sexta-feira, 16 de maio de 2014

A chave para entender a Palavra de Deus


O Senhor tem que ser encontrado num caminho que passa pela via da justiça e do respeito.
Por Dom Paulo Mendes Peixoto*
Sabemos muito bem o sentido da palavra "chave", aquilo que abre portas. Para entender a Palavra de Deus, necessitamos de "chaves", que nos permitem "entrar bem dentro", com profundidade e observar o verdadeiro sentido do que ela pretende dizer. A principal chave é Jesus Cristo, caminho, verdade e vida. A Palavra provoca a fé, e a fé, por sua vez, passa a ser chave da Palavra de Deus.
Necessitamos de “chaves” para entender as realidades da nova cultura. É fundamental uma análise da conjuntura, seja política, econômica, social e religiosa, tomando como base os dados apresentados pela própria mídia. Mas ler com lentes ampliadas, sem sensacionalismo e apoiados em fontes reais e confiáveis.
A sociedade, como se encontra, não está saudável. Urge um empenho pela transformação e humanização da cultura. Talvez pudéssemos dizer que a serenidade na busca da paz e a forma como ela deve ser conduzida, seja a chave para combater a violência, principalmente porque violência não se combate com atitudes parecidas, iguais ou piores.
Sentimos que a violência vem tomando conta do país e afrontando o poder instituído. Agora é encontrar a “porta”, ou a “chave” capaz de mudar o cenário. Com o olhar na Palavra de Deus, podemos dizer que Cristo foi chamado de "porta das ovelhas" (Jo 10, 9). A falta de sensibilidade e de encontro com Deus deixa o ser humano incapaz para superar os ímpetos agressivos.
A violência causa chagas profundas na sociedade, na vida familiar e em muitas pessoas. Parece que perdemos o rumo da história e o sentido da vida. Realmente podemos perder o rumo quando Cristo não é colocado como caminho. Ele é a chave por onde as pessoas precisam passar para conquistar a verdadeira paz.
Deus está além de nossos horizontes e tem que ser encontrado num caminho que passa pela via da justiça e do respeito. Ele é sinal de esperança e n’Ele conseguimos transformar a realidade. A chave está na sua Palavra e em sua prática de fidelidade à vida.
CNBB, 14-05-2014.
*Dom Paulo Mendes Peixoto é arcebispo de Uberaba (MG).

Cardeais irão refletir sobre evangelização nas grandes cidades


0,,53676547,00Cardeais do mundo inteiro se reunirão em novembro na Espanha para refletir sobre sua missão na Igreja e os desafios da evangelização nas grandes cidades

Cardeais, arcebispos e bispos das grandes cidades do mundo se reunirão na Espanha, entre os dias 24 a 26 de novembro, para refletir sobre seu papel atual e os novos desafios. A reunião acontecerá no marco do 1º Congresso Internacional sobre a Pastoral nas Grandes Cidades, organizado pelo Arcebispo de Barcelona, Cardeal Lluís Martínez Sistach.
“É muito importante que falemos sobre o nosso papel nas grandes cidades e sobre como fazer a Igreja presente neste mundo, algo no qual o Papa está muito interessado”, por isso receberá, em audiência, os congressistas no dia 27 de novembro no Vaticano para conhecer as conclusões. A informação foi divulgada nesta quarta-feira, 14, pelo Cardeal Sistach em coletiva de imprensa, na qual revelou que a maioria dos pastores das grandes cidades do mundo já confirmaram presença.
Dom Sistach disse que até o momento já confirmaram presença os cardeais de Tegucigalpa, Bogotá, Bombaim, Budapeste, Manila, Buenos Aires, Rio de Janeiro, São Paulo, Roma, Londres, Lisboa e Quebec, e acrescentou que “virão mais, mas ainda devem confirmá-lo”.
Primeira fase
Antes do encontro em novembro, o congresso realizará de 20 a 22 de maio uma “primeira fase técnica” no Seminário Conciliar de Barcelona, com cerca de quinze palestrantes e especialistas dos cinco continentes que contribuirão com seus conhecimentos e ajudarão a criar um marco conceitual.
No primeiro dia desta fase inicial, os peritos Manuel Castells, Marc Augé e Javier Elzo analisarão como se estruturam as grandes cidades, e no dia seguinte se aprofundará em como o Cristianismo se encaixa na malha metropolitana através dos palestrantes Angeli di Berardino, Benjamim Bravo e Luca Bressan.
Em 22 de maio, os peritos Jean-Bosco Matand, Alphonse Borràs e Carlos M. Galli tratarão o modo de transladar o Evangelho nas grandes cidades; todas as palestras acontecerão pela manhã e estarão abertas ao público em geral, e no período da tarde haverá encontros entre os peritos a porta fechada.
Espaço de debate
A iniciativa pretende criar um espaço de debate entre os pastores das grandes cidades para compartilhar e analisar os principais desafios que enfrentam para manter o papel da Igreja: “Comentei isso com o então Cardeal Bergoglio antes de ser eleito Papa e se mostrou muito interessado, por isso temos todo o seu apoio”.
Perguntado se no congresso se debaterá sobre a comunhão das pessoas divorciadas, o Cardeal Martínez Sistach disse que é possível, levando em consideração que é um dos desafios que a sociedade atual enfrenta, e acrescentou que para isso é necessário “encontrar um equilíbrio entre a misericórdia e a fidelidade a Deus”.

Fonte: Canção Nova com ACI Digital

Santa Sé autoriza início de processo de beatificação de dom Luciano Mendes


dom_luciano04A arquidiocese de Mariana (MG) divulgou nesta terça-feira, dia 13, comunicado da Congregação para a Causa dos Santos sobre o processo de beatificação de dom Luciano Mendes de Almeida.  “Por parte da Santa Sé, não há nada que impeça, para que se inicie a Causa de Beatificação e Canonização de Dom Luciano Pedro Mendes de Almeida”, informa a Congregação. A solicitação de abertura do processo foi feita pelo arcebispo local, dom Geraldo Lyrio Rocha, que poderá instituir o Tribunal que levará adiante o processo.
Dom Luciano Pedro Mendes de Almeida foi arcebispo de Mariana de 1988 a 2006, quando faleceu aos 75 anos. O arcebispo, da Companhia de Jesus, foi secretário geral (de 1979 a 1986) e presidente (de 1987 a 1994) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), por dois mandatos consecutivos.
Em nota publicada em 2006 sobre dom Luciano, a Presidência da CNBB destacou entre as marcas que deixou na instituição o dinamismo, a inteligência privilegiada, a dedicação incansável e o testemunho de amor à Igreja.
De origem fluminense, dom Luciano nasceu em 5 de outubro de 1930. Doutor em Filosofia, foi membro do Conselho Permanente da CNBB de 1987 até o ano de sua morte. Também atuou na Pontifícia Comissão Justiça e Paz, foi vice-presidente do Conselho Episcopal Latino-americano (Celam) e presidente da Comissão Episcopal do Mutirão para a Superação da Miséria e da Fome.
Durante quase duas décadas à frente da arquidiocese de Mariana (MG), o bispo deu forte impulso pastoral àquela Igreja particular, onde a organizou em cinco Regiões Pastorais. Deu atenção à formação permanente do clero, à realização de assembleias pastorais e à reestruturação de conselhos arquidiocesanos. Também organizou pastorais, religiosos, processos formativos do Seminário Arquidiocesano e obras sociais, além do investimento na capacitação e participação dos leigos e na preservação das Igrejas históricas.
Fonte: CNBB

Anunciado o tema do 8º Encontro Mundial das Famílias


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Foi anunciado, na manhã de hoje, na Filadélfia, Pensilvânia (EUA), o tema “Love Is Our Mission: The Family Fully Alive” para o 8º Encontro Mundial das Famílias, que acontecerá em setembro de 2015. Em tradução livre do título em inglês, “O amor é a nossa missão: a família plenamente viva”. O anúncio aconteceu durante coletiva de imprensa em que participaram o arcebispo da Filadélfia, dom Charles Chaput, o presidente do Pontifício Conselho para a Família, dom Vincenzo Paglia, o governador do estado da Pensilvânia, Tom Corbett, e o prefeito da Filadélfia, Michael Nutter.
De acordo com os organizadores, o tema é inspirado nas palavras de Santo Irineu, que afirma “a glória de Deus é o homem vivo” e destaca o “valor intrínseco” da família para o bem da sociedade.
Dom Chaput disse que o papa Francisco encarna a mensagem de misericórdia, alegria e amor que está no coração do Evangelho. “Sua compaixão pelas necessidades genuínas de pessoas em todo o mundo e seu cuidado profundo para a instituição da família inspiraram o nosso tema”, afirmou. Para ele, a meta do encontro é criar um momento de esperança e de celebração paras as famílias de todo mundo. “Num momento em que esperamos que você se junte, papa Francisco”, convidou o arcebispo.
De acordo com dom Charles Chaput, o tema não ressoa apenas com católicos, mas em todas as pessoas de boa vontade. “Ele realça a beleza e a verdade da vida familiar. O amor que citamos em nosso tema é o amor que temos de garantir, preenche todas as casas e todos os membros da família com uma luz única e revigorante”, explicou.
O Pontifício Conselho para a Família organizou os Encontro Mundiais em Roma, Itália (1994), Rio de Janeiro, Brasil (1997), Roma, Itália (2000), Manila, Filipinas (2003), Valencia, Espanha (2006), Cidade do México, México (2009) e em Milão, Itália (2012). O evento foi criado por São João Paulo II com o objetivo de reforçar os laços sagrados da família em todo o mundo.
A oitava edição acontecerá de 22 a 27 de setembro de 2015. São esperados participantes de mais de 150 países.

Fonte: CNBB

Liturgia Diária

Dia 16 de Maio - Sexta-feira

IV SEMANA DA PÁSCOA
(Branco – Ofício do dia)

Antífona da entrada: Vós nos resgatastes, Senhor, pelo vosso sangue, de todas as raças, línguas, povos e nações e fizestes de nós um reino e sacerdotes para o nosso Deus, aleluia! (Ap 5,9s)
Oração do dia
Deus, a quem devemos a liberdade e a salvação, fazei que possamos viver por vossa graça e encontrar em vós a felicidade eterna, pois nos remistes com o sangue do vosso Filho. Que convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Atos 13,26-33)
Leitura dos Atos dos Apóstolos.
13 26 “Irmãos, filhos de Abraão, e os que entre vós temem a Deus: a nós é que foi dirigida a mensagem de salvação.
27 Com efeito, os habitantes de Jerusalém e os seus magistrados não conheceram Jesus, e, sentenciando-o, cumpriram os oráculos dos profetas, que cada sábado são lidos.
28 Embora não achassem nele culpa alguma de morte, pediram a Pilatos que lhe tirasse a vida.
29 Depois de realizarem todas as coisas que dele estavam escritas, tirando-o do madeiro, puseram-no num sepulcro.
30 Mas Deus o ressuscitou dentre os mortos.
31 Durante muitos dias apareceu àqueles que com ele subiram da Galiléia a Jerusalém, os quais até agora são testemunhas dele junto ao povo.
32 Nós vos anunciamos: a promessa feita a nossos pais,
33 Deus a tem cumprido diante de nós, seus filhos, suscitando Jesus, como também está escrito no Salmo segundo: ‘Tu és meu Filho, eu hoje te gerei’."
Palavra do Senhor.
Salmo responsorial 2
Tu és meu Filho, e eu hoje te gerei!

“Fui eu mesmo que escolhi este meu rei
e, em Sião, meu monte santo, o consagrei!”
O decreto do Senhor promulgarei,
foi assim que me falou o Senhor Deus:
“Tu és meu filho, e eu hoje te gerei!”

Podes pedir-me e, em resposta, eu te darei
por tua herança os povos todos e as nações,
e há de ser a terra inteira o teu domínio.
Com cetro férreo haverás de dominá-los
e quebra-los como um vaso de argila!

E agora, poderosos, entendei;
soberanos, aprendei esta lição:
com temos servi a Deus, rendei-lhe glória
e prestai-lhe homenagem com respeito!
Evangelho (João 14,1-6)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim (Jo 14,6)

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
14 1 Disse Jesus: “Não se perturbe o vosso coração. Credes em Deus, crede também em mim.
2 Na casa de meu Pai há muitas moradas. Não fora assim, e eu vos teria dito; pois vou preparar-vos um lugar.
3 Depois de ir e vos preparar um lugar, voltarei e tomar-vos-ei comigo, para que, onde eu estou, também vós estejais.
4 E vós conheceis o caminho para ir aonde vou”.
5 Disse-lhe Tomé: “Senhor, não sabemos para onde vais. Como podemos conhecer o caminho?”
6 Jesus lhe respondeu: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim”.
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
NÃO SE PERTURBE!
O discípulo do Ressuscitado vê-se confrontado com duas situações que, se mal compreendidas, poderão ser causa de perturbação. Por um lado, tem diante de si um projeto, cujas exigências e conseqüências são preocupantes: pautar a própria vida pelo ideal do Reino, num mundo hostil e refratário ao amor, tem um preço a ser pago. Por outro lado, o discípulo pergunta-se pelo fim de tudo isto, pela meta para onde caminha. O sentido da caminhada e o ânimo com que ela é feita, dependem de uma certa lucidez. Caso contrário, o discípulo deixar-se-á vencer pelo desânimo.
Jesus tomou a iniciativa de tranqüilizar os discípulos, apelando para a fé: "Assim como vocês acreditam em Deus, acreditem também em mim". Suas palavras elucidavam as dúvidas que povoavam o coração deles. Acolhidas na fé, essas palavras surtiriam o efeito tranqüilizador desejado.
Para os discípulos, abriu-se uma perspectiva de comunhão escatológica com o Pai. Simbolicamente, Jesus referiu-se à casa com muitas moradas. O vocábulo casa evoca afeto, convivência, intimidade. As muitas moradas significam a disposição do Pai para acolher a todos, sem exceção. Quem chegar na casa do Pai, será recebido por ele.
Esse lugar de acolhida será preparado por Jesus, o qual precederá os seus discípulos. Com uma tal certeza, pode-se deixar de lado todo receio. Basta seguir o caminho aberto por Jesus.

Oração
Espírito de tranqüilidade afasta para longe de mim toda perturbação, e faze-me confiar plenamente nas palavras de Jesus, que já nos preparou um lugar na casa do Pai.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês).

Sobre as oferendas
Acolhei, ó Deus, com bondade, as oferendas da vossa família e concedei-nos, com o auxílio da vossa proteção, sem perder o que nos destes, alcançarmos os bens eternos. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: Cristo Senhor foi entregue por nossos pecados e ressuscitou para nossa justificação, aleluia! (Rm 4,25)
Depois da comunhão
Guardai, ó Deus, no vosso constante amor, aqueles que salvastes, para que, redimidos pela paixão do vosso Filho, nos alegremos por sua ressurreição. Por Cristo, nosso Senhor.  

Evangelho do Dia

Ano A - 16 de maio de 2014

João 14,1-6

Aleluia, aleluia, aleluia.
Sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim (Jo 14,6)

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
14 1 Disse Jesus: “Não se perturbe o vosso coração. Credes em Deus, crede também em mim.
2 Na casa de meu Pai há muitas moradas. Não fora assim, e eu vos teria dito; pois vou preparar-vos um lugar.
3 Depois de ir e vos preparar um lugar, voltarei e tomar-vos-ei comigo, para que, onde eu estou, também vós estejais.
4 E vós conheceis o caminho para ir aonde vou”.
5 Disse-lhe Tomé: “Senhor, não sabemos para onde vais. Como podemos conhecer o caminho?”
6 Jesus lhe respondeu: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim”.
Palavra da Salvação.

Comentário do Evangelho
NÃO SE PERTURBE!
O discípulo do Ressuscitado vê-se confrontado com duas situações que, se mal compreendidas, poderão ser causa de perturbação. Por um lado, tem diante de si um projeto, cujas exigências e conseqüências são preocupantes: pautar a própria vida pelo ideal do Reino, num mundo hostil e refratário ao amor, tem um preço a ser pago. Por outro lado, o discípulo pergunta-se pelo fim de tudo isto, pela meta para onde caminha. O sentido da caminhada e o ânimo com que ela é feita, dependem de uma certa lucidez. Caso contrário, o discípulo deixar-se-á vencer pelo desânimo.
Jesus tomou a iniciativa de tranqüilizar os discípulos, apelando para a fé: "Assim como vocês acreditam em Deus, acreditem também em mim". Suas palavras elucidavam as dúvidas que povoavam o coração deles. Acolhidas na fé, essas palavras surtiriam o efeito tranqüilizador desejado.
Para os discípulos, abriu-se uma perspectiva de comunhão escatológica com o Pai. Simbolicamente, Jesus referiu-se à casa com muitas moradas. O vocábulo casa evoca afeto, convivência, intimidade. As muitas moradas significam a disposição do Pai para acolher a todos, sem exceção. Quem chegar na casa do Pai, será recebido por ele.
Esse lugar de acolhida será preparado por Jesus, o qual precederá os seus discípulos. Com uma tal certeza, pode-se deixar de lado todo receio. Basta seguir o caminho aberto por Jesus.

Oração
Espírito de tranqüilidade afasta para longe de mim toda perturbação, e faze-me confiar plenamente nas palavras de Jesus, que já nos preparou um lugar na casa do Pai.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês).

Leitura
Atos 13,26-33
Leitura dos Atos dos Apóstolos.
13 26 “Irmãos, filhos de Abraão, e os que entre vós temem a Deus: a nós é que foi dirigida a mensagem de salvação.
27 Com efeito, os habitantes de Jerusalém e os seus magistrados não conheceram Jesus, e, sentenciando-o, cumpriram os oráculos dos profetas, que cada sábado são lidos.
28 Embora não achassem nele culpa alguma de morte, pediram a Pilatos que lhe tirasse a vida.
29 Depois de realizarem todas as coisas que dele estavam escritas, tirando-o do madeiro, puseram-no num sepulcro.
30 Mas Deus o ressuscitou dentre os mortos.
31 Durante muitos dias apareceu àqueles que com ele subiram da Galiléia a Jerusalém, os quais até agora são testemunhas dele junto ao povo.
32 Nós vos anunciamos: a promessa feita a nossos pais,
33 Deus a tem cumprido diante de nós, seus filhos, suscitando Jesus, como também está escrito no Salmo segundo: ‘Tu és meu Filho, eu hoje te gerei’."
Palavra do Senhor.
Salmo 2
Tu és meu Filho, e eu hoje te gerei!

“Fui eu mesmo que escolhi este meu rei
e, em Sião, meu monte santo, o consagrei!”
O decreto do Senhor promulgarei,
foi assim que me falou o Senhor Deus:
“Tu és meu filho, e eu hoje te gerei!”

Podes pedir-me e, em resposta, eu te darei
por tua herança os povos todos e as nações,
e há de ser a terra inteira o teu domínio.
Com cetro férreo haverás de dominá-los
e quebra-los como um vaso de argila!

E agora, poderosos, entendei;
soberanos, aprendei esta lição:
com temos servi a Deus, rendei-lhe glória
e prestai-lhe homenagem com respeito!
Oração
Deus, a quem devemos a liberdade e a salvação, fazei que possamos viver por vossa graça e encontrar em vós a felicidade eterna, pois nos remistes com o sangue do vosso Filho. Que convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo.

Deus criou os bens para todos


Possuir um bem não é errado. O erro começa quando eu o uso só para mim, sem pensar nos outros.
Por Padre Queiroz
S. Francisco de Assis é o fundador da Ordem religiosa Franciscana. Um dia, um Irmão aproximou-se dele, mostrou-lhe o livro de orações que usava e pediu: “Frei Francisco, eu posso ficar com este breviário para mim?”

S. Francisco respondeu: "Eu não dou este breviário para você porque, se amanhã um colega seu quiser usá-lo, não poderá, pois você o terá guardado no seu quarto".

Aí está o modo correto de usar os bens da terra: Aproveitar-nos deles sim, mas não impedir que os outros também os usem. A propriedade particular é um direito, mas ela tem uma hipoteca social, o que nos leva a ser mais administradores que donos.

Possuir um bem não é errado. O erro começa quando eu o uso só para mim, sem pensar nos outros. Toda propriedade tem uma dimensão social, pois Deus criou a terra, e todos os bens que nela existem, para todos os seus filhos e filhas. Ser dono de um bem é zelar por ele, para que todos possam beneficiar-se.

Toda a Bíblia mostra o grande amor que Deus tem aos pobres. “Eu ouvi o clamor do meu povo” (Ex 3,7). É assim que Deus fala a Moisés, e a partir daí tira o seu povo da escravidão.

Anos mais tarde, Deus vira o contrário e coloca-se contra o seu povo: “Não maltrateis o estrangeiro nem o pobre que está no meio de vós. Não façais mal à viúva nem ao órfão” (Ex 22,20-22). “Abre tua mão para teu irmão e para o necessitado” (Dt 15,11). Em outro lugar: “Não haja pobres no meio de vós” (Dt 15,4).

“Pai dos órfãos e defensor das viúvas, assim é Deus em sua santa morada. Aos desprezados ele dá uma casa para morar e faz sair com alegria os prisioneiros” (Sl 68,6-7).

Maria Santíssima tinha uma única riqueza. Era aquela que o anjo Gabriel destacou nela: “Ave, cheia de graça!” Em Aparecida, ela veio socorrer três pobres pescadores, e continua nos socorrendo. Santa Mãe Maria, nesta travessia, cubra-nos teu manto cor de anil.
A12, 16-05-2014.