sábado, 8 de novembro de 2014

Agentes da Pascom participam de encontro arquidiocesano neste fim de semana



33Cerca de cem agentes da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Olinda e Recife se reunirão neste fim de semana. O grupo participará de uma série de conferências e debates que abordarão o tema, “A comunicação da Igreja no Brasil à luz do diretório de comunicação na era da cultura digital”. O encontro que será realizado no Centro Pastoral Padre Romeu, na Paróquia da Torre, Zona Oeste da Capital, terá a assessoria dos membros da Comissão Episcopal para a Comunicação Social da CNBB, irmã Élide Fogolari e o padre Clóvis Andrade de Melo.
A programação do 5º Encontro Arquidiocesano da Pascom começa nesta sexta-feira, dia 7, às 19h com a apresentação em vídeo do Diretório de Comunicação da Igreja no Brasil seguida de um debate. No sábado, 8, o encontro terá início às 8h com um momento de oração e seguirá até as 19h, encerrando com a Santa Missa.
Durante todo o dia, os assessores se revezarão em apresentações temáticas que são abordadas pelo documento aprovado neste ano pela CNBB. Os temas vão desde a espiritualidade do comunicador à missão da Pascom na Igreja, passando pela integração da pastoral com outras pastorais como a catequese e a liturgia.
O evento é uma realização da Comissão Arquidiocesana de Pastoral para a Comunicação Social, com o apoio das Irmãs Paulinas e da CNBB.
Diretório
diretrio-1O Documento número 99 da CNBB é composto por dez capítulos, que tratam dos diferentes conteúdos da comunicação, são eles: 1. Comunicação e Igreja no mundo em mudanças, 2. Teologia da Comunicação, 3. Comunicação e vivência da fé, 5, Ética e Comunicação, 6. O protagonismo dos leigos na comunicação evangelizadora, 7. A Igreja e mídia, 8. Igreja e mídias digitais, 9. Políticas de comunicação e 10. Comunicação na Igreja: a atuação da Pascom.
Em cada capítulo, além das reflexões apresentadas, são oferecidas pistas de ação para a formação, articulação, produção e espiritualidade da comunicação. O Diretório é destinado aos responsáveis que atuam na comunicação eclesial e nas relações com a sociedade. O texto oferece conteúdos com referenciais comunicacionais, sociológicos, éticos, políticos, teológicos e pastorais.
O livro será vendido durante o encontro com o desconto de 20% para os participantes.


Da Assessoria de Comunicação AOR

Crer é também se envolver


Quanto mais nos aproximamos do povo, mais compreendem nossa missão.
Por Luiz Carlos de Oliveira*

Papa Francisco, em sua exortação Alegria do Evangelho nº 24, criou a palavra "primeireiam". Este termo significa a capacidade de tomar iniciativas. Podemos dizer: os discípulos procuram chegar primeiro.

O termo é novo, mas a realidade é velha, mais ainda, Divina, pois Deus sempre chega primeiro, como nos explica S. João: "Nisto consiste o amor: Não fomos nós que amamos a Deus, mas foi Ele quem os amou e enviou seu Filho” (1Jo 4,10).

Paulo diz na carta aos Romanos: "Deus demonstra seu amor para conosco pelo fato de Cristo ter morrido por nós quando ainda éramos pecadores" (Rm 5,8). Em nossa formação espiritual, insistiu-se em buscar Deus, como se tudo dependesse de nós. Sabemos que já o desejo de buscar Deus, já é provocado por Ele.

A comunidade que sente esse a amor de Deus que chegou primeiro, "sabe tomar iniciativas sem medo, ir ao encontro, procurar os afastados e convidar os excluídos" (EG 24). Porque recebeu a misericórdia de Deus, a comunidade quer oferecer esta misericórdia. Nós vivemos uma espiritualidade egoísta que pensa só em receber de Deus e não pensa em sair de si.

A moleza dos bons aumenta a desgraça dos fracos. Se cada cristão levasse a outro esse amor, mesmo que fosse um só, o mundo já teria mudado. A fé tem que sair da sacristia e do grupinho dos ineficientes “piedosos” e envolver-se com as situações de miséria e sofrimento.

Referindo-se a seu gesto de lavar os pés dos apóstolos Jesus manda que O imitemos suas atitudes: “Sereis felizes se o puserdes em prática” (Jo 13,17). Tomar iniciativas é envolver-se na vida diária com obras e gestos. Cristo envolveu-se totalmente e tocou a vida das pessoas com sua humildade. Envolver-se para servir, não para imiscuir-se.

Acompanhar pelo caminho

Envolver-se supõe acompanhar. Papa Francisco continua: “Em seguida, a comunidade evangelizado dispõe-se a ‘acompanhar’. Acompanha a humanidade em todos os seus processos, por mais duros e demorados que sejam”.

Todos os fiéis devem também envolver-se e tocar o Cristo na carne sofrida do povo. Por isso é preciso estar presente na caminhada. É necessário paciência e suportar, como Jesus disse no evangelho: Deixar crescer o joio no meio do trigo. Trata-se de entregar a vida. Foi este o caminho de tantos que acreditaram na força do Evangelho. Os frutos virão. Quem sabe não vamos ver nem a planta crescer. Outros colherão onde plantamos. Muitos foram mártires porque estiveram presentes.

Durante a guerra civil da Angola, muitos missionários fugiram. Os que não quiseram fugir e ficaram acompanhando o povo em seu sofrimento, são muito respeitados e amados pelo povo.

Cheiro de ovelha

O envolvimento com o povo em sua situação nos dará, como diz o Papa, o cheiro das ovelhas. Nem sempre são perfumadas. Este vai além. Vai exigir muito desprendimento para passar a viver como o povo vive, falar sua língua, viver seus costumes, comer como comem, alegrar-se como se alegram. O povo é festivo e feliz.

Quanto mais nos aproximamos, mais compreendem nossa missão. Esse modo de evangelizar é o que dá consistência à liturgia celebrada na festa do povo.

Quando não entendemos o que o padre diz na homilia, é porque não fala nossa língua, isto é, não vive conosco. Estando acostumados com sua presença, entendemos o que diz no altar.
A12, 01-11-2014.
*Luiz Carlos de Oliveira, CSsR, é padre.

Evangelho do Dia

Ano A - 08 de novembro de 2014

Lucas 16,9-15

Aleluia, aleluia, aleluia.
Jesus Cristo, Senhor nosso, embora sendo rico, para nós se tornou pobre, a fim de enriquecer-nos mediante sua pobreza (2Cor 8,9).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
Naquele tempo, 16 9 disse Jesus aos seus discípulos: “Fazei-vos amigos com a riqueza injusta, para que, no dia em que ela vos faltar, eles vos recebam nos tabernáculos eternos.
10 Aquele que é fiel nas coisas pequenas será também fiel nas coisas grandes. E quem é injusto nas coisas pequenas, sê-lo-á também nas grandes.
11 Se, pois, não tiverdes sido fiéis nas riquezas injustas, quem vos confiará as verdadeiras?
12 E se não fostes fiéis no alheio, quem vos dará o que é vosso?
13 Nenhum servo pode servir a dois senhores: ou há de odiar a um e amar o outro, ou há de aderir a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro”.
14 Ora, ouviam tudo isto os fariseus, que eram avarentos, e zombavam dele.
15 Jesus disse-lhes: “Vós procurais parecer justos aos olhos dos homens, mas Deus vos conhece os corações; pois o que é elevado aos olhos dos homens é abominável aos olhos de Deus”.
Palavra da Salvação.

Comentário do Evangelho
DEUS E O DINHEIRO
A pedagogia de Jesus não consistia em afastar os discípulos das coisas materiais, e sim, em ensinar-lhes a usar corretamente os bens deste mundo, de forma a tirar proveito deles, para a salvação.
Este é o caso do dinheiro. Seria ingênuo pretender segregar os discípulos num ambiente onde o "dinheiro da iniqüidade" fosse abolido. Pelo contrário, deveriam inserir-se na sociedade que faz uso dele, mas pautando seu agir por parâmetros compatíveis com o Reino. Muitas vezes, quando se fala em dinheiro, pensa-se logo em acumulação indevida, fraude, dolo, injustiça.
O discípulo, no entanto, deve servir-se dele para "fazer amigos", na perspectiva do Reino. Como? Despertando, no mundo, a solidariedade, conforme as exigências do Reino, onde os bens são partilhados com os pobres, porque, conforme o provérbio bíblico "Quem dá aos pobres, empresta a Deus". Deve, ainda, servir-se do dinheiro, mas sem lançar mão de meios desonestos para acumulá-lo, muito menos às custas da espoliação do próximo, e jamais permitindo que a riqueza o torne insensível à indigência dos seus semelhantes.
Agindo assim, o discípulo coloca o dinheiro a serviço do Reino, impedindo-o de ocupar o lugar de Deus em seu coração. Em outras palavras, a riqueza é colocada a serviço da misericordiosa bondade do Pai, em favor de seus filhos mais necessitados.

OraçãoEspírito de indiferença, faze como que meu coração seja sempre livre, no tocante à riqueza, de modo que eu possa usá-la para fazer o bem aos mais necessitados.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Leitura
Filipenses 4,10-19
Leitura da carta de são Paulo aos Filipenses.
4 10 Fiquei imensamente contente, no Senhor, porque, finalmente, vi reflorescer o vosso interesse por mim. É verdade que sempre pensáveis nisso, mas vos faltava oportunidade de mostrá-lo.
11 Não é minha penúria que me faz falar. Aprendi a contentar-me com o que tenho.
12 Sei viver na penúria, e sei também viver na abundância. Estou acostumado a todas as vicissitudes: a ter fartura e a passar fome, a ter abundância e a padecer necessidade.
13 Tudo posso naquele que me conforta.
14 Contudo, fizestes bem em tomar parte na minha tribulação.
15 Vós que sois de Filipos, bem sabeis como, no início do meu ministério evangélico, quando parti da Macedônia, nenhuma comunidade abriu comigo contas de deve-haver, senão vós somente.
16 Já por duas vezes mandastes para Tessalônica o que me era necessário.
17 Não é o donativo em si que eu procuro, e sim os lucros que vão aumentando a vosso crédito.
18 Recebi tudo, e em abundância. Estou bem provido, depois que recebi de Epafrodito a vossa oferta: foi um suave perfume, um sacrifício que Deus aceita com agrado.
19 Em recompensa, o meu Deus há de prover magnificamente a todas as vossas necessidades, segundo a sua glória, em Jesus Cristo.
Palavra do Senhor.
Salmo 111/112
Feliz o aquele que respeita o Senhor!

Feliz o homem que respeita o Senhor
e que ama com carinho a sua lei!
Sua descendência será forte sobre a terra,
abençoada a geração dos homens retos!

Feliz o homem caridoso e prestativo,
que resolve seus negócios com justiça.
Porque jamais vacilará o homem reto,
sua lembrança permanece eternamente!

Seu coração está tranqüilo e nada teme,
e confusos há de ver seus inimigos.
Ele reparte com os pobres os seus bens,
permanece para sempre o bem que fez,
e crescerão a sua glória e seu poder.
Oração
Ó Deus de poder e misericórdia, que concedeis a vossos filhos e filhas a graça de vos servir como devem, fazei que corramos livremente ao encontro das vossas promessas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Liturgia Diária

DIA 8 DE NOVEMBRO - SÁBADO

XXXI SEMANA DO TEMPO COMUM
(VERDE – OFÍCIO DO DIA)

Antífona de entrada:
Não me abandoneis jamais, Senhor, meu Deus, não fiqueis longe de mim! Depressa, vinde em meu auxílio, ó Senhor, minha salvação! (Sl 37,22s)
Oração do dia
Ó Deus de poder e misericórdia, que concedeis a vossos filhos e filhas a graça de vos servir como devem, fazei que corramos livremente ao encontro das vossas promessas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Filipenses 4,10-19)
Leitura da carta de são Paulo aos Filipenses.
4 10 Fiquei imensamente contente, no Senhor, porque, finalmente, vi reflorescer o vosso interesse por mim. É verdade que sempre pensáveis nisso, mas vos faltava oportunidade de mostrá-lo.
11 Não é minha penúria que me faz falar. Aprendi a contentar-me com o que tenho.
12 Sei viver na penúria, e sei também viver na abundância. Estou acostumado a todas as vicissitudes: a ter fartura e a passar fome, a ter abundância e a padecer necessidade.
13 Tudo posso naquele que me conforta.
14 Contudo, fizestes bem em tomar parte na minha tribulação.
15 Vós que sois de Filipos, bem sabeis como, no início do meu ministério evangélico, quando parti da Macedônia, nenhuma comunidade abriu comigo contas de deve-haver, senão vós somente.
16 Já por duas vezes mandastes para Tessalônica o que me era necessário.
17 Não é o donativo em si que eu procuro, e sim os lucros que vão aumentando a vosso crédito.
18 Recebi tudo, e em abundância. Estou bem provido, depois que recebi de Epafrodito a vossa oferta: foi um suave perfume, um sacrifício que Deus aceita com agrado.
19 Em recompensa, o meu Deus há de prover magnificamente a todas as vossas necessidades, segundo a sua glória, em Jesus Cristo.
Palavra do Senhor.
Salmo responsorial 111/112
Feliz o aquele que respeita o Senhor!

Feliz o homem que respeita o Senhor
e que ama com carinho a sua lei!
Sua descendência será forte sobre a terra,
abençoada a geração dos homens retos!

Feliz o homem caridoso e prestativo,
que resolve seus negócios com justiça.
Porque jamais vacilará o homem reto,
sua lembrança permanece eternamente!

Seu coração está tranqüilo e nada teme,
e confusos há de ver seus inimigos.
Ele reparte com os pobres os seus bens,
permanece para sempre o bem que fez,
e crescerão a sua glória e seu poder.
Evangelho (Lucas 16,9-15)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Jesus Cristo, Senhor nosso, embora sendo rico, para nós se tornou pobre, a fim de enriquecer-nos mediante sua pobreza (2Cor8,9).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
Naquele tempo, 16 9 disse Jesus aos seus discípulos: “Fazei-vos amigos com a riqueza injusta, para que, no dia em que ela vos faltar, eles vos recebam nos tabernáculos eternos.
10 Aquele que é fiel nas coisas pequenas será também fiel nas coisas grandes. E quem é injusto nas coisas pequenas, sê-lo-á também nas grandes.
11 Se, pois, não tiverdes sido fiéis nas riquezas injustas, quem vos confiará as verdadeiras?
12 E se não fostes fiéis no alheio, quem vos dará o que é vosso?
13 Nenhum servo pode servir a dois senhores: ou há de odiar a um e amar o outro, ou há de aderir a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro”.
14 Ora, ouviam tudo isto os fariseus, que eram avarentos, e zombavam dele.
15 Jesus disse-lhes: “Vós procurais parecer justos aos olhos dos homens, mas Deus vos conhece os corações; pois o que é elevado aos olhos dos homens é abominável aos olhos de Deus”.
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
DEUS E O DINHEIRO
A pedagogia de Jesus não consistia em afastar os discípulos das coisas materiais, e sim, em ensinar-lhes a usar corretamente os bens deste mundo, de forma a tirar proveito deles, para a salvação.
Este é o caso do dinheiro. Seria ingênuo pretender segregar os discípulos num ambiente onde o "dinheiro da iniqüidade" fosse abolido. Pelo contrário, deveriam inserir-se na sociedade que faz uso dele, mas pautando seu agir por parâmetros compatíveis com o Reino. Muitas vezes, quando se fala em dinheiro, pensa-se logo em acumulação indevida, fraude, dolo, injustiça.
O discípulo, no entanto, deve servir-se dele para "fazer amigos", na perspectiva do Reino. Como? Despertando, no mundo, a solidariedade, conforme as exigências do Reino, onde os bens são partilhados com os pobres, porque, conforme o provérbio bíblico "Quem dá aos pobres, empresta a Deus". Deve, ainda, servir-se do dinheiro, mas sem lançar mão de meios desonestos para acumulá-lo, muito menos às custas da espoliação do próximo, e jamais permitindo que a riqueza o torne insensível à indigência dos seus semelhantes.
Agindo assim, o discípulo coloca o dinheiro a serviço do Reino, impedindo-o de ocupar o lugar de Deus em seu coração. Em outras palavras, a riqueza é colocada a serviço da misericordiosa bondade do Pai, em favor de seus filhos mais necessitados.

OraçãoEspírito de indiferença, faze como que meu coração seja sempre livre, no tocante à riqueza, de modo que eu possa usá-la para fazer o bem aos mais necessitados.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Sobre as oferendas
Ó Deus, que este sacrifício se torne uma oferenda perfeita aos vossos olhos e fonte de misericórdia para nós. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão:
Vós me ensinais vosso caminho para a vida; junto de vós, felicidade sem limites! (Sl 15,11)
Depois da comunhão
Ó Deus, frutifique em nós a vossa graça, a fim de que, preparados por vossos sacramentos, possamos receber o que prometem. Por Cristo, nosso Senhor.

Semana da solidariedade


A solidariedade é bem vital e determinante dos rumos da sociedade
A solidariedade torna-se indispensável que todos busquem caminhos para superar um gravíssimo problema: o desperdício de alimentos
A Cáritas Brasileira promove a Semana da Solidariedade, de 7 a 14 de novembro, no amplo contexto da campanha mundial inspirada pelo tema “Uma família humana: pão e justiça para todas as pessoas”. Com simplicidade, está feito o convite à reflexão sobre a realidade da fome e da pobreza no Brasil. Essa pauta tem relevante significação cidadã e indispensável força educativa. A vivência desta Semana da Solidariedade é “oportunidade de ouro” para qualificar a insubstituível sensibilidade social que deve temperar a cidadania. Um tempero que precisa ser renovado no coração dos adultos, cultivado no coração das crianças, na mente e nas convicções dos jovens. Não investir no compromisso com a solidariedade produz lacunas muito sérias nos cenários sociais.
 
O consequente tratamento inadequado e equivocado da natureza, gerando prejuízos e catástrofes muito sérias e a escassez de bens vitais, é uma das consequências da falta de solidariedade que, infelizmente, caracteriza certos comportamentos sociais e políticos. Sabe-se que a sociedade é edificada por instituições e organizações, articulações e contribuições técnicas de todo tipo. No entanto, se o sentido nobre de solidariedade for desconsiderado, as muitas dinâmicas tornam-se fadadas ao fracasso e surgem descompassos diversos, que pesam sobre os ombros de todos, particularmente dos mais pobres e indefesos.
 
A solidariedade é bem vital e determinante dos rumos da sociedade e, por isso, torna-se indispensável que todos busquem caminhos para superar um gravíssimo problema: o desperdício de alimentos. A Semana da Solidariedade começa no Dia de Mobilização Nacional de Combate à Fome e à Pobreza, 7 de novembro, data que busca a união de todos contra o desperdício e incentiva o apoio à agricultura familiar. A mobilização também pede a efetivação de políticas públicas que garantam o direito à alimentação. Um caminho de grande importância, que inclui metas, exige entendimentos e ações para superar contradições que prejudicam a justiça.
 
Aqui se desenha um cenário com enormes desafios e exigências, indicando o quanto é necessário aprimorar o tratamento da realidade e a aplicação das políticas públicas. A complexidade dessa realidade não pode justificar indiferenças, desconhecimento e pouco empenho para realizar mudanças que, ao serem adiadas, retardam a urgente e necessária superação da miséria que pesa ainda sobre os ombros de muitos. Ainda que a ONU divulgue que o Brasil está fora do mapa mundial da fome, tendo-a reduzido em 50%; e a extrema pobreza, em 75%, além de ter alcançado a meta dos objetivos de desenvolvimento do milênio com mais de um ano de antecedência, há um exigente caminho a ser percorrido. Este percurso inclui políticas públicas mais audaciosas e emancipatórias, como também não pode dispensar o sentido cidadão de solidariedade que deve mover a mente e o coração de cada pessoa.
 
As estatísticas não podem permitir acomodação e tranquilidade diante da meta atingida. Enquanto houver um irmão passando fome no Brasil, ou em qualquer canto do mundo, a consciência cidadã deve doer. É muito fácil não se deixar incomodar. Até porque nem sempre se vê, ou até se sabe, a respeito dos que passam fome e são vítimas de injustiças. Apesar dos muitos avanços, ainda temos regiões, não tão longe de nós, convivendo com a fome. Segundo cálculos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o número de indigentes no país cresceu de 10,08 milhões, em 2012, para 10,45 milhões no ano passado. Trata-se de um aumento de 3,7%, o primeiro desde os 10% de 2003. No mundo, 805 milhões de pessoas - uma em cada nove - sofrem de fome crônica, segundo o relatório “O Estado da Insegurança Alimentar” da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).
 
Para superar as situações de miséria não bastam ações aleatórias, as iniciativas políticas estratégicas, transformadoras e emancipatórias, precisam ser fundamentadas pelo compromisso cidadão e cristão de combater o desperdício.  O volume de alimentos produzidos no Brasil, por exemplo, é 25% superior à necessidade de toda a população do País. Em todo o mundo, segundo as Nações Unidas, cerca de um terço de todos os alimentos produzidos é perdido ou desperdiçado, volume equivalente a mais de 1,3 bilhão de toneladas de comida – e a cerca de um trilhão de dólares, o suficiente para alimentar 870 milhões de pessoas. O modelo de produção, beneficiamento e outros aspectos somados ao desperdício, responsabilidade de cada indivíduo e das instituições, perpetuam a vergonhosa realidade da fome. Sendo assim, cada um é convidado a disciplinar-se, dia a dia. É preciso utilizar os bens da criação na medida necessária, sem excessos.
 
Compreender a solidariedade como princípio ordenador de instituições e da conduta cidadã elava a capacidade para transformar o que é urgente mudar. E esse entendimento do que é, de fato, solidariedade, levará os cidadãos a terem clareza do débito de cada um para com a sociedade. Que o horizonte desafiador da fome inspire a vivência desta Semana da Solidariedade, para gerar novas posturas e ações. De modo especial, que cada um desperte para o compromisso efetivo com a solidariedade, em gestos grandes e pequenos. Trata-se de nobre sentimento, o único remédio capaz de devolver e manter equilíbrios na sociedade contemporânea. 

Dom Walmor Oliveira de Azevedo
O arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, Dom Walmor Oliveira de Azevedo, é doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma (Itália) e mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico, em Roma (Itália). Membro da Congregação do Vaticano para a Doutrina da Fé. Dom Walmor presidiu a Comissão para Doutrina da Fé da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), durante os exercícios de 2003 a 2007 e de 2007 a 2011. Também exerceu a presidência do Regional Leste II da CNBB - Minas Gerais e Espírito Santo. É o Ordinário para fiéis do Rito Oriental residentes no Brasil e desprovidos de Ordinário do próprio rito. Autor de numerosos livros e artigos. Membro da Academia Mineira de Letras. Grão-chanceler da PUC-Minas. 

Informação

Informamos aos paroquianos, Pastorais e Movimentos, que no próximo sábado, dia 15/11, das 8h às 12h, no salão paroquial da matriz de Candeias, acontecerá a 4ª Escola Missionária. 
Cada Grupo, Movimentos e Pastorais deverão enviar 05 membros para participarem da escola.

PROCLAMAS MATRIMONIAIS

01 e 02 de novembro de 2014


COM O FAVOR DE DEUS E DA SANTA MÃE A IGREJA, QUEREM SE CASAR:
                                                                                  



·         ADARCIO CARDOSO DA SILVA
E
MARIA APARECIDA DAS NEVES


·         ALESSANDRO GOUVEIA DA SILVA
E
INDIAMARA CAMPOS GOUVEIA


·         REINALDO TEIXEIRA JÚNIOR
E
AMANDA MONTENEGRO LEMOS DE ARRUDA ALENCAR




                       Quem souber algum impedimento que obste à celebração destes casamentos está obrigado em  consciência a declarar.