
Este blog tem como objetivo divulgar as atividades da Paróquia Nossa Senhora das Candeias - Av. Ulisses Montarroyos, 6375 Candeias 54460-280 Jab. dos Guararapes – PE Tel./Fax.: 3478.0162 Ereção: 25.03.1984 e Instalação: 25.08.1984 Pároco: Pe. Paulo Sérgio Vieira Leite E-mail: pascom.candeias@gmail.com secretariaparoquialcandeias@gmail.com
quinta-feira, 2 de abril de 2015
Meu Dia com Deus
DIA 2 DE ABRIL - QUINTA-FEIRA
Ouça:
Evangelho do Dia: (João 13,1-15)
Glória a vós, ó Cristo, verbo de Deus.
Eu vos dou este novo mandamento, nova ordem agora vos dou, que, também, vos ameis uns aos outros, como eu vos amei, diz o Senhor (Jo 13,34).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
13 1 Antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que chegara a sua hora de passar deste mundo ao Pai, como amasse os seus que estavam no mundo, até o extremo os amou.
2 Durante a ceia, - quando o demônio já tinha lançado no coração de Judas, filho de Simão Iscariotes, o propósito de traí-lo -,
3 sabendo Jesus que o Pai tudo lhe dera nas mãos, e que saíra de Deus e para Deus voltava,
4 levantou-se da mesa, depôs as suas vestes e, pegando duma toalha, cingiu-se com ela.
5 Em seguida, deitou água numa bacia e começou a lavar os pés dos discípulos e a enxugá-los com a toalha com que estava cingido.
6 Chegou a Simão Pedro. Mas Pedro lhe disse: “Senhor, queres lavar-me os pés!”
7 Respondeu-lhe Jesus: “O que faço não compreendes agora, mas compreendê-lo-ás em breve”.
8 Disse-lhe Pedro: “Jamais me lavarás os pés!” Respondeu-lhe Jesus: “Se eu não tos lavar, não terás parte comigo”.
9 Exclamou então Simão Pedro: “Senhor, não somente os pés, mas também as mãos e a cabeça”.
10 Disse-lhe Jesus: “Aquele que tomou banho não tem necessidade de lavar-se; está inteiramente puro. Ora, vós estais puros, mas nem todos!”
11 Pois sabia quem o havia de trair; por isso, disse: “Nem todos estais puros”.
12 Depois de lhes lavar os pés e tomar as suas vestes, sentou-se novamente à mesa e perguntou-lhes: “Sabeis o que vos fiz?
13 Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque eu o sou.
14 Logo, se eu, vosso Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar-vos os pés uns aos outros.
15 Dei-vos o exemplo para que, como eu vos fiz, assim façais também vós”.
Palavra da Salvação.
Eu vos dou este novo mandamento, nova ordem agora vos dou, que, também, vos ameis uns aos outros, como eu vos amei, diz o Senhor (Jo 13,34).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
13 1 Antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que chegara a sua hora de passar deste mundo ao Pai, como amasse os seus que estavam no mundo, até o extremo os amou.
2 Durante a ceia, - quando o demônio já tinha lançado no coração de Judas, filho de Simão Iscariotes, o propósito de traí-lo -,
3 sabendo Jesus que o Pai tudo lhe dera nas mãos, e que saíra de Deus e para Deus voltava,
4 levantou-se da mesa, depôs as suas vestes e, pegando duma toalha, cingiu-se com ela.
5 Em seguida, deitou água numa bacia e começou a lavar os pés dos discípulos e a enxugá-los com a toalha com que estava cingido.
6 Chegou a Simão Pedro. Mas Pedro lhe disse: “Senhor, queres lavar-me os pés!”
7 Respondeu-lhe Jesus: “O que faço não compreendes agora, mas compreendê-lo-ás em breve”.
8 Disse-lhe Pedro: “Jamais me lavarás os pés!” Respondeu-lhe Jesus: “Se eu não tos lavar, não terás parte comigo”.
9 Exclamou então Simão Pedro: “Senhor, não somente os pés, mas também as mãos e a cabeça”.
10 Disse-lhe Jesus: “Aquele que tomou banho não tem necessidade de lavar-se; está inteiramente puro. Ora, vós estais puros, mas nem todos!”
11 Pois sabia quem o havia de trair; por isso, disse: “Nem todos estais puros”.
12 Depois de lhes lavar os pés e tomar as suas vestes, sentou-se novamente à mesa e perguntou-lhes: “Sabeis o que vos fiz?
13 Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque eu o sou.
14 Logo, se eu, vosso Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar-vos os pés uns aos outros.
15 Dei-vos o exemplo para que, como eu vos fiz, assim façais também vós”.
Palavra da Salvação.
Meditando o Evangelho
UM EXEMPLO CONVINCENTE
O grupo de discípulos de Jesus teve muitas oportunidades de ser instruído por ele, em suas contínuas peregrinações. Cada um, porém, trazia consigo seus esquemas culturais e religiosos, nem sempre fáceis de serem questionados e de passarem por um processo de conversão. Um destes esquemas dizia respeito à desigualdade fundamental entre as pessoas e à conseqüente relação de superioridade de umas sobre as outras.
A proposta de Reino, proclamada por Jesus, partia da igualdade fundamental entre todos os seres humanos. Portanto, a mentalidade reinante chocava-se frontalmente com o seu projeto. E Jesus não hesitou em tocar neste tabu.
A forma escolhida foi a de por-se a lavar os pés dos discípulos, por ocasião da última ceia. A reação impertinente de Pedro revelou seu horizonte cultural. Jesus o questionou: se ele não estivesse disposto a deixá-lo lavar-lhe os pés, não teria a menor condição de continuar a ser seu discípulo. Se Pedro impedisse o Mestre de assumir a postura serviçal de um escravo, invertendo os papéis, futuramente haveria de se perpetuar, na comunidade cristã, a estrutura social denunciada pela pregação de Jesus. O Reino, neste caso, ficaria privado de sua originalidade e o projeto de Deus dificilmente se implantaria na história humana. A lição do Mestre era cristalina: sua dignidade não ficou diminuída por ter-se curvado diante dos discípulos.
O grupo de discípulos de Jesus teve muitas oportunidades de ser instruído por ele, em suas contínuas peregrinações. Cada um, porém, trazia consigo seus esquemas culturais e religiosos, nem sempre fáceis de serem questionados e de passarem por um processo de conversão. Um destes esquemas dizia respeito à desigualdade fundamental entre as pessoas e à conseqüente relação de superioridade de umas sobre as outras.
A proposta de Reino, proclamada por Jesus, partia da igualdade fundamental entre todos os seres humanos. Portanto, a mentalidade reinante chocava-se frontalmente com o seu projeto. E Jesus não hesitou em tocar neste tabu.
A forma escolhida foi a de por-se a lavar os pés dos discípulos, por ocasião da última ceia. A reação impertinente de Pedro revelou seu horizonte cultural. Jesus o questionou: se ele não estivesse disposto a deixá-lo lavar-lhe os pés, não teria a menor condição de continuar a ser seu discípulo. Se Pedro impedisse o Mestre de assumir a postura serviçal de um escravo, invertendo os papéis, futuramente haveria de se perpetuar, na comunidade cristã, a estrutura social denunciada pela pregação de Jesus. O Reino, neste caso, ficaria privado de sua originalidade e o projeto de Deus dificilmente se implantaria na história humana. A lição do Mestre era cristalina: sua dignidade não ficou diminuída por ter-se curvado diante dos discípulos.
Oração
Senhor Jesus, que teu gesto de humildade quebre os esquemas mentais que me impedem de tornar-me humilde servidor.
Senhor Jesus, que teu gesto de humildade quebre os esquemas mentais que me impedem de tornar-me humilde servidor.
O sentido da Páscoa na vida cotidiana
São muitas as mortes que precisam ser vencidas enquanto se vive.
Por Dom Messias dos Reis Silveira*
Páscoa faz suscitar em nós sentimentos de alegria, de paz, de liberdade e de esperança. A festa da Páscoa é bastante antiga na História da Salvação. O povo de Deus foi liberto da escravidão no Egito atravessando o mar e passou a seguir o caminho que se abria à sua frente. Essa Páscoa Hebréia aconteceu em meio aos esforços humanos, iluminados pela fé na ação libertadora de Deus. Então, foi páscoa e o povo cantou a vitória. Todos os anos essa festa continua a ser celebrada pelos judeus. Para os cristãos ela tem um novo significado.
Jesus viveu a sua Páscoa. Ele subiu à Jerusalém, ali foi preso, condenado, crucificado e morto. Sua morte foi como o entrar no perigo do mar, como outrora fizera o povo de Deus. Tudo parecia estar acabado, mas eis que ressurge vitorioso aquele que havia morrido. Ele vive, o seu tumulo está vazio. O Ressuscitado se manifesta aos apóstolos comunicando o dom da paz. Essa foi a Páscoa do Filho de Deus. Ele morreu e venceu a morte, ressuscitando.
Esse fato da ressurreição de Jesus tornou-se o núcleo da fé, pois a partir dele se pode ler e viver todo o mistério de Jesus e da Igreja que ele fundou.
Nós que vivemos há muitos anos depois da morte e ressurreição de Jesus também temos a nossa Páscoa. Durante a nossa vida devemos passar de tudo o que é morte e nós e na sociedade para termos a alegria de viver. São muitas as mortes que precisam ser vencidas enquanto se vive, mas não se vence sozinho. Cristo é vida. O encontro com Ele gera vida em nós. Ele nos ajuda na nossa travessia neste mundo.
Chegará o momento do término de nossa existência neste mundo. A morte humana é a Páscoa de um filho de Deus. Na morte entramos na vida eterna para viver a grande comunhão com Deus. Na nossa páscoa Cristo está presente, pois ele nos acompanha salvando-nos e introduzindo-nos no coração amoroso do Pai para vivermos eternamente felizes.
A nossa Páscoa se vivida na comunhão com Cristo tem um significado de plenitude e por isso não nos põe em desespero, mas nos alegra, enche-nos de paz, tem sabor de vitória e liberdade. Cristo viveu sua Páscoa e também nós vivenciaremos a nossa unidos a ele, pois todo mistério da vida se alicerça e se ilumina a partir dele no qual “nos movemos, existimos e somos” (Cf At 17,28).
Páscoa faz suscitar em nós sentimentos de alegria, de paz, de liberdade e de esperança. A festa da Páscoa é bastante antiga na História da Salvação. O povo de Deus foi liberto da escravidão no Egito atravessando o mar e passou a seguir o caminho que se abria à sua frente. Essa Páscoa Hebréia aconteceu em meio aos esforços humanos, iluminados pela fé na ação libertadora de Deus. Então, foi páscoa e o povo cantou a vitória. Todos os anos essa festa continua a ser celebrada pelos judeus. Para os cristãos ela tem um novo significado.
Jesus viveu a sua Páscoa. Ele subiu à Jerusalém, ali foi preso, condenado, crucificado e morto. Sua morte foi como o entrar no perigo do mar, como outrora fizera o povo de Deus. Tudo parecia estar acabado, mas eis que ressurge vitorioso aquele que havia morrido. Ele vive, o seu tumulo está vazio. O Ressuscitado se manifesta aos apóstolos comunicando o dom da paz. Essa foi a Páscoa do Filho de Deus. Ele morreu e venceu a morte, ressuscitando.
Esse fato da ressurreição de Jesus tornou-se o núcleo da fé, pois a partir dele se pode ler e viver todo o mistério de Jesus e da Igreja que ele fundou.
Nós que vivemos há muitos anos depois da morte e ressurreição de Jesus também temos a nossa Páscoa. Durante a nossa vida devemos passar de tudo o que é morte e nós e na sociedade para termos a alegria de viver. São muitas as mortes que precisam ser vencidas enquanto se vive, mas não se vence sozinho. Cristo é vida. O encontro com Ele gera vida em nós. Ele nos ajuda na nossa travessia neste mundo.
Chegará o momento do término de nossa existência neste mundo. A morte humana é a Páscoa de um filho de Deus. Na morte entramos na vida eterna para viver a grande comunhão com Deus. Na nossa páscoa Cristo está presente, pois ele nos acompanha salvando-nos e introduzindo-nos no coração amoroso do Pai para vivermos eternamente felizes.
A nossa Páscoa se vivida na comunhão com Cristo tem um significado de plenitude e por isso não nos põe em desespero, mas nos alegra, enche-nos de paz, tem sabor de vitória e liberdade. Cristo viveu sua Páscoa e também nós vivenciaremos a nossa unidos a ele, pois todo mistério da vida se alicerça e se ilumina a partir dele no qual “nos movemos, existimos e somos” (Cf At 17,28).
CNBB, 27-03-2015.
*Dom Messias dos Reis Silveira é bispo de Uruaçu (GO).
Evangelho do Dia
B - 02 de abril de 2015
João 13,1-15
Glória a vós, ó Cristo, verbo de Deus.
Eu vos dou este novo mandamento, nova ordem agora vos dou, que, também, vos ameis uns aos outros, como eu vos amei, diz o Senhor (Jo 13,34).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
13 1 Antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que chegara a sua hora de passar deste mundo ao Pai, como amasse os seus que estavam no mundo, até o extremo os amou.
2 Durante a ceia, - quando o demônio já tinha lançado no coração de Judas, filho de Simão Iscariotes, o propósito de traí-lo -,
3 sabendo Jesus que o Pai tudo lhe dera nas mãos, e que saíra de Deus e para Deus voltava,
4 levantou-se da mesa, depôs as suas vestes e, pegando duma toalha, cingiu-se com ela.
5 Em seguida, deitou água numa bacia e começou a lavar os pés dos discípulos e a enxugá-los com a toalha com que estava cingido.
6 Chegou a Simão Pedro. Mas Pedro lhe disse: “Senhor, queres lavar-me os pés!”
7 Respondeu-lhe Jesus: “O que faço não compreendes agora, mas compreendê-lo-ás em breve”.
8 Disse-lhe Pedro: “Jamais me lavarás os pés!” Respondeu-lhe Jesus: “Se eu não tos lavar, não terás parte comigo”.
9 Exclamou então Simão Pedro: “Senhor, não somente os pés, mas também as mãos e a cabeça”.
10 Disse-lhe Jesus: “Aquele que tomou banho não tem necessidade de lavar-se; está inteiramente puro. Ora, vós estais puros, mas nem todos!”
11 Pois sabia quem o havia de trair; por isso, disse: “Nem todos estais puros”.
12 Depois de lhes lavar os pés e tomar as suas vestes, sentou-se novamente à mesa e perguntou-lhes: “Sabeis o que vos fiz?
13 Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque eu o sou.
14 Logo, se eu, vosso Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar-vos os pés uns aos outros.
15 Dei-vos o exemplo para que, como eu vos fiz, assim façais também vós”.
Palavra da Salvação.
Eu vos dou este novo mandamento, nova ordem agora vos dou, que, também, vos ameis uns aos outros, como eu vos amei, diz o Senhor (Jo 13,34).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
13 1 Antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que chegara a sua hora de passar deste mundo ao Pai, como amasse os seus que estavam no mundo, até o extremo os amou.
2 Durante a ceia, - quando o demônio já tinha lançado no coração de Judas, filho de Simão Iscariotes, o propósito de traí-lo -,
3 sabendo Jesus que o Pai tudo lhe dera nas mãos, e que saíra de Deus e para Deus voltava,
4 levantou-se da mesa, depôs as suas vestes e, pegando duma toalha, cingiu-se com ela.
5 Em seguida, deitou água numa bacia e começou a lavar os pés dos discípulos e a enxugá-los com a toalha com que estava cingido.
6 Chegou a Simão Pedro. Mas Pedro lhe disse: “Senhor, queres lavar-me os pés!”
7 Respondeu-lhe Jesus: “O que faço não compreendes agora, mas compreendê-lo-ás em breve”.
8 Disse-lhe Pedro: “Jamais me lavarás os pés!” Respondeu-lhe Jesus: “Se eu não tos lavar, não terás parte comigo”.
9 Exclamou então Simão Pedro: “Senhor, não somente os pés, mas também as mãos e a cabeça”.
10 Disse-lhe Jesus: “Aquele que tomou banho não tem necessidade de lavar-se; está inteiramente puro. Ora, vós estais puros, mas nem todos!”
11 Pois sabia quem o havia de trair; por isso, disse: “Nem todos estais puros”.
12 Depois de lhes lavar os pés e tomar as suas vestes, sentou-se novamente à mesa e perguntou-lhes: “Sabeis o que vos fiz?
13 Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque eu o sou.
14 Logo, se eu, vosso Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar-vos os pés uns aos outros.
15 Dei-vos o exemplo para que, como eu vos fiz, assim façais também vós”.
Palavra da Salvação.
Comentário do Evangelho
UM EXEMPLO CONVINCENTE
O grupo de discípulos de Jesus teve muitas oportunidades de ser instruído por ele, em suas contínuas peregrinações. Cada um, porém, trazia consigo seus esquemas culturais e religiosos, nem sempre fáceis de serem questionados e de passarem por um processo de conversão. Um destes esquemas dizia respeito à desigualdade fundamental entre as pessoas e à conseqüente relação de superioridade de umas sobre as outras. A proposta de Reino, proclamada por Jesus, partia da igualdade fundamental entre todos os seres humanos. Portanto, a mentalidade reinante chocava-se frontalmente com o seu projeto. E Jesus não hesitou em tocar neste tabu. A forma escolhida foi a de por-se a lavar os pés dos discípulos, por ocasião da última ceia. A reação impertinente de Pedro revelou seu horizonte cultural. Jesus o questionou: se ele não estivesse disposto a deixá-lo lavar-lhe os pés, não teria a menor condição de continuar a ser seu discípulo. Se Pedro impedisse o Mestre de assumir a postura serviçal de um escravo, invertendo os papéis, futuramente haveria de se perpetuar, na comunidade cristã, a estrutura social denunciada pela pregação de Jesus. O Reino, neste caso, ficaria privado de sua originalidade e o projeto de Deus dificilmente se implantaria na história humana. A lição do Mestre era cristalina: sua dignidade não ficou diminuída por ter-se curvado diante dos discípulos. | Leitura
Êxodo 12,1-8.11-14
Leitura do livro do Êxodo.
12 1 O Senhor disse a Moisés e a Aarão: 2 “Este mês será para vós o princípio dos meses: tê-lo-eis como o primeiro mês do ano. 3 Dizei a toda a assembleia de Israel: no décimo dia deste mês cada um de vós tome um cordeiro por família, um cordeiro por casa. 4 Se a família for pequena demais para um cordeiro, então o tomará em comum com seu vizinho mais próximo, segundo o número das pessoas, calculando-se o que cada um pode comer. 5 O animal será sem defeito, macho, de um ano; podereis tomar tanto um cordeiro como um cabrito. 6 E o guardareis até o décimo quarto dia deste mês; então toda a assembleia de Israel o imolará no crepúsculo. 7 Tomarão do seu sangue e pô-lo-ão sobre as duas ombreiras e sobre a verga da porta das casas em que o comerem. 8 Naquela noite comerão a carne assada no fogo com pães sem fermento e ervas amargas. 11 Eis a maneira como o comereis: tereis cingidos os vossos rins, vossas sandálias nos pés e vosso cajado na mão. Comê-lo-eis apressadamente: é a Páscoa do Senhor. 12 “Naquela noite, passarei através do Egito, e ferirei os primogênitos no Egito, tanto os dos homens como os dos animais, e exercerei minha justiça contra todos os deuses do Egito. Eu sou o Senhor. 13 O sangue sobre as casas em que habitais vos servirá de sinal (de proteção): vendo o sangue, passarei adiante, e não sereis atingidos pelo flagelo destruidor, quando eu ferir o Egito. 14 Conservareis a memória daquele dia, celebrando-o com uma festa em honra do Senhor: fareis isso de geração em geração, pois é uma instituição perpétua. Palavra do Senhor. | Salmo 115/116B
O cálice por nós abençoado
é a nossa comunhão com o sangue do Senhor. Que poderei retribuir ao Senhor Deus por tudo aquilo que ele fez em meu favor? Elevo o cálice da minha salvação, invocando o nome santo do Senhor. É sentida por demais pelo Senhor a morte de seus santos, seus amigos. Eis que sou o vosso servo, ó Senhor, mas me quebrastes os grilhões da escravidão! Por isso oferto um sacrifício de louvor, invocando o nome santo do Senhor. Vou cumprir minhas promessas ao Senhor na presença de seu povo reunido. |
Oração
Ó Pai, estamos reunidos para a santa ceia, na qual o vosso Filho único, ao entregar-se à morte, deu à sua Igreja um novo e eterno sacrifício, como banquete do seu amor. Concedei-nos, por mistério tão excelso, chegar à plenitude da caridade e da vida. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Liturgia Diária
DIA 2 DE ABRIL - QUINTA-FEIRA
CEIA DO SENHOR
(BRANCO, GLÓRIA, PREFÁCIO DA EUCARISTIA – OFÍCIO PRÓPRIO)
Antífona de entrada:
A cruz de nosso Senhor Jesus Cristo deve ser a nossa glória: nele está nossa vida e ressurreição; foi ele que nos salvou e libertou (Gl 6,14).
Oração do dia
Ó Pai, estamos reunidos para a santa ceia, na qual o vosso Filho único, ao entregar-se à morte, deu à sua Igreja um novo e eterno sacrifício, como banquete do seu amor. Concedei-nos, por mistério tão excelso, chegar à plenitude da caridade e da vida. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Êxodo 12,1-8.11-14)
Leitura do livro do Êxodo.
12 1 O Senhor disse a Moisés e a Aarão:
2 “Este mês será para vós o princípio dos meses: tê-lo-eis como o primeiro mês do ano.
3 Dizei a toda a assembleia de Israel: no décimo dia deste mês cada um de vós tome um cordeiro por família, um cordeiro por casa.
4 Se a família for pequena demais para um cordeiro, então o tomará em comum com seu vizinho mais próximo, segundo o número das pessoas, calculando-se o que cada um pode comer.
5 O animal será sem defeito, macho, de um ano; podereis tomar tanto um cordeiro como um cabrito.
6 E o guardareis até o décimo quarto dia deste mês; então toda a assembleia de Israel o imolará no crepúsculo.
7 Tomarão do seu sangue e pô-lo-ão sobre as duas ombreiras e sobre a verga da porta das casas em que o comerem.
8 Naquela noite comerão a carne assada no fogo com pães sem fermento e ervas amargas.
11 Eis a maneira como o comereis: tereis cingidos os vossos rins, vossas sandálias nos pés e vosso cajado na mão. Comê-lo-eis apressadamente: é a Páscoa do Senhor.
12 “Naquela noite, passarei através do Egito, e ferirei os primogênitos no Egito, tanto os dos homens como os dos animais, e exercerei minha justiça contra todos os deuses do Egito. Eu sou o Senhor.
13 O sangue sobre as casas em que habitais vos servirá de sinal (de proteção): vendo o sangue, passarei adiante, e não sereis atingidos pelo flagelo destruidor, quando eu ferir o Egito.
14 Conservareis a memória daquele dia, celebrando-o com uma festa em honra do Senhor: fareis isso de geração em geração, pois é uma instituição perpétua.
Palavra do Senhor.
12 1 O Senhor disse a Moisés e a Aarão:
2 “Este mês será para vós o princípio dos meses: tê-lo-eis como o primeiro mês do ano.
3 Dizei a toda a assembleia de Israel: no décimo dia deste mês cada um de vós tome um cordeiro por família, um cordeiro por casa.
4 Se a família for pequena demais para um cordeiro, então o tomará em comum com seu vizinho mais próximo, segundo o número das pessoas, calculando-se o que cada um pode comer.
5 O animal será sem defeito, macho, de um ano; podereis tomar tanto um cordeiro como um cabrito.
6 E o guardareis até o décimo quarto dia deste mês; então toda a assembleia de Israel o imolará no crepúsculo.
7 Tomarão do seu sangue e pô-lo-ão sobre as duas ombreiras e sobre a verga da porta das casas em que o comerem.
8 Naquela noite comerão a carne assada no fogo com pães sem fermento e ervas amargas.
11 Eis a maneira como o comereis: tereis cingidos os vossos rins, vossas sandálias nos pés e vosso cajado na mão. Comê-lo-eis apressadamente: é a Páscoa do Senhor.
12 “Naquela noite, passarei através do Egito, e ferirei os primogênitos no Egito, tanto os dos homens como os dos animais, e exercerei minha justiça contra todos os deuses do Egito. Eu sou o Senhor.
13 O sangue sobre as casas em que habitais vos servirá de sinal (de proteção): vendo o sangue, passarei adiante, e não sereis atingidos pelo flagelo destruidor, quando eu ferir o Egito.
14 Conservareis a memória daquele dia, celebrando-o com uma festa em honra do Senhor: fareis isso de geração em geração, pois é uma instituição perpétua.
Palavra do Senhor.
Salmo responsorial 115/116B
O cálice por nós abençoado
é a nossa comunhão com o sangue do Senhor.
Que poderei retribuir ao Senhor Deus
por tudo aquilo que ele fez em meu favor?
Elevo o cálice da minha salvação,
invocando o nome santo do Senhor.
É sentida por demais pelo Senhor
a morte de seus santos, seus amigos.
Eis que sou o vosso servo, ó Senhor,
mas me quebrastes os grilhões da escravidão!
Por isso oferto um sacrifício de louvor,
invocando o nome santo do Senhor.
Vou cumprir minhas promessas ao Senhor
na presença de seu povo reunido.
é a nossa comunhão com o sangue do Senhor.
Que poderei retribuir ao Senhor Deus
por tudo aquilo que ele fez em meu favor?
Elevo o cálice da minha salvação,
invocando o nome santo do Senhor.
É sentida por demais pelo Senhor
a morte de seus santos, seus amigos.
Eis que sou o vosso servo, ó Senhor,
mas me quebrastes os grilhões da escravidão!
Por isso oferto um sacrifício de louvor,
invocando o nome santo do Senhor.
Vou cumprir minhas promessas ao Senhor
na presença de seu povo reunido.
Leitura (1 Coríntios 11,23-26)
Leitura da carta de são Paulo aos Coríntios.
11 23 Eu recebi do Senhor o que vos transmiti: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão
24 e, depois de ter dado graças, partiu-o e disse: Isto é o meu corpo, que é entregue por vós; fazei isto em memória de mim.
25 Do mesmo modo, depois de haver ceado, tomou também o cálice, dizendo: Este cálice é a Nova Aliança no meu sangue; todas as vezes que o beberdes, fazei-o em memória de mim.
26 Assim, todas as vezes que comeis desse pão e bebeis desse cálice lembrais a morte do Senhor, até que venha.
Palavra do Senhor.
11 23 Eu recebi do Senhor o que vos transmiti: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão
24 e, depois de ter dado graças, partiu-o e disse: Isto é o meu corpo, que é entregue por vós; fazei isto em memória de mim.
25 Do mesmo modo, depois de haver ceado, tomou também o cálice, dizendo: Este cálice é a Nova Aliança no meu sangue; todas as vezes que o beberdes, fazei-o em memória de mim.
26 Assim, todas as vezes que comeis desse pão e bebeis desse cálice lembrais a morte do Senhor, até que venha.
Palavra do Senhor.
Evangelho (João 13,1-15)
Glória a vós, ó Cristo, verbo de Deus.
Eu vos dou este novo mandamento, nova ordem agora vos dou, que, também, vos ameis uns aos outros, como eu vos amei, diz o Senhor (Jo 13,34).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
13 1 Antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que chegara a sua hora de passar deste mundo ao Pai, como amasse os seus que estavam no mundo, até o extremo os amou.
2 Durante a ceia, - quando o demônio já tinha lançado no coração de Judas, filho de Simão Iscariotes, o propósito de traí-lo -,
3 sabendo Jesus que o Pai tudo lhe dera nas mãos, e que saíra de Deus e para Deus voltava,
4 levantou-se da mesa, depôs as suas vestes e, pegando duma toalha, cingiu-se com ela.
5 Em seguida, deitou água numa bacia e começou a lavar os pés dos discípulos e a enxugá-los com a toalha com que estava cingido.
6 Chegou a Simão Pedro. Mas Pedro lhe disse: “Senhor, queres lavar-me os pés!”
7 Respondeu-lhe Jesus: “O que faço não compreendes agora, mas compreendê-lo-ás em breve”.
8 Disse-lhe Pedro: “Jamais me lavarás os pés!” Respondeu-lhe Jesus: “Se eu não tos lavar, não terás parte comigo”.
9 Exclamou então Simão Pedro: “Senhor, não somente os pés, mas também as mãos e a cabeça”.
10 Disse-lhe Jesus: “Aquele que tomou banho não tem necessidade de lavar-se; está inteiramente puro. Ora, vós estais puros, mas nem todos!”
11 Pois sabia quem o havia de trair; por isso, disse: “Nem todos estais puros”.
12 Depois de lhes lavar os pés e tomar as suas vestes, sentou-se novamente à mesa e perguntou-lhes: “Sabeis o que vos fiz?
13 Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque eu o sou.
14 Logo, se eu, vosso Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar-vos os pés uns aos outros.
15 Dei-vos o exemplo para que, como eu vos fiz, assim façais também vós”.
Palavra da Salvação.
Eu vos dou este novo mandamento, nova ordem agora vos dou, que, também, vos ameis uns aos outros, como eu vos amei, diz o Senhor (Jo 13,34).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
13 1 Antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que chegara a sua hora de passar deste mundo ao Pai, como amasse os seus que estavam no mundo, até o extremo os amou.
2 Durante a ceia, - quando o demônio já tinha lançado no coração de Judas, filho de Simão Iscariotes, o propósito de traí-lo -,
3 sabendo Jesus que o Pai tudo lhe dera nas mãos, e que saíra de Deus e para Deus voltava,
4 levantou-se da mesa, depôs as suas vestes e, pegando duma toalha, cingiu-se com ela.
5 Em seguida, deitou água numa bacia e começou a lavar os pés dos discípulos e a enxugá-los com a toalha com que estava cingido.
6 Chegou a Simão Pedro. Mas Pedro lhe disse: “Senhor, queres lavar-me os pés!”
7 Respondeu-lhe Jesus: “O que faço não compreendes agora, mas compreendê-lo-ás em breve”.
8 Disse-lhe Pedro: “Jamais me lavarás os pés!” Respondeu-lhe Jesus: “Se eu não tos lavar, não terás parte comigo”.
9 Exclamou então Simão Pedro: “Senhor, não somente os pés, mas também as mãos e a cabeça”.
10 Disse-lhe Jesus: “Aquele que tomou banho não tem necessidade de lavar-se; está inteiramente puro. Ora, vós estais puros, mas nem todos!”
11 Pois sabia quem o havia de trair; por isso, disse: “Nem todos estais puros”.
12 Depois de lhes lavar os pés e tomar as suas vestes, sentou-se novamente à mesa e perguntou-lhes: “Sabeis o que vos fiz?
13 Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque eu o sou.
14 Logo, se eu, vosso Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar-vos os pés uns aos outros.
15 Dei-vos o exemplo para que, como eu vos fiz, assim façais também vós”.
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
UM EXEMPLO CONVINCENTE
O grupo de discípulos de Jesus teve muitas oportunidades de ser instruído por ele, em suas contínuas peregrinações. Cada um, porém, trazia consigo seus esquemas culturais e religiosos, nem sempre fáceis de serem questionados e de passarem por um processo de conversão. Um destes esquemas dizia respeito à desigualdade fundamental entre as pessoas e à conseqüente relação de superioridade de umas sobre as outras.
A proposta de Reino, proclamada por Jesus, partia da igualdade fundamental entre todos os seres humanos. Portanto, a mentalidade reinante chocava-se frontalmente com o seu projeto. E Jesus não hesitou em tocar neste tabu.
A forma escolhida foi a de por-se a lavar os pés dos discípulos, por ocasião da última ceia. A reação impertinente de Pedro revelou seu horizonte cultural. Jesus o questionou: se ele não estivesse disposto a deixá-lo lavar-lhe os pés, não teria a menor condição de continuar a ser seu discípulo. Se Pedro impedisse o Mestre de assumir a postura serviçal de um escravo, invertendo os papéis, futuramente haveria de se perpetuar, na comunidade cristã, a estrutura social denunciada pela pregação de Jesus. O Reino, neste caso, ficaria privado de sua originalidade e o projeto de Deus dificilmente se implantaria na história humana. A lição do Mestre era cristalina: sua dignidade não ficou diminuída por ter-se curvado diante dos discípulos.
O grupo de discípulos de Jesus teve muitas oportunidades de ser instruído por ele, em suas contínuas peregrinações. Cada um, porém, trazia consigo seus esquemas culturais e religiosos, nem sempre fáceis de serem questionados e de passarem por um processo de conversão. Um destes esquemas dizia respeito à desigualdade fundamental entre as pessoas e à conseqüente relação de superioridade de umas sobre as outras.
A proposta de Reino, proclamada por Jesus, partia da igualdade fundamental entre todos os seres humanos. Portanto, a mentalidade reinante chocava-se frontalmente com o seu projeto. E Jesus não hesitou em tocar neste tabu.
A forma escolhida foi a de por-se a lavar os pés dos discípulos, por ocasião da última ceia. A reação impertinente de Pedro revelou seu horizonte cultural. Jesus o questionou: se ele não estivesse disposto a deixá-lo lavar-lhe os pés, não teria a menor condição de continuar a ser seu discípulo. Se Pedro impedisse o Mestre de assumir a postura serviçal de um escravo, invertendo os papéis, futuramente haveria de se perpetuar, na comunidade cristã, a estrutura social denunciada pela pregação de Jesus. O Reino, neste caso, ficaria privado de sua originalidade e o projeto de Deus dificilmente se implantaria na história humana. A lição do Mestre era cristalina: sua dignidade não ficou diminuída por ter-se curvado diante dos discípulos.
Oração
Senhor Jesus, que teu gesto de humildade quebre os esquemas mentais que me impedem de tornar-me humilde servidor.
Senhor Jesus, que teu gesto de humildade quebre os esquemas mentais que me impedem de tornar-me humilde servidor.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês).
Sobre as oferendas
Concedei-nos, ó Deus, a graça de participar dignamente da eucaristia, pois, todas as vezes que celebramos este sacrifício em memória do vosso Filho, torna-se presente a nossa redenção. Por Cristo, nosso Senhor.
Prefácio próprio
A Eucaristia
Na verdade, é justo e necessário, é nosso dever e salvação dar-vos graças, sempre e em todo lugar, Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso, por Cristo, Senhor nosso. Ele, verdadeiro e eterno sacerdote, oferecendo-se a vós pela nossa salvação, instituiu o sacrifício da nova aliança e mandou que o celebrássemos em sua memória. Sua carne, imolada por nós, é o alimento que nos fortalece. Seu sangue, por nós derramado, é a bebida que nos purifica. Por essa razão, os anjos do céu, as mulheres e homens da terra, unidos a todas as criaturas, proclamamos jubilosos, vossa glória, cantando, (dizendo) a uma só voz...
Na verdade, é justo e necessário, é nosso dever e salvação dar-vos graças, sempre e em todo lugar, Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso, por Cristo, Senhor nosso. Ele, verdadeiro e eterno sacerdote, oferecendo-se a vós pela nossa salvação, instituiu o sacrifício da nova aliança e mandou que o celebrássemos em sua memória. Sua carne, imolada por nós, é o alimento que nos fortalece. Seu sangue, por nós derramado, é a bebida que nos purifica. Por essa razão, os anjos do céu, as mulheres e homens da terra, unidos a todas as criaturas, proclamamos jubilosos, vossa glória, cantando, (dizendo) a uma só voz...
Antífona da comunhão:
Este é o corpo que será entregue por vós, este é o cálice da nova aliança no meu sangue, diz o Senhor. Todas as vezes que os receberdes, fazei-o em minha memória (1Cor 11,24s).
Depois da comunhão
Ó Deus todo-poderoso, que hoje nos renovastes pela ceia do vosso Filho, dai-nos se eternamente saciados na ceia do seu reino. Por Cristo, nosso Senhor.
Beatificação do pastor dos empobrecidos
Agradecemos a Deus pela vida de Dom Helder Câmara, verdadeira e bela obra de arte.
Por Geovane Saraiva*
Diante do decreto de autorização para abertura do processo de beatificação de Dom Helder Câmara, agradecemos ao bom Deus por sua vida como verdadeira e belíssima obra de arte, pela simplicidade em viver, conviver e dialogar, indo ao encontro de todos e amando-os indistintamente. Assim dizia Mahatma Gandhi: "A arte da vida consiste em fazer da vida uma obra de arte". Deus foi extremamente generoso e de uma bondade sem limites com o artífice da paz, tornando-o instrumento de seu amor e de sua paz.
O processo de beatificação de Dom Helder faz-nos pensar em Karl Rahner, sacerdote jesuíta, nascido na Alemanha (1904-1984); que foi um dos maiores e mais importantes teólogos do século XX, certamente o influenciou enormemente, deixando marcas profundas e forte presença no meio cristão, pela sua ação concreta em favor da Igreja, também seus dons e inteligência privilegiada, destacando-se assessor do Concílio Vaticano II. Além de desempenhar um relevante papel, incentivando a Igreja Católica para que se abrisse ao mundo e às diversas tradições e culturas. Dizia ele com a coragem profética, bem dentro do espírito de Dom Helder, que lhe era peculiar, que o cristão do futuro será um místico ou não será nada.
Dom Helder, foi sem dúvidas um homem a frente de seu tempo, sendo um místico profundamente marcado pela graça de Deus, com dons e talentos colocados a serviço do próximo, homem dos grandes sonhos e utopias, totalmente voltado para Deus através da realidade dura das pessoas, com os pés firmes no chão, antevendo e percebendo, de modo lúcido, os desafios, as exigências e as dificuldades de sua época, sempre com enorme vontade de superá-las. Como Arcebispo de Olinda e Recife, assim se expressou: "Quem estiver sofrendo, no corpo ou na alma; quem, pobre ou rico estiver desesperado, terá lugar no coração do bispo".
Como místico, tornou-se conhecido no Brasil e no mundo inteiro, por sua luta em favor de uma humanidade livre, especialmente, os desafortunados da vida, os empobrecidos, os "sem voz e sem vez", como ele costumava dizer. Neste momento em que inicia o processo de sua beatificação, saibamos olhá-lo, na sua espiritualidade genuína e cristalina, quando sua oração ao Deus altíssimo se transforma em ação e poesia: “Fomos nós, as tuas criaturas que inventamos teu nome!? O nome não é, não deve ser um rótulo colado sobre as pessoas e sobre as coisas… O nome vem de dentro das coisas e pessoas, e não deve ser falso… Tem que exprimir o mais íntimo do íntimo, a própria razão de ser e existir da coisa ou da pessoa nomeada… Teu nome é e só podia ser amor".
Diante do decreto de autorização para abertura do processo de beatificação de Dom Helder Câmara, agradecemos ao bom Deus por sua vida como verdadeira e belíssima obra de arte, pela simplicidade em viver, conviver e dialogar, indo ao encontro de todos e amando-os indistintamente. Assim dizia Mahatma Gandhi: "A arte da vida consiste em fazer da vida uma obra de arte". Deus foi extremamente generoso e de uma bondade sem limites com o artífice da paz, tornando-o instrumento de seu amor e de sua paz.
O processo de beatificação de Dom Helder faz-nos pensar em Karl Rahner, sacerdote jesuíta, nascido na Alemanha (1904-1984); que foi um dos maiores e mais importantes teólogos do século XX, certamente o influenciou enormemente, deixando marcas profundas e forte presença no meio cristão, pela sua ação concreta em favor da Igreja, também seus dons e inteligência privilegiada, destacando-se assessor do Concílio Vaticano II. Além de desempenhar um relevante papel, incentivando a Igreja Católica para que se abrisse ao mundo e às diversas tradições e culturas. Dizia ele com a coragem profética, bem dentro do espírito de Dom Helder, que lhe era peculiar, que o cristão do futuro será um místico ou não será nada.
Dom Helder, foi sem dúvidas um homem a frente de seu tempo, sendo um místico profundamente marcado pela graça de Deus, com dons e talentos colocados a serviço do próximo, homem dos grandes sonhos e utopias, totalmente voltado para Deus através da realidade dura das pessoas, com os pés firmes no chão, antevendo e percebendo, de modo lúcido, os desafios, as exigências e as dificuldades de sua época, sempre com enorme vontade de superá-las. Como Arcebispo de Olinda e Recife, assim se expressou: "Quem estiver sofrendo, no corpo ou na alma; quem, pobre ou rico estiver desesperado, terá lugar no coração do bispo".
Como místico, tornou-se conhecido no Brasil e no mundo inteiro, por sua luta em favor de uma humanidade livre, especialmente, os desafortunados da vida, os empobrecidos, os "sem voz e sem vez", como ele costumava dizer. Neste momento em que inicia o processo de sua beatificação, saibamos olhá-lo, na sua espiritualidade genuína e cristalina, quando sua oração ao Deus altíssimo se transforma em ação e poesia: “Fomos nós, as tuas criaturas que inventamos teu nome!? O nome não é, não deve ser um rótulo colado sobre as pessoas e sobre as coisas… O nome vem de dentro das coisas e pessoas, e não deve ser falso… Tem que exprimir o mais íntimo do íntimo, a própria razão de ser e existir da coisa ou da pessoa nomeada… Teu nome é e só podia ser amor".
*Geovane Saraiva é escritor, blogueiro, colunista, vice-presidente da Previdência Sacerdotal e Pároco de Santo Afonso, Parquelândia, Fortaleza-CE - geovanesaraiva@gmail.com.
Saindo do indiferentismo
Na Semana Santa, somos chamados a perceber que a vida não é um 'tanto faz, tanto fez'.
Por Dom Paulo Mendes Peixoto*
No último domingo (29), iniciou-se a Semana Santa. Todas as celebrações, leituras, reflexões e envolvimento dos cristãos, que marcam a Quaresma, a Semana Santa e a Páscoa, devem tirar as pessoas da prática do indiferentismo. A vida não pode ser um “tanto faz, tanto fez”, sem responsabilidade cristã e social. Também não podemos ser intolerantes, porque Jesus nos incluiu a todos.
Em geral, vivemos num mundo de preconceitos, que projeta diferenças entre as pessoas. Falamos de puras e impuras, melhores e piores, maiores e menores. Preconceitos que devem ser trabalhados de maneira a formar comunidades de indivíduos diferentes, com diversidades, mas unidos no mesmo objetivo cristão: o bem de todos, com dimensão humana, mas projetada para as coisas do alto.
No caminho da Paixão de Jesus, que começa com a benção dos ramos, o cristão deve mudar a partir da escuta da Palavra de Deus e pela fidelidade diante dela, mesmo que isto custe sacrifícios. É o que esteve bem presente nas posturas de Jesus Cristo, no seu testemunho de autenticidade, culminando com a morte na cruz.
Ouvir a Palavra de Deus tem muito a ver com a obediência diante das propostas do Evangelho. Com isto não perdemos o rumo da estrada e nem ficamos inativos, estagnados em nosso mundo privatizado pelo egoísmo e pelo individualismo estressante. A morte de Jesus na cruz foi a chave de libertação e de superação de todas as fraquezas que impedem as pessoas de serem perfeitas.
No condicionamento humano, existem os anônimos que nos rodeiam e estão por aí mendigando o direito de voz e de esperança, aguardando uma mão estendida para que sejam também reconhecidos como serem humanos. Foram os preferidos do Senhor, que recebiam Dele o carinho e o reconhecimento de sua dignidade.
Olhando para Jesus a partir do Domingo de Ramos, devemos entender que o sentido da vida não está no status, no orgulho próprio e nem no privilégio pessoal, mas na capacidade de prestar serviço ao outros, reconhecendo neles a imagem e semelhança do Senhor.
No último domingo (29), iniciou-se a Semana Santa. Todas as celebrações, leituras, reflexões e envolvimento dos cristãos, que marcam a Quaresma, a Semana Santa e a Páscoa, devem tirar as pessoas da prática do indiferentismo. A vida não pode ser um “tanto faz, tanto fez”, sem responsabilidade cristã e social. Também não podemos ser intolerantes, porque Jesus nos incluiu a todos.
Em geral, vivemos num mundo de preconceitos, que projeta diferenças entre as pessoas. Falamos de puras e impuras, melhores e piores, maiores e menores. Preconceitos que devem ser trabalhados de maneira a formar comunidades de indivíduos diferentes, com diversidades, mas unidos no mesmo objetivo cristão: o bem de todos, com dimensão humana, mas projetada para as coisas do alto.
No caminho da Paixão de Jesus, que começa com a benção dos ramos, o cristão deve mudar a partir da escuta da Palavra de Deus e pela fidelidade diante dela, mesmo que isto custe sacrifícios. É o que esteve bem presente nas posturas de Jesus Cristo, no seu testemunho de autenticidade, culminando com a morte na cruz.
Ouvir a Palavra de Deus tem muito a ver com a obediência diante das propostas do Evangelho. Com isto não perdemos o rumo da estrada e nem ficamos inativos, estagnados em nosso mundo privatizado pelo egoísmo e pelo individualismo estressante. A morte de Jesus na cruz foi a chave de libertação e de superação de todas as fraquezas que impedem as pessoas de serem perfeitas.
No condicionamento humano, existem os anônimos que nos rodeiam e estão por aí mendigando o direito de voz e de esperança, aguardando uma mão estendida para que sejam também reconhecidos como serem humanos. Foram os preferidos do Senhor, que recebiam Dele o carinho e o reconhecimento de sua dignidade.
Olhando para Jesus a partir do Domingo de Ramos, devemos entender que o sentido da vida não está no status, no orgulho próprio e nem no privilégio pessoal, mas na capacidade de prestar serviço ao outros, reconhecendo neles a imagem e semelhança do Senhor.
*Dom Paulo Mendes Peixoto é arcebispo de Uberaba.
Assinar:
Postagens (Atom)