quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Projeto prevê repasse de R$ 1 milhão para o Movimento Pró-Criança

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O Movimento Pró-Criança da Arquidiocese de Olinda e Recife foi incluído na lista de entidades sem fins lucrativos que deverão receber subvenções sociais do Executivo estadual. O governador João Lyra Neto encaminhou, esta semana, para a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) projeto autorizando a transferência do valor de R$ 1 milhão, parcelado em quatro vezes, em favor da instituição.
A matéria, que tramita em regime de urgência, prevê a celebração de convênio entre o Estado e o Movimento Pró-Criança, no qual a entidade se compromete a realizar a obra e a prestar contas ao Governo de todas as despesas.
A deputada Terezinha Nunes (PSDB) agradeceu a iniciativa. A parlamentar lembrou que sede do Movimento Pró-Criança, no bairro dos Coelhos, no Recife, sofreu um incêndio em agosto deste ano e o prédio ficou destruído. A entidade atende a aproximadamente 600 crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social, com a oferta de cursos profissionalizantes e atividades culturais.
Terezinha pediu o empenho dos demais deputados para aprovar a matéria na reunião da Comissão de Justiça.
HistóriaFundado em 27 de julho de 1993 pelo arcebispo emérito de Olinda e Recife dom José Cardoso Sobrinho, o Movimento Pró-Criança (MPC) é uma entidade sem fins lucrativos, ligada à Arquidiocese de Olinda e Recife, que visa minimizar as dificuldades vivenciadas pelos jovens carentes da RMR através de trabalhos sociais. A implantação do MPC foi motivada pelo grande número de crianças e adolescentes em situação de miséria e abandono e pela necessidade de unir esforços para a mudança dessa realidade.
Com informações da Alepe

Papa nomeia bispo para Chapecó e coadjutores para Feira de Santana e Luziânia






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Na manhã desta quarta-feira, 3, o papa Francisco nomeou dom Zanoni Demettino Castro como arcebispo coadjutor da arquidiocese de Feira de Santana (BA), transferindo-o da diocese de São Mateus (ES). O papa também transferiu, nesta mesma data, dom Odelir José Magri, da sede episcopal de Sobral (CE) para a diocese de Chapecó (SC), e dom Waldemar Passini Dalbello foi nomeado bispo coadjutor de Luziânia, sendo transferido da arquidiocese de Goiânia (GO).

Bispos
Natural de Vitória da Conquista (BA), dom Zanoni Demettino Castro nasceu no dia 23 de janeiro de 1962. Foi nomeado bispo em 03 de outubro de 2007. Tem como lema episcopal “Eis-me, envia-me”.
Dom Waldemar Passini Dalbello é natural de Anápolis (GO), nasceu no dia 06 de junho de 1966. Sua nomeação ocorreu em 30 de dezembro de 2009, por decisão do papa Bento XVI. Seu lema é “Reuniu-nos na unidade”.
Dom Odelir José Magri é natural de Campo Erê (SC), nasceu no dia 18 de abril de 1963. Foi nomeado bispo pelo papa emérito Bento XVI, em 12 de outubro de 2010. Escolheu como lema episcopal “Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens”.
Fonte: CNBB

Caminho da humildade nos leva a Deus, diz papa


'Os olhos de um pobre são os mais aptos a ver Cristo', afirmou o pontífice.
CIDADE DO VATICANO – Só se pode compreender o mistério de Jesus caminhando no caminho da humildade e da mansidão: foi o que afirmou o papa Francisco na homilia da missa nesta terça-feira (2), celebrada na Casa S. Marta. Os olhos de um pobre são os mais aptos a ver Cristo e, através Dele, distinguir o perfil de Deus. Os outros que pretendiam sondar este mistério com os recursos da própria inteligência devem, antes, colocar-se “em joelhos”, em atitude de humildade. Caso contrário, não poderão entender nada. Francisco reiterou a verdade e o paradoxo do mistério da Boa Nova: o Reino do seu Pai é dos “pobres em espírito”.

A reflexão do pontífice seguiu o trecho do Evangelho de Lucas proposto pela liturgia, no ponto em que Cristo louva e agradece ao seu Pai porque decidiu revelar-se a quem não conta nada para a sociedade ou a quem conta, mas sabe fazer-se “pequenino” na alma: “Ele nos faz conhecer o Pai, nos faz conhecer esta vida interior que Ele tem. Mas para quem o Pai a revela? A quem dá esta graça? ‘Eu te louvo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste essas coisas aos sábios e entendidos, e as revelaste aos pequeninos’. Somente aos que têm o coração como os pequeninos, que são capazes de receber esta revelação, o coração humilde, manso, quem sente a necessidade de rezar, abrir-se a Deus, se sente pobre; somente a quem vai avante com a primeira Beatitude: os pobres de espírito”.

Portanto, a pobreza é o dom privilegiado para abrir a porta do mistério de Deus. Um dom – notou o papa – que às vezes pode faltar a quem dedica uma vida de estudos a este mistério: “Muitos podem conhecer a ciência, a teologia também, muitos! Mas se não fazem essa teologia de joelhos, isto é humildemente, como pequeninos, não vão entender nada. Vão nos dizer muitas coisas, mas não vão entender nada. Somente esta pobreza é capaz de receber a Revelação que o Pai dá através de Jesus, por meio de Jesus. Jesus vem, não como um capitão, um general de exército, um governante poderoso, não, não. Vem como um broto. Foi  que ouvimos na primeira leitura: “Naquele dia, um rebento brotará do tronco de Jessé. Ele é um broto: é humilde, é manso, e veio para os humildes, para os mansos, para trazer a salvação aos doentes, aos pobres, aos oprimidos”.

E Jesus, continua o papa Francisco, é o primeiro dos marginalizados, chegando até mesmo a dizer ser “um valor inegociável ser igual a Deus”. “A grandeza do mistério de Deus”, repete, se conhece somente “no mistério de Jesus e o mistério de Jesus é precisamente o mistério do abaixar-se, do aniquilar-se, do humilhar-se” que “traz a salvação aos pobres, para os que estão aniquilados por tantas doenças, pecados e situações difíceis”.

“Fora deste quadro - conclui o papa Francisco – não se consegue entender o mistério de Jesus”: “Pedimos ao Senhor, neste tempo do Advento, para nos aproximarmos mais, mais, mais do seu mistério e de fazê-lo no caminho que Ele quer que façamos: o caminho da humildade, da mansidão, da pobreza, o caminho de sentir pecadores. Então, Ele vem nos salvar, nos libertar. Que o Senhor nos conceda esta graça”.
SIR

Evangelho do Dia

Ano A - 03 de dezembro de 2014

Mateus 15,29-37

Aleluia, aleluia, aleluia.
Eis que o Senhor há de vir a fim de salvar o seu povo; felizes são todos aqueles que estão prontos para ir-lhe ao encontro.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
15 29 Jesus saiu daquela região e voltou para perto do mar da Galiléia. Subiu a uma colina e sentou-se ali.
30 Então numerosa multidão aproximou-se dele, trazendo consigo mudos, cegos, coxos, aleijados e muitos outros enfermos. Puseram-nos aos seus pés e ele os curou,
31 de sorte que o povo estava admirado ante o espetáculo dos mudos que falavam, daqueles aleijados curados, de coxos que andavam, dos cegos que viam; e glorificavam ao Deus de Israel.
32 Jesus, porém, reuniu os seus discípulos e disse-lhes: “Tenho piedade esta multidão: eis que há três dias está perto de mim e não tem nada para comer. Não quero despedi-la em jejum, para que não desfaleça no caminho”.
33 Disseram-lhe os discípulos: “De que maneira procuraremos neste lugar deserto pão bastante para saciar tal multidão?’
34 Pergunta-lhes Jesus: “Quantos pães tendes?” “Sete, e alguns peixinhos”, responderam eles.
35 Mandou, então, a multidão assentar-se no chão,
36 tomou os sete pães e os peixes e abençoou-os. Depois os partiu e os deu aos discípulos, que os distribuíram à multidão.
37 Todos comeram e ficaram saciados, e, dos pedaços que restaram, encheram sete cestos.
Palavra da Salvação.

Comentário do Evangelho
OS POBRES BUSCAM O SENHOR 
Foram os pobres os primeiros a contar com Jesus. Reconheceram seu poder de restaurar a vida e de curar toda sorte de doença e enfermidade. Coxos, aleijados, cegos, mudos e tantos outros aproximavam-se de Jesus, na esperança de serem curados, porque tinham a certeza de que um poder divino atuava por intermédio dele. E, por isso, davam glória ao Deus de Israel.
A pobreza e a marginalização levavam-nos a esperar a intervenção de Deus na História, por meio do Messias anunciado pelos profetas, o qual iria restituir a fala aos mudos, curar os aleijados, fazer os coxos andarem e os cegos enxergarem. Tudo isto eles viam acontecer na ação de Jesus, a quem reconheciam como o Messias.
Não se notava nos ricos a mesma sensibilidade dos pobres. Aqueles não precisavam de Jesus, nem de Deus, pois se bastavam a si mesmos. Depositavam sua confiança nos bens que possuíam. Não tinham tempo para perceber a ação amorosa de Deus, em benefício da humanidade. Sendo assim, a pessoa de Jesus e sua ação taumatúrgica nada representavam para eles. Quiçá o tomassem por um milagreiro qualquer. Enquanto os pobres buscavam, encontravam e reconheciam o Senhor, os ricos, em sua insensatez, ficavam à margem da ação de Deus na história humana.

Oração

Senhor Jesus, dá-me a simplicidade e a sensibilidade dos pobres, para reconhecer-te como Mediador do amor do Pai pela humanidade.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês) 
Leitura
Isaías 25,6-10
Leitura do livro do profeta Isaías
25 6 O Senhor dos exércitos preparou para todos os povos, nesse monte, um banquete de carnes gordas, um festim de vinhos velhos, de carnes gordas e medulosas, de vinhos velhos purificados.
7 Nesse monte tirará o véu que vela todos os povos, a cortina que recobre todas as nações,
8 e fará desaparecer a morte para sempre. O Senhor Deus enxugará as lágrimas de todas as faces e tirará de toda a terra o opróbrio que pesa sobre o seu povo, porque o Senhor o disse.
9 Naquele dia dirão: “Eis nosso Deus do qual esperamos nossa libertação. Congratulemo-nos, rejubilemo-nos por seu socorro”,
10 porque a mão do Senhor repousa neste monte, enquanto que Moab é pisada no seu lugar como pisada é a palha no monturo.
Palavra do Senhor.
Salmo 22/23
Na casa do Senhor habitarei pelos tempos infinitos.
O Senhor é o pastor que me conduz;
Não me falta coisa alguma.
Pelos prados e campinas verdejantes
Ele me leva a descansar.
Para as águas repousantes me encaminha
E restaura as minhas forças.

Ele me guia no caminho mais seguro
Pela honra do seu nome.
Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso,
Nenhum mal eu temerei.
Estais comigo com bastão e com cajado,
Eles me dão a segurança!

Preparais à minha frente uma mesa,
Bem à vista do inimigo
Com óleo vós ungis minha cabeça,
e o meu cálice transborda.

Felicidade e todo bem hão de seguir-me
Por toda a minha vida;
E, na casa do Senhor,
Habitarei pelos tempos infinitos.
Oração
Ó Deus, que, pela pregação de são Francisco Xavier, conquistastes para vós muitos povos do Oriente, concedei a todos os fiéis o mesmo zelo, para que a santa Igreja possa alegrar-se com o nascimento de novos filhos em toda a terra. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Liturgia Diária

DIA 3 DE DEZEMBRO - QUARTA-FEIRA

SÃO FRANCISCO XAVIER – PRESBÍTERO 
(BRANCO, PREFÁCIO DO ADVENTO I OU DOS PASTORES – OFÍCIO DA MEMÓRIA)

Antífona de entrada:
Estes sãos homens santos que se tornaram amigos de Deus, gloriosos arautos de sua mensagem.
Oração do dia
Ó Deus, que, pela pregação de são Francisco Xavier, conquistastes para vós muitos povos do Oriente, concedei a todos os fiéis o mesmo zelo, para que a santa Igreja possa alegrar-se com o nascimento de novos filhos em toda a terra. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Isaías 25,6-10)
Leitura do livro do profeta Isaías 
25 6 O Senhor dos exércitos preparou para todos os povos, nesse monte, um banquete de carnes gordas, um festim de vinhos velhos, de carnes gordas e medulosas, de vinhos velhos purificados. 
7 Nesse monte tirará o véu que vela todos os povos, a cortina que recobre todas as nações, 
8 e fará desaparecer a morte para sempre. O Senhor Deus enxugará as lágrimas de todas as faces e tirará de toda a terra o opróbrio que pesa sobre o seu povo, porque o Senhor o disse. 
9 Naquele dia dirão: “Eis nosso Deus do qual esperamos nossa libertação. Congratulemo-nos, rejubilemo-nos por seu socorro”, 
10 porque a mão do Senhor repousa neste monte, enquanto que Moab é pisada no seu lugar como pisada é a palha no monturo. 
Palavra do Senhor.
Salmo responsorial 22/23
Na casa do Senhor habitarei pelos tempos infinitos.

O Senhor é o pastor que me conduz;
Não me falta coisa alguma.
Pelos prados e campinas verdejantes
Ele me leva a descansar.
Para as águas repousantes me encaminha
E restaura as minhas forças.

Ele me guia no caminho mais seguro
Pela honra do seu nome.
Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso,
Nenhum mal eu temerei.
Estais comigo com bastão e com cajado,
Eles me dão a segurança!

Preparais à minha frente uma mesa,
Bem à vista do inimigo
Com óleo vós ungis minha cabeça,
e o meu cálice transborda.

Felicidade e todo bem hão de seguir-me
Por toda a minha vida;
E, na casa do Senhor,
Habitarei pelos tempos infinitos.
Evangelho (Mateus 15,29-37)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Eis que o Senhor há de vir a fim de salvar o seu povo; felizes são todos aqueles que estão prontos para ir-lhe ao encontro.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus. 
15 29 Jesus saiu daquela região e voltou para perto do mar da Galiléia. Subiu a uma colina e sentou-se ali. 
30 Então numerosa multidão aproximou-se dele, trazendo consigo mudos, cegos, coxos, aleijados e muitos outros enfermos. Puseram-nos aos seus pés e ele os curou, 
31 de sorte que o povo estava admirado ante o espetáculo dos mudos que falavam, daqueles aleijados curados, de coxos que andavam, dos cegos que viam; e glorificavam ao Deus de Israel. 
32 Jesus, porém, reuniu os seus discípulos e disse-lhes: “Tenho piedade esta multidão: eis que há três dias está perto de mim e não tem nada para comer. Não quero despedi-la em jejum, para que não desfaleça no caminho”. 
33 Disseram-lhe os discípulos: “De que maneira procuraremos neste lugar deserto pão bastante para saciar tal multidão?’ 
34 Pergunta-lhes Jesus: “Quantos pães tendes?” “Sete, e alguns peixinhos”, responderam eles. 
35 Mandou, então, a multidão assentar-se no chão, 
36 tomou os sete pães e os peixes e abençoou-os. Depois os partiu e os deu aos discípulos, que os distribuíram à multidão. 
37 Todos comeram e ficaram saciados, e, dos pedaços que restaram, encheram sete cestos. 
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
OS POBRES BUSCAM O SENHOR 
Foram os pobres os primeiros a contar com Jesus. Reconheceram seu poder de restaurar a vida e de curar toda sorte de doença e enfermidade. Coxos, aleijados, cegos, mudos e tantos outros aproximavam-se de Jesus, na esperança de serem curados, porque tinham a certeza de que um poder divino atuava por intermédio dele. E, por isso, davam glória ao Deus de Israel. 
A pobreza e a marginalização levavam-nos a esperar a intervenção de Deus na História, por meio do Messias anunciado pelos profetas, o qual iria restituir a fala aos mudos, curar os aleijados, fazer os coxos andarem e os cegos enxergarem. Tudo isto eles viam acontecer na ação de Jesus, a quem reconheciam como o Messias. 
Não se notava nos ricos a mesma sensibilidade dos pobres. Aqueles não precisavam de Jesus, nem de Deus, pois se bastavam a si mesmos. Depositavam sua confiança nos bens que possuíam. Não tinham tempo para perceber a ação amorosa de Deus, em benefício da humanidade. Sendo assim, a pessoa de Jesus e sua ação taumatúrgica nada representavam para eles. Quiçá o tomassem por um milagreiro qualquer. Enquanto os pobres buscavam, encontravam e reconheciam o Senhor, os ricos, em sua insensatez, ficavam à margem da ação de Deus na história humana. 

Oração 
Senhor Jesus, dá-me a simplicidade e a sensibilidade dos pobres, para reconhecer-te como Mediador do amor do Pai pela humanidade. 

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês) 
Sobre as oferendas
Acolhei, ó Deus, as oferendas que vos trazemos na festa de são Francisco Xavier, a quem o desejo de salvar a todos levou a terras longínquas; concedei que também nós, dando um testemunho eficaz do evangelho, corramos, com nossos irmãos, ao vosso encontro. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão:
Eu mesmo apascentarei as minhas ovelhas e as farei repousar, diz o Senhor (Ez 34,15).
Depois da comunhão
Ó Deus, que esta eucaristia acenda em nós o amor que abrasava são Francisco pela salvação das almas, a fim de que, seguindo fielmente a nossa vocação, possamos obter com ele o prêmio dos bons operários. Por Cristo, nosso Senhor.
Santo do Dia / Comemoração (SÃO FRANCISCO XAVIER):
A Igreja sempre se apoiou nos missionários para sua expansão no decorrer dos séculos. Primeiro foram os apóstolos que se espalharam pelo mundo após a ressurreição de Jesus. Durante o período do descobrimento, entre os séculos XV e XVI, o cristianismo encontrou nos missionários da Companhia de Jesus, os jesuítas, a forma de iniciar a evangelização nas Américas e no Oriente: Índia, Japão e China. 

Francisco Xavier, considerado o maior dos missionários jesuítas, foi o fundador dessas missões no Oriente. Nasceu no reino de Navarra, Espanha, em 7 de abril de 1506. Era filho de uma família nobre, que havia projetado para ele um futuro de glória e riqueza no mundo, matriculando-o, com dezoito anos, na Universidade de Paris. Mas não foi no campo terreno que ele se sobressaiu e sim no espiritual. Francisco formou-se em filosofia e lecionava na mesma universidade, onde conheceu um aluno bem mais velho e de idéias objetivas e tudo mudou. Tratava-se do futuro santo Inácio de Loyola, fundador dos jesuítas. 

Loyola sonhava formar uma companhia de apóstolos para a defesa e propagação do cristianismo no mundo. Viu em Francisco alguém capaz de ajudá-lo na empreitada e tentou conquistá-lo para a causa. Tarefa que se revelou nada fácil, por causa do orgulho e da ambição que Xavier tinha, projetadas em si por sua família. Loyola, enfim, convenceu-o com uma frase que lhe tocou a alma: "De que vale a um homem ganhar o mundo inteiro se perder sua alma?" (Mc 8, 36). Francisco tomou-a como lema e nunca mais a abandonou, nem ao seu autor, Jesus Cristo. 

Os papéis se inverteram e Inácio passou a ser mestre de seu professor, ensinando-lhe o difícil caminho da humildade e dos exercícios espirituais. Francisco, por fim, se retirou por quarenta dias na solidão, preparando-se para receber a ordenação sacerdotal. Celebrou sua primeira missa com trinta e um anos e se tornou co-fundador da Companhia de Jesus. Passou, então, a cuidar dos doentes leprosos, doença de então, segregados pela sociedade. Com outros companheiros, fixou-se, em 1537, em Veneza, onde recolhia das ruas e tratava aqueles a quem ninguém tinha coragem de recolher. 

Foi então que D. João III, rei de Portugal, pediu a Inácio de Loyola para organizar um grupo de sacerdotes que acompanhassem as expedições ao Oriente e depois evangelizassem as Índias. O grupo estava pronto e treinado quando um dos missionários adoeceu e Francisco Xavier decidiu tomar o seu lugar. O navio, com novecentos passageiros, entre eles Francisco Xavier, partiu de Lisboa com destino às Índias. Foi o início de uma viagem perigosíssima e cheia de transtornos, que demorou praticamente um ano. Durante todo esse tempo, Francisco trabalhou em todos os serviços mais humildes do navio. Era auxiliar de cozinha, faxineiro e enfermeiro. Finalmente, chegaram ao porto de Goa. 

Desde então, Francisco Xavier realizou uma das missões mais árduas da Igreja Católica. Ia de aldeia em aldeia, evangelizava os nativos, batizava as crianças e os adultos. Reunia as aldeias em grupos, fundava comunidades eclesiais e deixava outro sacerdote para tocar a obra, enquanto investia em novas frentes apostólicas noutra região. Acabou saindo das Índias para pregar no Japão, além de ter feito algumas incursões clandestinas na China. 

Numa delas, na ilha de Sacian, adoeceu e uma febre persistente o debilitou, levando-o à morte, em 3 de dezembro de 1552, com apenas quarenta e seis anos de idade. A Igreja o beatificou em 1619, canonizando-o em 1622. Celebrado no dia de sua morte, como exemplo do missionário moderno, são Francisco Xavier foi, com toda justiça, proclamado pela Igreja patrono das missões, e pelo trabalho tão significativo recebeu o apelido de "são Paulo do Oriente".