segunda-feira, 13 de maio de 2013

Arquidiocese comunica, com pesar, falecimento do padre Sílvio Milanez



2º Dia da Festa da Padroeira 050

A Arquidiocese de Olinda e Recife comunica, com pesar, o falecimento do seu padre Sílvio Lúcio de Medeiros Milanez, ocorrido na madrugada deste domingo, 12 de maio. O sacerdote morreu na cidade de João Pessoa (PB), onde se recuperava de uma cirurgia na casa de familiares.
A Missa da Esperança foi presidida pelo arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, às 16h. O sepultamento ocorreu em um cemitério particular na capital paraibana.
Padre Sílvio Milanez havia completado 70 anos na última terça-feira, 7 de maio. Foi ordenado sacerdote no dia 30 de novembro de 1969 e era capelão do Colégio Santa Maria, em Boa Viagem, no Recife. O sacerdote era cantor e autor de famosas canções litúrgicas. Entre elas: “Que germine o Salvador” e “De mãos estendidas”. Ele também era professor do Conservatório Pernambucano de Música.
“No mistério da comunhão dos santos, acompanhemos nosso querido padre Sílvio Milanez, celebrando por ele a Santa Missa e oferecendo por ele nossas orações ao Pai, que o receba e acolha”, pediu o arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido.
7º Dia - A Missa pelo Sétimo Dia do falecimento do sacerdote será celebrada no próximo sábado, 18, às 9h, na Igreja Matriz do Santíssimo Sacramento, no bairro da Boa Vista, Centro do Recife.
Foto: Paróquia Assunção de Maria – Rio Doce – Olinda
Da Assessoria de Comunicação AOR

Nobres sentimentos




Mãe é sempre a pessoa que se torna uma ciência de vida, emoldurada por seus gestos de nobreza (Foto: Divulgação)
O Dia das Mães, celebração do segundo domingo de maio, mais do que tradicional comemoração, é oportunidade para resgatar nobres sentimentos. Há um magistério do coração materno com propriedades únicas e sustentadoras da vida, com autenticidade, singeleza e beleza. Mãe é sempre a pessoa que se torna uma ciência de vida, emoldurada por seus gestos de nobreza. Uma altivez que se projeta no âmbito dos balizamentos divinos. Compreende-se porque a mãe é expressão mais completa do amor misericordioso do Pai.

Deus quis uma Mãe para o seu filho: Maria, a Mãe de Jesus, que ao participar da vida e missão de seu filho, com admirável simplicidade, delicadeza completa e artística discrição, alcança a estatura da mais cativante nobreza. Atenta, escuta e obedece a escolha de Deus dizendo seu sim. Alcança uma compreensão com medidas humanamente perfeitas para acolher o querer divino. Nela, Maria, realiza-se a mais completa expressão da obra da criação, quando coberta pela invisível presença amorosa do Espírito Santo se torna a Mãe do Salvador do mundo. Caminha com Ele, acompanhando-o no seu crescimento, de modo exemplar no desempenho pedagógico de quem foi escolhida para ser a Mãe do Mestre e Senhor.

Nas circunstâncias de sua missão, mostra-se atenta às necessidades dos outros, expressão nobre dos mais importantes sentimentos. Vive angústias e obediência amorosa que geram alegrias e guarda tudo no coração, tornando-o um sacrário de sabedorias não encontrados nos livros, não ensinados nas academias e não alcançados pelas estratégias . O exemplo de Maria mostra que cada mãe é merecedora de toda reverência. Nossa Senhora alcança o mais relevante patamar da condição de filha de Deus quando enxerga, pela fé, a certeza da vitória diante dos sofrimentos, como a crucifixão e morte de um filho. Não por acaso, o artista Aleijadinho, na imagem veneranda da Senhora da Piedade, aquela da Ermida da Padroeira de Minas, destaca o olhar que revela a dor e, ao mesmo tempo, a luminosidade que só a fé pode dar à razão humana e ao coração da criatura.

Dessa Mãe, a Mãe de Deus, cada mãe, na singularidade de sua história de vida cultural e familiar, e nas particularidades dos dons e de sua própria missão, tem o necessário para ser especial e no seu dia ser reverenciada Toda mãe é mestra, sem ser professora. É sábia, sem ser intelectual ou estudada. Tem realeza, sem pertencer a dinastias monárquicas. Dona do que for, muito ou pouco, revela a capacidade inimitável de doação e de partilha. Assim, alivia os pesos da miséria, dos sofrimentos, consola nas tristezas e inspira, mesmo depois de ter partido deste mundo, audácias, coragem, sentimentos de gratidão. Alimenta por seus gestos jamais esquecidos o tesouro dos nobres sentimentos.

Faço votos que este segundo domingo de maio, congregando famílias, reunindo filhos ao redor de suas mães, também pela lembrança das que já partiram desta vida, emolduradas por uma saudade que não passa, seja uma oportunidade de festa. Além disso, que seja um momento singular para reavivar os nobres sentimentos, segundo medidas do amor de mãe, para que se concretize, com mais rapidez e perfeição, o que só o amor aprendido e vivido pode alcançar: um tempo novo para este novo tempo do terceiro milênio.

Você, como filho ou filha, resgate no seu coração e na sua vida o que pode fazer dela o verdadeiro dom que é: as lições que as mães ensinam pelos nobres sentimentos. Parabéns, mães, com apreço, benção e a proteção da Nossa Senhora da Piedade, Mãe Padroeira de Minas Gerais.

Dom Walmor Oliveira de Azevedo O arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, Dom Walmor Oliveira de Azevedo, é doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma (Itália) e mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico, em Roma (Itália). Membro da Congregação do Vaticano para a Doutrina da Fé. Dom Walmor presidiu a Comissão para Doutrina da Fé da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), durante os exercícios de 2003 a 2007 e de 2007 a 2011. Também exerceu a presidência do Regional Leste II da CNBB - Minas Gerais e Espírito Santo. É o Ordinário para fiéis do Rito Oriental residentes no Brasil e desprovidos de Ordinário do próprio rito. Autor de numerosos livros e artigos. Membro da Academia Mineira de Letras. Grão-chanceler da PUC-Minas. 

Liturgia Diária


DIA 13 DE MAIO - SEGUNDA-FEIRA

VII SEMANA DA PÁSCOA *
(BRANCO, PREFÁCIO DA ASCENSÃO – OFÍCIO DO DIA DA III SEMANA)

Antífona da entrada: Recebereis a força do Espírito Santo, que descerá em vós, e dareis testemunho de mim até os confins da terra, aleluia! (At 1,8)
Oração do dia
Nós vos pedimos, ó Deus, que venha a nós a força do Espírito Santo, para que realizemos fielmente a vossa vontade e a manifestemos por uma vida santa. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Atos 19,1-8)
Leitura dos Atos dos Apóstolos.
19 1 Enquanto Apolo estava em Corinto, Paulo atravessou as províncias superiores e chegou a Éfeso, onde achou alguns discípulos e indagou deles:
2 "Recebestes o Espírito Santo, quando abraçastes a fé?" Responderam-lhe: "Não, nem sequer ouvimos dizer que há um Espírito Santo!
3 Então em que batismo fostes batizados?", perguntou Paulo. Disseram: "No batismo de João".
4 Paulo então replicou: "João só dava um batismo de penitência, dizendo ao povo que cresse naquele que havia de vir depois dele, isto é, em Jesus".
5 Ouvindo isso, foram batizados em nome do Senhor Jesus.
6 E quando Paulo lhes impôs as mãos, o Espírito Santo desceu sobre eles, e falavam em línguas estranhas e profetizavam.
7 Eram ao todo uns doze homens.
8 Paulo entrou na sinagoga e falou com desassombro por três meses, disputando e persuadindo-os acerca do Reino de Deus.
Palavra do Senhor.
Salmo responsorial 67/68
Reinos da terra, cantai ao Senhor.

Eis que Deus se põe de pé e os inimigos se dispersam!
fogem longe de sua face os que odeiam o Senhor
Como fumaça se dissipa, assim também os dissipais,
como a cera se derrete ao contato com o fogo,
assim pereçam os iníquos ante a face do Senhor!

Mas os justos se alegram na presença do Senhor,
rejubilam satisfeitos e exultam de alegria!
Cantai a Deus, a Deus louvai, cantai um salmo a seu nome!
O seu nome é Senhor: exultai diante dele!

Dos órfãos ele é pai e das viúvas protetor;
é assim o nosso Deus em sua santa habitação.
É o Senhor quem dá abrigo, dá um lar aos deserdados,
quem liberta os prisioneiros e os sacia com fartura.
Evangelho (João 16,29-33)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Se com Cristo ressurgistes, procurai o que é do alto, onde Cristo está sentado à direita de Deus Pai (Cl 3,1).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
Naquele tempo, os discípulos disseram a Jesus: 16 29 "Eis que agora falas claramente e a tua linguagem já não é figurada e obscura.
30 Agora sabemos que conheces todas as coisas e que não necessitas que alguém te pergunte. Por isso, cremos que saíste de Deus".
31 Jesus replicou-lhes: "Credes agora!
32 Eis que vem a hora, e ela já veio, em que sereis espalhados, cada um para o seu lado, e me deixareis sozinho. Mas não estou só, porque o Pai está comigo.
33 Referi-vos essas coisas para que tenhais a paz em mim. No mundo haveis de ter aflições. Coragem! Eu venci o mundo".
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
TENHAM CONFIANÇA!
Os discípulos, nem de longe, podiam imaginar o futuro que teriam pela frente. Intelectualmente, deram mostras de ter entendido os ensinamentos de Jesus, chegando mesmo a proclamar sua condição de enviado de Deus. E depois, quando se apresentasse a ocasião de dar testemunho público desta verdade, estariam preparados para tal desafio?
O Mestre não tinha nenhuma dúvida a este respeito. Ao chegar a hora de se declararem discípulos seus, haveriam de debandar e deixá-lo sozinho. Triste constatação para quem se julgava sintonizado com Jesus!
O realismo do Mestre não lhe permite desesperar, por causa disto. Embora sabendo que seria vítima do abandono do grupo escolhido e preparado por levar adiante sua missão, exorta-o à confiança.
Seguros quanto ao poder de Jesus sobre o mundo, os discípulos se julgavam em condições de enfrentá-lo, sem temer suas investidas e ameaças de morte. O gesto mesquinho da fuga poderá ser irrelevante, se forem capazes de retomar o projeto do Senhor e levá-lo destemidamente adiante.
A morte e a ressurreição de Jesus significam sua vitória sobre o mundo, e a desarticulação dos esquemas mundanos. Quem se confia ao Ressuscitado, apesar da ferocidade do inimigo, pode estar certo de que irá vencê-lo. A vitória de Jesus sobre o mundo foi definitiva.

Oração
Espírito de luta, que eu não me deixe intimidar pelo mundo; antes, dá-me suficiente coragem para que eu possa enfrentá-lo e vencê-lo.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês).
Sobre as oferendas
Ó Deus, que este sacrifício perfeito possa purificar-nos e dar a nossos corações a força de vossa graça. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: Não vos deixarei órfãos, diz o Senhor: a vós retornarei e vosso coração se encherá de alegria, aleluia! (Jo 14,18; 16,22)
Depois da comunhão
Ó Deus de bondade, permanecei junto ao vosso povo e fazei passar da antiga à nova vida aqueles a quem concedestes a comunhão nos vossos mistérios. Por Cristo, nosso Senhor.


MEMÓRIA FACULTATIVA

NOSSA SENHORA DE FÁTIMA
(BRANCO – OFÍCIO DA MEMÓRIA)

Oração do dia: Os discípulos unidos perseveravam em oração com Maria, a mãe de Jesus, aleluia (At 1,14)
Sobre as oferendas: Festejando a virgem Maria, nós vos trazemos, ó Deus, nossas oferendas. Venha em nosso socorro o vosso filho feito homem, que se ofereceu na cruz em oblação puríssima. Por Cristo, nosso Senhor.
Depois da comunhão: Ó Deus, confirmai em nossos corações os mistérios da fé, para que, proclamando o filho da virgem verdadeiro Deus e verdadeiro homem, cheguemos à felicidade eterna pelo poder da sua ressurreição salvadora. Por Cristo, nosso Senhor.

Canonizada no Vaticano, madre Laura é a primeira santa colombiana



"A madre Laura nos ensina a ser generosos com Deus, a não viver a fé solitariamente", diz o papa
Por Leandra Felipe
Milhares de fiéis compareceram nesse domingo (12) à Praça São Pedro, no Vaticano, para a cerimônia de canonização da madre Laura Montoya, primeira santa da Colômbia. No final da homília, o papa Francisco fez referências às negociações de paz entre as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e o governo do país.

"Que, inspirados no exemplo de reconciliação dessa nova santa, os amados filhos da Colômbia continuem trabalhando pela paz e pelo justo desenvolvimento da pátria", declarou o papa.

Natural de Antioquia, Noroeste do país, Laura Montoya nasceu em 1874 e morreu em 1949. Foi fundadora da Congregação das Irmãs Missionárias de Maria Imaculada e Santa Catalina de Siena.

De família pobre, ela passou a infância em um orfanato e se tornou professora depois de conseguir uma bolsa de estudos. Envolveu-se com a causa indígena ainda na juventude e, aos 40 anos, participou de uma missão em territórios pertencentes a índios. Trabalhou em projetos educativos para comunidades marginalizadas, com especial atenção às mulheres e aos índios colombianos.

Foi declarada beata em 2004, pela intercessão em um milagre. Em dezembro do ano passado, teve o segundo milagre reconhecido pela Igreja Católica, completando assim os requisitos para ser considerada santa.

O papa também ressaltou a generosidade da religiosa. "A madre Laura nos ensina a ser generosos com Deus, a não viver a fé solitariamente - como se fosse possível viver a fé isoladamente - e sim a comunicá-la, a irradiar a alegria do Evangelho com a palavra e o testemunho de vida onde nos encontremos", disse o pontífice.

Hoje (13) o presidente do país, Juan Manuel Santos, terá uma audiência com o papa. Santos, que compareceu à cerimônia de canonização ontem, disse em entrevista à televisão pública colombiana que conversou rapidamente com o papa durante a cerimônia. Segundo ele, Francisco disse que tem orado pela paz na Colômbia.

O processo de paz, em negociação entre o governo e as Farc, é um dos temas do encontro entre o papa e o presidente colombiano. Santos também escreveu em sua conta no Twitter que pretende reforçar o convite feito ao pontífice para visitar o país em julho, quando o papa Francisco irá ao Brasil para a Jornada Mundial da Juventude. O convite já foi feito por meio de uma carta. Em sua conta no Twitter, o presidente anunciou que pretende reiterar o convite pessoalmente durante a reunião.

O processo de paz é um assunto importante da reunião. "Amanhã vamos nos encontrar e ele quer saber detalhes do que está acontecendo na Colômbia e como a Igreja pode ajudar", explicou Santos.

O presidente também lembrou a biografia de madre Laura, como um exemplo de reconciliação. "Seu pai foi assassinado quando ela tinha 3 anos e sua mãe a ensinou a orar e perdoar", disse e completou: "Todas esses ensinamentos podem nos ajudar a alcançar a paz que tanto queremos".
Agência Brasil

Os primeiros santos de Papa Francisco


Por Nicola Gori


Os números da primeira canonização de Papa Francisco são já um pequeno recorde. Neste domingo, 12 de maio, na praça de São Pedro, numa única celebração, o Pontífice eleva às honras dos altares 802 santos. Destes, 800 são mártires, mortos em Ótranto, durante a assédio dos turcos em 1480. As outras duas são religiosas, fundadoras de congregações religiosas: Laura Montoya y Upegui - a primeira santa da Colômbia que é canonizada pelo primeiro Papa latino-americano da história - e a mexicana María Guadalupe García Zabala. Falmos disso nesta entrevista ao nosso jornal com o card. Ângelo Amato, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos.

Existe um traço comum que une estas canonizações?

Primeiramente, é preciso afirmar que estas 800 mártires salvara a Itália em sua identidade católica e cristã. Deve-se destacar também que as duas religiosas latino-americanas, por uma manifestação da divina Providência, serão canonizadas pelo Papa Francisco, primeiro Pontífice latino-americano. É mais um sinal de incentivo à Igreja daquele continente, chamada a se destacar no testemunho cristão e na expansão do Reino de Deus sobre toda a terra.
L’Osservatore Romano / SIR

Paz interior, paz com os povos: cristãos e budistas em diálogo



"Apesar das dificuldades, todos temos a convicção de que não há outra solução aos problemas que não seja o diálogo"
Cidade do Vaticano - Um evento que serviu como resposta ao convite lançado pelo papa Francisco a construir pontes de diálogo. Assim foi o colóquio entre cristãos e budistas realizado no início da semana passada, em Roma, na Pontifícia Universidade Urbaniana. O encontro foi promovido pelo Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso, em colaboração com a Conferência Episcopal Italiana (CEI), o Movimento dos Focolares e a União Budista Italiana.
Tratou-se da quarta etapa de um percurso iniciado pelo referido dicastério vaticano em 1964 e que teve como tema "Paz interior, paz com os povos". A esse propósito, eis o que nos disse o presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso, Cardeal Jean-Louis Tauran:

Card. Jean-Louis Tauran - "O importante é que, apesar das dificuldades, todos temos a convicção de que não há outra solução aos problemas que não seja o diálogo, que é encontro, compreensão, amor. O tema deste simpósio foi "paz interior, paz no mundo": isso significa que quando alguém está em paz consigo mesmo, transmite uma mensagem de serenidade, esperança, bondade, misericórdia – o papa insiste muito sobre a misericórdia. – e, portanto, é portador de paz. Todo o diálogo com o budismo insiste muito sobre a vida interior e talvez no mundo de hoje seja o aspecto que mais falta".

O senhor disse, durante o colóquio entre cristãos e budistas, que "a paz não é somente um pacto por uma vida tranquila, nem ausência de guerra. Paz – ressaltou – é ser completos e íntegros. Recuperar aquela harmonia com Deus, com os outros e com a Criação".]
Card. Jean-Louis Tauran - "Blaise Pascal dizia que ´o grande problema do homem é que ele não sabe estar em paz em seu quarto´. Penso que devemos aprender a reconstruir este homem interior".

Esta paz interior é um ponto comum entre cristianismo e budismo?

Card. Jean-Louis Tauran - "Sim, penso que sim. É a meditação que nos permite saber quem somos, para onde caminhamos, embora obviamente o budismo seja uma tradição religiosa muito diferente da nossa."

As muitas ameaças contra a vida, presentes nas sociedades de hoje, são desafios comuns para as religiões, particularmente para o cristianismo e budismo...

Card. Jean-Louis Tauran - "Sim, a vida em amplo sentido. Outro dia, li o testemunho de um estudante da China continental vindo estudar na Europa. Após três anos voltou para Pequim e disse a seus colegas: ´Lá, eles são tão livres que ninguém cuida de ninguém´. Isso é muito triste, mas – penso – é também um diagnóstico muito verdadeiro".
SIR