domingo, 5 de abril de 2015

Meu Dia com Deus

DIA 5 DE ABRIL - DOMINGO

Ouça: 
Evangelho do Dia: (João 20,1-9)
Aleluia, aleluia, aleluia.
O nosso cordeiro pascal, Jesus Cristo, já foi imolado. Celebremos, assim, esta festa na sinceridade e verdade (1Cor 5,7s).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
20 1 No primeiro dia que se seguia ao sábado, Maria Madalena foi ao sepulcro, de manhã cedo, quando ainda estava escuro. Viu a pedra removida do sepulcro.
2 Correu e foi dizer a Simão Pedro e ao outro discípulo a quem Jesus amava: “Tiraram o Senhor do sepulcro, e não sabemos onde o puseram!”
3 Saiu então Pedro com aquele outro discípulo, e foram ao sepulcro.
4 Corriam juntos, mas aquele outro discípulo correu mais depressa do que Pedro e chegou primeiro ao sepulcro.
5 Inclinou-se e viu ali os panos no chão, mas não entrou.
6 Chegou Simão Pedro que o seguia, entrou no sepulcro e viu os panos postos no chão.
7 Viu também o sudário que estivera sobre a cabeça de Jesus. Não estava, porém, com os panos, mas enrolado num lugar à parte.
8 Então entrou também o discípulo que havia chegado primeiro ao sepulcro. Viu e creu.
9 Em verdade, ainda não haviam entendido a Escritura, segundo a qual Jesus devia ressuscitar dentre os mortos.
Palavra da Salvação.
 
Meditando o Evangelho
O DESPERTAR DA FÉ
            A ressurreição desperta os discípulos para a verdadeira fé em Jesus. Pode-se falar da fé deles ao longo do ministério terreno de Jesus. No período pré-pascal, porém, faltava-lhes o dado da ressurreição, essencial para uma adesão plena ao Senhor.
            A fé pré-pascal tinha algumas limitações: estava calcada num messianismo demasiado terreno no qual se privilegiava a dimensão humana e política de Jesus, em detrimento de sua condição divina; dependia da presença física do Mestre para se sustentar. Apesar da insistência de Jesus, os discípulos estavam ainda muito centrados em si mesmos, sem se dar conta de que era preciso dar testemunho de sua fé.
            A constatação do túmulo vazio serviu, para o discípulo amado, de indício de que algo novo estava acontecendo. A afirmação do evangelista – "Ele viu e acreditou" – revela o desabrochar da consciência de que Jesus era muito mais do que João podia imaginar. O túmulo vazio não foi prova da ressurreição, mas um sinal de alerta. Tanto Maria Madalena quanto Simão Pedro fizeram a mesma experiência. No entanto, deles se fala que ainda não tinham compreendido a Escritura segundo a qual Jesus devia ressuscitar dos mortos. Eles foram incapazes de perceber o sinal.
            A dinâmica da fé no Ressuscitado exigiu dos primeiros discípulos a superação de certos esquemas, de modo a se predisporem a acolher a novidade que o Pai lhes revelava.
 
Oração
            Pai, desperta no meu coração uma fé verdadeira em Cristo ressuscitado, presente e vivo em nosso meio, vencedor da morte e do pecado.

Beatificação: arquidiocese aguarda parecer

A expectativa agora está no posicionamento dos dicastérios
A Cúria Romana analisa o pedido feito pela Arquidiocese de Olinda e Recife para iniciar o processo de beatificação de Dom Helder Câmara. A expectativa agora está no posicionamento dos dicastérios, que são departamentos do governo da Igreja Católica que compõem a Cúria.

Uma carta enviada à arquidiocese pelo prefeito da Congregação das Causas dos Santos, cardeal Angelo Amato, explica que, caso seja dado o Nihil Obstat (Nada Consta), a Igreja em Olinda e Recife poderá iniciar o processo na diocese.

De acordo com a arquidiocese, a primeira etapa do processo consiste em nomear Dom Helder Servo do Senhor. Em seguida, a partir da aprovação de estudos feitos por uma comissão jurídica, com base da análise de textos publicados pelo religioso e de testemunhos de pessoas que o conheceram, o papa concede o título de Venerável Servo do Senhor. Então, o passo seguinte é a beatificação.

Dom Helder Câmara nasceu em 7 de fevereiro de 1909 em Fortaleza. Ingressou no seminário da capital aos 22 anos e teve uma vida religiosa marcada pela atenção aos mais necessitados. Entre outras atividades exercidas por Dom Helder, destacam-se a passagem pelo arcebispado do Rio de Janeiro, onde foi bispo auxiliar na década de 40, com forte ação social, e pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), da qual foi secretário durante 12 anos (1952-1964).

Foi nomeado arcebispo de Olinda e Recife em 12 de abril de 1964, poucos dias depois do golpe militar. Em agosto de 1969, foi acusado de ser demagogo e comunista por ter criticado a situação de miséria dos agricultores do Nordeste.

A partir desse episódio, Dom Helder passou a sofrer várias represálias. Teve a casa metralhada, assessores seus foram presos e sua indicação para o Prêmio Nobel da Paz foi boicotada pelo governo militar, já que ele denunciava a tortura praticada contra presos políticos. Dom Helder recebeu, entretanto, vários outros prêmios internacionais pelo trabalho em defesa dos direitos humanos, como o Prêmio Popular da Paz, na Noruega, em 1974, e o Martin Luther King, nos Estados Unidos, em 1970.

Dom Helder Câmara morreu no dia 27 de agosto de 1999 em sua casa, no Recife. Seus restos mortais estão sepultados na Igreja Catedral São Salvador do Mundo, em Olinda.
Agência Brasil

A Páscoa de todos os homens


É dia de celebrarmos a festa da Salvação conquistada por Cristo para todos nós.
Por Dom Gil Antônio Moreira*
Acabamos de celebrar, na Semana Santa, os sublimes mistérios da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor. Abre-se agora tempo novo das alegrias pascais.
Celebrar não significa somente recordar, rememorar, mas sim vivenciar profundamente, pois, na verdade, o mistério da Páscoa acontece a cada vez que nos reunimos no memorial de Jesus que deu sua vida por nós, envolvendo-nos em sua Salvação, através da santa liturgia.
Celebrar bem este tempo é ser capaz de unir-se misticamente a Cristo em todos os seus passos a fim de, com ele, morrermos para os nossos pecados e, com ele, ressurgirmos para uma vida nova. Santo André de Creta, no século 8º, conclamava a sua comunidade, ao iniciar este tempo santo, com os seguintes termos: Vinde, subamos juntos ao monte das oliveiras e corramos ao encontro de Cristo que hoje volta de Betânia e se encaminha voluntariamente para aquela venerável e santa paixão, a fim de realizar o mistério de nossa Salvação”.
São Gregório Nazianzeno, bispo de século 4º, ensinava aos seus fiéis a forma mais prática de participar destes santos mistérios, dizendo: Imolemo-nos a Deus, ou melhor, ofereçamo-nos a Ele cada dia, com todas as nossas ações. Façamos o que nos sugerem as palavras: imitemos com nossos sofrimentos a Paixão de Cristo, honremos com nosso sangue o seu sangue, e subamos corajosamente à sua cruz.
Na busca de fazer o povo entender bem o que significa isto e na esperança de que os mistérios não sejam somente recordados como algo do passado, São Gregório, continua a exortar: Se és Simão Cirineu, toma a cruz e segue a Cristo. Se, qual o ladrão, estás crucificado com Cristo, como homem íntegro, reconhece a Deus...Preso à tua cruz, aprende a tirar proveito até da tua própria iniqüidade...entra com Jesus no Paraíso. Prossegue o santo bispo a indicar as pessoas de José de Arimatéia, de Nicodemos, de Maria e de outras figuras bíblicas como protótipos de união com Cristo, para que vivenciemos fortemente os santos mistérios desta Semana.
Esta união entre nós e Cristo, na verdade foi iniciativa do próprio Cristo, pois ele se colocou em nosso lugar para morrer por nós, pois não merecia morrer, uma vez que era inocente, homem e Deus verdadeiro. Sobre isto nos ensina São Pedro em sua Primeira Carta, capítulo 2: Sobre a cruz, carregou os nossos pecados em seu próprio corpo, a fim de que, mortos para o pecado, vivamos para a justiça.
São Basílio Magno, em seu livro sobre o Espírito Santo, nos recorda: A vinda de Cristo na carne, os exemplos de sua vida apresentados pelo evangelho, a paixão, a cruz, o sepultamento e a ressurreição não tiveram outro fim senão salvar o homem, para que imitando a Cristo, ele recuperasse a primitiva adoção filial.
São Militão de Sardes, na sua homilia de Páscoa, no século 2º, dizia: Foi ele que tomou sobre si os sofrimentos de muitos: foi morto em Abel; amarrado de pés e mãos em Isaac;exilado de sua terra em Jacó; vendido em José; exposto em Moisés; sacrificado no cordeiro pascal; perseguido em Davi e ultrajado nos profetas.
Na Semana Maior, a liturgia nos auxilia a estarmos intimamente unidos a Cristo. No Domingo de Ramos nos faz entrar novamente em Jerusalém com ramos de oliveira e reconhecemos, mais que povo de sua época, a realeza de Cristo e cantamos Bendito seja em nome do Senhor o que vem, o rei de Israel! Hosana nas alturas!  Na segunda, terça e quarta-feiras santas caminhamos com o Senhor, passo a passo, nos momentos dolorosos de sua prisão, julgamento e condenação à morte.
Na quinta-feira santa, dia de altíssima significação, quando iniciamos o Tríduo Pascal, entramos com Cristo no cenáculo, para deixar que ele nos dê novamente a lição do serviço, como nos lembrou a Campanha da Fraternidade deste ano: “Eu vim para servir”. Tal lição se expressa plasticamente no lava-pés, depois do qual, com ele ceamos e dele recebemos o grande dom da Eucaristia, seu corpo e sangue que se tornam nosso místico alimento. Maravilhados o contemplemos na instituição do Sacerdócio, fruto de seu imenso amor para com a Igreja, forma de estar e de agir visivelmente entre nós.
Na sexta-feira, subimos com ele o calvário levando as nossas dores e as angústias de todos os sofredores, para experimentarmos, com Jesus, a morte de nossos pecados e de nossas misérias. No silêncio respeitoso, no jejum celebremos sua morte redentora, no sacrifico pascal.
No sábado santo, descemos com ele à mansão dos mortos, para termos condição de, com ele ressuscitarmos para uma vida nova. Guardando ainda o silêncio e recolhimento, deixamo-nos invadir pela expectativa da vitória e celebramos, à noite, a vigília pascal, mãe de todas as vigílias.
Domingo, o “Dia que o Senhor fez para nós”, celebramos, exultantes, a festa da Salvação conquistada por Cristo para todos nós, a Páscoa salvadora da ressurreição.   
Cristo ontem, Cristo hoje, Cristo sempre!
Feliz e Santa Páscoa, meu caro leitor, a festa da vida!
*Dom Gil Antônio Moreira é arcebispo Metropolitano de Juiz de Fora.

Evangelho do Dia

B - 05 de abril de 2015

João 20,1-9

Aleluia, aleluia, aleluia.
O nosso cordeiro pascal, Jesus Cristo, já foi imolado. Celebremos, assim, esta festa na sinceridade e verdade (1Cor 5,7s).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
20 1 No primeiro dia que se seguia ao sábado, Maria Madalena foi ao sepulcro, de manhã cedo, quando ainda estava escuro. Viu a pedra removida do sepulcro.
2 Correu e foi dizer a Simão Pedro e ao outro discípulo a quem Jesus amava: “Tiraram o Senhor do sepulcro, e não sabemos onde o puseram!”
3 Saiu então Pedro com aquele outro discípulo, e foram ao sepulcro.
4 Corriam juntos, mas aquele outro discípulo correu mais depressa do que Pedro e chegou primeiro ao sepulcro.
5 Inclinou-se e viu ali os panos no chão, mas não entrou.
6 Chegou Simão Pedro que o seguia, entrou no sepulcro e viu os panos postos no chão.
7 Viu também o sudário que estivera sobre a cabeça de Jesus. Não estava, porém, com os panos, mas enrolado num lugar à parte.
8 Então entrou também o discípulo que havia chegado primeiro ao sepulcro. Viu e creu.
9 Em verdade, ainda não haviam entendido a Escritura, segundo a qual Jesus devia ressuscitar dentre os mortos.
Palavra da Salvação.
 

Comentário do Evangelho
O DESPERTAR DA FÉ
            A ressurreição desperta os discípulos para a verdadeira fé em Jesus. Pode-se falar da fé deles ao longo do ministério terreno de Jesus. No período pré-pascal, porém, faltava-lhes o dado da ressurreição, essencial para uma adesão plena ao Senhor.
            A fé pré-pascal tinha algumas limitações: estava calcada num messianismo demasiado terreno no qual se privilegiava a dimensão humana e política de Jesus, em detrimento de sua condição divina; dependia da presença física do Mestre para se sustentar. Apesar da insistência de Jesus, os discípulos estavam ainda muito centrados em si mesmos, sem se dar conta de que era preciso dar testemunho de sua fé.
            A constatação do túmulo vazio serviu, para o discípulo amado, de indício de que algo novo estava acontecendo. A afirmação do evangelista – "Ele viu e acreditou" – revela o desabrochar da consciência de que Jesus era muito mais do que João podia imaginar. O túmulo vazio não foi prova da ressurreição, mas um sinal de alerta. Tanto Maria Madalena quanto Simão Pedro fizeram a mesma experiência. No entanto, deles se fala que ainda não tinham compreendido a Escritura segundo a qual Jesus devia ressuscitar dos mortos. Eles foram incapazes de perceber o sinal.
            A dinâmica da fé no Ressuscitado exigiu dos primeiros discípulos a superação de certos esquemas, de modo a se predisporem a acolher a novidade que o Pai lhes revelava.
 
Leitura
Atos 10,34.37-43
10 34 Então Pedro tomou a palavra e disse: “Em verdade, reconheço que Deus não faz distinção de pessoas,
37 Vós sabeis como tudo isso aconteceu na Judéia, depois de ter começado na Galiléia, após o batismo que João pregou.
38 Vós sabeis como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com o poder, como ele andou fazendo o bem e curando todos os oprimidos do demônio, porque Deus estava com ele.
39 E nós somos testemunhas de tudo o que fez na terra dos judeus e em Jerusalém. Eles o mataram, suspendendo-o num madeiro.
40 Mas Deus o ressuscitou ao terceiro dia e permitiu que aparecesse,
41 não a todo o povo, mas às testemunhas que Deus havia predestinado, a nós que comemos e bebemos com ele, depois que ressuscitou.
42 Ele nos mandou pregar ao povo e testemunhar que é ele quem foi constituído por Deus juiz dos vivos e dos mortos.
43 Dele todos os profetas dão testemunho, anunciando que todos os que nele crêem recebem o perdão dos pecados por meio de seu nome”.
Palavra do Senhor.

 
Salmo 117/118
Este é o dia que o Senhor fez para nós:
alegremo-nos e nele exultemos!


Dai graças ao Senhor, porque ele é bom!
“Eterna é a sua misericórdia!”
A casa de Israel agora o diga:
“Eterna é a sua misericórdia!”

A mão direita do Senhor fez maravilhas,
a mão direita do Senhor me levantou.
Não morrerei, mas, ao contrário, viverei
para cantar as grandes obras do Senhor!

A pedra que os pedreiros rejeitaram
tornou-se agora a pedra angular.
Pelo Senhor é que foi feito tudo isso:
que maravilhas ele fez a nossos olhos!
 
Oração
Ó Deus, por vosso filho unigênito, vencedor da morte, abristes hoje para nós as portas da eternidade. Concede que, celebrando a ressurreição do Senhor, renovados pelo vosso Espírito, ressuscitemos na luz da vida nova. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Liturgia Diária

DIA 5 DE ABRIL - DOMINGO

PÁSCOA DA RESSURREIÇÃO
(BRANCO, GLÓRIA, SEQUÊNCIA, CREIO, PREFÁCIO DA PÁSCOA I – I SEMANA DO SALTÉRIO)

Antífona de entrada:
Ressuscitei, ó Pai, e sempre estou contigo: pousaste sobre mim a tua mão, tua sabedoria é admirável, aleluia! (Sl 138,18.5s)
Oração do dia
Ó Deus, por vosso filho unigênito, vencedor da morte, abristes hoje para nós as portas da eternidade. Concede que, celebrando a ressurreição do Senhor, renovados pelo vosso Espírito, ressuscitemos na luz da vida nova. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Atos 10,34.37-43)
10 34 Então Pedro tomou a palavra e disse: “Em verdade, reconheço que Deus não faz distinção de pessoas,
37 Vós sabeis como tudo isso aconteceu na Judéia, depois de ter começado na Galiléia, após o batismo que João pregou.
38 Vós sabeis como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com o poder, como ele andou fazendo o bem e curando todos os oprimidos do demônio, porque Deus estava com ele.
39 E nós somos testemunhas de tudo o que fez na terra dos judeus e em Jerusalém. Eles o mataram, suspendendo-o num madeiro.
40 Mas Deus o ressuscitou ao terceiro dia e permitiu que aparecesse,
41 não a todo o povo, mas às testemunhas que Deus havia predestinado, a nós que comemos e bebemos com ele, depois que ressuscitou.
42 Ele nos mandou pregar ao povo e testemunhar que é ele quem foi constituído por Deus juiz dos vivos e dos mortos.
43 Dele todos os profetas dão testemunho, anunciando que todos os que nele crêem recebem o perdão dos pecados por meio de seu nome”.
Palavra do Senhor.

 
Salmo responsorial 117/118
Este é o dia que o Senhor fez para nós:
alegremo-nos e nele exultemos!


Dai graças ao Senhor, porque ele é bom!
“Eterna é a sua misericórdia!”
A casa de Israel agora o diga:
“Eterna é a sua misericórdia!”

A mão direita do Senhor fez maravilhas,
a mão direita do Senhor me levantou.
Não morrerei, mas, ao contrário, viverei
para cantar as grandes obras do Senhor!

A pedra que os pedreiros rejeitaram
tornou-se agora a pedra angular.
Pelo Senhor é que foi feito tudo isso:
que maravilhas ele fez a nossos olhos!
 
Leitura (Colossenses 3,1-4)
Leitura da carta de são Paulo aos Colossenses.
3 1 Se, portanto, ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo está sentado à direita de Deus.
2 Afeiçoai-vos às coisas lá de cima, e não às da terra.
3 Porque estais mortos e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus.
4 Quando Cristo, vossa vida, aparecer, então também vós aparecereis com ele na glória.
Palavra do Senhor.
 
Seqüência
Cantai, cristãos, afinal: “Salve ó vítima Pascal!” Cordeiro inocente, o Cristo abriu-nos do Pai o aprisco. Por toda ovelha imolado, do mundo lava o pecado. Duelam forte e mais forte: é a vida que enfrenta a morte. O rei da vida, cativo, é morto, mas reina vivo! Responde, pois, ó Maria: no teu caminho o que havia? “Vi Cristo ressuscitado, o túmulo abandonado. Os anjos da cor do sol, dobrado ao chão o lençol. O Cristo, que leva aos céus, caminha à frente dos seus!” Ressuscitou de verdade. Ó rei, ó Cristo, piedade!
Evangelho (João 20,1-9)
Aleluia, aleluia, aleluia.
O nosso cordeiro pascal, Jesus Cristo, já foi imolado. Celebremos, assim, esta festa na sinceridade e verdade (1Cor 5,7s).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
20 1 No primeiro dia que se seguia ao sábado, Maria Madalena foi ao sepulcro, de manhã cedo, quando ainda estava escuro. Viu a pedra removida do sepulcro.
2 Correu e foi dizer a Simão Pedro e ao outro discípulo a quem Jesus amava: “Tiraram o Senhor do sepulcro, e não sabemos onde o puseram!”
3 Saiu então Pedro com aquele outro discípulo, e foram ao sepulcro.
4 Corriam juntos, mas aquele outro discípulo correu mais depressa do que Pedro e chegou primeiro ao sepulcro.
5 Inclinou-se e viu ali os panos no chão, mas não entrou.
6 Chegou Simão Pedro que o seguia, entrou no sepulcro e viu os panos postos no chão.
7 Viu também o sudário que estivera sobre a cabeça de Jesus. Não estava, porém, com os panos, mas enrolado num lugar à parte.
8 Então entrou também o discípulo que havia chegado primeiro ao sepulcro. Viu e creu.
9 Em verdade, ainda não haviam entendido a Escritura, segundo a qual Jesus devia ressuscitar dentre os mortos.
Palavra da Salvação.
 
Comentário ao Evangelho
O DESPERTAR DA FÉ
            A ressurreição desperta os discípulos para a verdadeira fé em Jesus. Pode-se falar da fé deles ao longo do ministério terreno de Jesus. No período pré-pascal, porém, faltava-lhes o dado da ressurreição, essencial para uma adesão plena ao Senhor.
            A fé pré-pascal tinha algumas limitações: estava calcada num messianismo demasiado terreno no qual se privilegiava a dimensão humana e política de Jesus, em detrimento de sua condição divina; dependia da presença física do Mestre para se sustentar. Apesar da insistência de Jesus, os discípulos estavam ainda muito centrados em si mesmos, sem se dar conta de que era preciso dar testemunho de sua fé.
            A constatação do túmulo vazio serviu, para o discípulo amado, de indício de que algo novo estava acontecendo. A afirmação do evangelista – "Ele viu e acreditou" – revela o desabrochar da consciência de que Jesus era muito mais do que João podia imaginar. O túmulo vazio não foi prova da ressurreição, mas um sinal de alerta. Tanto Maria Madalena quanto Simão Pedro fizeram a mesma experiência. No entanto, deles se fala que ainda não tinham compreendido a Escritura segundo a qual Jesus devia ressuscitar dos mortos. Eles foram incapazes de perceber o sinal.
            A dinâmica da fé no Ressuscitado exigiu dos primeiros discípulos a superação de certos esquemas, de modo a se predisporem a acolher a novidade que o Pai lhes revelava.
 

Oração
            Pai, desperta no meu coração uma fé verdadeira em Cristo ressuscitado, presente e vivo em nosso meio, vencedor da morte e do pecado.

 

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês).
 
Sobre as oferendas
Transbordando de alegria pascal, nós vos oferecemos, ó Deus, o sacrifício pelo qual a vossa Igreja maravilhosamente renasce e se alimenta. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão:
O Cristo, nossa páscoa, foi imolado; celebremos a festa com pão sem fermento, o pão da retidão e da verdade, aleluia” (1Cor 5,7s).
Depois da comunhão
Guardai, ó Deus, a vossa Igreja sob a vossa constante proteção para que, renovados pelos sacramentos pascais, cheguemos à luz da ressurreição. Por Cristo, nosso Senhor.

Papa expressa preocupação com Iêmen e Síria e diz que reza pela paz na África


Durante a bênção de Páscoa, o Papa Francisco elogiou neste domingo (5) o acordo nuclear com o Irã e expressou sua profunda preocupação com os conflitos no Iêmen, Síria, Iraque, Nigéria  e em outras localidades da África.
Em discurso da Praça de São Pedro, logo após a realização de uma missa, o líder da Igreja Católica fez seu primeiro comentário sobre o recente acordo firmado na Suíça, que visa garantir que o Irã não produzirá armas nucleares.
Segundo ele, esse pode ter sido um passo definitivo para um mundo mais seguro e fraternal.
O pontífice falou ainda no "derramamento de sangue absurdo" e de todos os atos bárbaros de violência na Líbia e desejou a paz no Iêmen, assolado pela guerra civil.
O papa Francisco disse que reza pelo fim dos conflitos na Síria e Iraque e para que a paz tome conta da África — Nigéria, Sudão do Sul e Congo.
Na missa de vigília pascal, ele administrou o sacramento a uma menina cambojana de 13 anos de idade e a nove adultos, incluindo uma mulher de 66 anos do Quênia, país onde os militantes islâmicos do Al Shabaab mataram 148 jovens estudantes de uma universidade, aparentemente destacando cristãos e deixando alguns muçulmanos escaparem.

O significado Páscoa
Em sua homilia, Francisco orientou os católicos a aprender a "entrar no mistério" da Páscoa, a comemoração da crença cristã de que Jesus ressuscitou dos mortos três dias depois de sua crucificação.
"Entrar no mistério significa ir além de nossa zona de conforto, para além da preguiça e indiferença que nos seguram, e sair em busca da verdade, da beleza e do amor", disse o papa.
"É a busca por um significado mais profundo, uma resposta — que não é fácil — para as questões que desafiam a nossa fé, a nossa fidelidade e nossa própria existência", completou.
Reuters / Redação DomTotal