quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Comissão Missionária realiza 2º Encontrão dos Comipas



comipas
Com o tema “Uma Igreja em saída forma rede de comunidades”, a Comissão Arquidiocesana de Pastoral para a Ação Missionária e Cooperação Interclesial promove o 2º Encontrão dos Conselhos Missionários Paroquiais (Comipas). A formação para os missionários será no dia 13 de setembro no Centro Arquidiocesano de Pastoral Dom Vital, no bairro da Várzea, Zona Oeste do Recife. O evento será realizado das 8h às 12h.
O assessor do evento será o professor doutor em Teologia, Sérgio Douets. Devem participar no minímo cinco pessoas por paróquia.
2º Encontrão dos Comipas
Local: Centro Arquidiocesano de Pastoral Dom Vital
Av. Afonso Olindense, 1764 – Várzea – Recife
Dia: 13 de setembro de 2014
Horário: 8h às 12h

O vigário episcopal do Vicariato Recife Sul 2, padre Paulo Sérgio Vieira Leite , participa do plebiscito sobre reforma política no Brasil.


A força poderosa do perdão


O grande humanista Gandhi disse: 'O fraco jamais perdoa: o perdão é uma das características do forte'.
Por Dom Anuar Battisti*

Recordo aqui uma Palavra de Jesus, como caminho necessário para celebrar a festa do banquete. "Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, Deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão e, depois, vem e apresenta a tua oferta" (Mt 5,23-26).

Estar de bem com os irmãos, viver em paz é condição para ser feliz e viver livre e liberto das consequências maléficas dos rancores e ressentimentos guardados no coração. O grande humanista Gandhi disse: "O fraco jamais perdoa: o perdão é uma das características do forte". Em qualquer situação de conflito, a tendência é sempre buscar um culpado. Neste caminho teremos sempre vítimas e não pessoas a serem amadas e acolhidas, principalmente os inimigos.

O Papa Francisco hoje é um dos homens mais fortes do mundo, porque sempre soube perdoar. No mês de julho esteve no sul da Itália na cidade de Caserta, para pedir perdão a um amigo pastor protestante. A visita já é vista como histórica, pois foi a primeira vez que um pontífice católico sai do Vaticano para se encontrar com um pastor da Igreja Evangélica Protestante.

No seu discurso de unidade entre cristãos, Francisco pediu perdão aos evangélicos por conta da perseguição feita contra eles por muitos católicos: “Entre as pessoas que perseguiram os pentecostais também houve católicos. Eu sou o pastor dos católicos e peço perdão por aqueles irmãos e irmãs católicos que não compreenderam e foram tentados pelo diabo”, afirmou o papa.

Esse testemunho do Papa, que não é o primeiro a pedir perdão publicamente pelos erros do passado e de se reconciliar de maneira sincera com os grandes e pequenos inimigos históricos, faz com que se liberte de uma bola de ferro amarrada aos pés que se chama ontem. Perdoar os outros e saber se perdoar dos erros e pecados do passado é condição para ser um verdadeiro líder.

Não existe peso maior na consciência do ser humano do que ficar carregando culpa. A única saída honrosa é ter a coragem de recomeçar. A capacidade de perdoar não vem por extinto, não é um gesto automático e de fácil domínio. Exige sempre coragem, iniciativa, amor a si próprio e ao outro, cultivados na fé de quem tem um Deus, que do alto da cruz foi capaz de dizer: “Pai perdoai-lhes porque não sabem o que estão fazendo” (Lc 23,34).

Shakespeare foi brilhante quando afirmou que “guardar ressentimento é como tomar veneno e esperar que a outra pessoa morra.”
Ressentimento é um verdadeiro câncer que vai corroendo o gosto de viver, a alegria do encontro, a ternura nos relacionamentos, enfim, criando doenças físicas e psicológicas, que em muitas vezes a única saída é tirar a vida.

O Apóstolo Paulo nos recorda que “tanto quanto possível e de vós dependa, vivei em paz com todos os homens” (Rm 12,18). Ao mesmo tempo a vitória será sempre dos pacíficos, pois sabem que a força de Deus não está no vento ou na tempestade e sim na calmaria de quem sabe valorizar as pequenas coisas. O caminho é “vencer o mal com o bem” (Rm 12,21), e jamais “cansar de fazer o bem”(Gl 6,9).

Essa dinâmica garante a todos o poder incalculável do perdão, feito aos outros e principalmente a nós mesmos. "Ser feliz é encontrar força no perdão, esperanças nas batalhas, segurança no palco do medo, amor nos desencontros. É agradecer a Deus a cada minuto pelo milagre da vida". (Fernando Pessoa).
SIR
*Dom Anuar Battisti é arcebispo de Maringá (PR).

A política em uma perspectiva inaciana


A abordagem jesuíta exige que transformemos a realidade política em um ato de esperança.
Por Marcial Rubio Correa*

Para Inácio de Loyola, em nossa interpretação, a política demandaria uma abordagem complexa das atitudes humanas, assim como ocorre, por sua vez, com outros âmbitos da vida. Trata-se de resumi-las, com o sério risco de ser reducionista. Diria, minimamente, que são as seguintes:

- Buscar o conhecimento verdadeiro da realidade ou o mais próximo possível da verdade;

- Elaborar uma posição humana e cristã frente a essa realidade.

- Com base no conhecimento da realidade e a posição própria, criar alternativas que possam modificar a realidade, orientando-a para o bem comum;

- Intervenção na realidade para modificá-la, com a consciência de que a Salvação tem muito a ver com isso.

Acreditamos que este é um conjunto de elementos que caracteriza uma apreciação inaciana da política, assim também como, em geral, de toda a vida. É preciso não separar as coisas, não tomar uma parte e deixar a outra, e isto é muito importante porque o todo é complexo e diverso: implica em conhecer, criar, atuar e, sobretudo, crer.

Sendo assim, a atitude inaciana pode ser adaptada aos que não compartilham a fé, mas isto retirará um componente essencial de sua concepção integralmente considerada.

Em matéria de atitude, é essencial manter os aspectos de conhecimento, de criação e de intervenção na realidade. Não bastam um ou dois aspectos dela. Trata-se de assumir uma atitude inaciana, portanto, totalizante em relação à realidade.

Vejamos, agora, sucintamente, dentro do que é possível fazer nesta apresentação, cada um desses aspectos.

1. Buscar o conhecimento verdadeiro da realidade

Parece que a busca do conhecimento verdadeiro é um ponto de partida, mas na política é assombroso o número de vezes que perseveramos no erro.

Caímos nele por muitas razões. Uma primeira consiste em que a realidade muda constantemente, mas nós não estamos dispostos a reconhecê-lo, pretendemos que o conhecimento interior seja ainda correto hoje em dia. Quando isto ocorre, há certa falta de humildade, que deve ser advertida quando estamos tratando da posição inaciana frente à política.

Contudo, há também a interferência das ideologias, que são como fundos de garrafa, a partir dos quais olhamos a realidade e, muitas vezes, ficamos convencidos de que esta é da forma como a ideologia diz. As ideologias podem permanecer intactas, na maioria dos detalhes, ao longo de muito tempo.

Estas reflexões anunciam que para conhecer adequadamente a realidade, temos que nos prevenir das escleroses ideológicas e devemos revisar permanentemente nossas concepções, ajustando-as com a realidade e mudanças que nela ocorrem. Também costuma ocorrer que neguemos olhar para a realidade, porque nos incomoda executar tal ação ou porque, de alguma maneira, é melhor não enxergá-la. Por exemplo, é interessante refletir sobre se nos preocupamos em compreender o que está acontecendo no mundo, tanto com o terrorismo demente, como com a coalizão que se prepara contra ele e que chegou a ter nome, que se gostaria de expressar o que dizia, na realidade, era inadmissível: “Justiça infinita”, mas também falível. Felizmente mudou o nome.

Também teríamos que nos perguntar se foi apenas o nome que mudou.

Acreditamos que esta situação é um bom laboratório de experimento sobre nossa atitude a respeito do conhecer na política. Se procuramos entrar nos detalhes que razoavelmente podemos alcançar, se buscamos conhecer os diversos aspectos e componentes desta colossal confabulação do mal, expressa no dia 11 de setembro; se, ao mesmo tempo, temos procurado medir as consequências da iminente reação em mãos humanas, então, tudo está inda na direção certa. Porém, se abandonamos ou atrasamos esta tarefa, acreditamos que existe algo que inacianamente não funciona muito bem, hoje e aqui.

Em qualquer caso, o conhecimento mais preciso possível do que ocorre é o primeiro passo e é profundamente inaciano. Como vemos, não é apenas, nem basicamente, um problema técnico. Pelo contrário, tem raízes nas virtudes e defeitos, na necessidade do triunfo da honestidade intelectual, mas também da perseverança, da humildade e do compromisso.

2. Elaborar uma posição cristã e humana frente a essa realidade

O conhecimento da realidade é como a infraestrutura da política. Sem ele nada poderá ser feito que não se constitua em tocar a flauta do conto. Porém, com esse conhecimento também não conseguimos muito, caso não elaboremos uma posição própria frente a essa realidade.

Em uma concepção inaciana, existem princípios cristãos que devemos necessariamente incorporar. Não é este o espaço no qual devamos pretender, sequer, uma aglomeração parcial de todos os que se aplicariam à política. É uma tarefa que fica para se aprofundar devidamente.

Porém, nem tudo na política será aplicação dos princípios cristãos. Haverá também indeterminações que terão que ser complementadas com a razão natural, que tem menos de imutável e mais de adaptação às circunstâncias.

Por isso, fazemos a diferenciação: tudo o que é cristão será humanista, mas há muitas determinações humanistas que não são necessariamente cristãs, porque as compartilhamos com todos os seres humanos.

Acreditamos que a elaboração desta posição frente à realidade tem uma clara conotação de fermento na massa, ideia evangélica aplicável aos Apóstolos, designados para difundir a Boa Nova à humanidade, ao longo do espaço e do tempo: não pouca coisa para doze que, na realidade, seriam onze, se contamos apenas aos que vieram com Cristo e, depois, saíram pregando.

Há alguns dias, esperava no saguão da casa de Fátima, aqui em Miraflores, e me chamou a atenção um cartaz colado na parede da portaria. Dizia algo como: “se você quer sempre coisas impossíveis, se muitas vezes é considerado louco pelo que aspira”, então, você tem muitos amigos na Companhia de Jesus. Não são as palavras exatas, mas, sim, é a ideia que, no fundo, não deixa de ser a que existe na passagem evangélica “O fermento na Massa”.

Neste mundo tão construído, tão informatizado, parece pouco possível que possamos fazer algo quase próprio. Apenas a tentativa já passa a impressão de ser coisa de loucos. Porém, há ainda algo mais grave quando as facções se polarizam e é preciso adotar uma posição própria: sempre é mais fácil se localizar nos extremos.

É mais fácil, e às vezes quase heroico, pregar o que a salutar razão aconselha.

Gostaria de voltar ao tema do 11 de Setembro, em Nova York, e a sua evolução. Qual deve ser a mensagem cristã e humana frente a estes fatos?

Sem dúvida, é preciso excluir a indulgência com o terrorismo. Porém, também é preciso questionar se a resposta deve ter limites ou não e, em caso da necessidade de haver, é preciso questionar quais devem ser.

O mesmo pode acontecer com muitas outras coisas. Para colocar o exemplo desta terra onde estamos, no nosso entender, é preciso dizer que nós, peruanos, ainda não elaboramos uma posição consistente contra a corrupção e que, ao menos é a nossa impressão, ainda existe muito mais de primitivo do que de civilizado na maneira como compreendemos retornar à essência, após presenciar, provavelmente, o período de corrupção política melhor documentado na história da humanidade.

Dá a impressão de que ainda temos mais revanche do que consistência na busca da honestidade, sem que isto pretenda desmerecer os sinceros esforços que muitos fazem, dentro e fora do aparato do Estado, por eliminar ou, quando menos, reduzir drasticamente a corrupção. Não pode haver aproximação inaciana à realidade, caso se prefira não elaborar a posição cristã e humanista frente a ela.

3. Criar alternativas que possam orientar a realidade para o bem comum

A consciência de ter que atuar na realidade começa por elaborar um plano para mudá-la. Não é ainda o passo para a ação, mas, sim, é a prefiguração inteligente do que e do como fazer. A atitude cristã e humana é um ponto de partida, um meio para repensar a realidade, caso não se parta desta atitude, as coisas não mudarão, não produzirão fruto.

Hoje se fala, por exemplo, de planejamento estratégico, um instrumento que, indubitavelmente, contém técnicas que pessoalmente respeitamos e cujo uso estimulamos. Porém, é assombroso o quanto fora da política se faz o planejamento estratégico. Ao contrário, dentro dela reinam a improvisação e a resposta à conjuntura, quando não a demagogia aos cálculos eleitorais.

Geralmente, a ação política é uma mistura complexa de elementos, entre os quais costumam estar um ou alguns dos apontados no parágrafo anterior. Uma atitude inaciana frente à política nos exige reflexão para orientar a mudança da realidade.

Este é um traço profundamente inaciano que nem todos os seres humanos compartilham e, nem sequer, todos os cristãos, porque existem irmãos na fé que preferem uma atitude contemplativa e de sacrifício, que exclui o atuar diretamente no mundo. É uma forma que a Igreja e também outras confissões reconheceram como válida e não temos crítica contra ela.

Porém, a atitude inaciana é diferente e também é válida: a preocupação com a realidade para fazer um plano de transformação, completando a criação divina entregue à humanidade. O episódio do ganhará o pão com o suor do seu rosto e suas reflexões subsequentes no Gênesis, são um bom sustento para esta atitude de transformação da realidade, porque a intervenção na realidade é justamente o objeto do trabalho humano, mas ordenadamente, como uma colaboração à ação divina.

Em todo caso, planejar o curso das coisas e conduzir a própria ação por causas racionais não é metodologia particular da idade moderna: sempre houve seres humanos e instituições que batalharam para criar metodologia de trabalho reflexivo frente à realidade. Do ponto de vista cristão, além do mais, isto é correto porque a criação tem uma racionalidade que se manifesta ao homem por meio de seu entendimento e o permite assentar as relações humanas e o manejo das coisas em prol do bem-estar de todos, que é exatamente o bem comum.

4. Intervenção na realidade para modificá-la

Este é um aspecto capital da posição inaciana. O anterior é parte de muitas concepções de vida, cristã e não cristã. No entanto, há um momento em que Inácio coloca o macacão, arregaça as mangas e começa a utilizar os alicates e as chaves de fenda. Sem isso, Inácio será um homônimo, não Santo Inácio de Loyola, o dos jesuítas.

É muito importante notar que ao longo de toda a sua vida e depois, por meio da formação que a Companhia oferece, a práxis é um componente essencial, não apenas da atitude frente à vida, mas também da consciência de transcendência do ser humano.

Com efeito, Inácio de Loyola trabalha sobre a vida para modificá-la. São assim todas as suas atividades e, também, as colossais viagens de evangelização e de ação que imbuiu a seus companheiros diretos e, com eles, a todos os jesuítas da história.

Nós, os ex-alunos, fomos sempre estimulados a trabalhar sobre a realidade, de diferentes maneiras, com aproximações ideológicas e culturais distintas que sempre compartilhamos, mas a metodologia de trabalhar no mundo foi parte essencial que se traduziu em acompanhar comunidades camponesas, em construir igrejas em povoados pobres, em repartir mantimentos entre aqueles que necessitam ou, então, em usar parte do tempo livre dos fins de semana para ditar catecismo entre jovens, muitas vezes, muito próximos de nós em idade.

Além disso, do ponto de vista da Fé, esta ação na terra é o caminho de salvação. A solidariedade é um traço típico da formação jesuítica, nem sempre reconhecido em seu verdadeiro valor nas concepções extremamente individualistas que, muitas vezes, são defendidas ao nosso lado, nos tempos atuais.

Por isso, em seu reto sentido, a abordagem jesuíta exige que transformemos a realidade política em um ato de esperança, virtude teologal de grande transcendência para os cristãos: esperança de poder contribuir no trabalho da Criação divina para mudar o mundo em prol do bem comum; mas também esperança de salvação, trabalhando pelo próximo, e solidariedade, duas palavras tão queridas pelo Evangelho.

5. A síntese humanizadora da atitude inaciana para com a política

Acreditamos que a atitude inaciana para com a política é de grande crescimento humano, porque é altamente civilizada: exige esforço no conhecimento da realidade, submetendo nossas próprias limitações para elaborar alternativas morais consistentes, criatividade para traçar os novos cursos do mundo em prol do bem comum, e o trabalho concreto de solidariedade para com o próximo.

Tudo isso na luta contra nossas fraquezas e em constante promoção das virtudes de nosso espírito. Trabalhar desta maneira colaborará para melhorar o mundo e engrandece ao que dedica seu tempo à política.

Um corolário muito importante de todos os outros é questionar, caso esteja em nossa herança como ex-alunos jesuítas, por que não ocupar nosso lugar no exercício da política pelo bem dos demais? Há muitos anos, os bispos peruanos escreveram uma carta aos fiéis intitulada “Política, dever cristão”. Penso que foi um título muito inaciano e que vale a pena recordá-lo, aqui, para que nos ajude a refletir sobre até onde nos dedicarmos à coisa pública. Com a bagagem de Santo Inácio, não é apenas uma opção, mas, ao contrário, um compromisso inescapável.
ostolado Social da Conferência dos Provinciais Jesuítas da América Latina – CPAL, 28-08-2014.
*Marcial Rubio Correa é reitor da Universidade Católica do Peru. Tradução é do Cepat.

'Educar é fruto do coração', diz arcebispo


O que faz crescer a uma pessoa é o amor que a rodeia, afirma Dom Ricardo Ezzati.
Santiago, Chile - O cardeal arcebispo de Santiago do Chile, Dom Ricardo Ezzati, abençoou, na última sexta-feira (29), a nova sede da "Edudown", corporação que atende gratuitamente a mais de 300 meninas e meninos que padecem síndrome de down, apoiando-os em seu desenvolvimento integral tendo em vista uma real inclusão na sociedade.

A partir de agosto, a organização benéfica com já mais de 13 anos no país soma as sedes de São Bernardo e La Serena, uma na comunidade de Providência - centro de Santiago - para assim dar maior cobertura em seus serviços de reforçamento e apoio integral.

No ato inaugural do novo centro, o prelado disse aos presentes: "O amor é mais forte que todos os limites que possamos encontrar no caminho da vida. E porque justamente o amor é mais forte, temos também iniciativas e pessoas por trás dessas iniciativas, que querem dizer-lhe a nossa sociedade, muitas vezes centrada sobre interesses única e exclusivamente materiais, que há algo maior que o dinheiro, maior que o progresso material, maior que todas as nossas conquistas no âmbito da economia, e isso é o sorriso de uma criança, a alma de uma criança, que só pede para que abramos o coração e o ponhamos a disposição do crescimento de sua vida, que é um dom".

Na ocasião, o bispo assinalou que "educar não é somente fruto de nossa inteligência, educar é fruto do coração". E acrescentou: "O que faz crescer a uma pessoa e chegar a estatura mais alta de sua dignidade é o amor que a rodeia, o amor pelo qual se lhe entrega tudo o que podemos lhe entregar e é esse amor o que compensa também cada sacrifício, todo sacrifício".

Finalmente, o cardeal teve sentidas palavras de agradecimento para os padres, educadores e impulsionadores deste projeto: "Eu queria agradecer aos que estão no coração desta iniciativa, porque de verdade aqui estão desenvolvendo uma tarefa que é muito bela e que é a tarefa que mais nos aproxima e nos assemelha a Deus, porque Deus é amor e quem ama é filho de Deus".
SIR

Papa convida cristãos a confiar no Espírito Santo


'O homem abandonado às suas forças, porém, não compreende as coisas do Espírito Santo', afirmou o papa.
Cidade do Vaticano  - O papa Francisco afirmou nessa terça-feira (2), em sua homilia na missa celebrada em Santa Marta, que a "autoridade" na Igreja vem do Espírito Santo, em vez de títulos acadêmicos ou da sabedoria humana. "A sabedoria humana é, antes, ensinada pelo Espírito Santo. São Paulo pregava com a unção do Espírito, manifestando coisas espirituais em termos espirituais. O homem abandonado às suas forças, porém, não compreende as coisas do Espírito Santo, o homem só por si não pode entender”, declarou.

Francisco evocou o ensinamento de Jesus Cristo, feito com a autoridade de quem tem a “unção especial do Espírito Santo” e vem trazer “a salvação, a liberdade”. Alguns, recordou, “escandalizavam-se” com o estilo de quem não era um “pregador comum” e se apresentava com um homem livre, “sem poder ser julgado por ninguém”. “Se nós cristãos não percebermos bem as coisas do Espírito, não daremos testemunho, não teremos identidade”, observou.

O papa defendeu que a "identidade cristã" passa por "não ter o espírito do mundo", o seu modo de pensar ou julgar. “Podes ter cinco doutoramentos em Teologia e não ter o Espírito de Deus. Talvez sejas um grande teólogo, mas não és cristão, porque não tens o Espírito de Deus: aquilo que dá autoridade, que dá identidade é o Espírito Santo, a sua unção”, disse.

“Tantas vezes, entre nós, encontramos entre os nossos fiéis velhinhas simples que talvez nem sequer tenham concluído a educação elementar, mas que falam das coisas melhor do que um teólogo, porque têm o Espírito de Cristo”, acrescentou.
SIR

Liturgia Diária

DIA 3 DE SETEMBRO - QUARTA-FEIRA

SÃO GREGÓRIO MAGNO
PAPA E DOUTOR 
(BRANCO, PREFÁCIO COMUM OU DOS PASTORES – OFÍCIO DA MEMÓRIA)

Antífona da entrada: O Senhor o escolheu para a plenitude do sacerdócio e, abrindo seus tesouros, o cumulou de bens.
Oração do dia
Ó Deus, que cuidais do vosso povo com indulgência e o governais com amor, dai, pela intercessão de são Gregório Magno, o espírito de sabedoria àqueles a quem confiastes o governo da vossa Igreja, a fim de que o progresso das ovelhas contribua para a alegria eterna dos pastores. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (1 Coríntios 3,1-9)
Leitura da primeira carta de são Paulo aos Coríntios.
3 1 A vós, irmãos, não vos pude falar como a homens espirituais, mas como a carnais, como a criancinhas em Cristo.
2 Eu vos dei leite a beber, e não alimento sólido que ainda não podíeis suportar. Nem ainda agora o podeis, porque ainda sois carnais.
3 Com efeito, enquanto houver entre vós ciúmes e contendas, não será porque sois carnais e procedeis de um modo totalmente humano?
4 Quando, entre vós, um diz: “Eu sou de Paulo”, e outro: “Eu, de Apolo”, não é isto modo de pensar totalmente humano?
5 Pois que é Apolo? E que é Paulo? Simples servos, por cujo intermédio abraçastes a fé, e isto conforme a medida que o Senhor repartiu a cada um deles:
6 eu plantei, Apolo regou, mas Deus é quem fez crescer.
7 Assim, nem o que planta é alguma coisa nem o que rega, mas só Deus, que faz crescer.
8 O que planta ou o que rega são iguais; cada um receberá a sua recompensa, segundo o seu trabalho.
9 Nós somos operários com Deus. Vós, o campo de Deus, o edifício de Deus.
Palavra do Senhor.

 
Salmo responsorial 32/33
Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança!

Feliz o povo cujo Deus é o Senhor,
e a nação que escolheu por sua herança!
Dos altos céus o Senhor olha e observa;
ele se inclina para olhar todos os homens.

Ele contempla do lugar onde reside
e vê a todos os que habitam sobre a terra.
Ele formou o coração de cada um
e por todos os seus atos se interessa.

No Senhor nós esperamos confiantes,
porque ele é nosso auxílio e proteção!
Por isso o nosso coração se alegra nele,
seu santo nome é nossa única esperança.

 
Evangelho (Lucas 4,38-44)
Aleluia, aleluia, aleluia.
O Espírito do Senhor repousa sobre mim e enviou-me a anunciar aos pobres o Evangelho (Lc 4,18).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
Naquele tempo, 4 38 saindo Jesus da sinagoga, entrou na casa de Simão. A sogra de Simão estava com febre alta; e pediram-lhe por ela.
39 Inclinando-se sobre ela, ordenou ele à febre, e a febre deixou-a. Ela levantou-se imediatamente e pôs-se a servi-los.
40 Depois do pôr-do-sol, todos os que tinham enfermos de diversas moléstias lhos traziam. Impondo-lhes a mão, os sarava.
41 De muitos saíam os demônios, aos gritos, dizendo: “Tu és o Filho de Deus”. Mas ele repreendia-os severamente, não lhes permitindo falar, porque sabiam que ele era o Cristo.
42 Ao amanhecer, ele saiu e retirou-se para um lugar afastado. As multidões o procuravam e foram até onde ele estava e queriam detê-lo, para que não as deixasse.
43 Mas ele disse-lhes: “É necessário que eu anuncie a boa nova do Reino de Deus também às outras cidades, pois essa é a minha missão”.
44 E andava pregando nas sinagogas da Galiléia.
Palavra da Salvação.

 
Comentário ao Evangelho
IMPONDO A MÃO SOBRE CADA UM
No trato com as pessoas doentes, Jesus se comportava como um médico delicado. Deparando-se com a sogra de Simão Pedro, vitimada por uma febre muito forte, inclinou-se sobre ela e deu ordem para que a febre desaparecesse. Mostrou igual bondade quando lhe trouxeram pessoas acometidas de várias doenças. Com muita mansidão e paciência, aproximava-se de cada  uma, impunha-lhe a mão na cabeça e a curava.
A imposição das mãos revelava não só o cuidado de Jesus pelos enfermos, mas também sua solidariedade com eles. A comunhão com o Filho de Deus desmascarava a submissão as forças demoníacas que os mantinha escravos. Enquanto a presença solidária de Jesus era portadora de vida e saúde, a presença das forças malignas causava sofrimento e morte. Daí a necessidade de libertar as pessoas desta situação humilhante.
Na cultura da época, as doenças revelavam o poder do demônio sobre o ser humano. De qualquer forma, eram consideradas como conseqüência do pecado. A cura física e espiritual transformava-se, pois, numa evidente manifestação de que o Reino de Deus havia chegado pela presença e pelo ministério de Jesus, irrompendo na história humana.  Assim, a atitude misericordiosa de Jesus em relação aos doentes expressava a solidariedade de Deus com toda a humanidade, com o desejo de salvá-la.

Oração
Pai, que a presença de Jesus em minha vida seja motivo de libertação, de modo que eu possa servir com alegria o meu próximo, especialmente, os mais necessitados.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)

 
Sobre as oferendas
Ó Deus, na festa de são Gregório Magno, seja-nos proveitoso este sacrifício que, ao ser oferecido na cruz, libertou do pecado o mundo inteiro. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: O bom pastor dá a vida por suas ovelhas (Jo 10,11).
Depois da comunhão
Ó Pai, instruí pelo Cristo mestre os que saciastes com o Cristo que é o pão da vida, para que, na festa de são Gregório, cheguemos ao conhecimento da verdade e a realizemos pela caridade. Por Cristo, nosso Senhor.
Santo do Dia / Comemoração (SÃO GREGÓRIO MAGNO)
Pedro foi "a pedra" sobre a qual o cristianismo se edificou. Mas para isso foi usada uma argamassa feita da dedicação e da fé de muitos cristãos que o sucederam. Assim, a Igreja Católica se fez grande devido aos grandes papas que teve, dentre os quais temos o papa Gregório, chamado "o Magno", ou seja, o maior de todos, em sabedoria, inteligência e caridade.

Nascido em 540, na família Anícia, de tradição na Corte romana, muito rica, influente e poderosa, Gregório registrou de maneira indelével sua passagem na história da Igreja, deixando importantíssimas realizações, como, por exemplo, a instituiuição da observância do celibato, a introdução do pai-nosso na missa e o famoso "canto gregoriano". Foi muito amado pelo povo simples, por causa de sua extrema humildade, caridade e piedade.

Sua vocação surgiu na tenra infância, sendo educado num ambiente muito religioso - sua mãe, Sílvia, e duas de suas tias paternas, Tarsila e Emiliana, tornaram-se santas. As três mulheres foram as responsáveis, também, por sua formação cultural. Quando seu pai, Jordão, morreu, Gregório era muito jovem, mas já havia ingressado na vida pública, sendo o prefeito de Roma.

Nessa época, buscava refúgio na capital um grupo de monges beneditinos, cujo convento, em Montecassino, fora atacado pelos invasores longobardos. Gregório, então, deu-lhes um palácio na colina do Célio, onde fundaram um convento dedicado a santo André. Esse contato constante com eles fez explodir de vez sua vocação monástica. Assim, renunciou a tudo e foi para o convento que permitira fundar, onde vestiu o hábito beneditino. Mais tarde, declararia que seu tempo de monge foram os melhores anos de sua vida.

Como sua sabedoria não poderia ficar restrita apenas a um convento, o papa Pelágio nomeou-o para uma importante missão em Constantinopla. Nesse período, Gregório escreveu grande parte de sua obra literária. Chamado de volta a Roma, foi eleito abade do Convento de Santo André e, nessa função, ganhou fama por sua caridade e dedicação ao próximo.

Assim, após a morte do papa Pelágio, Gregório foi eleito seu sucessor. Porém, de constituição física pequena e já que desde o nascimento nunca teve boa saúde, relutou em aceitar o cargo. Chegou a escrever uma carta ao imperador, pedindo que o liberasse da função. Só que a carta nunca foi remetida pelos seus confrades e ele acabou tendo de assumir, um ano depois, sendo consagrado em 3 de setembro de 590.

Os quatorze anos de seu pontificado passaram para a história da Igreja como um período singular. Papa Gregório levou uma vida de monge, dispensou todos os leigos que serviam no palácio, exercendo um apostolado de muito trabalho, disciplina, moralidade e respeito às tradições da doutrina cristã. No comando da Igreja, orientou a conversão dos ingleses, protegeu os judeus da Itália contra a perseguição dos hereges e tomou todas as atitudes necessárias para que o cristianismo fosse respeitado por sua piedade, prudência e magnanimidade.

Morreu em 64, sendo sepultado na basílica de São Pedro. Os registros mostram que, durante o seu funeral, o povo já aclamava santo o papa Gregório Magno, honrado com o título de doutor da Igreja. Sua festa ocorre no dia em que foi consagrado papa.

Evangelho do Dia

Ano A - 03 de setembro de 2014

Lucas 4,38-44

Aleluia, aleluia, aleluia.
O Espírito do Senhor repousa sobre mim e enviou-me a anunciar aos pobres o Evangelho (Lc 4,18).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
Naquele tempo, 4 38 saindo Jesus da sinagoga, entrou na casa de Simão. A sogra de Simão estava com febre alta; e pediram-lhe por ela.
39 Inclinando-se sobre ela, ordenou ele à febre, e a febre deixou-a. Ela levantou-se imediatamente e pôs-se a servi-los.
40 Depois do pôr-do-sol, todos os que tinham enfermos de diversas moléstias lhos traziam. Impondo-lhes a mão, os sarava.
41 De muitos saíam os demônios, aos gritos, dizendo: “Tu és o Filho de Deus”. Mas ele repreendia-os severamente, não lhes permitindo falar, porque sabiam que ele era o Cristo.
42 Ao amanhecer, ele saiu e retirou-se para um lugar afastado. As multidões o procuravam e foram até onde ele estava e queriam detê-lo, para que não as deixasse.
43 Mas ele disse-lhes: “É necessário que eu anuncie a boa nova do Reino de Deus também às outras cidades, pois essa é a minha missão”.
44 E andava pregando nas sinagogas da Galiléia.
Palavra da Salvação.

 

Comentário do Evangelho
IMPONDO A MÃO SOBRE CADA UM
No trato com as pessoas doentes, Jesus se comportava como um médico delicado. Deparando-se com a sogra de Simão Pedro, vitimada por uma febre muito forte, inclinou-se sobre ela e deu ordem para que a febre desaparecesse. Mostrou igual bondade quando lhe trouxeram pessoas acometidas de várias doenças. Com muita mansidão e paciência, aproximava-se de cada  uma, impunha-lhe a mão na cabeça e a curava.
A imposição das mãos revelava não só o cuidado de Jesus pelos enfermos, mas também sua solidariedade com eles. A comunhão com o Filho de Deus desmascarava a submissão as forças demoníacas que os mantinha escravos. Enquanto a presença solidária de Jesus era portadora de vida e saúde, a presença das forças malignas causava sofrimento e morte. Daí a necessidade de libertar as pessoas desta situação humilhante.
Na cultura da época, as doenças revelavam o poder do demônio sobre o ser humano. De qualquer forma, eram consideradas como conseqüência do pecado. A cura física e espiritual transformava-se, pois, numa evidente manifestação de que o Reino de Deus havia chegado pela presença e pelo ministério de Jesus, irrompendo na história humana.  Assim, a atitude misericordiosa de Jesus em relação aos doentes expressava a solidariedade de Deus com toda a humanidade, com o desejo de salvá-la.

Oração
Pai, que a presença de Jesus em minha vida seja motivo de libertação, de modo que eu possa servir com alegria o meu próximo, especialmente, os mais necessitados.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)

 
Leitura
1 Coríntios 3,1-9
Leitura da primeira carta de são Paulo aos Coríntios.
3 1 A vós, irmãos, não vos pude falar como a homens espirituais, mas como a carnais, como a criancinhas em Cristo.
2 Eu vos dei leite a beber, e não alimento sólido que ainda não podíeis suportar. Nem ainda agora o podeis, porque ainda sois carnais.
3 Com efeito, enquanto houver entre vós ciúmes e contendas, não será porque sois carnais e procedeis de um modo totalmente humano?
4 Quando, entre vós, um diz: “Eu sou de Paulo”, e outro: “Eu, de Apolo”, não é isto modo de pensar totalmente humano?
5 Pois que é Apolo? E que é Paulo? Simples servos, por cujo intermédio abraçastes a fé, e isto conforme a medida que o Senhor repartiu a cada um deles:
6 eu plantei, Apolo regou, mas Deus é quem fez crescer.
7 Assim, nem o que planta é alguma coisa nem o que rega, mas só Deus, que faz crescer.
8 O que planta ou o que rega são iguais; cada um receberá a sua recompensa, segundo o seu trabalho.
9 Nós somos operários com Deus. Vós, o campo de Deus, o edifício de Deus.
Palavra do Senhor.

 
Salmo 32/33
Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança!

Feliz o povo cujo Deus é o Senhor,
e a nação que escolheu por sua herança!
Dos altos céus o Senhor olha e observa;
ele se inclina para olhar todos os homens.

Ele contempla do lugar onde reside
e vê a todos os que habitam sobre a terra.
Ele formou o coração de cada um
e por todos os seus atos se interessa.

No Senhor nós esperamos confiantes,
porque ele é nosso auxílio e proteção!
Por isso o nosso coração se alegra nele,
seu santo nome é nossa única esperança.

 
Oração
Ó Deus, que cuidais do vosso povo com indulgência e o governais com amor, dai, pela intercessão de são Gregório Magno, o espírito de sabedoria àqueles a quem confiastes o governo da vossa Igreja, a fim de que o progresso das ovelhas contribua para a alegria eterna dos pastores. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.