sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Publicados textos de Ratzinger sobre o Concílio


PopeBenedictWritingBento XVI acaba de publicar os seus “escritos conciliares”, evocando os 50 anos do Vaticano II (1962-1965), anunciou nesta quarta-feira, 28 de novembro, o coordenador da obra. “Como sétimo volume da ‘opera omnia’ (obras completas), foi publicada agora a coleção, numa síntese de tipo cronológico e organizado, dos escritos de Joseph Ratzinger sobre os ensinamentos do Concílio, que coincide com o cinquentenário do Vaticano II”, escreve o arcebispo alemão Gerhard Ludwig Muller, prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé (Santa Sé), na edição italiana do jornal do Vaticano, ‘L’Osservatore Romano’.
O então jovem padre Ratzinger, professor de Teologia Fundamental, chegou ao Concílio como consultor do arcebispo de Colônia (Alemanha), cardeal Josef Frings, antes de ser nomeado perito teológico. A introdução à compilação de textos, assinada pelo Papa, foi publicada numa edição comemorativa do jornal da Santa Sé, ‘L’Osservatore Romano’, no dia 11 de outubro.
“Os padres conciliares não podiam e não queriam criar uma fé diferente ou uma nova Igreja, mas compreendê-las de um modo mais profundo e, portanto, renová-las verdadeiramente”, disse o papa Bento XVI. A coleção dos escritos conciliares de Joseph Ratzinger é apresentada pela editorial Herder, da Alemanha, responsável pela publicação das obras completas do Papa.
O arcebispo Gerhard Ludwig Muller, que coordena a coleção, diz que Bento XVI “contribuiu para dar forma e acompanhou o Concílio Vaticano II em todas as suas fases”. “Quem quiser entender o Vaticano II deve considerar com atenção todas as constituições, os decretos e as declarações porque só eles, na sua unidade, representam a herança válida do concílio. E no presente volume está documentado adequadamente, em toda a sua clareza e exatidão, também este passo decisivo no acolhimento do concílio”, acrescenta dom Muller.
O prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé diz que o sétimo volume dos escritos completos de Joseph Ratzinger reúne textos “dispersos”, oferecendo assim ao leitor “um instrumento para compreender e interpretar o Concílio Vaticano II”.
O Concílio Vaticano II foi inaugurado pelo Beato João XXIII em 11 de outubro de 1962 e reuniu mais de dois mil participantes de todo o mundo.

Evangelho do dia

Ano B - Dia: 30/11/2012



Santo André Apóstolo -Jesus chama
Leitura Orante


Mt 4,18-22

Jesus estava andando pela beira do lago da Galiléia quando viu dois irmãos que eram pescadores: Simão, também chamado de Pedro, e André. Eles estavam no lago, pescando com redes. Jesus lhes disse:
- Venham comigo, que eu ensinarei vocês a pescar gente.
Então eles largaram logo as redes e foram com Jesus. Um pouco mais adiante Jesus viu outros dois irmãos, Tiago e João, filhos de Zebedeu. Eles estavam no barco junto com o pai, consertando as redes. Jesus chamou os dois, e, no mesmo instante, eles deixaram o pai e o barco e foram com ele.


Leitura Orante
Hoje é dia de Santo André, apóstolo.
O tema do Evangelho é o chamado.
Formamos uma rede de comunicação
e comunhão em torno da Palavra com todas as pessoas que circulam por este ambiente
virtual. Rezamos em sintonia com a Santíssima Trindade.
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém
Cantamos ou rezamos o Canto do Advento:

Ó vem, Senhor, não tardes mais!
Vem Saciar nossa Sede de Paz!
1. Ó vem, como chega a brisa do vento,
Trazendo aos pobres justiça e bom tempo!

2. Ó vem, como a chuva no chão
Trazendo fartura de vida e de pão!

3. Ó vem, como chega a luz que faltou
Só tua palavra nos salva Senhor!

4. Ó vem, como chega a carta querida
Bendito carteiro do Reino da Vida!

5. Ó vem, como chega o filho esperado
Caminha conosco Jesus Bem amado!

6. Ó vem, como chega o Libertador
Das mãos do inimigo nos salva Senhor
Melodia em
http://leituraorantedapalavra.blogspot.com
1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia, o texto: Mt 4,18-22.
Jesus chama os primeiros discípulos: Pedro e André. Depois, chama outros dois irmãos: Tiago e João. Estes deixam sua profissão de pescadores, deixam família, deixam suas seguranças e abraçam o Projeto de Jesus: o compromisso de "pescadores de gente".
O convite de Jesus é para todos os que ouvem a sua Palavra.
2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
Os bispos, em Aparecida, reconheceram a vocação como dom de Deus: "A própria vocação, a própria liberdade e a própria originalidade são dons de Deus para a plenitude e a serviço do mundo." (DAp 111).
E eu me interrogo: sendo eu, membro vivo da Igreja, como vivo minha vocação à plenitude a serviço do mundo? (Pausa, e, se quiser, partilha em grupo).
3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, espontaneamente, com salmos e concluo com a oração
Jesus, Divino Mestre,
Nós vos adoramos, Verbo feito carne, enviado pelo Pai,
para ensinar às pessoas a verdade que dá a vida..
Sois a verdade incriada, o único Mestre.
"Somente vós tendes palavras de vida eterna".
Nós vos louvamos e agradecemos porque
nos concedestes a luz da inteligência e da fé e
nos chamastes à luz da glória.
Nós cremos e abrimos nossa inteligência e todo o nosso ser
para aceitar e viver a vossa palavra e tudo o que nos ensinais
por meio da Igreja..
Mostrai-nos, ó Senhor e Mestre, os tesouros da vossa sabedoria.
Fazei que conheçamos o Pai e sejamos vossos discípulos autênticos.
Aumentai nossa fé, para que vos possamos contemplar eternamente no céu.

4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra? Sinto-me discípulo/a de Jesus.
Meu olhar deste dia será iluminado certeza de que faço parte do Reino de Cristo, e como tal, participo da vida da Igreja.

Bênção Bíblica
O Senhor o abençoe e guarde!
O Senhor lhe mostre seu rosto brilhante e tenha piedade de você!
O Senhor lhe mostre seu rosto e lhe conceda a paz!'
(Nm 6,24-27).

Santo do dia


30 de novembro

Santo André
Entre os Doze apóstolos de Cristo, André foi o primeiro a ser seu discípulo. Além de ser apontado por eles próprios como o "número dois", depois, somente, de Pedro. Na lista dos apóstolos, pela ordem está entre os quatro primeiros. Morava em Cafarnaum, era discípulo de João Batista, filho de Jonas de Betsaida, irmão de Simão-Pedro e ambos eram pescadores no mar da Galiléia.

Foi levado por João Batista à verde planície de Jericó, juntamente com João Evangelista, para conhecer Jesus. Ele passava. E o visionário profeta indicou-o e disse a célebre frase: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira os pecados do mundo". André, então, começou a segui-lo.

A seguir, André levou o irmão Simão-Pedro a conhecer Jesus, afirmando: "Encontramos o Messias". Assim, tornou-se, também, o primeiro dos apóstolos a recrutar novos discípulos para o Senhor. Aparece no episódio da multiplicação dos pães: depois da resposta de Filipe, André indica a Jesus um jovem que possuía os únicos alimentos ali presentes: cinco pães e dois peixes.

Pouco antes da morte do Redentor, aparece o discípulo André ao lado de Filipe, como um de grande autoridade. Pois é a ele que Filipe se dirige quando certos gregos pedem para ver o Senhor, e ambos contaram a Jesus.

André participou da vida publica de Jesus, estava presente na última ceia, viu o Cristo Ressuscitado, testemunhou a Ascenção e recebeu o primeiro Pentecostes. Ajudou a sedimentar a Igreja de Cristo a partir da Palestina, mas as localidades e regiões por onde pregou não sabemos com exatidão.

Alguns historiadores citam que depois de Jerusalém foi evangelizar na Galiléia, Cítia, Etiópia, Trácia e, finalmente, na Grécia. Nessa última, formou um grande rebanho e pôde fundar a comunidade cristã de Patras, na Acaia, um dos modelos de Igreja nos primeiros tempos. Mas foi lá, também, que acabou martirizado nas mãos do inimigo, Egéas, governador e juiz romano local.

André ousou não obedecer à autoridade do governador, desafiando-o a reconhecer em Jesus um juiz acima dele. Mais ainda, clamou que os deuses pagãos não passavam de demônios. Egéas não hesitou e condenou-o à crucificação. Para espanto dos carrascos, aceitou com alegria a sentença, afirmando que, se temesse o martírio, não estaria "pregando a grandeza da cruz, onde morreu Jesus".

Ficou dois dias pregado numa cruz em forma de "X"; antes, porém, despojou-se de suas vestes e bens, doando-os aos algozes. Conta a tradição que, um pouco antes de André morrer, foi possível ver uma grande luz envolvendo-o e apagando-se a seguir. Tudo ocorreu sob o império de Nero, em 30 de novembro do ano 60, data que toda a cristandade guarda para sua festa.

O imperador Constantino trasladou, em 357, de Patos para Constantinopla, as relíquias mortais de santo André, Apóstolo. Elas foram levadas para Roma, onde permanecem até hoje, na Catedral de Amalfi, só no século XIII. Santo André, Apóstolo, é celebrado como padroeiro da Rússia e Escócia.

No princípio a esperança nasceu!

Javé criou a humanidade
na gratuidade do amor eterno.
Deu-lhe a vida, dons e vontade de ser feliz.
Javé descansou!
Contemplou o que fez:
Que coisa bonita!

A humanidade sentiu-se
amada por Javé, entoou um Cântico
de ação de graças:
"Este é o dia que Javé agiu;
exultemos e alegremo-nos com ele".

No princípio a esperança nasceu!
Javé agraciou a humanidade
com a aliança da solidariedade.
Ela cresceu, tronou-se forte,
forjou o povo latino-americano.

Com todo o coração vibrante agradeceu.
Entoou um cântico de ação de graças:
"Javé é Desu: ele nos ilumina!"
No princípio a esperança nasceu,
Javé caminhou com a humanidade,
na grande esperança da plenitude.

Fez renascer a cada pôr do sol
a certeza de uma vida livre,
mais humana e mais digna.
No entardecer da vida
entoou um Cântico novo:
"Agradeçam a Javé, porque ele é bom
e seu amor é para sempre".


Roberto Tiago Mayer

Dicas Bíblicas


"PAIXÃO, MORTE, RESSURREIÇÃO e APARIÇÕES"
dezembro 2012

Marcos, como todos os demais evangelistas, termina o seu Evangelho com as narrativas da paixão, morte, ressurreição e as aparições de Jesus Cristo. eLE traçou o seu Evangelho tentando, na primeira parte, responder À pergunta quem é Jesus, cuja resposta foi dada por Pedro: “Tu és o Cristo, o Filho de Deus”. Foi muito feliz, revelando a sua essência. Na segunda parte, a preocupação de Marcos, volta-se para o discípulo. Quem é de fato, o verdadeiro discípulo de Jesus? Desde o primeiro anúncio da paixão, quando Jesus diz que o Filho do Homem deve sofrer muito, e será rejeitado e entregue nas mãos dos anciãos, dos chefes de sacerdotes e dos escribas, é repreendido severamente por Pedro. Mas Jesus tem consciência do projeto do Pai, e coloca Pedro no seu lugar de discípulo no seguimento do Mestre.
Um discípulo que foi capaz de fazer a máxima proclamação de fé sobre Jesus, em seguida tornou-se pedra de tropeço, para impedí-lo de seguir o seu caminho? O que dizer? Jesus tem uma missão árdua e intensa na formação dos seus discípulos. Logo após este primeiro anúncio da Paixão, Marcos colocou as condições para seguir Jesus: “Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. Pois aquele que quiser salvar sua vida, a perderá; mas, o que perder sua vida por causa de mim e do Evangelho, a salvará...”
Mesmo com toda esta clareza, veja como os discípulos reagiram ao segundo anúncio da paixão de Jesus. Durante o caminho, estavam discutindo sobre qual deles era o maior. Com toda a paciência, Jesus sentou-se e ensinou-lhes: “Se alguém quiser ser o primeiro, seja o último de todos e o servo de todos... (Mc 9,35). A cada passo Jesus foi dando um ensinamento: “Aquele que não receber o Reino de Deus como uma criança, não entrará nele... (Mc 10,15). “Como é difícil, a quem tem riquezas, entrar no Reino de Deus! É mais fácil um camelo passar pelo fundo da agulha, do que um rico entrar no Reino de Deus!” (Mc 10,23.25). Marcos afirma que os discípulos ficaram muito espantados e se perguntavam quem poderia se salvar. Acharam a proposta do seguimento muito exigente e Pedro chegou a lhe perguntar: “Eis que nós deixamos tudo e te seguimos”, para dizer: a troco de quê? Jesus entendeu a preocupação de Pedro e disse: “Em verdade eu lhes digo que não há quem tenha deixado casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos ou terras por minha causa e por causa do Evangelho, que não receba cem vezes mais desde agora, neste tempo, casas, irmãos e irmãs, mãe e filhos e terras, com perseguições; e, no mundo futuro, a vida eterna. Muitos dos primeiros serão os últimos, e os últimos serão os primeiros.” (Mc 10,28-31).
Como se isso não fosse suficiente, após o terceiro anúncio da Paixão, dois dos discípulos estavam preocupados com o lugar que ocupariam no Reino de Deus e lhe pediram: “Mestre, queremos que nos faças o que te pedimos”. Ele perguntou: “ Que quereis que eu faça? ”Disseram: “Concede-nos, na tua glória, sentarmo-nos, um à tua direita, outro à tua esquerda”. E dessa experiência nasce um novo ensinamento, a partir dos chefes das nações que dominam e tiranizam o povo, mas entre vós não deve ser assim “aquele que dentre vós quiser ser grande, seja o vosso servidor, e aquele que quiser ser o primeiro seja o servo de todos. Pois o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos” (Mc 10,41-45). Depois desse ensinamento, Jesus cura o cego de Jericó e se dirige à Betânia e depois realiza o seu ministério em Jerusalém.
Na cidade de Jerusalém, Jesus com os discípulos frequentam o templo. Ele profere muitos outros ensinamentos aos seus seguidores. Constata a esterilidade do templo e das autoridades religiosas. Começa os preparativos para a festa da Páscoa: a unção em Betânia, a traição de Judas, a predição da negação de Pedro, a ceia, a oração no Getsêmani, a prisão de Jesus, a traição de Pedro, o julgamento e a condenação de Jesus, a fuga dos discípulos e a morte de Jesus. Quem permaneceu com ele no calvário? As mulheres. Foi, também a uma mulher que ele apareceu, Maria Madalena e lhe confiam a missão de anunciá-lo aos discípulos, dizendo-lhes que os precederá na Galiléia. Lá Jesus lhes confere a missão: “Ide por todo o mundo e proclamai o Evangelho a toda a criatura” (Mc 16,15). E Marcos conclui assim o seu evangelho: “E eles saíram a pregar por toda a parte, agindo com eles o Senhor, e confirmando a Palavra por meio dos sinais que a acompanhavam” (Mc 16,20). Agora sim, são discípulos, de verdade e, segundo a tradição cristã, todos eles entregaram as suas vidas pela causa de Jesus, a Boa Nova do Reino.

Questões para o aprofundamento
1. O que chamou sua atenção, neste texto, sobre Jesus e os seus discípulos?
2. Que tipo de discípulo ou discípula de Jesus, você é?
3. Alguma vez falou de Jesus e de seus ensinamentos a alguém?