terça-feira, 17 de março de 2015

Meu Dia com Deus

DIA 17 DE MARÇO - TERÇA-FEIRA

Ouça: 
Evangelho do Dia: (João 5,1-16)
Glória a vós, Senhor Jesus, primogênito dentre os mortos! 
Criai em mim um coração que seja puro, dai-me de novo a alegria de ser salvo! (Sl 50,12.14

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
5 1 Depois disso, houve uma festa dos judeus, e Jesus subiu a Jerusalém.
2 Há em Jerusalém, junto à porta das Ovelhas, um tanque, chamado em hebraico Betesda, que tem cinco pórticos.
3 Nestes pórticos jazia um grande número de enfermos, de cegos, de coxos e de paralíticos, que esperavam o movimento da água.
4 De fato, um anjo descia, de vez em quando, e movimentava a água da piscina, e o primeiro doente que aí entrasse, depois do borbulhar da água, ficava curado de qualquer doença que tivesse.
5 Estava ali um homem enfermo havia trinta e oito anos.
6 Vendo-o deitado e sabendo que já havia muito tempo que estava enfermo, perguntou-lhe Jesus: "Queres ficar curado?"
7 O enfermo respondeu-lhe: "Senhor, não tenho ninguém que me ponha no tanque, quando a água é agitada; enquanto vou, já outro desceu antes de mim".
8 Ordenou-lhe Jesus: "Levanta-te, toma o teu leito e anda".
9 No mesmo instante, aquele homem ficou curado, tomou o seu leito e foi andando. Ora, aquele dia era sábado.
10 E os judeus diziam ao homem curado: "É sábado, não te é permitido carregar o teu leito".
11 Respondeu-lhes ele: "Aquele que me curou disse: Toma o teu leito e anda".
12 Perguntaram-lhe eles: "Quem é o homem que te disse: ´Toma o teu leito e anda?´"
13 O que havia sido curado, porém, não sabia quem era, porque Jesus se havia retirado da multidão que estava naquele lugar.
14 Mais tarde, Jesus o achou no templo e lhe disse: "Eis que ficaste são; já não peques, para não te acontecer coisa pior".
15 Aquele homem foi então contar aos judeus que fora Jesus quem o havia curado.
16 Por esse motivo, os judeus perseguiam Jesus, porque fazia esses milagres no dia de sábado.
Palavra da Salvação.
 
Meditando o Evangelho
UM GESTO SOLIDÁRIO
            Traço característico da ação de Jesus foi sua solidariedade com os excluídos. Ele foi extremamente sensível com os marginalizados da vida social e religiosa. Os doentes eram uma destas categorias. Naquele tempo, a doença era considerada como castigo de Deus por possíveis pecados cometidos. Sendo assim, suas vítimas eram impedidas de participar das liturgias do templo, e mesmo mantidas longe do espaço sagrado e do ambiente social.
            Ao chegar na Cidade Santa, Jesus dirigiu-se ao lugar onde se concentrava um grande número de doentes: a piscina de Betesda. Aí permaneciam à espera que as águas da piscina borbulhassem, para, ao contato com elas, conseguir a cura.. Entre eles, estava um doente que talvez fosse o mais excluído de todos. Havia 38 anos, esperava que alguém lhe fizesse a caridade de aproximá-lo das águas, quando se pusessem a borbulhar. Outros menos afetados pela doença e talvez com a ajuda alheia, chegavam antes dele. Foi precisamente ele, o paralítico, o escolhido por Jesus para ser objeto de sua misericórdia. Com uma só palavra, o Mestre o curou.
            Contudo, o miraculado não percebeu a animosidade dos judeus contra Jesus. Estes estavam à procura de um pretexto para eliminar o Mestre. Foi o próprio homem, que tinha sido curado, quem apresentou-lhes um: Jesus o havia curado em dia de sábado.
 
Oração
            Senhor Jesus, és solidário com os excluídos e te manifestaste como senhor da vida. Que também eu seja solidário com os marginalizados da sociedade.

Arquidiocese de Olinda e Recife - Seminário Acordo Brasil-Santa Sé: implicações jurídicas e administrativas.





Começa hoje na Universidade Católica de Pernambuco, o seminário Acordo Brasil-Santa Sé: implicações jurídicas e administrativas. O evento é promovido pela Arquidicese de Olinda e Recife (AOR), Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e Unicap.
PROGRAMAÇÃO

SEMINÁRIO ACORDO BRASIL-SANTA SÉ:  IMPLICAÇÕES JURÍDICAS E ADMINISTRATIVAS

Local: UNICAP, Auditório Pe. José Anchieta/G1

PROGRAMA 

17.03, 3ª FEIRA

8h30m – Chegada e acolhida
9h – Abertura
. S. Emcia. Cardeal Raymundo Damasceno Assis, Presidente da Comissão de implementação do Acordo, Arcebispo de Aparecida e Presidente da CNBB
. S. Excia. Dom Giovanni D’Aniello, Núncio Apostólico no Brasil
. S. Excia. Dom Antonio Fernando Saburido, OSB, Presidente da CNBB/Regional Nordeste 2 e Arcebispo Metropolitano de Olinda e Recife
. Revmo. Pe. Pedro Rubens Ferreira de Oliveira, SJ, Magnífico Reitor da UNICAP
10h – Lanche
10 h30m – Relações Igreja e Estado no Direito Constitucional brasileiro
. Dr. Marcelo Labanca Corrêa de Araújo, Procurador do Banco Central e professor da UNICAP
11h45m – Pausa para almoço
13h45m – Introdução geral ao Acordo Brasil-Santa Sé sobre o estatuto jurídico da Igreja Católica no Brasil
. Frei Evaldo Xavier Gomes, O. Carm., Advogado e consultor jurídico-canônico da CNBB
14h45m – Personalidade jurídica dos entes eclesiásticos
. Dr. Hugo José Sarubbi Cysneiros de Oliveira, Advogado e assessor jurídico-civil da CNBB
16h – Lanche
16h15m – Proteção cultural dos bens eclesiásticos, bens tombados e patrimônio histórico
. S. Excia. Dom Gregório Paixão, OSB, Bispo de Petrópolis
17h15m – Natureza jurídica do vínculo de trabalho de clérigos, leigos e religiosos com instituições eclesiásticas
. Dr. José Soares Filho, Desembargador trabalhista aposentado e professor da UNICAP

 18.03, 3ª FEIRA

8h30m – Efeitos civis de sentenças eclesiásticas em matéria matrimonial
. Dr. Ubiratan de Couto Maurício, Juiz federal e professor da UNICAP
9h30m – Aspectos tributários das organizações e entidades religiosas
. Dr. Hugo José Sarubbi Cysneiros de Oliveira, Advogado e assessor jurídico-civil da CNBB
10h30m – Lanche
10h45m – Continuação do tema e debates
12h – Pausa para almoço
14h – Organizações religiosas e filantrópicas
. Dr. Sérgio Roberto Monello, Advogado especialista em direito filantrópico e assistencial; ex-professor da PUCSP e da UNISINOS
15h15m – Continuação do tema e debates
16 h – Lanche
16h15m – Ensino religioso nas escolas públicas
. Dr. Paulo Silveira Martins Leão Júnior, Procurador do Estado do Rio de Janeiro e Presidente da União dos Juristas Católicos do Rio de Janeiro
17h45m –Encerramento
. S. Excia. Dom José Belisário da Silva, OFM, Arcebispo de São Luís do Maranhão e Vice-Presidente da CNBB

Comissão organizadora
Frei Evaldo Xavier Gomes, O. Carm. – CNBB
  1. Excia. Dom Genival Saraiva de França – CNBB NE 2
Frei Rinaldo Pereira dos Santos – Arquidiocese de Olinda e Recife
Prof. Degislando Nóbrega de Lima – Centro de Teologia e Ciências Humanas da UNICAP
Prof. Ubiratan de Couto Maurício – Centro de Ciências Jurídicas da UNICAP

Entrevista: Monsenhor Claudio Maria Celli, presidente do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais



celliA força motriz da comunicação na Igreja é a atração e não a propaganda religiosa, e isso requer o nosso testemunho pessoal. Portanto, os católicos devem estar presentes nas oportunidades e desafios apresentados pelo continente digital, dando testemunho mais do que ‘bombardeando’ informações. Foi o que disse o presidente do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais, Monsenhor Claudio Maria Celli, nesta entrevista concedida à Zenit, ressaltando que é necessário o empenho de comunidades que acolhem de maneira fraterna e concreta esses homens e mulheres que encontram Jesus na web.
Zenit: Quais são os desafios e as novidades na comunicação da Igreja?
Mons. Celli: Eu acho que um dos grandes desafios que enfrentamos hoje é a presença da Igreja no contexto criado pelas novas tecnologias. Com certeza, a Igreja tem como referência o testemunho pessoal, e o Papa Francisco voltou a lembrar, como fez seu antecessor, Paulo VI na Evangelii nutiandi, que a Igreja comunica por atração e não por propaganda religiosa. Portanto, isso é importante: atração significa que os outros vão entender a mensagem através do nosso testemunho. Esta é a principal força da comunicação da Igreja.
Depois, temos a mídia tradicional, acho que a imprensa, o rádio e a televisão, embora seja inegável que hoje as novas tecnologias da comunicação, deram origem ao que chamamos de continente digital. Então, eu diria que é o grande desafio, mas também uma grande oportunidade.
Zenit: E sobre as redes sociais?
Mons. Celli: No grande contexto das redes sociais, somos chamados a testemunhar os valores em que acreditamos. E por isso, o Papa Francisco em sua primeira mensagem para o Dia Mundial das Comunicações Sociais, disse: “Não tenham medo de entrar nas redes sociais”. Não é um convite ingênuo. Nós todos sabemos os riscos e os perigos que existem nas redes sociais, na internet.
Papa Francisco expressa de modo muito simpático, ele diz que o problema não é ‘bombardear’ as redes sociais com mensagens religiosas, mas é uma questão mais profunda, é dar testemunho. Resumir a vida, a minha vida e o Evangelho. Porque as pessoas hoje em dia, como nos recordava o Papa Paulo VI, acreditam mais nas testemunhas do que nos mestres. E se acredita no mestre é porque é testemunho.
Zenit: É importante que as conferências episcopais, dioceses e paróquias estejam na web?
Mons. Celli: Mais uma vez, eu acho que a questão não é apenas dar informações, mas dar testemunho de vida. É verdade que, lamentavelmente, nem todas as dioceses têm o seu site e muito menos as paróquias. Mas acredito que, também aqui, como já foi dito, temos que aceitar o desafio, avaliar e apreciar as oportunidades oferecidas, para dialogar com aqueles que nunca colocaram os pés na igreja, mas acessam um site.
Zenit: A web é suficiente?
Mons. Celli: É preciso reconhecer que a vida cristã não pode ser vivida apenas na frente de uma tela de computador. A vida cristã exige que vivamos em comunidade. Então, eu posso encontrar Jesus graças à grande ajuda da internet, mas depois, eu tenho que encontrar uma comunidade que me acolha e me permita percorrer um caminho concreto de fé. Portanto, deste ponto de vista, congratulo-me com estes esforços e tentativas de tornar a Igreja presente na web, com sites agradáveis, bonitos e estimulantes, que levam a uma reflexão, permitindo que os homens e mulheres de hoje encontrem Jesus e o conheçam melhor. Mas depois, vem o compromisso para que existam comunidades capazes de acolher fraternalmente e concretamente estes homens e mulheres que encontraram Jesus através da web.
 Zenit: Quem trabalha com a informação deve ser imparcial, sem ser indiferente, como fazer isso?
Mons. Celli: Somos chamados a ser servos da verdade. Recordo as belas palavras de Bento XVI, quando disse que a nossa comunicação deve estar a serviço da verdade sobre o homem. A imprensa, todos os nossos instrumentos de comunicação devem estar à disposição da verdade sobre o homem. É o grande desafio, pois, sem dúvida, corremos riscos. Se o critério é o ganho pessoal ou certos resultados econômicos, acabo não respeitando o homem. Mas a nossa informação, a nossa comunicação – eu prefiro falar comunicação do que informação- deve ser centrada no homem e sempre dizer a verdade sobre o homem. Defender o homem e fazer com que o homem possa, no contexto de hoje, ter a chance e a oportunidade de crescer para realizar plenamente sua vocação.
 Zenit: Como o senhor percebe o trabalho da agência ZENIT?
Mons. Cell: Isso eu diria que é propaganda… E sou grato àqueles que trabalham no campo da comunicação com competência profissional. Mas diria que hoje há um grande desafio: aceitar, no contexto atual, o serviço à verdade, este serviço a Jesus Cristo. E eu sempre me lembro do que disse Papa Francisco a um repórter: Temos que ser servos de verdade, da bondade e da beleza.
Porque estes três conceitos, estas três realidades se encontram em uma unidade profunda, o que é bonito, o que é verdade e o que é bom. Eu acredito que a nossa comunicação deve ser para o homem de hoje, e a serviço destas três realidades.
Fonte: Zenit

Papa Francisco convoca Ano Santo da Misericórdia



papa ano misericordia“Pensei muitas vezes no modo como a Igreja pode tornar mais evidente a sua missão de ser testemunha da misericórdia. É um caminho que começa com uma conversão espiritual; e devemos fazer este caminho. Por isso decidi proclamar um Jubileu Extraordinário que tenha no seu centro a misericórdia de Deus. Será um Ano Santo da Misericórdia”, disse o papa Francisco, no dia 13 de março, durante celebração da penitência, na Basílica de São Pedro, no Vaticano.
O papa anunciou o Ano Santo da Misericórdia, que terá início no dia 8 de dezembro deste ano, na solenidade da Imaculada Conceição e, concluirá em novembro de 2016.
“Sede misericordiosos como o Pai” será o lema do Jubileu Extraordinário, versículo retirado do Evangelho de São Lucas.  A iniciativa convida os fiéis do mundo inteiro a celebrarem o sacramento da Reconciliação.
De acordo com comunicado da Santa Sé, a abertura do próximo jubileu irá acontecer no 50º aniversário do encerramento do Concílio Vaticano II e, “adquire um significado particular, impelindo a Igreja a continuar a obra começada com o Vaticano II”.
O Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização, responsável pela organização das celebrações deste jubileu, recorda em nota oficial que o papa Francisco tinha afirmado no início de 2015 que se vivia “o tempo da misericórdia”. O lema episcopal do papa Francisco é ‘miserando atque eligendo’, que recorda passagem do Evangelho de São Mateus: “olhou-o com misericórdia e escolheu-o”.
Fonte: CNBB

Comunidade Católica realiza ato no Recife em apoio a cristãos perseguidos



11051178_831973736869003_1937350217_n#EuMeImporto quer levantar o debate sobre a liberdade de religião entre pessoas de diversas crenças
A cada cinco minutos um cristão é vítima de violência por causa de sua fé. Isso representa, segundo o último relatório da Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre, a morte de 160 mil cristãos, causada por intolerância religiosa. Para chamar a atenção para o direito à liberdade de religiosa, a Comunidade dos Viventes realizará o ato #EuMeImporto, no dia 28 de março, das 16h30 às 19h, no Parque da Jaqueira no Recife.
A iniciativa surgiu da inquietação após a divulgação, em fevereiro deste ano, do assassinato de 21 egípcios decapitados pelos jihadistas do Estado Islâmico (EI) na Líbia, pelo fato de serem cristãos. A ideia é proporcionar uma tarde de vigília inter-religiosa na qual os cristãos, mas também pessoas com outras convicções religiosas ou sem uma convicção religiosa, poderão se informar melhor sobre o assunto e, juntas, dar uma resposta a esse clima de ódio que se alastrou principalmente no Oriente.
Desde o ano passado, devido às ações de um grupo terrorista Estado Islâmico (EI), as denúncias de violações contra a vida dos cristãos tomaram repercussão ainda maior, com as execuções filmadas e disseminadas pela internet, com métodos bárbaros, como crucificações, decapitações e esquartejamentos.
Além disso, aumentou significativamente a quantidade de cristãos que precisam se refugiar em outros países. Para se ter uma ideia do enorme problema, desde 1945, 10 milhões de cristãos emigraram por causa de perseguições, o que representa obviamente uma dificuldade para aqueles que saem de suas casas, mas também um desafio para as nações que os recebem.
InformaçõesDia do Ato: 28.03.2015
Local: Parque da Jaqueira
Horário: 16h30h às 19h

Fonte: Assessoria de Comunicação da Comunidade dos Viventes

Bem comum e paz social


Como disse Francisco, não há paz social que não seja fruto do desenvolvimento integral de todos.
Por Dom Odilo Pedro Scherer*
Vivemos dias de apreensão e de humores alterados. Fatos graves de corrupção na administração dos bens do Estado, junto com certa crise econômica e política, levam a vários tipos de manifestações na opinião pública e nas organizações sociais. O Brasil está novamente com os nervos à flor da pele...
Certa vez, ouvi de um bispo bem experiente e já idoso esta observação: quando, ao meu redor, todos se agitam e pedem pressa, fico ainda mais calmo e me ponho a discernir bem sobre o que está acontecendo; só depois tomo decisões”. Parece um conselho interessante para motivar uma reflexão sobre um dos principais fundamentos da sociedade organizada e do Estado: o princípio do bem comum. A Doutrina Social da Igreja, desde Leão XIII, na segunda metade do século XIX, tem repetido constantemente que a busca do bem comum é a razão de ser da sociedade organizada e do Estado.
O que se entende por “bem comum”? Partindo dos ensinamentos do papa João XXIII, na encíclica Mater et Magistra (1961), o Concílio Vaticano II (1965) definiu o bem comum como o conjunto das condições da vida social que permitem aos grupos e a cada um de seus membros alcançarem de maneira mais fácil o desenvolvimento integral da pessoa humana e a realização dos legítimos objetivos dos grupos sociais (cf Constituição pastoral Gaudium et Spes, 26).
O bem comum está sempre relacionado com a pessoa humana e sua dignidade inviolável; nesse sentido, faz parte do bem comum tudo o que é necessário para assegurar a vida digna da pessoa humana: alimento, moradia, trabalho, educação, saúde, segurança, a justa liberdade para fazer escolhas, o direito à boa reputação, a conveniente informação... Para ser integral, o bom comum sempre se refere às necessidades do corpo e do espírito humano.
A busca e a promoção do bem comum “constituem a própria razão de ser dos Poderes Públicos”, afirmava Leão XIII em 1891, na primeira grande encíclica social (cf Rerum Novarum, nº 26). Esta convicção aparece continuamente nas palavras do magistério social da Igreja, até na Exortação Apostólica Evangelii Gaudium (2013), do Papa Francisco: “É obrigação do Estado cuidar da promoção do bem comum da sociedade” (nº 240). Aos Poderes Públicos cabe, portanto, ordenar de tal forma o funcionamento do Estado e das relações sociais, que o bem comum seja assegurado para a sociedade inteira. A ordem social, a vida política e o progresso econômico devem estar sempre subordinados ao bem das pessoas, e não o contrário.
A noção de bem comum, adotada como princípio orientador da vida política, social e econômica, é oposta ao modelo de Estado liberal e de sociedade individualista. O que é bom para todos tem precedência sobre o que poderia ser um bem apenas individual; mas o Estado e a sociedade não podem buscar o seu bem, passando por cima da dignidade da pessoa humana, que deve ser sempre respeitada.
É bem antiga a convicção de que a autoridade civil não deve servir apenas ao interesse de um grupo ou de poucos cidadãos, pois ela deve estar a serviço de todos” (Leão XIII, Encíclica Immortale Dei,1885,V). Contudo, na sua missão de promover o bem comum, os Poderes Públicos devem dar atenção especial aos membros mais frágeis do corpo social, por razões de justiça e equidade; se o Estado existe para promover o bem de todos, precisa servir, especialmente, aos membros mais frágeis do corpo social, sobretudo quando estes se encontram marginalizados e discriminados em relação aos demais membros da sociedade na afirmação de seus legítimos direitos e interesses (cf Leão XIII, Rerum Novarum,1891, nº 29).
Por aí, entende-se que o bem comum inclui direitos e deveres. A satisfação dos interesses particulares precisa ser harmonizada com o bem mais amplo. Mais uma vez, é dever das Autoridades Públicas dispor os bens e serviços do Estado segundo critérios de justiça e equidade, para que todos tenham acesso a eles; o Estado não pode estar apenas a serviço de categorias privilegiadas, nem deixar-se instrumentalizar por elas para assegurar privilégios de modo unilateral e individualista, quando não desonesto. O bem comum está relacionado estreitamente com a prática da solidariedade.
Até aos trabalhadores recomendou o papa João XXIII que todos os setores do mundo do trabalho devem ser sensíveis aos apelos do bem comum, conciliando seus legítimos direitos e interesses com os direitos e necessidades de outras categorias econômico-profissionais (cf encíclica Mater et Magistra, 1961, nº 155). E o papa Francisco lembrou recentemente a todos: “a dignidade da pessoa humana e o bem comum estão acima da tranqüilidade de alguns, que não querem renunciar a seus privilégios” (Evangelii Gaudium, 2013, nº 218).
Olhando o cenário brasileiro atual, tem-se a impressão que seria preciso recuperar o princípio ético do bem comum na busca de soluções para os problemas crônicos que afligem o País. A corrupção e o desvio de recursos públicos denotam falta de senso ético e são contrários ao bem comum; da mesma forma, também o são a afirmação obsessiva de direitos individuais, por vezes mais supostos que reais, e a insensibilidade diante da condição ainda sofrível de grande parte da população brasileira. A perda do referencial do bem comum leva à afirmação de comportamentos sociais, políticos e econômicos sempre mais individualistas e tende ao triunfo da lei do mais forte: isso seria um retrocesso civilizatório.
Bem alertou o papa Francisco, na Exortação Apostólica Evangelii Gaudium, que o bem comum e a paz social estão entrelaçados: uma paz social, que não seja fruto do desenvolvimento integral de todos, “não terá futuro e será sempre semente de novos conflitos e variadas formas de violência” (nº 219).
*Dom Odilo Pedro Scherer é cardeal e arcebispo de São Paulo (SP).

Evangelho do Dia

B - 17 de março de 2015

João 5,1-16

Glória a vós, Senhor Jesus, primogênito dentre os mortos! 
Criai em mim um coração que seja puro, dai-me de novo a alegria de ser salvo! (Sl 50,12.14

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
5 1 Depois disso, houve uma festa dos judeus, e Jesus subiu a Jerusalém.
2 Há em Jerusalém, junto à porta das Ovelhas, um tanque, chamado em hebraico Betesda, que tem cinco pórticos.
3 Nestes pórticos jazia um grande número de enfermos, de cegos, de coxos e de paralíticos, que esperavam o movimento da água.
4 De fato, um anjo descia, de vez em quando, e movimentava a água da piscina, e o primeiro doente que aí entrasse, depois do borbulhar da água, ficava curado de qualquer doença que tivesse.
5 Estava ali um homem enfermo havia trinta e oito anos.
6 Vendo-o deitado e sabendo que já havia muito tempo que estava enfermo, perguntou-lhe Jesus: "Queres ficar curado?"
7 O enfermo respondeu-lhe: "Senhor, não tenho ninguém que me ponha no tanque, quando a água é agitada; enquanto vou, já outro desceu antes de mim".
8 Ordenou-lhe Jesus: "Levanta-te, toma o teu leito e anda".
9 No mesmo instante, aquele homem ficou curado, tomou o seu leito e foi andando. Ora, aquele dia era sábado.
10 E os judeus diziam ao homem curado: "É sábado, não te é permitido carregar o teu leito".
11 Respondeu-lhes ele: "Aquele que me curou disse: Toma o teu leito e anda".
12 Perguntaram-lhe eles: "Quem é o homem que te disse: ´Toma o teu leito e anda?´"
13 O que havia sido curado, porém, não sabia quem era, porque Jesus se havia retirado da multidão que estava naquele lugar.
14 Mais tarde, Jesus o achou no templo e lhe disse: "Eis que ficaste são; já não peques, para não te acontecer coisa pior".
15 Aquele homem foi então contar aos judeus que fora Jesus quem o havia curado.
16 Por esse motivo, os judeus perseguiam Jesus, porque fazia esses milagres no dia de sábado.
Palavra da Salvação.
 

Comentário do Evangelho
UM GESTO SOLIDÁRIO
            Traço característico da ação de Jesus foi sua solidariedade com os excluídos. Ele foi extremamente sensível com os marginalizados da vida social e religiosa. Os doentes eram uma destas categorias. Naquele tempo, a doença era considerada como castigo de Deus por possíveis pecados cometidos. Sendo assim, suas vítimas eram impedidas de participar das liturgias do templo, e mesmo mantidas longe do espaço sagrado e do ambiente social.
            Ao chegar na Cidade Santa, Jesus dirigiu-se ao lugar onde se concentrava um grande número de doentes: a piscina de Betesda. Aí permaneciam à espera que as águas da piscina borbulhassem, para, ao contato com elas, conseguir a cura.. Entre eles, estava um doente que talvez fosse o mais excluído de todos. Havia 38 anos, esperava que alguém lhe fizesse a caridade de aproximá-lo das águas, quando se pusessem a borbulhar. Outros menos afetados pela doença e talvez com a ajuda alheia, chegavam antes dele. Foi precisamente ele, o paralítico, o escolhido por Jesus para ser objeto de sua misericórdia. Com uma só palavra, o Mestre o curou.
            Contudo, o miraculado não percebeu a animosidade dos judeus contra Jesus. Estes estavam à procura de um pretexto para eliminar o Mestre. Foi o próprio homem, que tinha sido curado, quem apresentou-lhes um: Jesus o havia curado em dia de sábado.
 
Leitura
Ezequiel 47,1-9.12
Leitura da profecia de Ezequiel.
Naqueles dias, 47 1 o anjo conduziu-me então à entrada do templo. Eis que águas jorravam de sob o limiar do edifício, em direção ao oriente (porque a fachada do templo olhava para o oriente). Essa água escorria por baixo do lado direito do templo, ao sul do altar.
2 Fez-me sair pela porta do norte e contornar o templo do lado de fora até o pórtico exterior oriental; eu vi a água brotar do lado sul.
3 O homem foi para o oriente com uma corda na mão: mediu mil côvados; a seguir fez-me passar na água, que me chegou até os tornozelos. Mediu ainda mil côvados e me fez atravessar a água, que me subiu até os joelhos.
4 Mediu de novo mil côvados e fez-me atravessar a água, que me subiu até os quadris.
5 Mediu, enfim, mil côvados; e era uma torrente que eu não podia atravessar, de tal modo as águas tinham crescido! E era preciso nadar, era um curso de água que não se podia passar (a vau).
6 "Viste, filho do homem?" - falou-me, e me levou ao outro lado da torrente.
7 Ora, retornando, avistei nas duas margens da torrente uma grande quantidade de árvores.
8 "Essas águas", disse-me ele, "dirigem-se para a parte oriental, elas descem à planície do Jordão; elas se lançarão no mar, de sorte que suas águas se tornarão mais saudáveis.
9 Em toda parte aonde chegar a corrente, todo animal que se move na água poderá viver, e haverá lá grande quantidade de peixes. Tudo o que essa água atingir se tornará são e saudável e em toda parte aonde chegar a torrente haverá vida.
12 Ao longo da torrente, em cada uma de suas margens, crescerão árvores frutíferas de toda espécie, e sua folhagem não murchará, e não cessarão jamais de dar frutos: todos os meses frutos novos, porque essas águas vêm do santuário. Seus frutos serão comestíveis e suas folhas servirão de remédio".
Palavra do Senhor.

 
Salmo 45/46
Conosco está o Senhor do universo!
O nosso refúgio é o Deus de Jacó.


O Senhor para nós é refúgio e vigor,
sempre pronto, mostrou-se um socorro na angústia;
assim não tememos se a terra estremece,
se os montes desabam, caindo nos mares.

Os braços de um rio vêm trazer alegria
à cidade de Deus, à morada do Altíssimo.
Quem a pode abalar? Deus está no seu meio!
Já bem antes da aurora, ele vem ajudá-la.

Conosco está o Senhor do universo!
O nosso refúgio é o Deus de Jacó!
Vinde ver, contemplai os prodígios de Deus
e a obra estupenda que fez no universo.

 
Oração
Ó Deus, que a fiel observância dos exercícios quaresmais prepare o coração dos vossos filhos e filhas para acolher com amor o mistério pascal e anunciar ao mundo a salvação. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Liturgia Diária

DIA 17 DE MARÇO - TERÇA-FEIRA

IV SEMANA DA QUARESMA *
(ROXO – OFÍCIO DO DIA)

Antífona de entrada:
Vós, que tendes sede, vinde às águas; vós que não tendes com que pagar, vinde e bebei com alegria (Is 55,1).
Oração do dia
Ó Deus, que a fiel observância dos exercícios quaresmais prepare o coração dos vossos filhos e filhas para acolher com amor o mistério pascal e anunciar ao mundo a salvação. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Ezequiel 47,1-9.12)
Leitura da profecia de Ezequiel.
Naqueles dias, 47 1 o anjo conduziu-me então à entrada do templo. Eis que águas jorravam de sob o limiar do edifício, em direção ao oriente (porque a fachada do templo olhava para o oriente). Essa água escorria por baixo do lado direito do templo, ao sul do altar.
2 Fez-me sair pela porta do norte e contornar o templo do lado de fora até o pórtico exterior oriental; eu vi a água brotar do lado sul.
3 O homem foi para o oriente com uma corda na mão: mediu mil côvados; a seguir fez-me passar na água, que me chegou até os tornozelos. Mediu ainda mil côvados e me fez atravessar a água, que me subiu até os joelhos.
4 Mediu de novo mil côvados e fez-me atravessar a água, que me subiu até os quadris.
5 Mediu, enfim, mil côvados; e era uma torrente que eu não podia atravessar, de tal modo as águas tinham crescido! E era preciso nadar, era um curso de água que não se podia passar (a vau).
6 "Viste, filho do homem?" - falou-me, e me levou ao outro lado da torrente.
7 Ora, retornando, avistei nas duas margens da torrente uma grande quantidade de árvores.
8 "Essas águas", disse-me ele, "dirigem-se para a parte oriental, elas descem à planície do Jordão; elas se lançarão no mar, de sorte que suas águas se tornarão mais saudáveis.
9 Em toda parte aonde chegar a corrente, todo animal que se move na água poderá viver, e haverá lá grande quantidade de peixes. Tudo o que essa água atingir se tornará são e saudável e em toda parte aonde chegar a torrente haverá vida.
12 Ao longo da torrente, em cada uma de suas margens, crescerão árvores frutíferas de toda espécie, e sua folhagem não murchará, e não cessarão jamais de dar frutos: todos os meses frutos novos, porque essas águas vêm do santuário. Seus frutos serão comestíveis e suas folhas servirão de remédio".
Palavra do Senhor.

 
Salmo responsorial 45/46
Conosco está o Senhor do universo!
O nosso refúgio é o Deus de Jacó.


O Senhor para nós é refúgio e vigor,
sempre pronto, mostrou-se um socorro na angústia;
assim não tememos se a terra estremece,
se os montes desabam, caindo nos mares.

Os braços de um rio vêm trazer alegria
à cidade de Deus, à morada do Altíssimo.
Quem a pode abalar? Deus está no seu meio!
Já bem antes da aurora, ele vem ajudá-la.

Conosco está o Senhor do universo!
O nosso refúgio é o Deus de Jacó!
Vinde ver, contemplai os prodígios de Deus
e a obra estupenda que fez no universo.

 
Evangelho (João 5,1-16)
Glória a vós, Senhor Jesus, primogênito dentre os mortos! 
Criai em mim um coração que seja puro, dai-me de novo a alegria de ser salvo! (Sl 50,12.14

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
5 1 Depois disso, houve uma festa dos judeus, e Jesus subiu a Jerusalém.
2 Há em Jerusalém, junto à porta das Ovelhas, um tanque, chamado em hebraico Betesda, que tem cinco pórticos.
3 Nestes pórticos jazia um grande número de enfermos, de cegos, de coxos e de paralíticos, que esperavam o movimento da água.
4 De fato, um anjo descia, de vez em quando, e movimentava a água da piscina, e o primeiro doente que aí entrasse, depois do borbulhar da água, ficava curado de qualquer doença que tivesse.
5 Estava ali um homem enfermo havia trinta e oito anos.
6 Vendo-o deitado e sabendo que já havia muito tempo que estava enfermo, perguntou-lhe Jesus: "Queres ficar curado?"
7 O enfermo respondeu-lhe: "Senhor, não tenho ninguém que me ponha no tanque, quando a água é agitada; enquanto vou, já outro desceu antes de mim".
8 Ordenou-lhe Jesus: "Levanta-te, toma o teu leito e anda".
9 No mesmo instante, aquele homem ficou curado, tomou o seu leito e foi andando. Ora, aquele dia era sábado.
10 E os judeus diziam ao homem curado: "É sábado, não te é permitido carregar o teu leito".
11 Respondeu-lhes ele: "Aquele que me curou disse: Toma o teu leito e anda".
12 Perguntaram-lhe eles: "Quem é o homem que te disse: ´Toma o teu leito e anda?´"
13 O que havia sido curado, porém, não sabia quem era, porque Jesus se havia retirado da multidão que estava naquele lugar.
14 Mais tarde, Jesus o achou no templo e lhe disse: "Eis que ficaste são; já não peques, para não te acontecer coisa pior".
15 Aquele homem foi então contar aos judeus que fora Jesus quem o havia curado.
16 Por esse motivo, os judeus perseguiam Jesus, porque fazia esses milagres no dia de sábado.
Palavra da Salvação.
 
Comentário ao Evangelho
UM GESTO SOLIDÁRIO
            Traço característico da ação de Jesus foi sua solidariedade com os excluídos. Ele foi extremamente sensível com os marginalizados da vida social e religiosa. Os doentes eram uma destas categorias. Naquele tempo, a doença era considerada como castigo de Deus por possíveis pecados cometidos. Sendo assim, suas vítimas eram impedidas de participar das liturgias do templo, e mesmo mantidas longe do espaço sagrado e do ambiente social.
            Ao chegar na Cidade Santa, Jesus dirigiu-se ao lugar onde se concentrava um grande número de doentes: a piscina de Betesda. Aí permaneciam à espera que as águas da piscina borbulhassem, para, ao contato com elas, conseguir a cura.. Entre eles, estava um doente que talvez fosse o mais excluído de todos. Havia 38 anos, esperava que alguém lhe fizesse a caridade de aproximá-lo das águas, quando se pusessem a borbulhar. Outros menos afetados pela doença e talvez com a ajuda alheia, chegavam antes dele. Foi precisamente ele, o paralítico, o escolhido por Jesus para ser objeto de sua misericórdia. Com uma só palavra, o Mestre o curou.
            Contudo, o miraculado não percebeu a animosidade dos judeus contra Jesus. Estes estavam à procura de um pretexto para eliminar o Mestre. Foi o próprio homem, que tinha sido curado, quem apresentou-lhes um: Jesus o havia curado em dia de sábado.
 

Oração
            Senhor Jesus, és solidário com os excluídos e te manifestaste como senhor da vida. Que também eu seja solidário com os marginalizados da sociedade.


 

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês).
Sobre as oferendas
Nós vos oferecemos, ó Deus, os dons que nos destes para que estes sinais que manifestam vossa solicitude para conosco nesta vida sejam remédio para a vida eterna. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão:
O Senhor é meu pastor, nada me falta; em verdes pastagens me faz repousar. Ele me leva até águas tranqüilas e refaz as minhas forças (Sl 22,1s).
Depois da comunhão
Ó Deus de bondade, purificai-nos e renovai-nos pelo sacramento que recebemos, de modo que sejamos auxiliados hoje e por toda a nossa vida. Por Cristo, nosso Senhor.


MEMÓRIA FACULTATIVA

SÃO PATRÍCIO
(BRANCO – OFÍCIO DA MEMÓRIA)

Oração do dia:
Ó Deus, que, na vossa providência, para anunciar o Evangelho aos povos da Irlanda, escolhestes o bispo são Patrício, concedei, por seus méritos e preces, que os cristãos anunciem a todos as maravilhas do vosso reino. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Sobre as oferendas:
Olhai com bondade, ó Deus, o sacrifício que vamos oferecer em vosso altar na festa de são Patrício, para que, alcançando-nos o perdão, glorifique o vosso nome. Por Cristo, nosso Senhor.
Depois da comunhão:
Alimentados pela eucaristia, nós vos pedimos, ó Deus, que, seguindo o exemplo de são Patrício, procuremos proclamar a fé que abraçou e praticar a doutrina que ensinou. Por Cristo, nosso Senhor.
Santo do Dia / Comemoração (SÃO PATRÍCIO):
Há poucos dados sobre a origem de Patrício, mas os que temos foram tirados do seu livro autobiográfico "Confissão". Nele, Patrício diz ter nascido numa vila de seu pai, situada na Inglaterra ou Escócia, no ano 377. Era filho de Calpurnius, e neto de um padre e apesar de ter nascido cristão, só na adolescência passou a se dedicar à religião, e aos estudos. Aos dezesseis anos, foi raptado por piratas irlandeses e vendido como escravo. Levado para a Irlanda foi obrigado a executar duros trabalhos em meio a um povo rude e pagão. Por duas vezes Patrício tentou a fuga, até que na terceira vez conseguiu se libertar. Embarcou para a Grã-Bretanha e depois para as Gálias, atual França, onde freqüentou vários mosteiros e se habilitou para a vida monástica e missionária. A princípio, acompanhou São Germano do mosteiro de Auxerre, numa missão apostólica na Grã-Bretanha. Mas seu destino parecia mesmo ligado à Irlanda, mesmo porque sua alma piedosa desejava evangelizar aquela nação pagã, que o escravizara. Quando faleceu o Bispo Paládio, responsável pela missão no país, o Papa Celestino I o convocou para dar segmento à missão. Foi consagrado bispo e viajou para a "Ilha Verde", no ano 432. Sua obra naquelas terras ficará eternamente gravada na História da Igreja Católica e da própria Humanidade, pois mudou o destino de todo um povo. Em quase três décadas, o bispo Patrício converteu praticamente todo o país. Não contava com apoio político e muito menos usou de violência contra os pagãos. Com isso, não houve repressão também contra os cristãos. O próprio rei Leogário deu o exemplo maior, possibilitando a conversão de toda sua corte. O trabalho desse fantástico e singelo bispo foi tão eficiente que o catolicismo se enraizou na Irlanda, vendo nos anos seguintes florescer um grande número de Santos e evangelizadores missionários. O método de Patrício para conseguir tanta conversão foi a fundação de incontáveis mosteiros. Esse método foi imitado pela Igreja também na Inglaterra e na evangelização dos alemães do norte da Europa. Promovendo por toda parte a construção e povoação de mosteiros, o bispo Patrício fez da Ilha um centro de irradiação de fé e cultura. Dali partiram centenas de monges missionários que peregrinaram por terras estrangeiras levando o Evangelho. Temos, como exemplo, a atuação dos célebres apóstolos Columbano, Galo, Willibrordo, Tarásio, Donato e tantos outros. A obra do bispo Patrício interferiu tanto na cultura dos irlandeses, que as lendas heróicas desse povo falam sempre de monges simples com suas aventuras, prodígios e graças, enquanto outras nações têm como protagonistas seus reis e suas façanhas bélicas. Patrício morreu no dia 17 de março de 461, na cidade de Down, atualmente Downpatrick. Até hoje, no dia de sua festa os irlandeses fixam à roupa um trevo, cuja folha se divide em três, numa homenagem ao venerado São Patrício que o usava para exemplificar melhor o sentido do mistério da Santíssima Trindade: "um só Deus em três pessoas". A data de 17 de março há séculos marca a festa de São Patrício, a glória da Irlanda. Os irlandeses sempre sentiram um enorme orgulho de sua pátria, tanto, por ter ela nascido na chamada Ilha dos Santos, quanto, por ter sido convertida pelo venerado bispo. Só na Irlanda existem duzentos santuários erguidos em honra a São Patrício, seu padroeiro. Rezo com São Patrício: Cristo guarde-me hoje, Cristo comigo, Cristo à minha frente, Cristo atrás de mim, Cristo em mim, Cristo embaixo de mim, Cristo acima de mim, Cristo à minha direita, Cristo à minha esquerda, Cristo ao me deitar, Cristo ao me sentar, Cristo ao me levantar, Cristo no coração de todos os que pensarem em mim, Cristo na boca de todos que falarem em mim, Cristo em todos os olhos que me virem, Cristo em todos os ouvidos que me ouvirem. Levanto-me, neste dia que amanhece, Por uma grande força, pela invocação da Trindade, Pela fé na Trindade, Pela afirmação da Unidade, Pelo Criador da Criação. Amém.  

PROCLAMAS MATRIMONIAIS



14 e 15 de março de 2015


COM O FAVOR DE DEUS E DA SANTA MÃE A IGREJA, QUEREM SE CASAR:
                                                                                  



·         JOÃO PAULO BEZERRA DE CARVALHO
E
RENATA MÍRIAN MOUTINHO DO RÊGO BARROS













                       Quem souber algum impedimento que obste à celebração destes casamentos está obrigado em consciência a declarar.