segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Twitter do Papa ganha versão em latim


Papa_twitter_latimA conta do Papa Bento XVI no Twitter, com mais de 2,5 milhões de seguidores, tem agora uma nova versão em latim (@Pontifex_In).
A mensagem de boas-vindas saúda os visitantes da página pública ‘breviloquentis’, expressão utilizada para traduzir o termo inglês que dá nome a esta rede social, que se distingue por permitir a publicação de pequenos textos contendo no máximo 140 caracteres.
O texto escolhido pelo Papa é ‘Tuus adventus in paginam publicam Summi Pontificis Benedicti XVI breviloquentis optatissimus est’, isto é, “O teu acesso à página oficial do Sumo Pontífice Bento XVI no Twitter é muito bem-vindo”.
As mensagens são publicadas com autorização de Bento XVI em mais oito idiomas: inglês, espanhol, italiano, português, alemão, polaco, árabe e francês. No perfil em português, o Papa conta com quase 70 mil  seguidores.
O Twitter é a ferramenta mais difundida no mundo das comunicações virtuais, com mais de 500 milhões de utilizadores. A denominação “Twitter” deriva da palavra inglesa com a mesma grafia, que em português pode ser traduzida por “gorjear” ou “piar”, razão pela qual o logótipo daquela rede social representa um pássaro.

República Dominicana: Bispos exortam os fiéis a combaterem a violência familiar

Santo Domingo, 20 jan (SIR) - Por ocasião das festividades em honra de Nossa Senhora de Altagracia e no contexto da Celebração do Ano da Fé, os Bispos da República Dominicana escreveram uma Carta Pastoral aos fiéis dominicanos.
Na mensagem os prelados exortaram os fiéis a acolherem a Palavra de Deus em seus corações para combater a violência intrafamiliar e assim "constituir famílias sãs, cheias de amor, compreensão, respeito perdão". "Voltemos nosso olhar para Deus que nos dá a Fé como um dom, fé que nos impulsiona até a busca e vivência de atitudes que consolidam a convivência familiar, dando solidez à família, base da sociedade e Igreja doméstica", declararam os bispos. O Episcopado Dominicano exortou os fiéis também a aproveitarem o Ano da Fé "para se aprofundar no conhecimento das verdades de nosso credo, a rezá-lo em família, e a celebrar e proclamar nossa fé em todo o momento".
"O lema do ano do Plano Nacional de Pastoral, no qual se reza: ´Com fé e fraternidade construímos a comunidade´, nos convida a edificar e desenvolver comunidades e famílias fraternas e sólidas na fé; vale dizer, ancoradas profundamente em Jesus Cristo e embebidas da corrente de amor que brota de sua graça", indicaram.
Ao final da mensagem os bispos convidaram os dominicanos a pedir à Nossa Senhora de Altagracia que "nos ajude a manter a fé em superar nossas necessidades econômicas, fé na qual podemos sair da pobreza extrema, fé na qual podemos viver a justiça e a caridade para alcançarmos todos juntos um melhor bem estar de vida".

Jovens de Hong Kong firmam compromisso pela unidade dos cristãos

Hong Kong, 20 jan (SIR) – Cerca de trinta jovens cristãos de Hong Kong (católicos, anglicanos, pentecostais e de outras confissões cristãs), de idade entre 18 e 35 anos, se reuniram em vistas da Semana de oração pela unidade dos cristãos, para refletir e rezar juntos sobre o tema “Rumo à nova solidariedade e a comunhão”.
Segundo informa o Kung Kao Po, boletim semanal da diocese de Hong Kong, o encontro foi promovido pela Comissão de Pastoral Juvenil de Hong Kong e se realizou de 11 a 13 de janeiro “não só para trocar experiências, rezar juntos e escutar a direção espiritual, mas também como uma prova de unidade: através da atenção pelas faces mais vulneráveis da sociedade demonstramos a nossa unidade” – disse o organizador católico.
Com efeito, nos três dias de encontro, os jovens cristãos visitaram juntos o cárcere de Hong Kong, o convento dos missionários de Maryknoll, um colégio anglicano de 110 anos de história, e o mosteiro das Carmelitas descalças, “para conhecer a contribuição das várias comunidades cristãs na sociedade de Hong Kong”.
Para celebrar a Semana de oração pela unidade dos cristãos, de 18 a 25 de janeiro, sobre o tema “O que o Senhor quer de nós” (cfr Miqueias 6, 6-8), o Primaz da Igreja anglicana de Hong Kong presidirá um Encontro pela unidade dos cristãos na Igreja católica de São Judas, sábado, 19 de janeiro. Desde 2010, a Comissão de Pastoral Juvenil de Hong Kong organiza a cada mês um retiro espiritual para jovens com uma participação sempre maior de jovens cristãos de diversas confissões.

Católicos indonésios ajudam vítimas de enchentes

Jacarta, 20 jan (SIR) - Os católicos na Indonésia responderam ao apelo das autoridades de Jacarta, dando início a uma coleta de gêneros alimentícios em favor dos deslocados que sofrem por causa das fortes enchentes que atingiram a capital.
Nesta quinta-feira, o Governador Joko Jokowi Widodo declarou estado de emergência, lançando um pedido oficial de ajuda. Várias áreas de Jacarta estão alagadas e em algumas delas a água chega a 4 metros de altura. O balanço é de pelos menos 11 mortos. Existem também milhares de pessoas que ficaram sem casa. Ao apelo lançado pelas autoridades, ressalta a agência AsiaNews, responderam vários grupos de voluntários, organizações ativistas e cidadãos comuns.
Dentre esses, há muitos católicos. Na área de Kampung Melayu, a Paróquia de Santo Antônio já recebeu muitos deslocados oferecendo-lhes abrigo. A essa iniciativa se uniram também vários grupos de fiéis que forneceram alimentos e bebidas. Contribuiu também de maneira ativa a Conferência Episcopal da Indonésia fornecendo o necessário para aliviar o sofrimento da população da capital, paralisada pelas inundações.
Na Indonésia, os católicos são uma minoria de cerca de 7 milhões de pessoas, equivalente a 3% da população total.

Ecumenismo: intercâmbio de dons

L´Osservatore, 20 - A encíclica do ecumenismo Ut unum sint do beato João Paulo II ressalta de modo significativo a importância do intercâmbio através do diálogo, que é muito mais do que um intercâmbio de ideias: é um «intercâmbio de dons» (28). No nosso peregrinar rumo à unidade dos cristãos, encontramos os nossos irmãos e irmãs de outras Igrejas e comunidades eclesiais. As visitas ecumênicas favorecem não só um intercâmbio teológico, mas criam também uma cultura de amizade num espírito de irmandade e fraternidade evangélica. Os encontros ecumênicos oferecem a possibilidade de acolher os outros e de ser por eles acolhidos. A hospitalidade de ambas as partes permite um enriquecimento contínuo e um confronto proveitoso, também com a finalidade de resolver quer problemas comuns relativos à vida humana e à sociedade, quer dificuldades práticas concernentes à Igreja. O ecumenismo não é indiferente à realidade concreta das diversas comunidades cristãs e preocupa-se, por exemplo, do uso comum de lugares de culto, e de questões de justiça social, pobreza, racismo e violência.

O ecumenismo tem por objetivo desenvolver uma cultura de hospitalidade e de amizade, encorajando a partilha tanto da alegria como do sofrimento entre os cristãos. Neste sentido, estamos sempre chamados a aliviar o peso uns dos outros. E neste espírito devem proceder os diálogos teológicos: veritatem facientes in caritate.

Representantes da Igreja católica e das Igrejas ortodoxas orientais reuniram-se de 17 a 21 de Janeiro de 2012 como membros da Comissão mista internacional para o diálogo teológico entre a Igreja católica e as Igrejas ortodoxas orientais, sob a copresidência, da parte católica, do cardeal Kurt Koch, presidente do Pontifício conselho para a promoção da unidade dos cristãos, e. da parte ortodoxa, do metropolita Bishoy de Damiette, secretário-geral do Santo sínodo da Igreja ortodoxa copta. O encontro foi hospedado em Adis Abeba por sua santidade Abuna Paulos I, Patriarca da Igreja ortodoxa etíope tewahedo. Durante o encontro os membros da comissão aprofundaram o estudo da comunhão e da comunicação existentes entre as Igrejas até meados do século V da história cristã, assim como o estudo do papel desempenhado pelo martírio e monaquismo na vida da Igreja primitiva. Eles resumiram os aspectos convergentes entre as duas comunidades a fim de apresentar modelos que possam ser usados hoje numa abordagem pastoral ecumênica que tenha por objetivo a plena comunhão. Nos dias 13 e 14 de Setembro de 2012, uma comissão de redação encontrou-se em Roma para examinar os contributos apresentados durante a atual fase de diálogo e para produzir um esboço de texto que deverá ser avaliado durante a reunião da comissão prevista em 2013.

GABRIEL QUICKE

20 de Janeiro de 2013

Missionárias da Boa Nova: 50 anos e nova missão em Moçambique

Lisboa, Portugal, 20 jan (SIR/Ecclesia) – As Missionárias da Boa Nova estão assinalando 50 anos de existência e preparam-se para abrir, este mês, um campo de missão em Maputo, capital de Moçambique.
“Cinquenta anos de caminhada com os pobres são o nosso tema para este ano jubilar, com o lema: ‘Consolai, consolai o meu povo’”, texto retirado do livro bíblico do profeta Isaías, revela um comunicado enviado à Agência ECCLESIA. O jubileu teve início a 13 de outubro com uma missa celebrada na capela do Seminário de Cucujães, em de Oliveira de Azeméis, presidida pelo superior geral da Sociedade dos Missionários da Boa Nova (SMBN).
Palmira Pires, portuguesa de 58 anos, e Márcia Silva, brasileira de 28, partem segunda-feira para Maputo, marcando a volta das leigas consagradas a Moçambique depois de em agosto terem deixado a Missão de Ocua, na província de Cabo Delgado, território de serrado do norte do país. As Missionárias da Boa Nova, atualmente com 10 membros, têm comunidades em Portugal e no estado brasileiro do Maranhão, onde prestam apoio à organização da comunidade e a movimentos sociais.
A par da catequese, liturgia e assistência aos doentes, o trabalho no Brasil compreende um projeto educacional de crianças e adolescentes que visa afastá-los da “vida da rua”, lê-se na página da comunidade. O começo das Missionárias, de origem portuguesa, remonta a 1963, quando algumas das auxiliares das missões do anúncio e testemunho da mensagem cristã realizaram a primeira experiência de vida comunitária.
Em 1968 o grupo adotou a denominação de Missionárias da Boa Nova, assumindo a finalidade de estar ao serviço da evangelização, em parceria e segundo o mesmo espírito da SMBN. Os membros da comunidade, que privilegiam o “serviço da promoção da Mulher”, vivem e colaboram nas Igrejas “mais necessitadas”, refere o site das Missionárias.

"Capitalismo selvagem gerou crise, desigualdade e miséria"


Cidade do Vaticano, 20 jan (SIRV) - Depois de três dias de debates, os participantes da XXIV Assembleia Plenária do Pontifício Conselho Cor Unum, foram recebidos na manhã deste sábado em audiência pelo Bento XVI, no Vaticano.
O tema que norteou este encontro foi “Caridade, antropologia cristã e nova ética global”. A Plenária, aberta quinta-feira pelo Cardeal Robert Sarah, Presidente do Pontifício Conselho para a caridade, enfatizou o discernimento e a vigilância como indispensáveis na obra de caridade da Igreja.
A Assembleia deste ano reuniu cerca de cem participantes de vinte países: religiosos e leigos engajados que trabalham em associações católicas e ONGs de diversas áreas, Caritas locais, entidades como a Catholic Relief Services, a Comissão Católica Internacional de Migrações, Terra Solidária e organizações de desenvolvimento e cooperação. Em seu discurso aos membros do organismo, Bento XVI advertiu que “a colaboração com organizações internacionais no campo do desenvolvimento e da promoção humana não deve nos fazer ‘fechar os olhos’ a ideologias ditadas por visões materialistas do homem e à antropologia ateia”. “Algumas vezes – segundo o Pontífice – é preciso ser mais críticos e até recusar certos financiamentos e colaborações favoráveis a projetos que vão contra a antropologia cristã. As ideologias que enalteciam o culto de uma nação, uma raça ou classe social se revelaram como ‘idolatrias’. O mesmo se pode dizer do capitalismo selvagem, que com o seu culto do lucro, gerou crises, desigualdades e misérias”.
O Papa Bento XVI falou longamente sobre o empenho dos cristãos envolvidos em atividades de caridade, que mantêm relação direta com outros atores sociais e que se confrontam com o emergente “reducionismo antropológico”, ao qual se soma “o grande desenvolvimento da tecnologia”. “Esta união pressupõe que o ser humano reduzido a funções autônomas: a mente ao cérebro, a história humana a um destino de mera autorealização prescindindo de Deus, da dimensão espiritual e do horizonte além-terra. Quando o homem é privado de sua alma e não mantem uma relação pessoal com o Criador, tudo o que é tecnicamente possível se torna moralmente lícito, qualquer política demográfica, aceitável e as manipulações, legitimadas”.
Bento XVI ressalvou que a armadilha mais perigosa desta linha de pensamento é a absolutização do homem, que quer ser livre de qualquer vínculo ou constituição natural: ele quer ser independente e pensa que a felicidade está em sua autoafirmação. “No entanto – concluiu o Papa - o ser humano não é nem um indivíduo autônomo, nem um elemento separado da coletividade, mas uma pessoa singular e única, intrinsecamente ordenada como um ser relacional e social: “Portanto, a Igreja reafirma seu grande ‘sim’ à dignidade e à beleza do casamento como uma expressão da aliança fiel e fecunda entre homem e mulher. A reciprocidade ‘masculino-feminino’ é uma expressão da beleza natural desejada pelo Criador”.
Lembrando que a Igreja está sempre comprometida com a promoção do homem segundo o projeto de Deus, em sua dignidade integral, no respeito de sua dimensão vertical e horizontal, o Papa frisou que este deve ser o objetivo das obras de caridade e desenvolvimento das entidades católicas.

Evangelho do dia

Ano C - Dia: 21/01/2013



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Leitura Orante

Mc 2,18-22

Os discípulos de João e os fariseus estavam jejuando. Vieram então perguntar a Jesus: "Por que os discípulos de João e os discípulos dos fariseus jejuam, e os teus discípulos não jejuam?" Jesus respondeu: "Acaso os convidados do casamento podem jejuar enquanto o noivo está com eles? Enquanto o noivo está com eles, os convidados não podem jejuar. Dias virão em que o noivo lhes será tirado. Então, naquele dia jejuarão. Ninguém costura remendo de pano novo em roupa velha; senão, o remendo novo repuxa o pano velho, e o rasgão fica maior ainda. Ninguém põe vinho novo em odres velhos, senão, o vinho arrebenta os odres, e perdem-se o vinho e os odres. Mas, vinho novo em odres novos!"

Leitura Orante
Mc 2,18-22 - Coerência
Preparo-me para a Leitura Orante, rezando:
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Creio, Senhor Jesus, que sou parte de seu Corpo.
Trindade Santíssima
- Pai, Filho, Espírito Santo -
presente e agindo na Igreja e na profundidade do meu ser.
Eu vos adoro, amo e agradeço.

1. Leitura (Verdade)
- O que a Palavra diz?
Leio atentamente o texto do Evangelho do Dia: Mc 2,18-22
Os discípulos de João Batista e os fariseus estavam jejuando. Algumas pessoas chegaram perto de Jesus e disseram a ele:
- Os discípulos de João e os discípulos dos fariseus jejuam. Por que é que os discípulos do senhor não jejuam?
Jesus respondeu:
- Vocês acham que os convidados de um casamento jejuam enquanto o noivo está com eles? Enquanto ele está presente, é claro que não jejuam! Mas chegará o tempo em que o noivo será tirado do meio deles; então sim eles vão jejuar!
- Ninguém usa um retalho de pano novo para remendar uma roupa velha; pois o remendo novo encolhe e rasga a roupa velha, aumentando o buraco. Ninguém põe vinho novo em odres velhos. Se alguém fizer isso, os odres rebentam, o vinho se perde, e os odres ficam estragados
O texto diz que Jesus vem trazer clima de festa, de alegria. O jejum que ele pede não é como o fazem os fariseus. Segundo eles, o jejum era praticado por lei ou por devoção, como expressão de luto, arrependimento ou humildade. O jejum que Jesus quer é um coração arrependido, é a atitude de perdão e de partilha do que se tem com os mais necessitados. Estar com Jesus é uma festa! Ao falar de vinho novo em odres novos e remendo novo em roupa velha, Ele quer falar de coerência.

2. Meditação(Caminho)
- O que a Palavra diz para mim?
Pergunto-me: no meu ser cristão prefiro as comodidades ou gosto de servir? Sou coerente no meu seguimento de Jesus Cristo, aceitando a cruz como parte da missão? Quais são as minhas cruzes? Quando me julgam, continuo confiando em Deus? Acredito que Deus me dá sabedoria para enfrentar os que contradizem minha fé? Tenho convicções que me ajudam a vencer as dificuldades?
Recordo a palavra dos bispos que também falaram de coerência, em Aparecida e lembraram o testemunho dos mártires: "Identificar-se com Jesus Cristo é também compartilhar seu destino: "Onde eu estiver, aí estará também o meu servo" (Jo 12,26). O cristão vive o mesmo destino do Senhor, inclusive até a cruz: "Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, carregue a sua cruz e me siga" (Mc 8,34). Estimula-nos o testemunho de tantos missionários e mártires de ontem e de hoje em nossos povos que tem chegado a compartilhar a cruz de Cristo até a entrega de sua vida." (DA, 140).

3. Oração (Vida)
- O que a Palavra me leva a dizer a Deus? Rezo com Maria, a Mãe de Jesus, as alegrias da Ressurreição de seu Filho Jesus.
Oremos
Senhor Jesus, vivo no meio de nós,
Quero encontrá-lo no meu quotidiano,
Quero ouvir tua voz que me chama pelo nome,
Quero sentir tua presença que me faz testemunhar com convicção minha fé.
Amém.

Santo do dia

21 de janeiro

Santa Inês
O nome "Agnes", para nós Inês, em grego significa pura e casta, enquanto em latim significa cordeiro. Para a Igreja, Santa Inês é o próprio símbolo da inocência e da castidade, que ela defendeu com a própria vida. A idéia da virgindade casta foi estabelecida na Igreja justamente para se contrapor à devassidão e aos costumes imorais dos pagãos. Inês levou às últimas conseqüências a escolha que fez à esses valores. É uma das Santas mais antigas do cristianismo. Sua existência transcorreu entre os séculos três e quatro, sendo martirizada durante a décima perseguição ordenada contra os cristãos, desta vez imposta pelo terrível imperador Diocleciano, em 304.

Inês pertencia à uma rica, nobre e cristã família romana. Isso lhe possibilitou receber uma educação dentro dos mais exatos preceitos religiosos, o que a fez tomar a decisão precoce de se tornar "esposa de Cristo". Tinha apenas 13 anos quando foi denunciada como cristã.

Dotada de uma beleza incomum, recebeu inúmeros pedidos de casamento, inclusive do filho do prefeito de Roma. Aliás, essa foi a causa que desencadeou seu suplício e uma violenta perseguição contra os cristãos. A narração que nos chegou conta que o rapaz, apesar das negativas da jovem, tentava corteja-la. Seu pai indignado com as constantes recusas que deixavam seu filho inconsolável, tentou forçar que Inês aceitasse seu filho como esposo, mas tudo em vão. Numa certa tarde de tempestade, o rapaz tentou toma-la nos braços, mas foi atingido por um raio e caiu morto aos seus pés. Quando o prefeito soube, procurou Inês com humildade e lhe implorou que pedisse a seu Deus pela vida de seu filho. Ela erguendo as mãos e voltando os olhos para o céu orou para que Nosso Senhor trouxesse o rapaz de volta à vida terrena, mostrando toda Sua misericórdia. O rapaz voltou e percebendo a santidade de Inês se converteu cristão. Porém, seu pai, o prefeito, viu aquela situação como um sinal de poder dos cristãos e resolveu aplicar a perseguição, decretada por Diocleciano, de modo implacável.

Inês, segundo ele, fora denunciada e por isso teria de ser enviada para a prisão. Mesmo assim, ela nunca tentou se livrar da pena em troca do casamento que fora proposto em nome do filho do prefeito e muito menos negou sua fé em Cristo. Preferiu sofrer as terríveis humilhações de seus carrascos, que estavam decididos a fazê-la mudar de idéia através da força. Arrastada violentamente até a presença de um ídolo pagão, para que o adorasse, Inês se manteve firme em suas orações à Cristo. Depois foi levada à uma casa de prostituição, para que fosse possuída à força, mas ninguém ousou tocar sequer num fio de seu cabelo, saindo de lá na mesma condição de castidade que chegou.

Cada vez mais a situação ficava fora do controle das autoridades romanas e o povo estava se convertendo em massa. Para aplacar os ânimos Inês foi levada ao Circo e condenada à fogueira, mas o fogo prodigiosamente se abriu e não a queimou. Assim, o prefeito decretou que fosse morta por decapitação a fio de espada, naquele exato momento. Foi dessa maneira que a jovem Inês testemunhou sua fé em Cristo.

Seu enterro foi um verdadeiro triunfo da fé; seus pais, levaram o corpo de Inês, e o enterraram num prédio que possuíam na estrada que de Roma conduz a Nomento. Nesse local, por volta do ano de 354, uma Basílica foi erguida a pedido da filha do imperador Constantino, em honra à Santa. Trata-se de uma das mais antigas de Roma, na qual encontram-se suas relíquias e sepultura. Na arte, Santa Inês é comumente representada com uma ovelha, e uma palma, sendo que a ovelha sugere sua castidade e inocência.

Sua pureza martirizada faz parte, até hoje, dos rituais da Igreja. Todo ano, no dia de sua veneração, em 21 de janeiro, é realizada na Basílica de Santa Inês, fora dos muros do Vaticano, uma Missa solene onde dois cordeirinhos brancos, ornados de flores e fitas são levados para o celebrante os benzer. Depois os mesmos são apresentados ao Papa, que os entrega a religiosas encarregadas de os guardar até a época da tosquia. Com sua lã são tecidos os pálios que, na vigília de São Pedro e São Paulo, são colocados sobre o altar da Basílica de São Pedro. Posteriormente esses pálios são enviados à todos os arcebispos do mundo católico ocidental e eles os recebem em sinal da obediência que devem à Santa Sé, como centro da autoridade religiosa.

Datas Comemorativa


21 de janeiro

Dia Mundial da Religião
O Dia Mundial da Religião deve celebrar a tolerância e o diálogo entre todas as pessoas que acreditam no princípio da bondade e na força geradora de vida que vem de Deus. De fato, todos que seguem uma religião têm intimamente a crença na existência do Divino que rege nossa vida e que nos chama a compartilhar a essência da caridade para uma vida melhor.

Então, por que há tanta intolerância, raiva e competição entre os seguidores das diferentes religiões? Deveria a religião ser um ponto de divisão e desentendimento entre os seres humanos?

Como os católicos devem se comportar diante de tantas linhas religiosas, algumas mais antigas que o próprio cristianismo? Para o papa João Paulo II, em sua declaração Dominus Iesus, a Igreja católica não rejeita absolutamente nada daquilo que há de verdadeiro e santo nessas religiões. Considera com sincero respeito esses modos de agir e de viver, esses preceitos e doutrinas que, embora em muitos pontos estejam em discordância com aquilo que ela afirma e ensina, muitas vezes refletem um raio daquela Verdade que ilumina todos os homens.

Nesse sentido, a Igreja católica está cada vez mais empenhada na sua missão de evangelizar, administrando as diferenças religiosas com flexibilidade, respeito e caridade.
Hoje, há religiões tão variadas quanto as culturas desenvolvidas pelo ser humano. Podem ser classificadas em três tipos básicos:

- Monoteísmo: crença em um único Deus supremo. As grandes religiões monoteístas são o cristianismo e suas variações, o judaísmo e o islamismo.
- Politeísmo: adoração de vários deuses, como é o caso do hinduísmo, do budismo, do confucionismo, do xintoísmo e do taoísmo.
- Dualismo: crença na igualdade de forças entre o bem e o mal, típica do zoroastrismo.

O diálogo inter-religioso é de extrema importância para o entendimento das pessoas e para a manutenção da paz entre os povos. O respeito pela religião alheia é princípio básico da boa convivência e da caridade cristã.
O cristianismo sofreu algumas divisões no decorrer dos seus dois mil anos de história. Primeiro a Igreja católica do Ocidente se separou da Igreja católica do Oriente, e a cristandade se dividiu entre católicos romanos e ortodoxos.

Mais tarde, o monge Martinho Lutero se rebelou contra a Santa Sé e se desligou de Roma. Esse evento deu origem ao protestantismo. Dentro deste, existem inúmeras divisões que surgiram devido ao livre exame da Bíblia pregado pelo próprio Lutero.

Desde o Concílio Vaticano II, a Igreja católica tem se esforçado mais efetivamente em promover o diálogo entre as várias denominações cristãs, para reunir novamente o corpo místico de Cristo numa única Igreja.
Referência:

Mensagens


6


O amor não passará
Um dia, para sempre,
Além de toda noite
Já só será o amor

Se eu tivesse em mim
Todas as emissoras
E os palanques de rock do mundo inteiro
E os altares
E as cátedras
E os parlamentos todos,
Mas não tivesse amor,
Eu seria... ruído só,
Ruído no ruído.

Se eu tivesse o dom de adivinhar
E o dom de encher estádios
E o dom de fazer curas
E uma suposta fé,
Capaz de transportar qualquer montanha,
Mas não tivesse amor
Eu só seria... um circo religioso.

Se eu distribuísse
Os bens que ganhei mal
Quem sabe, quem não sabe?
Em cestas de natal
E em propalados gestos caridosos
E fosse até capaz de dar minha saúde
Em pressas e eficácias,
Mas não tivesse amor,
Eu só seria... imagem entre imagens.

Paciente é o amor e prestativo,
Como um colo materno.
Não tem inveja, nem se vangloria.
Não busca o interesse, como fazem os bancos.
Sabe ser gratuito e solidário,
Como a mesa da páscoa.
Não compactua, nunca, com a injustiça, nunca!
Faz festa da verdade.
Sabe esperar,
Forçando, corajoso, as portas do futuro.

O amor não passará,
Passado tudo o que não seja ele.
Na tarde desta vida,
Nos julgará o amor.

Criança é a ciência e engatinha,
Criança é a lei,
Brinquedo, o dogma.
O amor já tem a idade sem idade de Deus.
Agora é um espelho a luz que contemplamos,
Um dia será o rosto, face a face.
Veremos e amaremos como ele nos vê,
Como ele nos ama.

Agora são as três:
A fé, que é noite escura.
A pequena esperança, tão teimosa.
E ele, o amor, que é o maior.
Um dia, para sempre,
Além de toda noite e toda espera,
Já só será o amor.


Pedro Casaldáliga