido à festa.
46 Ele voltou, pois, a Caná da Galiléia, onde transformara água em vinho. Havia então em Cafarnaum um oficial do rei, cujo filho estava doente.
47 Ao ouvir que Jesus vinha da Judéia para a Galiléia, foi a ele e rogou-lhe que descesse e curasse seu filho, que estava prestes a morrer.
48 Disse-lhe Jesus: "Se não virdes milagres e prodígios, não credes".
49 Pediu-lhe o oficial: "Senhor, desce antes que meu filho morra!"
"50 Vai, disse-lhe Jesus", o teu filho está passando bem! O homem acreditou na palavra de Jesus e partiu.
51 Enquanto ia descendo, os criados vieram-lhe ao encontro e lhe disseram: "Teu filho está passando bem".
52 Indagou então deles a hora em que se sentira melhor. Responderam-lhe: "Ontem à sétima hora a febre o deixou".
53 Reconheceu o pai ser a mesma hora em que Jesus dissera: "Teu filho está passando bem". E creu tanto ele como toda a sua casa.
54 Esse foi o segundo milagre que Jesus fez, depois de voltar da Judéia para a Galiléia.
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
SERVIR SEM PRECONCEITOS
O ministério de Jesus não foi contaminado por preconceito de espécie alguma, dentre aqueles comuns na sua época. A cura do filho do funcionário do rei ilustra esta atitude característica do Mestre.
Quem se dirigiu a Jesus, pedindo-lhe a cura do seu filho, foi um funcionário do rei Herodes Antipas. Sem dúvida, tratava-se de um pagão, a serviço dos romanos, sob cuja dominação estava o povo judeu. Era bem conhecida a ojeriza dos judeus pelos romanos. Estes representavam o que havia de pior, e deviam ser evitados. Portanto, esperava-se de Jesus um gesto firme de recusa à solicitação daquele funcionário: para os pagãos, a morte.
Este gesto, porém, não era o parâmetro das ações do Mestre. Seu olhar desvia-se dos elementos exteriores, para se fixar no coração daquele pai suplicante. Quando encontra fé e sinceridade, Jesus jamais se recusa a atender a um pedido, de quem quer que o faça. Sem fé, nada feito. Foi o que aconteceu em Nazaré, sua cidade natal, onde não realizou nenhum milagre por causa da incredulidade de seus habitantes.
Toda a vida de Jesus, culminada na morte e ressurreição, foi um serviço prestado à humanidade, sem distinções, nem privilégios. É suficiente acercar-se de dele, com a mesma predisposição do funcionário pagão, cuja súplica foi prontamente atendida.

Oração
Espírito de fé, concede-me a confiança necessária que me permita ser atendido por Jesus, quando a ele eu suplicar.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Sobre as oferendas
Possamos, ó Deus, colher os frutos do sacrifício que vamos oferecer, para que, despojando-nos da velha criatura, cresçamos numa vida nova. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: Eu colocarei em vós o meu espírito e vos farei andar nos meus preceitos, obedecer à minha palavra e pô-la em prática (Ez 36,27).
Depois da comunhão
Ó Deus, nós vos pedimos que vosso sacramento nos santifique, dando-nos uma vida nova e levando-nos à eterna salvação. Por Cristo, nosso Senhor.

Evangelho do Dia

Ano A - 31 de março de 2014

João 4,43-54

Honra, glória, poder e louvor a Jesus, nosso Deus e Senhor!
Buscai o bem, não o mal, pois assim vivereis; então o Senhor, nosso Deus, convosco estará! (Am 5,14)

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
Naquele tempo, 4 43 "passados os dois dias, Jesus partiu para a Galiléia.
44 (Ele mesmo havia declarado que um profeta não é honrado na sua pátria.)
45 Chegando à Galiléia, acolheram-no os galileus, porque tinham visto tudo o que fizera durante a festa em Jerusalém; pois também eles tinham ido à festa.
46 Ele voltou, pois, a Caná da Galiléia, onde transformara água em vinho. Havia então em Cafarnaum um oficial do rei, cujo filho estava doente.
47 Ao ouvir que Jesus vinha da Judéia para a Galiléia, foi a ele e rogou-lhe que descesse e curasse seu filho, que estava prestes a morrer.
48 Disse-lhe Jesus: "Se não virdes milagres e prodígios, não credes".
49 Pediu-lhe o oficial: "Senhor, desce antes que meu filho morra!"
"50 Vai, disse-lhe Jesus", o teu filho está passando bem! O homem acreditou na palavra de Jesus e partiu.
51 Enquanto ia descendo, os criados vieram-lhe ao encontro e lhe disseram: "Teu filho está passando bem".
52 Indagou então deles a hora em que se sentira melhor. Responderam-lhe: "Ontem à sétima hora a febre o deixou".
53 Reconheceu o pai ser a mesma hora em que Jesus dissera: "Teu filho está passando bem". E creu tanto ele como toda a sua casa.
54 Esse foi o segundo milagre que Jesus fez, depois de voltar da Judéia para a Galiléia.
Palavra da Salvação.

Comentário do Evangelho
SERVIR SEM PRECONCEITOS
O ministério de Jesus não foi contaminado por preconceito de espécie alguma, dentre aqueles comuns na sua época. A cura do filho do funcionário do rei ilustra esta atitude característica do Mestre.
Quem se dirigiu a Jesus, pedindo-lhe a cura do seu filho, foi um funcionário do rei Herodes Antipas. Sem dúvida, tratava-se de um pagão, a serviço dos romanos, sob cuja dominação estava o povo judeu. Era bem conhecida a ojeriza dos judeus pelos romanos. Estes representavam o que havia de pior, e deviam ser evitados. Portanto, esperava-se de Jesus um gesto firme de recusa à solicitação daquele funcionário: para os pagãos, a morte.
Este gesto, porém, não era o parâmetro das ações do Mestre. Seu olhar desvia-se dos elementos exteriores, para se fixar no coração daquele pai suplicante. Quando encontra fé e sinceridade, Jesus jamais se recusa a atender a um pedido, de quem quer que o faça. Sem fé, nada feito. Foi o que aconteceu em Nazaré, sua cidade natal, onde não realizou nenhum milagre por causa da incredulidade de seus habitantes.
Toda a vida de Jesus, culminada na morte e ressurreição, foi um serviço prestado à humanidade, sem distinções, nem privilégios. É suficiente acercar-se de dele, com a mesma predisposição do funcionário pagão, cuja súplica foi prontamente atendida.

Oração
Espírito de fé, concede-me a confiança necessária que me permita ser atendido por Jesus, quando a ele eu suplicar.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Leitura
Isaías 65,17-21
Leitura do livro do profeta Isaías.
Assim fala o Senhor: 65 17 "Pois eu vou criar novos céus, e uma nova terra; o passado já não será lembrado, já não volverá ao espírito,
18 mas será experimentada a alegria e a felicidade eterna daquilo que vou criar. Pois vou criar uma Jerusalém destinada à alegria, e seu povo ao júbilo;
19 Jerusalém me alegrará, e meu povo me rejubilará; doravante já não se ouvirá aí o ruído de soluços nem de gritos.
20 Já não morrerá aí nenhum menino, nem ancião que não haja completado seus dias; será ainda jovem o que morrer aos cem anos: não atingir cem anos será uma maldição.
21 Serão construídas casas onde habitarão, serão plantadas vinhas cujos frutos comerão".
Palavra do Senhor.
Salmo 29/30
Eu vos exalto, ó Senhor, pois me livrastes!

Eu vos exalto, ó Senhor, pois me livrastes
e não deixastes rir de mim meus inimigos!
Vós tirastes minha alma dos abismos
e me salvastes quando estava já morrendo!

Cantai salmos ao Senhor, povo fiel,
dai-lhe graças e invocai seu santo nome!
Pois sua ira dura apenas um momento,
mas sua bondade permanece a vida inteira;
se à tarde vem o pranto visitar-nos,
de manhã vem saudar-nos a alegria.

Escutai-me, Senhor Deus, tende piedade!
Sede, Senhor, o meu abrigo protetor!
Transformastes o meu pranto em uma festa,
Senhor meu Deus, eternamente hei de louvar-vos!
Oração
ORAÇÃO DO DIA Ó Deus, que renovais o mundo com admiráveis sacramentos, fazei a vossa Igreja caminhar segundo vossa vontade, sem que jamais lhe faltem, neste mundo, os auxílios de que necessita. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Eu sou a luz

"Alegrai-vos com Jerusalém”" daqui a pouco, os vossos olhos se abrirão.
Por Marcel Domergue*
"Outrora éreis trevas", diz Paulo no início da segunda leitura. Fala de si mesmo também, uma vez que descobriu a sua própria cegueira no caminho de Damasco. O curioso é que esta perda da visão foi também a sua cura. Paulo, antes disso, acreditava de fato ver tudo muito claro. Achava possuir a verdade sobre o Cristo e os seus discípulos. Mas agora vê que, antes, não enxergava nada. É o que diz Jesus aos fariseus, na conclusão do evangelho: "Se fôsseis cegos, não teríeis culpa; mas como dizeis ‘nós vemos’, o vosso pecado permanece”. Todos nós somos cegos de nascença, sem que esta cegueira possa ser atribuída a qualquer pecado que ou nós ou nossos pais tenhamos cometido (versículo 2).

Isto nos obriga a nuançar o que habitualmente chamamos de «pecado original». Só podemos alcançar a verdade de nós mesmos, do mundo e, ainda mais além, a verdade de Deus, através da abertura para este Outro que está aqui, ao alcance de nossas mãos de cegos, presente em todos os outros. Temos de aprender que não nos bastamos a nós mesmos, que só por uma relação verdadeira é que existimos, recebendo-nos de algum outro. É assim que nos fazemos imagens (e ´imagem´ quer dizer visibilidade) de Deus que, como diz santo Tomás de Aquino, é "relações subsistentes". É outro modo de dizer que, se recusamos enxergar os outros, não vemos nada.

Abrir os olhos

Seria tarefa tremenda, se tivéssemos de chegar à visão através de nossas próprias forças. E tarefa destinada ao fracasso, uma vez que o esforço para ver com clareza não nos deixaria sair do nosso isolamento. Na realidade, a luz nos vem de fora, deste outro que encontramos em nosso caminho. Tomemos consciência disto: não compliquemos demais a vida, já que basta abrirmo-nos a nós mesmos para que possamos receber: a nossa criação só vai achar espaço quando viermos a ocupar apenas uma ausência, um vazio a ser preenchido. Não podemos ser nada além do que não seja aquiescência à obra de Deus que vem nos fazer surgir do nada. Esta tomada de consciência já é uma saída da cegueira. Nascer e abrir os olhos são fatos que andam juntos.

No evangelho, os fariseus se tornam cegos por não reconhecerem a visita do Filho de Deus em sua humanidade. Assim, em razão de uma escolha mais ou menos deliberada da nossa parte, a irrupção do Cristo em nossas vidas pode nos afundar nas trevas: «Era a luz verdadeira que ilumina todo homem; veio ao mundo (…), mas o mundo não o reconheceu. Veio para os seus e os seus não o receberam » (João 1,9-11). Esta recusa encontrará sua expressão última na hora em que «houve treva em toda a terra» (Mateus 27,45). Mas, aí também, as trevas só se apoderam do mundo para apagar as falsas luzes que nos seduzem. Cria-se, assim, um lugar perfeito para uma nova luz, a luz da Ressurreição.

Rumo à plena visão

Olhando mais de perto, o relato da cura do cego de nascença nos faz descobrir um dos aspectos da criação e do que chamamos de redenção, em outras palavras, a totalidade da obra de Deus em nosso favor. Notemos que o cego ainda não tinha visto Jesus, até mesmo pouco após a sua cura (ver o versículo 12). Por isso, foi preciso esperar um segundo encontro. O cego não havia pedido nada a Jesus e o milagre não foi atribuído à fé deste homem, ao contrário de tantos outros casos nos evangelhos. Ficou, assim, posta em evidência a gratuidade da ação de Deus: não tivemos de fazer nada, para virmos à existência; nada podemos fazer para virmos à luz e existirmos, na verdade. Só o que podemos fazer é receber.

No entanto, se esta verdade está na relação, no intercâmbio, no diálogo, um encontro entre quem dá e quem recebe se faz necessário. Daí a visita de Jesus a este homem que, dali em diante, será um solitário, pois acaba de ser banido da comunidade. "Acreditas no Filho do homem?", pergunta-lhe Jesus. O filho é quem é gerado por uma mulher e um homem; já com maiúscula, é o resultado perfeito da humanidade, ali onde o Filho do homem encontra o Filho de Deus. Crer nele é sair da finitude e da cegueira. "Quem é ele?", pergunta o cego já curado. "Tu o estás vendo", responde Jesus, pois agora o homem vê. "É aquele que está falando contigo". Ver, ouvir e, a partir daí, crer. É neste rumo que caminhamos, ainda que, por enquanto, só possamos ver de modo confuso, como num espelho defeituoso (1 Coríntios 13,12).
Croire
*Marcel Domergue é sacerdote jesuíta. O texto é baseado nas leituras do 4º Domingo da Quaresma (30 de março de 2014).

Francisco, um dos 50 grandes pensadores


Revista faz eleição online do maior pensador do planeta. Papa é único religioso da lista.
Depois de um ano em que ele foi aplaudido por criticar os excessos do capitalismo e ganhou o prêmio de "pessoa do ano" da revista Time, o Papa Francisco recebeu outra homenagem: a revista Prospect o nomeou um dos seus 50 principais pensadores mundiais.

O papa é o único líder religioso a fazer parte da última edição da lista anual, que visa a reconhecer as pessoas que influenciaram as maiores questões do ano em termos de política, economia, ciência e filosofia.

O pensador mais importante do mundo será votada pelo público em uma pesquisa online, em que Francisco tem a chance de seguir os passos do vencedor do ano passado, o ateu militante Richard Dawkins, que não aparece na lista de 2014.

O editor-gerente da Prospect, Jonathan Derbyshire, disse: "O papa realmente liderou, individualmente, a regeneração do Vaticano. Ele tem realmente captou um estado de espírito público. Ele está na lista não por ser religioso, mas como pensador social, alguém que está tentando pensar os efeitos sociais da economia de livre mercado que tem sido hegemônica no Ocidente nos últimos 20 anos".

A lista também apresenta 17 economistas, 13 filósofos, três cientistas, três teóricos da tecnologia, um empresário, escritores e ativistas. O número de economistas reflete a contínua proeminência do estado da economia mundial no discurso público, segundo Derbyshire. "Isso sugere que ainda estamos lidando com as consequências da crise financeira de 2008", afirmou.

[Há também um brasileiro na lista: o filósofo Roberto Mangabeira Unger, professor de direito em Harvard e ex-professor de Barack Obama, definido como “um dos pensadores públicos mais abrangentes. Sua obra inclui filosofia, religião e economia, assim como política e teoria jurídica).

Apenas quatro dos 10 melhores pensadores da votação do ano passado aparecem na lista deste ano: o economista e filósofo indiano Amartya Sen; o diretor internacional esloveno do Instituto Birkbeck de Humanidades, Slavoj Žižek; o físico teórico britânico Peter Higgs, que recebeu o prêmio Nobel de física do ano passado; e o psicólogo americano-israelense Daniel Kahneman.

Explicando a fluidez da lista entre os anos, Derbyshire disse que ela reconheceu conquistas ao longo dos últimos 12 meses: foi por isso que Dawkins foi deixado de lado. "Ele só publicou um livro de memórias e um livro infantil desde ´Deus, um delírio´", disse Derbyshire.

Dereck Parfitt, filósofo e pesquisador sênior do All Souls College Oxford, e sua colega filósofa Janet Radcliffe-Richards, professora da Universidade de Oxford e autora do livro The Ethics of Transplants: Why Careless Thought Costs Lives, são o primeiro casal a aparecer (individualmente) na lista da Prospect.

O Newnham College, em Cambridge, que tem cerca de 70 docentes, tem dois membros na lista: a apresentadora, escritora e classicista Mary Beard e a australiana Rae Langton, uma das principais filósofas feministas do mundo anglófono.

Como sinal de como um pensador moderno gasta o seu tempo, alguns foram ao Twitter para anunciar a sua nomeação, indicando o link para a lista, caso alguém quisesse votar neles. Entre estes, estava o economista norte-americano Andrew McAfee. Reconhecido juntamente com o seu colega do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, o professor Erik Brynjolfsson, pelo seu recente livro The Second Machine Age: Work, Progress, and Prosperity in a Time of Brilliant Technologies, McAfee tuitou: "Isso é bom? @prospect_uk acha que @erikbryn e eu combinamos como um ´pensador mundial´".

Mas quando se trata de mobilizar eleitores para a sua causa, os filósofos e economistas podem ter dificuldades para competir, se é que devamos nos basear na história. Em 2008, a revista expressou a sua surpresa depois que a votação – então anunciada como uma tentativa de encontrar os "100 principais intelectuais públicos" do mundo – foi vencida por Fetullah Gülen, a quem a publicação descreveu à época como "um clérigo sufi turco pouco conhecido no Ocidente" (embora seu nome tenha ganhado proeminência nos últimos meses como o maior rival político do primeiro-ministro Recep Tayyip Erdoğan.

O aumento vertiginoso dos votos se deveu a uma manchete sobre a sua presença na votação publicada no Zaman, o jornal mais vendido da Turquia. "Obviamente, pesquisas como esta são vulneráveis à vontade política ou aos eleitorados que conseguem mobilizar os seus membros", disse Derbyshire. Ele reconheceu que, em se tratando das pessoas que estão lista de 2014, há uma pessoa que provavelmente pode convocar mais adeptos do que qualquer outra: o papa. "Ele realmente tem milhões de seguidores no Twitter", disse Derbyshire. "Estou ansioso para ver o pontífice tuitar e fazer o nosso servidor cair."

Para votar no pensador mais importante do mundo, acesse o site.
The Guardian, 27-03-2014.

Religiosa fala sobre evangelização na Amazônia


Manaus- A necessidade da evangelização na Amazônia é um assunto de constante reflexão da Igreja, que é acompanhado pela preocupação com a promoção e defesa da vida dos seus habitantes e de sua biodiversidade. Irmã Maria José de Mesquita, secretária da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) em Manaus, em entrevista ao site da CRB Nacional falou sobre os desafios da missão na Amazônia e da necessidade de missionários generosos que se disponibilizem a dar suas vidas a serviço dos povos que ali vivem.

Para a religiosa, é importante que as congregações disponibilizem religiosos para uma experiência pastoral na Amazônia. "Seria muito bom que as congregações enviassem religiosos para fazer uma experiência, como missionário itinerante, como estágio, o que já ajudaria muito a Igreja, pois temos lugares que de fato não tem padres ou religiosos. Tem surgido muitas vocações entre eles, mas é pequeno o número de padres", frisou. 

Atuando nos estados do Amazonas e Roraima, a CRB de Manaus conta com a colaboração e generosidade de missionários vindos de outras localidades. "Os missionários vem de outros estados ou de outros países e dedicam, de fato as suas vidas. São quatro núcleos e áreas muito distantes por causa das dimensões do Rio Solimões e Negro", explica Irmã Maria José. 

Para ela, a realidade exige missionários e religiosos "abertos à  inculturação" e poder contar com pessoas que consigam "entender a linguagem dos povos nativos, dos indígenas, negros, ribeirinhos, do caboclo é uma alegria muito grande".

Uma das iniciativas na Amazônia é um trabalho missionário itinerante, que conta com uma equipe formada por aproximadamente 20 religiosos e leigos do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), um grupo intercongrecional, que atua há 15 anos em três pólos de missão: Manaus, Tabatinga e Roraima, prestando serviço às comunidades ribeirinhas e povos indígenas.

A equipe trabalha com o que chamam de "metodologia da abelha", que consiste em "estar, escutar, entender a realidade para depois ajudar as pessoas a se mobilizarem", o que para as abelhas consiste em visitar as flores, sentir o perfume, tirar o pólen das flores, guardar e depois retornar à Colmeia. 
Questionada sobre o que é necessário para ser missionário na Amazônia, a religiosa não hesita: "conhecer a realidade". "Só se sabe o que é ser missionário na Amazônia, quem está fazendo a experiência: o clima é muito forte para quem vem de qualquer outra região do Brasil e as distâncias geográficas, desafiadoras (...) e criar consciência de que você não vai para fazer coisas, mas estar com o povo, escutar, entender a dinâmica e a linguagem deles", enfatiza.

Por fim, a religiosa fala de sua experiência na Amazônia. "Há um ditado que diz: ´quem vai ao Amazonas, comeu Jaraqui (peixe), não quer mais sair dali´. Me sinto feliz de estar na Amazônia e já tive a experiência de ir para o Alto Solimões naqueles barcos onde se estende a rede e passa dias naquele barco, faz amizades e experiências de evangelização", finaliza.
SIR/A12

Papa alerta para risco da cegueira interior


Cidade do Vaticano, – O papa Francisco rezou neste domingo (30), a oração mariana junto com os fiéis no Vaticano. Graças também ao dia ensolarado de primavera, a Praça São Pedro estava completamente lotada e o clima foi de grande alegria.

Francisco apareceu às 12h em sua janela desejando "bom domingo" a todos e retribuindo com sorrisos o carinho das pessoas presentes. O pontífice proferiu palavras baseadas no Evangelho do dia, do evangelista João, que conta o episódio do homem cego de nascença a quem Jesus doa a vista.

O milagre é narrado por João em apenas dois versículos, porque o evangelista não queria atrair a atenção para o milagre em si, mas para o que aconteceu depois, para a discussão que ele acarretou.

Os "doutores da lei" não acreditavam que o cego tivesse sido curado por Jesus. Interrogaram o homem e crivaram de perguntas seus pais, enquanto o cego curado se aproximou da fé. Essa foi a maior graça que Jesus lhe fez: não só a de ver, mas a de conhecê-Lo: Ele que é “a Luz do mundo”.

"Enquanto o cego se aproximava gradualmente da luz, os ‘doutores da lei’, ao contrário, caíam sempre mais na cegueira interior. Obtusos em sua presunção, acreditavam já ter a luz; e por isso, não se abriram à verdade de Jesus. Fizeram de tudo para negar a evidência, até conseguir expulsar o homem curado do templo, excluindo-o da sociedade".
O cego curado, por sua vez, não sabia nada de Jesus. Primeiramente, O considerava um profeta e depois, um homem próximo de Deus. Mas depois de ser afastado do templo, Jesus o reencontrou e “abriu seus olhos” pela segunda vez, dizendo-lhe quem era.

Àquela altura, ele exclamou: “Creio Senhor” e se ajoelhou diante de Jesus. O Papa admitiu que “a nossa vida, às vezes, parece com a do cego que se abriu à luz, a Deus e à sua graça. Mas às vezes, infelizmente, é como a dos ‘doutores da lei’: do alto de nosso orgulho, julgamos os outros, e até o Senhor!”.

 "A luz de Cristo, que nos foi dada no Batismo, nos ajude a nos comportar com humildade, paciência e misericórdia”, completou Francisco, dando uma sugestão: “Voltando a suas casas, peguem o Evangelho de João e leiam o capítulo 9. Fará bem a todos. E nos questionemos como está o nosso coração: aberto ou fechado a Deus e ao próximo?”.

“Sempre temos em nós algum ‘fechamento’ consequente do pecado, de nossos erros. Não tenhamos medo; abramo-nos à luz do Senhor, Ele nos espera sempre para nos perdoar, não nos esqueçamos!”. Após a sua reflexão, o Papa rezou a oração mariana e concedeu a todos os presentes a sua bênção apostólica. Em seguida, saudou os grupos credenciados e se despediu dos fiéis, como sempre, desejando "bom domingo e bom almoço".
SIR

'É blasfêmia pensar que a incapacidade é um castigo”


O Papa Francisco disse que para Jesus é uma blasfêmia pensar que as pessoas com necessidades especiais ou que a doença sejam um castigo de Deus, em uma audiência na Sala Paulo VI na presença de cerca de 600 cegos e 6.000 surdos-mudos.

Por isso, promoveu “a cultura do encontro” frente a “cultura da exclusão e do preconceito”, e convidou para libertar-se do “pessimismo estéril” e abrir-se à vida “com esperança”, e denunciou que “o preconceituoso, exclui”.

Em um discurso dirigido ao Movimento Apostólico de Cegos e à Pequena Missão para os Surdos-mudos, Francisco afirmou que somente aquele que reconhece “a própria fragilidade” e as “próprias limitações” pode construir “relações fraternas e sólidas” na Igreja e na sociedade e “encontrar Jesus”.

Por isso, destacou que o doente ou a pessoa com necessidades especiais, “a partir da sua fragilidade, seus limites”, pode ser testemunha do encontro com Jesus, “que abre à vida, à fé e ao encontro com os outros e com a comunidade”.

No encontro do qual participaram também membros da União Italiana de Cegos, o Pontífice manifestou que Jesus queria fazer testemunhas pessoas “marginalizadas, excluídas, desprezadas” porque, sobretudo, queria encontrar-se com pessoas assinaladas pela “doença” ou “a incapacidade” para “curá-las e restituir-lhes a dignidade”.

O Papa refletiu sobre o que significa encontrar-se com Jesus e explicou que “somente quem o conhece verdadeiramente, converte-se em testemunha”.
Religión Digital, 29-03-2014

HORÁRIOS DE CONFISSÕES (QUARESMA) 2014





30/03 (domingo) – 16 às 18 horas - Matriz

02/04 (quarta-feira) – 09 às 11h30 – Matriz

07/04 (segunda-feira) – 09 às 21 horas -

06/04 (domingo) – 16 às 18 horas - Matriz

09/04 (quarta-feira) – 19 às 21 horas – Matriz

09/04 (quarta-feira) – 19 às 21 horas -  

11/04 (sexta-feira) -19 às 21 horas - Comunidade Senhora Rainha

12/04 (sábado) – 18 às 21 horas – Barra de Jangada

13/04 (domingo) – 16 às 18 horas - Matriz

14/04 (segunda-feira) – 15 às 21 horas – Matriz

14/04 (segunda-feira) – 19 às 21 horas - 

16/04 (quarta-feira) – 09 às 12 horas - Matriz

PROCLAMAS MATRIMONIAIS





29 e 30 de março de 2014


COM O FAVOR DE DEUS E DA SANTA MÃE A IGREJA, QUEREM SE CASAR:


·         GUSTAVO HIPOLITO LACERDA PINHEIRO
E
PATRICIA SILVA DE LIRA LACERDA PINHEIRO


·         THOMÁS FILIPE MARINHO DE OLIVEIRA
E
PRISCILLA VERA CRUZ FIGUEIRÔA


·         ÁRTHUS RODRIGUES INÁCIO
E
DEBORAH MARIA CHAVES BRAINER


·         EDINARDO ERNANI FERNANDES DA SILVA
E
VANIA FERREIRA SOUSA

·         FERNANDO JORGE RODRIGUES MAGALHÃES
E
NATHALIA IANATONI CAMARGO


·         NILTON PORTO CARNEIRO LEÃO
E
MANUELA LEIMIG DE OLIVEIRA


·         LEÔNIO RANULFO DE OLIVEIRA NETO
E
MANOELY FRANÇA DE MELO SILVA








                       Quem souber algum impedimento que obste à celebração destes casamentos está obrigado em                         consciência a declarar.