segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

O “ano novo da juventude” começa


Brasília, 01 de janeiro de 2013.

Caros irmãos Párocos e Administradores Paroquiais,
Vigários Paroquiais e demais Presbíteros.

“Serão vocês, jovens, que recolherão a tocha das mãos dos seus antepassados e viverão no mundo no momento das mais gigantescas transformações”

Com esta afirmação profética e mensagem de confiança, o Papa Paulo VI, na conclusão do Concílio Vaticano II em 1963, se dirigia aos jovens e, quem sabe, a muitos de vocês, que hoje são sacerdotes e religiosos. Passados estes cinquenta anos, vislumbramos estas gigantescas transformações incidindo principalmente na vida dos jovens. Junto aos benefícios, a tão falada “mudança de época” tem trazido grandes desafios para a realização de sua vida e o amadurecimento da sua vocação de discípulos missionários. No final de sua reflexão, o Papa ainda afirmava sobre a perene missão da Igreja de garantir a novidade dos tempos: “A Igreja olha para vocês com confiança e com amor. [...] Ela é a verdadeira juventude do mundo”. Certamente, a partir desta convicção e motivação os pronunciamentos posteriores de nossa Igreja latino-americana e brasileira se encheram de coragem para garantir em sua história um espaço privilegiado para a juventude.

E agora estamos aqui, às portas de 2013, um ano todo especial para a Igreja do Brasil que deseja entender melhor a vontade de Deus por meio da vida, da fala, da presença, da participação dos jovens em seu meio! Propomo-nos a acreditar mais nos jovens, como agentes de transformação, sujeitos de direitos, amigos privilegiados de Jesus Cristo, verdadeiros missionários entre os próprios colegas.

Em 2013, emprestemos os olhos dos jovens para enxergar com mais realismo os sofrimentos do mundo e as belezas do tempo presente! Escutemos com seus ouvidos o cântico que gera esperança e o grito daqueles que não conseguem nem mesmo gritar! Abramos nossas bocas e escancaremos palavras de incentivo aos jovens, convocando-os a se sentarem no lugar que por tanto tempo, em muitos ambientes, ficou vazio por nossa culpa! Afinemos nosso olfato para sentir o perfume da vida de tantos jovens que buscam viver com coerência sua vida de cristão e cidadão, exalando o desejo de santidade pessoal, de fraternidade universal, de sociedade sem misérias e violências! Aproximemos o nosso coração ao coração deles para nos renovarmos no ardor pela vida, na sensibilidade pelo presente, na paixão pelas pequenas coisas, na exigência pela verdade, na vibração pela vocação assumida. Sintamos nossas mãos agindo pelas mãos dos jovens! Caminhemos pelos novos areópagos que somente os jovens podem nos mostrar! Com eles, ousemos mudar aquelas estruturas arcaicas que não só não falam mais aos jovens, mas também não falam mais de Deus e de seu projeto de Reino.

Deus está nos abençoando com este “ano novo da juventude”: Campanha da Fraternidade, Jornada Mundial da Juventude, Semana Missionária! Cresce o interesse em priorizar este tema nas dioceses, paróquias, comunidades, congregações religiosas, etc. Estamos certos de que não somente a juventude será beneficiada com as nossas novas atitudes, projetos, mentalidades, mas a própria Igreja que é chamada a se espelhar nela para manter viva a chama e o compromisso de amar sem limites, a todos e com tudo. Sem dúvida, as novas gerações necessitam da Igreja; mas Ela não conseguirá cumprir plenamente sua missão se não se render à perene novidade do Espírito Santo que fala a todos, mas quer passar de um modo todo particular pela vida, linguagem, cultura, coração dos jovens que, na sua essência, são capazes de quebrar barreiras, ousar novidades, agir apaixonadamente, amar sem medida, sacrificar-se pelas grandes causas, viver cada instante presente como se fosse único. Os jovens têm muito a nos ensinar; é só estarmos ao seu lado e dizer-lhes: “chamo-vos amigos”, os amamos com o coração de Cristo, o eternamente jovem e portador de novidade!

Feliz Ano Novo nas asas do Espírito Santo que nos garante a paz e nos conduzirá às urgentes novidades, no aconchego dos braços de Maria, Mãe de Deus e nossa, no coração dos jovens que nos aguardam ansiosos por novas batidas de amor.
Dom Eduardo Pinheiro da Silva, sdb
Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB

Decreto – Indulgência Plenária por ocasião do Ano da Fé 10 Jan 2013 | Categoria: Formação Notícias


DECRETO para concessão de INDULGÊNCIAS no ANO DA FÉ 2013 pág. 01 frente


DECRETO para concessão de INDULGÊNCIAS no ANO DA FÉ 2013 pág. 01 verso

Bote Fé Recife 2013 abrirá o ano da juventude na arquidiocese de Olinda e Recife


Bote_Fe_Recife_JAN2013Foi dada a largada para o Bote Fé Recife 2013. O evento, que abre o ano da juventude na arquidiocese de Olinda e Recife, acontecerá no próximo dia 27 de janeiro, no Chevrolet Hall, em Olinda. A festa, que terá celebração da Santa Missa e momentos de reflexão, vai reunir grandes nomes da música católica nacional, como a irmã Kelly Patrícia, Missionários Shalom e a banda Rosa de Saron, além de cantores locais como o padre João Carlos e o frei Damião Silva.
De acordo com o presidente da Comissão Arquidiocesana para a Juventude, padre Gimesson Silva, o evento tem como um dos objetivos subsidiar o acolhimento de cerca de 5 mil jovens estrangeiros que estarão na arquidiocese durante a Semana Missionária, em julho – semana que antecede a Jornada Mundial da Juventude.
A festa também será da solidariedade. Além de adquirir o ingresso, o público precisará doar um quilo de alimento não-perecível ou um litro de água mineral. Os donativos serão destinados às famílias vítimas da seca no Agreste e no Sertão do Estado, que serão lembradas durante os shows de forró em homenagem a Luiz Gonzaga. “Vamos doar também parte dos recursos arrecadados do evento para nossos irmãos do interior. Será a nossa contribuição para a segunda fase da campanha “Tem gente com sede de solidariedade”", afirmou o padre Gimesson Silva.
O arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido, disse estar muito entusiasmado com mobilização da juventude em realizar o evento e ajudar ao próximo. “Este é o ano dos jovens e por isso todas as atenções da Igreja estão voltadas ainda mais para eles. Fico muito feliz em poder anunciar junto com eles esse evento que será de muita alegria, mas também, de compromisso missionário”, declarou o religioso.
No primeiro lote, os ingressos estão sendo vendidos ao preço promocional de R$ 20, que dá direito a um exemplar do Youcat. Os bilhetes podem ser adquiridos na Central do Bote Fé, que funciona na Casa da Juventude Padre Antônio Henrique, na Livraria Paulinas e com os vendedores credenciados de cada vicariato.

Evangelho do dia

Ano C - Dia: 14/01/2013



Convertei-vos e crede na Boa-Nova

Mc 1,14-20

Depois que João foi preso, Jesus veio para a Galileia, proclamando a Boa-Nova de Deus: "Completou-se o tempo, e o Reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede na Boa-Nova". Caminhando à beira do mar da Galileia, Jesus viu Simão e o irmão deste, André, lançando as redes ao mar, pois eram pescadores. Então disse- lhes: "Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens". E eles, imediatamente, deixaram as redes e o seguiram. Prosseguindo um pouco adiante, viu também Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão, João, consertando as redes no barco. Imediatamente, Jesus os chamou. E eles, deixando o pai Zebedeu no barco com os empregados, puseram-se a seguir Jesus.
Leitura Orante
Saudação
- A nós, unidos pela rede da internet, a paz de Deus, nosso Pai,
a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo,
no amor e na comunhão do Espírito Santo.
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!
Preparo-me para a Leitura, rezando:
Jesus Mestre,
sois o Mestre e a Verdade:
iluminai-nos, para que melhor compreendamos
as Sagradas Escrituras.
Sois o Guia e o Caminho:
fazei-nos dóceis ao vosso seguimento.
Sois a Vida:
transformai nosso coração em terra boa,
onde a Palavra de Deus produza frutos
abundantes de santidade e missão.
(Bv. Alberione)

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente o texto Mc 1,14-20
Jesus inicia seu ministério na Galileia. Anuncia o Reino. E resume seu Projeto em conversão - "arrependam-se" -, e na fé no Evangelho. Começa a formar sua equipe de evangelização. Chama os primeiros apóstolos: Pedro, André, Tiago e João. Como eram pescadores de profissão, ele os chama a serem pescadores de gente.

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje? Qual palavra mais me toca o coração?
Reflito: o que o texto me diz no momento? O meu Projeto de vida é o do Mestre Jesus Cristo?
Mais uma vez nos falam os bispos que estiveram reunidos na Conferência de Aparecida: "O chamado que Jesus, o Mestre faz, implica numa grande novidade. Na antiguidade, os mestres convidavam seus discípulos a se vincular com algo transcendente e os mestres da Lei propunham a adesão à Lei de Moisés. Jesus convida a nos encontrar com Ele e a que nos vinculemos estreitamente a Ele porque é a fonte da vida (cf. Jo 15,1-5) e só Ele tem palavra de vida eterna (cf. Jo 6,68). Na convivência cotidiana com Jesus e na confrontação com os seguidores de outros mestres, os discípulos logo descobrem duas coisas originais no relacionamento com Jesus. Por um lado, não foram eles que escolheram seu mestre foi Cristo quem os escolheu. E por outro lado, eles não foram convocados para algo (purificar-se, aprender a Lei...), mas para Alguém, escolhidos para se vincular intimamente a sua pessoa (cf. Mc 1,17; 2,14). Jesus os escolheu para "que estivessem com Ele e para enviá-los a pregar" (Mc 3,14), para que o seguissem com a finalidade de "ser d'Ele" e fazer parte "dos seus" e participar de sua missão. O discípulo experimenta que a vinculação íntima com Jesus no grupo dos seus é participação da Vida saída das entranhas do Pai, é se formar para assumir seu estilo de vida e suas motivações (cf. Lc 6,40b), viver seu destino e assumir sua missão de fazer novas todas as coisas. (DA 131).

3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo pelas vocações, com o papa:
Ó Pai, fazei com que surjam, entre os cristãos, numerosas e santas vocações ao sacerdócio, que mantenham viva a fé e conservem a grata memória do vosso Filho Jesus pela pregação da sua palavra e pela administração dos sacramentos com os quais renovais continuamente os vossos fiéis.
Dai-nos santos ministros do vosso altar, que sejam atentos e fervorosos guardiões da Eucaristia, o sacramento do supremo dom de Cristo para a redenção do mundo.
Chamai ministros da vossa misericórdia, os quais, através do sacramento da Reconciliação, difundam a alegria do vosso perdão.
Fazei, ó Pai, que a Igreja acolha com alegria as numerosas inspirações do Espírito do vosso Filho e, dóceis aos seus ensinamentos, cuide das vocações ao ministério sacerdotal e à vida consagrada.
Ajudai os Bispos, os sacerdotes, os diáconos, as pessoas consagradas e todos os batizados em Cristo para que cumpram fielmente a sua missão no serviço do Evangelho.
Nós Vos pedimos por Cristo, nosso Senhor. Amém.
Maria, Rainha dos Apóstolos, rogai por nós.
Papa Bento XVI

4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Vou olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus, como discípulo e missionário de Jesus Cristo.
Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
-Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

Santo do dia


14 de janeiro

Pedro Donders
Pedro Donders nasceu em 27 de outubro de 1809, no sul da Holanda . Seus pais, Arnoldo e Petronila, tiveram dois filhos que sobrevieram a mortalidade infantil da época. Pedro, era o mais velho e muito doente; Martino, era o caçula e deficiente.

Pedro tinha seis anos de idade, quando sua mãe morreu e diante dessa circunstância precisou deixar os estudos para ajudar seu pai, já muito idoso, na renda familiar. Depois por causa de sua saúde frágil não foi aceito no serviço militar, mas sua vocação era o sacerdócio.Também devido a sua condição física, escassa capacidade intelectual e pobreza material, não permitiam que seguisse o seu chamado. Entretanto Pedro insistia com seu pároco que o ajudava , até que conseguiu que o recebessem no seminário, mais como empregado do que como noviço.

Pedro se interessava pelas missões e depois de ser rejeitado pelos Jesuítas, Redentoristas e Franciscanos, acabou ingressando no Seminário diocesano. No ano de 1839 o Seminário foi visitado pelo Prefeito Apostólico do Suriname, Guiana Holandesa, buscando ajuda para seu território de missão que estava numa situação muito crítica. Dos seminaristas, apenas Pedro Donders se ofereceu. Em 5 de junho de 1841 foi ordenado sacerdote. Um ano mais tarde chegou em Paramaribo, uma região selvagem quatro vezes maior que a Holanda. Era seu campo de missão.

Os primeiros catorze anos foram dedicados à formação dos catequistas, das crianças e às visitas pastorais entre os escravos das fazendas holandesas. Era enorme a distância religiosa e moral, tanto entre os brancos como entre os negros. A rotina de padre Pedro iniciava nas primeiras horas da madrugada quando rezava a Santa Missa e se entregava às orações, depois saia para visitar as famílias.

Em 1856 recebeu o encargo da pastoral dos enfermos, dedicando-se especialmente aos leprosos de Batávia, local oficial para os leprosos, onde existiam mais de quatrocentos enfermos de ambos os sexos e com todos os tipos de lepra. Nesta tarefa, nenhum capelão resistia mais de um ano. Ele ficou quase trinta, sempre à inteira disposição dos miseráveis. Não se contentava somente com palavras piedosas. Fazia de tudo. Principalmente aos pacientes terminais. Suspendia os corpos para dar-lhes de beber e lavava com zelo aquilo que nenhum ser humano gostaria de ver: um corpo humano quase decomposto, mas, vivo!

Em 1865 chegaram os Missionários Redentoristas no Suriname, com a missão de continuar os trabalhos de evangelização. Os quatro holandeses sacerdotes diocesanos poderiam optar em voltar para a Holanda. Dois sacerdotes regressaram. Padre Pedro decidiu ficar e pediu seu ingresso na Congregação do Santíssimo Redentor, professando os votos em 1867.

No final do ano 1886, pela última vez, padre Pedro visitou todos os seus enfermos. Atendeu as confissões de todos e lhes deu a Santa Comunhão. Um ano depois no dia 14 de janeiro de 1887, morreu de uma grave enfermidade renal. Santamente terminou sua vida e apostolado de oração e trabalho contínuo e de muitos sofrimentos.

O Papa João Paulo II proclamou Beato Pedro Donders em 1982, designando o dia de sua morte para as honras litúrgicas.

Mensagens




Os homens, mais uma vez cavaram um fosso na estada da paz. Pisotearam o canteiro onde germina teimosamente a rosa da solidariedade entre os povos.

Eis que entre botas e tanques geme e sangra a estrela-liberdade! No prato ainda vergonhosamente vazio diante da criança que chora por comida. Os homens dos dólares oferecem bombas de fogo e veneno.

Aqui nestas terras ainda tão vazias de braços fraternais e máquinas inteligentes na batalha do pão e da humilhação saturam-nos os aviões de combate.

Os tanques de ataque os mísseis do genocídio fatal por todos os lados nas páginas inteiras em todos os canais nos agridem as más notícias do conflito infeccioso.

Eis que em nossas casas treme o nosso já tão frágil sossego familiar!
Trocam-se acusações presenteiam-se ameaças p õem-se em estado de prontidão máxima combinam-se em confabulações de emergência Planejam-se boicotes, bloqueios, ataques...

Nenhum deles faz um afago ou emite um gesto de ternura para a paz! Os corações dos poderosos são como pedras na beira dos caminhos duras e estéreis onde orvalho do amor já não respira.

Sobe o preço do petróleo a vida fica mais cara o mercado de armas se agita... Malditos sejam todos os promotores da guerra pais deste monstro arrasador da humanidade.

Senhores não dá pra ouvir por um segundo o grito das crianças que gemem por pão? Elas são suas reféns e estão em toda parte!

Silêncio, senhores canibais da esperança! Por um instante só Silêncio! Deixem que falem as crianças órfãs do Panamá. Os sobreviventes de Hiroshima as mães do Vietnã. O soldados mutilados pela praga pior de nossa história.

É tão dilacerante essa incômoda situação de guerra!... Silêncio, por um instante só deixem-se cantar ainda pela paz!


Zé Vicente
Referência: Tempos urgentes

As iconografias do batismo de Jesus


Por Fabrizio Bisconti

O batismo de Cristo aparece bem cedo na arte cristã e, aliás, até hoje, um afresco da área de Lucina do complexo das catabumbas calistianas com este tempo, dos primeiros anos do século III, representa a mais antiga expressão figurativa propriamente cristã. Em seguida, a simples cena que vê o Batista e o Cristo nas águas do Jordão quando a pomba do Espírito aparece para destacar o evento evangélico e para distingui-lo do simples batismos dos neófitos, se espalha nos cubículos dos sacramentos, sempre na área calistiana, mas também nos sarcófagos romanos, sempre no século III, como naqueles da Lungara e dr Santa Maria Antiqua.

Em todos estes casos, a cena é associada a temas de intuitivo significado batismal, com destaque especial com os prodígios do dilúvio universal e da água que Moisés faz brotar para os israelitas, seguindo um esquema que será retomado com a representação do miraculum fontis, provocado por Pedro no cárcere mamertino.

A cena se relaciona também com o diálogo do Cristo com a Samaritana no poço ou na mais simples, mas sugestiva figura do pescador. Esta série de experiências figurativas, unidas pelo leitmotiv do elemento-água está também presente na domus ecclesiae de Dura Europos às margens do rio Eufrates, onde um elementar programa decorativo, reservado ao ambiente batismal, além das cenas das mulheres no sepulcro e da luta entre Davi e Golias, aparece um pequeno grupo figurativo que associa a cura do paralítico de Betesda e o episódio de Pedro salvo das ondas agitadas do Lago da Galileia, enquanto no fundo o pecado original e a figura do bom pastor aludem diretamente ao lavacrum da iniciação.

Agora vamos para Ravenna, no conjunto da catedral daquela cidade, arquitetada e construída pelo bispo Ursus entre o IV e o V século: o conjunto ursiano foi, provavelmente, iniciado com a construção de um batistério, depois renovado, como indica o Liber Pontificalis Ecclesiae Ravennatis de Andrea Agnello (IX século) pelo bispo Neone (451-473). À sua intervenção devem ser atribuídos os mosaicos que enfeitam a grande cúpula construída. No ponto central da cúpula encontra-se, rodeado por um fundo de ouro, o batismo de Cristo, e aos lados os doze apóstolos, organizados num cortejo solene, enquanto oferecem as coroas do triunfo ao Filho de Deus.
L'Osservatore Romano 13 janeiro 2013

China: Pequena comunidade da diocese de Feng Xiang se torna referência para a evangelização

Feng Xiang, 13 jan (SIR) – A paróquia de Nan Guan do decanato de Bao Ji, na diocese de Feng Xiang da província de Shaan Xi, é uma pequena comunidade composta por cerca de 200 fiéis, mas demonstra capacidades notáveis para a evangelização, a partir do momento que batizou 45 pessoas no ano que acaba de se concluir.
Dom Lucas Li Jing Feng, Bispo de 90 anos da diocese de Feng Xiang, visita frequentemente a paróquia para encorajar os fiéis à missão de evangelização. Segundo o que foi referido à Agência Fides por Faith de He Bei, no Natal Dom Li ministrou o batismo a 10 catecúmenos da paróquia, diante de milhares de fiéis vindos de toda a diocese, durante a Missa solene na noite de Natal, que foi acompanhada por mais de uma hora de procissão.
Na solenidade da Assunção de Maria, Dom Li ministrou o sacramento da Crisma a oito fiéis e o Batismo a quatro catecúmenos. Na Páscoa, batizou nove pessoas. Segundo o Bispo, a paróquia é pequena, “mas já constitui um ponto de referência da evangelização para a diocese", e prometeu: "Virei mais vezes aqui para encorajar a sua missão e também para dar um exemplo às outras comunidades eclesiais de base, sobretudo no Ano da Fé". Os grupos da missão juvenil, da Caritas e dos catequistas são particularmente ativos.

Programa ‘Youcat no Ar’ aproxima jovens da doutrina da Igreja Católica



Padre José Antonio Boareto (apresentador) e Dom Sérgio Aparecido Colombo. (Foto: )
Bragança Paulista, SP, 13 jan (A12/SIR) - Um programa de rádio na Diocese de Bragança Paulista vem conquistando os jovens pela linguagem simples.
O programa ‘Youcat no Ar’ que vem sendo transmitido desde o ano passado reflete os textos do catecismo jovem. Apresentado pelo padre José Antonio Boareto, um jovem sacerdote que coordena o Setor Juventude da diocese, o ‘Youcat no Ar’ tem uma proposta simples afirma o apresentador. “No programa sigo o Youcat, leio a pergunta e a resposta e dou uma interpretação. Tento aproximar o jovem do assunto e ajudá-lo a compreender”.
Transmitido aos sábados das 10h às 11h o programa apresenta nas três primeiras semanas o conteúdo do catecismo jovem e, no último sábado do mês, em um dos blocos, que recebeu o nome ‘Galera Jovem’ o padre recebe membros de grupos de jovens que falam sobre os projetos realizados pelo grupo e como estão realizando a divulgação do Youcat. Padre Boareto conta que a proposta tem sido bem aceita pelos jovens e demais ouvintes. “Está sendo uma experiência muito boa e tem dado muito certo.
O Youcat tem uma linguagem que fala muito próximo do universo do jovem. A gente olhava o ‘tijolão amarelo’ e pensava: ‘o que pode e o que não pode na Igreja’? Ter fé é fazer uma experiência de Jesus Cristo e fazer a experiência  de comunidade. A mensagem do Youcat é oferecer a doutrina da Igreja Católica, mas não como algo duro ou rígido”. Para o sacerdote, o jovem é uma testemunha “que contagia e que deseja levar alegria a todos”.
O apresentador lembra que o Papa Bento XVI pediu aos jovens que estudassem o catecismo e que uma das principais propostas da Igreja para o jovem e o próprio pedido do jovem para a Igreja é a formação e de uma forma que possa atender o jovem em sua integralidade.
O programa ‘Youcat no Ar’ é produzido pela Rádio Imaculada Conceição de Atibaia (SP) e está sob a direção dos Missionários e Missionárias da Imaculada Padre Kolbe.

O perigo da logofobia

Por Adriano Pessina*

No debate – que muitas vezes assume tons de confronto – entre quem nega e quem afirma que os casais homossexuais tenham os mesmos direitos reconhecidos à família, o verdadeiro perigo é a logofobia, isto é o medo de argumentar serenamente sobre um assunto teórico e prático muito relevante, seja no aspecto cultural seja naquele social. A interpretação da recente sentença da Suprema Corte italiana, que confirma a adoção de um menor à mãe, também se convive com outra mulher, é um exemplo. Entre quem exulta, falando de reconhecimento da equiparação entre cópias homossexuais e família, e quem se escandaliza, pouco destacam que simplesmente se confirmou a linha que, nos casos se separação, visa confiar à mãe a tarefa de educar o filho.

Até a questão que uma criança possa crescer de maneira equilibrada também dentro de uma cópia homossexual é mal colocada e não é o coração do problema ético e jurídico. De fato, uma criança pode crescer em situações difíceis e problemáticas, isto é, em si, não desejáveis e programáveis: existem crianças criadas só pela mãe ou pelo pai, pela morte de um dos pais, ou que enfrentaram a experiência de um internado, ou são crescidos em contexto poligâmicos. Mas ninguém considera que se devam criar estas situações  porque, nalguns casos, não se provocam danos.

O sucesso de um processo educativo é fruto de muitos elementos. O nó teórico e prático representado pela homossexualidade se dá pelo fato que ela tende a negar, em nome de uma orientação, o valor e a importância da diferencia e o masculino e o feminino e a sua, por assim dizer, originária dimensão antropológica. A identidade humana não é, por outro lado, determinada pela orientação em si, porque a condição humana é sempre polar, masculina e feminina. Uma diferença que tem uma fisionomia concreta, não só psíquica ou “mental” ou de papais sociais.
O humano é masculino e feminino. A família, com ou sem filho, experimenta na união e na relação entre as diferenças, a complexa articulação do nosso ser pessoas humanas. Por isso, e não só por motivos biológicos, a família monogâmica constitui o lugar ideal onde se deve aprender o significado das relações humanas, e representa o ambiente, não só social, mas primeiramente antropológico, em que é possível a melhor forma de crescimento: e sua crise não é talvez estranha ao fato que as pessoas com orientação homossexual queiram construir um laço de cópia cada vez mais próxima ao laço familiar, reivindicando um direito aos filhos e à adoção, que na realidade não existe para ninguém, nem para as cópias heterossexuais.
Os filhos não são coisas ou instrumentos de realização, são pessoas. As mesmas cópias homossexuais não podem negar esta diferença do gênero, porque são ou masculinos ou femininos, isto é não eliminam a polaridade como tal, mas a excluem da relação com uma escolha que, de fato, é autoreferencial. Se a orientação homossexual como tal não é uma escolha – como não o é, por outro lado, aquela heterossexual – e, portanto, não tem sentido avaliar as pessoas a partir de suas orientações, e é injusta e imoral toda forma discriminadora, a escolha de uma relação é, no entanto, sempre um ato de liberdade, que como tal assume uma dimensão social que é preciso considerar.

Ao redor deste tema, as avaliações morais, psicológicas, religiosas, sociologias, se não se transformas em ofensas, são legitimamente diferentes e devem ter direito de cidadania e de plana expressão. O debate que está em ato, nesses dias, na França, onde aos casais homossexuais são garantidos direitos e deveres de natureza patrimonial e assistencial, destaca, porém, a importância de diferencial estas união do instituto familiar.

A peculiaridade de ser pai ou mãe como expressão do matrimônio heterossexual deve ser destacada: não é suficiente o desejo ou a vontade de ter filhos para garantir um direito, aliás, é preciso salvaguardar, como pacto com as futuras gerações, a custódia social e cultural daquela unidade na diferença entre masculino e feminino que é dimensão constitutiva da condição humana: nascidos de homem e de mulher. Quando se sai da lógica da polêmica, e se renuncia a cria no outro a figura do inimigo a ser derrotado, esta evidência antropológica poderá ser garantida numa sociedade em que o direito de cidadania não discrimina, sem confundir e anular as diferenças.
L'Osservatore Romano 13 janeiro 2013.
*Adriano Pessina - Diretor do Centro do Ateneu de Bioética da Universidade Católica do Sagrado Coração.