quinta-feira, 29 de maio de 2014

Dom Fernando preside Missa pela Paz no futebol na próxima segunda-feira


cartaz1
A Arquidiocese de Olinda e Recife acredita no futebol como um esporte saudável e de integração independente do time de coração. Consciente do papel de toda a sociedade no combate à violência, o arcebispo metropolitano, Dom Fernando Saburido, presidirá Missa pela Paz no Futebol. A celebração também marca o 30º dia de falecimento do torcedor Paulo Ricardo Gomes morto após a partida Santa Cruz x Paraná. A Missa será realizada na próxima segunda-feira, 02 de junho, na Igreja Santa Cruz, na Boa Vista, partir das 20h. A celebração é aberta ao público e a todas as torcidas.
Torcedor do Sport de carteirinha, Dom Fernando, não celebrará sozinho. Convidou o bispo da Diocese de Nazaré e alvirrubro, Dom Severino Batista, e o bispo da Diocese de Caruaru e tricolor, Dom Bernardino Marchió, para concelebrarem.
O arcebispo repudiou, através do perfil no Facebook, o ato de violência ocorrido no dia 02 de maio que resultou na morte do torcedor Paulo Ricardo Gomes. O jovem foi atingido por uma bacia sanitária quando saia do Estádio do Arruda, Zona Norte do Recife. O fato ocorreu após a partida Santa Cruz X Paraná pelo Campeonato Brasileiro da Série B. A notícia entristeceu e manchou de sangue o futebol pernambucano. “Futebol é alegria e fraternidade. Mas há algum tempo o esporte no Brasil tem sido lembrado por atos de violência. Não podemos assistir casos como esses de braços cruzados. Temos que fazer algo para mudar essa triste realidade”, ressaltou o religioso.
Unir as torcidas em uma celebração religiosa é um grito pela paz. “A diferença não nos faz menores do que os outros. Torcer por clubes diferentes é, na verdade, algo que deveria enriquecer. Não haveria esporte se todos torcessem por um mesmo time. A rivalidade tem que ser algo salutar. As brincadeiras existem e há muitas delas criativas, mas nunca devem ultrapassar o limite do bom senso”, disse Dom Fernando. A Missa também antecede a Copa do Mundo

Missa pela Paz no futebol
Local: Igreja Santa Cruz
Rua da Santa Cruz, 413 – Boa Vista – Recife
Dia: 2 de junho de 2014 (segunda-feira)
Horário: 20h
Da Assessoria de Comunicação AOR

Liturgia Diária

Dia 29 de Maio - Quinta-feira

VI SEMANA DA PÁSCOA
(Branco – Ofício do dia)

Antífona da entrada: Ó Deus, quando saístes à frente do vosso povo, abrindo-lhe o caminho e habitando entre eles, a terra estremeceu, fundiram-se os céus, aleluia! (Sl 67,8s.20)
Oração do dia
Ó Deus, que fizestes o vosso povo participar da vossa redenção, concedei que nos alegremos constantemente com a ressurreição do Senhor. Que convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Atos 18,1-8)
Leitura dos Atos dos Apóstolos.
18 1 Depois disso, saindo de Atenas, Paulo dirigiu-se a Corinto.
2 Encontrou ali um judeu chamado Áquila, natural do Ponto, e sua mulher Priscila. Eles pouco antes haviam chegado da Itália, por Cláudio ter decretado que todos os judeus saíssem de Roma. Paulo uniu-se a eles.
3 Como exercessem o mesmo ofício, morava e trabalhava com eles. (Eram fabricantes de tendas.)
4 Todos os sábados ele falava na sinagoga e procurava convencer os judeus e os gregos.
5 Quando Silas e Timóteo chegaram da Macedônia, Paulo dedicou-se inteiramente à pregação da palavra, dando aos judeus testemunho de que Jesus era o Messias.
6 Mas como esses contradissessem e o injuriassem, ele, sacudindo as vestes, disse-lhes: “O vosso sangue caia sobre a vossa cabeça! Tenho as mãos inocentes. Desde agora vou para o meio dos gentios”.
7 Saindo dali, entrou em casa de um prosélito, chamado Tício Justo, cuja casa era contígua à sinagoga.
8 Entretanto Crispo, o chefe da sinagoga, acreditou no Senhor com todos os da sua casa. Sabendo disso, muitos dos coríntios, ouvintes de Paulo, acreditaram e foram batizados.
Palavra do Senhor.
Salmo responsorial 97/98
O Senhor fez conhecer seu poder salvador
perante as nações.


Cantai ao Senhor Deus um canto novo,
porque ele fez prodígios!
Sua mão e o seu braço forte e santo
alcançaram-lhe a vitória.

O Senhor fez conhecer a salvação
e, às nações, sua justiça;
recordou o seu amor sempre fiel
pela casa de Israel.

Os confins do universo contemplaram
a salvação do nosso Deus.
Aclamai o Senhor Deus, ó terá inteira,
alegrai-vos e exultai!
Evangelho (João 16,16-20)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Eu não vos deixarei órfãos: eu irei, mas voltarei, e o vosso coração muito há de se alegrar (Jo 14,18).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
16 16 Jesus disse: “Ainda um pouco de tempo, e já me não vereis; e depois mais um pouco de tempo, e me tornareis a ver, porque vou para junto do Pai”.
17 Nisso alguns dos seus discípulos perguntavam uns aos outros: “Que é isso que ele nos diz: ‘Ainda um pouco de tempo, e não me vereis; e depois mais um pouco de tempo, e me tornareis a ver?’ E que significa também: ‘Eu vou para o Pai?’”
18 Diziam então: “Que significa este pouco de tempo de que fala? Não sabemos o que ele quer dizer”.
19 Jesus notou que lho queriam perguntar e disse-lhes: “Perguntais uns aos outros acerca do que eu disse: ‘Ainda um pouco de tempo, e não me vereis; e depois mais um pouco de tempo, e me tornareis a ver’.
20 Em verdade, em verdade vos digo: haveis de lamentar e chorar, mas o mundo se há de alegrar. E haveis de estar tristes, mas a vossa tristeza se há de transformar em alegria”.
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
UM POUCO DE TEMPO
Os discípulos ficaram cheios de dúvidas diante da expressão enigmática de Jesus: "um pouco de tempo". Por um pouco de tempo, não veriam o Mestre; mais outro pouco de tempo, e voltariam a vê-lo, pois estava indo para o Pai.
As palavras de Jesus são dirigidas a todos quantos haveriam de aderir a ele pela fé. Portanto, a um grupo maior do que o presente na última ceia. A questão do "ver" diz respeito a todos os cristãos.
Durante a sua existência terrena, os discípulos puderam "ver" Jesus, na sua expressão histórica. Foi o tempo da convivência humana com ele. A morte que se aproximava poria fim a esta experiência de proximidade. Algo de novo estava para acontecer: haveriam de ver novamente o Mestre, mas de maneira muito diferente. Como?
A fidelidade do Pai era algo inquestionável para Jesus. Ele estava indo para o Pai, e tinha consciência de que o Pai não permitiria o fracasso de seu projeto de salvação. Isto aconteceu concretamente com a ressurreição, que permitiu a Jesus continuar presente em meio aos discípulos. O Ressuscitado tornou-se, assim, o centro da vida da comunidade.
Ele continuou também a fazer-se presente, na história humana, na vida dos homens e das mulheres que o acolheram na fé. Além disso, Jesus pode ser visto no testemunho de fidelidade a Deus e de amor arraigado ao próximo dado pelos cristãos de todos os tempos.

Oração
Pai, que o meu testemunho de vida cristã seja tal, que as pessoas possam "ver" Jesus nas minhas palavras e nos meus gestos de amor ao próximo.

(O comentário litúrgico é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Sobre as oferendas
Subam até vós, ó Deus, as nossas preces com estas oferendas para o sacrifício, a fim de que, purificados por vossa bondade, correspondamos cada vez melhor aos sacramentos do vosso amor. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: Eis que estou convosco todos os dias até o fim dos tempos, aleluia! (Mt 28,20)
Depois da comunhão
Deus eterno e todo-poderoso, que, pela ressurreição de Cristo, nos renovais para a vida eterna, fazei frutificar em nós o sacramento pascal e infundi em nossos corações a fortaleza desse alimento salutar. Por Cristo, nosso Senhor.)

Evangelho do Dia

Ano A - 29 de maio de 2014

João 16,16-20

Aleluia, aleluia, aleluia.
Eu não vos deixarei órfãos: eu irei, mas voltarei, e o vosso coração muito há de se alegrar (Jo 14,18).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
16 16 Jesus disse: “Ainda um pouco de tempo, e já me não vereis; e depois mais um pouco de tempo, e me tornareis a ver, porque vou para junto do Pai”.
17 Nisso alguns dos seus discípulos perguntavam uns aos outros: “Que é isso que ele nos diz: ‘Ainda um pouco de tempo, e não me vereis; e depois mais um pouco de tempo, e me tornareis a ver?’ E que significa também: ‘Eu vou para o Pai?’”
18 Diziam então: “Que significa este pouco de tempo de que fala? Não sabemos o que ele quer dizer”.
19 Jesus notou que lho queriam perguntar e disse-lhes: “Perguntais uns aos outros acerca do que eu disse: ‘Ainda um pouco de tempo, e não me vereis; e depois mais um pouco de tempo, e me tornareis a ver’.
20 Em verdade, em verdade vos digo: haveis de lamentar e chorar, mas o mundo se há de alegrar. E haveis de estar tristes, mas a vossa tristeza se há de transformar em alegria”.
Palavra da Salvação.

Comentário do Evangelho
UM POUCO DE TEMPO
Os discípulos ficaram cheios de dúvidas diante da expressão enigmática de Jesus: "um pouco de tempo". Por um pouco de tempo, não veriam o Mestre; mais outro pouco de tempo, e voltariam a vê-lo, pois estava indo para o Pai.
As palavras de Jesus são dirigidas a todos quantos haveriam de aderir a ele pela fé. Portanto, a um grupo maior do que o presente na última ceia. A questão do "ver" diz respeito a todos os cristãos.
Durante a sua existência terrena, os discípulos puderam "ver" Jesus, na sua expressão histórica. Foi o tempo da convivência humana com ele. A morte que se aproximava poria fim a esta experiência de proximidade. Algo de novo estava para acontecer: haveriam de ver novamente o Mestre, mas de maneira muito diferente. Como?
A fidelidade do Pai era algo inquestionável para Jesus. Ele estava indo para o Pai, e tinha consciência de que o Pai não permitiria o fracasso de seu projeto de salvação. Isto aconteceu concretamente com a ressurreição, que permitiu a Jesus continuar presente em meio aos discípulos. O Ressuscitado tornou-se, assim, o centro da vida da comunidade.
Ele continuou também a fazer-se presente, na história humana, na vida dos homens e das mulheres que o acolheram na fé. Além disso, Jesus pode ser visto no testemunho de fidelidade a Deus e de amor arraigado ao próximo dado pelos cristãos de todos os tempos.

Oração
Pai, que o meu testemunho de vida cristã seja tal, que as pessoas possam "ver" Jesus nas minhas palavras e nos meus gestos de amor ao próximo.

(O comentário litúrgico é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Leitura
Atos 18,1-8
Leitura dos Atos dos Apóstolos.
18 1 Depois disso, saindo de Atenas, Paulo dirigiu-se a Corinto.
2 Encontrou ali um judeu chamado Áquila, natural do Ponto, e sua mulher Priscila. Eles pouco antes haviam chegado da Itália, por Cláudio ter decretado que todos os judeus saíssem de Roma. Paulo uniu-se a eles.
3 Como exercessem o mesmo ofício, morava e trabalhava com eles. (Eram fabricantes de tendas.)
4 Todos os sábados ele falava na sinagoga e procurava convencer os judeus e os gregos.
5 Quando Silas e Timóteo chegaram da Macedônia, Paulo dedicou-se inteiramente à pregação da palavra, dando aos judeus testemunho de que Jesus era o Messias.
6 Mas como esses contradissessem e o injuriassem, ele, sacudindo as vestes, disse-lhes: “O vosso sangue caia sobre a vossa cabeça! Tenho as mãos inocentes. Desde agora vou para o meio dos gentios”.
7 Saindo dali, entrou em casa de um prosélito, chamado Tício Justo, cuja casa era contígua à sinagoga.
8 Entretanto Crispo, o chefe da sinagoga, acreditou no Senhor com todos os da sua casa. Sabendo disso, muitos dos coríntios, ouvintes de Paulo, acreditaram e foram batizados.
Palavra do Senhor.
Salmo 97/98
O Senhor fez conhecer seu poder salvador
perante as nações.


Cantai ao Senhor Deus um canto novo,
porque ele fez prodígios!
Sua mão e o seu braço forte e santo
alcançaram-lhe a vitória.

O Senhor fez conhecer a salvação
e, às nações, sua justiça;
recordou o seu amor sempre fiel
pela casa de Israel.

Os confins do universo contemplaram
a salvação do nosso Deus.
Aclamai o Senhor Deus, ó terá inteira,
alegrai-vos e exultai!
Oração
Ó Deus, que fizestes o vosso povo participar da vossa redenção, concedei que nos alegremos constantemente com a ressurreição do Senhor. Que convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo.

A cidade dos sonhos de Francisco


Como nos deixou sensibilizados e edificados o Sumo Pontífice, na sua viagem à Terra Santa.
Por Geovane Saraiva*
A vida é um mistério belíssimo, de tão extraordinária que é, Deus quis que existíssemos por sua vontade, numa estreita e íntima relação terna, afetuosa e paternal, entre nós e Deus. A iniciativa, nesse contexto, de nos convidar para uma realidade profundamente harmoniosa, parte dele: "Eis que estou à porta e bato. Se alguém escutar a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei como ele, e ele comigo” (Ap 6, 30-31). Da nossa parte, temos como tarefa reavivar o entusiasmo, dom e graça do nosso bom Deus, por tudo que dele provém, não o decepcionando durante a vida.

Esta vida é curta e passageira. “O homem é como um sopro, os seus dias, como uma sombra que passa” (Sl 144, 4). É claro que moramos em cidades e por vontade do Criador e Pai, a exemplo do Apóstolo dos gentios, do papa Francisco, de Dom Hélder Câmara e de inúmeros homens de Deus, sonhamos com a cidade celeste, a Jerusalém do Alto. Recordamos o grande Santo Agostinho, na sua imortal obra, A cidade de Deus, na qual nos assegura que “dois amores fundaram duas cidades, a saber: O amor próprio, levado ao desprezo a Deus, a terrena e o amor a Deus, levado ao desprezo de si próprio, a celestial”.

Como nos deixou sensibilizados e edificados o Sumo Pontífice, na sua viagem à Terra Santa, como peregrino da concórdia e da paz, nos gestos grandiosos e magnânimos. Dentro do plano salvífico de Deus ao salvar a humanidade, após visitar o lugar de batismo de Jesus, em Betânia no além Jordão, Francisco escreveu uma dedicatória do próprio punho no Livro de Honra, a saber: “Despojados a alma e os pés se aproximaram do batismo doze tribos de Israel; Peço a Deus onipotente e misericordioso Que nos ensine a todos a caminhar na sua presença com a alma e os pés descalços e o coração aberto à misericórdia divina no amor pelos irmãos. Assim, Deus será tudo em todos e reinará a paz. Obrigado por oferecerem à humanidade este lugar de testemunho".

“Que alegria quando ouvi que me disseram: Vamos à casa do senhor. Jerusalém, cidade bem edificada num conjunto harmonioso; para lá sobem as tribos de Israel, as tribos do Senhor” (Sl 121, 1-2). Que a humanidade deixe de lado o indiferentismo, para que, associada e sensibilizada com a força figura humana de Francisco, tenha sempre diante dos olhos, na mente e no coração suas palavras seguras e proféticas: “Não nos cansemos de buscar a paz, disse ao Presidente de Israel, Shimon Peres. A construção da paz exige, antes de qualquer coisa, o respeito pela liberdade e a dignidade de cada pessoa humana. Renovo os meus votos de que se evitem, por parte de todos, iniciativas e ações que contradizem a declarada vontade de chegar a um verdadeiro acordo e de que não nos cansemos de buscar a paz com determinação e coerência”.

Deus nos dê sempre mais a graça de aprender com o papa Francisco, quando afirmou que o conflito é inaceitável, também nas palavras conjuntas dele e do Patriarca de Constantinopla, Bartolomeu I, suplicando a unidade: "Mesmo sendo plenamente conscientes de não ter alcançado a meta da plena comunhão, confirmamos hoje nosso compromisso de avançar juntos para aquela unidade pela qual Cristo Nosso Senhor orou ao Pai, para que todos sejam um". Não podemos esquecer seu coração tomado de sensibilidade diante do Muro das Lamentações: "Minha peregrinação não seria completa se não incluísse também o encontro com as pessoas e as comunidades que vivem nesta terra e por isto fico feliz de poder estar com vocês, amigos muçulmanos", dirigindo-se ao líder religioso islâmico, Mohamed Hussein.

Os conflitos, a ausência de paz e de concórdia perseguem a todos e a cada um, sem exceção. Peçamos a Deus que nos cumule de graças e virtudes indispensáveis, no sentido de vivermos o nosso batismo, despojando-nos do velho homem, inspirados na exortação do Apóstolo Paulo: “Tende vós os mesmos sentimentos que Cristo Jesus teve: Ele, que sendo de condição divina, não se apropriou ser igual a Deus...” (cf. Fl 2, 5-15), tão bem representado pelo Santo Padre, na sua generosa doação,  constantemente ofertada ao mundo.
* Geovane Saraiva é padre da Arquidiocese de Fortaleza, escritor, membro da Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza, da Academia de Letras dos Municípios do Estado Ceará (ALMECE) e Vice-Presidente da Previdência Sacerdotal - Pároco de Santo Afonso. É autor dos livros “O peregrino da Paz”, “Nascido Para as Coisas Maiores”, “A Ternura de um Pastor”, “A Esperança Tem Nome”, "Dom Helder: sonhos e utopias" e "25 Anos sobre Águas Sagradas”.

Qual a importância dos doentes na sociedade?


Eles estimulam nossa esperança e silenciosamente constroem o 'tempo do espírito'.
Por Dom Álgel Rubio*
Nos hospitais, clínicas, em muitas casas e em todas as famílias, encontramos pessoas que sofrem, pessoas doentes, que vivem a Paixão de Cristo em seu corpo e em seu espírito. Sua desafiadora realidade de dor e solidão, de dependência e de alterações psíquicas e físicas nos interpela e nos convida à caridade fraterna, à solidariedade com a sua dor ou o seu abandono.
O sofrimento faz parte da existência humana; extirpá-lo do mundo por completo não está em nossas mãos, simplesmente porque não podemos nos desprender das nossas limitações ao longo da nossa história pessoal.
Nossa sociedade destaca sobretudo os campeões, os que têm muito, os mais eficazes; e marginaliza quem não ganha, quem não produz, quem não é útil. Mas a Igreja reconhece os valores dos doentes, mostrando que eles não são membros passivos, mas ativos nela.
Os doentes nos ajudam a relativizar muitas coisas, nos evangelizam, estimulam nossa esperança e silenciosamente constroem o “tempo do espírito” como pedras vivas. Ao participar tão intimamente da Paixão de Cristo, eles realizam e completam a salvação que Jesus veio trazer.
A doença carrega inevitavelmente um momento de crise e de séria confrontação com a situação pessoal. Os progressos das ciências médicas proporcionam os meios necessários para enfrentar este desafio, pelo menos com relação aos aspectos físicos. No entanto, a vida humana tem seus limites intrínsecos e, cedo ou tarde, a morte chega.
Essa é uma experiência à qual todo ser humano está chamado e para a qual precisa estar preparado. Bento XVI nos recordava isso: "A Igreja deseja ajudar os doentes incuráveis e terminais, suscitando políticas sociais justas que possam contribuir para eliminar as causas de numerosas enfermidades e exortando a melhorar o cuidado reservado aos moribundos e àqueles que não dispõem de assistência médica”.
E continua: “É necessário promover políticas que criem condições em que os seres humanos possam viver de maneira digna também as doenças incuráveis e a morte. Agora, é preciso ressaltar novamente a necessidade de mais centros de cura paliativa, que ofereçam cuidados integrais, proporcionando assim aos enfermos a assistência humana e o acompanhamento espiritual de que precisam. Trata-se de um direito que pertence a cada ser humano, e todos nós temos o dever de nos comprometermos em defendê-lo”.
Uma das grandes obras de misericórdia é visitar os doentes, ajuda-los a viver com qualidade de pessoas a partir da própria doença; fazê-los ver que, como Jesus, nós nos aproximamos deles para que tenham vida, e a tenham em abundância. Com nossas obras de caridade, podemos transformar toda a civilização humana na civilização do amor.
Levando em consideração a condição dos que não podem ir até os lugares de culto por motivos de saúde ou idade, é preciso garantir a assistência espiritual aos doentes, tanto aos que estão em sua casa como aos que estão hospitalizados. É necessário procurar que esses irmãos e irmãs nossos possam receber com frequência a comunhão sacramental.
Ao reforçar, assim, a relação com Cristo crucificado e ressuscitado, eles poderão sentir sua própria vida integrada plenamente na vida e missão daIgreja, mediante a oferenda do próprio sofrimento em união com o sacrifício de nosso Senhor.
A12, 28-05-2014.
*Carta de Dom Álgel Rubio, publicada pela agência SIC.

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Liturgia Diária

Dia 28 de Maio - Quarta-feira

VI SEMANA DA PÁSCOA *
(Branco – Ofício do dia)

Antífona da entrada: Senhor, eu vos louvarei entre os povos, anunciarei vosso nome aos meus irmãos, aleluia! (Sl 17,50; 21,23)
Oração do dia
Ó Deus, ao celebrarmos solenemente a ressurreição do vosso filho, concedei que nos alegremos com todos os santos quando ele vier na sua glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Atos 17,15.22-18,1)
Leitura dos Atos dos apóstolos.
17 15 Os que conduziam Paulo levaram-no até Atenas. De lá voltaram e transmitiram para Silas e Timóteo a ordem de que fossem ter com ele o mais cedo possível.
22 Paulo, em pé no meio do Areópago, disse: “Homens de Atenas, em tudo vos vejo muitíssimo religiosos.
23 Percorrendo a cidade e considerando os monumentos do vosso culto, encontrei também um altar com esta inscrição: ‘A um Deus desconhecido’. O que adorais sem o conhecer, eu vo-lo anuncio!
24 O Deus, que fez o mundo e tudo o que nele há, é o Senhor do céu e da terra, e não habita em templos feitos por mãos humanas.
25 Nem é servido por mãos de homens, como se necessitasse de alguma coisa, porque é ele quem dá a todos a vida, a respiração e todas as coisas.
26 Ele fez nascer de um só homem todo o gênero humano, para que habitasse sobre toda a face da terra. Fixou aos povos os tempos e os limites da sua habitação.
27 Tudo isso para que procurem a Deus e se esforcem por encontrá-lo como que às apalpadelas, pois na verdade ele não está longe de cada um de nós.
28 Porque é nele que temos a vida, o movimento e o ser, como até alguns dos vossos poetas disseram: Nós somos também de sua raça...
29 Se, pois, somos da raça de Deus, não devemos pensar que a divindade é semelhante ao ouro, à prata ou à pedra lavrada por arte e gênio dos homens.
30 Deus, porém, não levando em conta os tempos da ignorância, convida agora a todos os homens de todos os lugares a se arrependerem.
31 Porquanto fixou o dia em que há de julgar o mundo com justiça, pelo ministério de um homem que para isso destinou. Para todos deu como garantia disso o fato de tê-lo ressuscitado dentre os mortos”.
32 Quando o ouviram falar de ressurreição dos mortos, uns zombavam e outros diziam: “A respeito disso te ouviremos outra vez”.
33 Assim saiu Paulo do meio deles.
34 Todavia, alguns homens aderiram a ele e creram: entre eles, Dionísio, o areopagita, e uma mulher chamada Dâmaris; e com eles ainda outros.
18 1 Depois disso, saindo de Atenas, Paulo dirigiu-se a Corinto.
Palavra do Senhor.
Salmo responsorial 148
Da vossa glória estão cheios o céu e a terra.

Louvai o Senhor Deus nos altos céus,
louvai-o no excelso firmamento!
Louvai-o, anjos seus, todos louvai-o,
louvai-o, legiões celestiais!

Reis da terra, povos todos, bendizei-o,
e vós, príncipes e todos os juízes;
e vós, jovens, e vós moças e rapazes,
anciãos e criancinhas, bendizei-o!

Louvem o nome do Senhor, louvem-no todos,
porque somente o seu nome é excelso!
A majestade e esplendor de sua glória
ultrapassam em grandeza o céu e a terra.

Ele exaltou seu povo eleito em poderio,
ele é o motivo de louvor para os seus santos.
é um hino para os filhos de Israel,
este povo que ele ama e lhe pertence.
Evangelho (João 16,12-15)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Rogarei ao meu Pai e ele há de enviar-vos um outro paráclito, que há de permanecer eternamente convosco (Jo 14,16).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
16 12 Assim falou Jesus: “Muitas coisas ainda tenho a dizer-vos, mas não as podeis suportar agora.
13 Quando vier o Paráclito, o Espírito da Verdade, ensinar-vos-á toda a verdade, porque não falará por si mesmo, mas dirá o que ouvir, e anunciar-vos-á as coisas que virão.
14 Ele me glorificará, porque receberá do que é meu, e vo-lo anunciará.
15 Tudo o que o Pai possui é meu. Por isso, disse: Há de receber do que é meu, e vo-lo anunciará”.
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
SEM MEDO DE SER ODIADO
O Mestre Jesus procurou consolar e encorajar os seus discípulos diante da perspectiva do ódio e da perseguição. Sem criar neles o complexo de vítima, levou-os a encarar o futuro, com realismo: assim como o seu testemunho despertou a fúria de seus adversários, o mesmo aconteceria com os seus enviados.
Que tipo de personalidade pressupõe-se que o discípulo deva ter, se considerarmos as palavras de Jesus?
Antes de tudo, o discípulo deve ser alguém inabalavelmente comprometido com o Mestre, colocando-o como centro de sua vida, e com o Reino. Supõe-se que deva possuir uma personalidade destemida, se não audaciosa, alheia às influências negativas e pessimistas, perspicaz para detectar e denunciar as artimanhas do maligno, precavendo-se delas, predisposta a testemunhar a sua fé até o martírio, se for o caso.
Sem isto, o discípulo não terá a mínima condição de defrontar-se com o mundo, e sair vitorioso. Sua vida será sempre uma batalha, pois foi arrancado do mundo. Por isso, o mundo não o perdoa. Sua missão consistirá em desmontar as estruturas contrárias ao projeto de Deus, saneando-as com o amor e a justiça. Seu destino será como Jesus: levar adiante esta luta sem tréguas, da qual deverá sair vencedor.
Basta ao discípulo contemplar a vida do Mestre, e, por ela, pautar a sua.

Oração
Espírito de encorajamento, diante da perspectiva de ser odiado e perseguido, reveste-me de coragem, para eu não permitir que as forças do mal tenham poder sobre mim.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês).
Sobre as oferendas
Ó Deus, que, pelo sublime diálogo deste sacrifício, nos fazeis participar de vossa única e suprema divindade, concedei que, conhecendo vossa verdade, lhe sejamos fiéis por toda a vida. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: Diz o Senhor: Fui eu que vos escolhi do mundo e enviei para produzirdes fruto e o vosso fruto permaneça, aleluia! (Jo 15,16.19)
Depois da comunhão
Ó Deus de bondade, permanecei junto ao vosso povo e fazei passar da antiga à nova via aqueles a quem concedestes a comunhão nos vossos mistérios. Por Cristo, nosso Senhor.


MEMÓRIA FACULTATIVA

BEATO LUDOVICO PAVONI
(Branco – Ofício da Memória)

Oração do dia: Ó Deus, que escolhestes o bem-aventurado Ludovico Pavoni, sacerdote, inflamado de caridade evangélica, como pai dos adolescentes e mestre da doutrina cristã, concedei-nos, benignamente, por sua intercessão, seguir seu exemplo, animados pelo mesmo espírito. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Sobre as oferendas: Sejam aceitos por vós, ó Pai clementíssimo, estes dons, como aceitastes a oferta do bem-aventurado Ludovico Pavoni, sacerdote, que, com a maior alegria, vos consagrou a sua vida para o bem dos irmãos. Por Cristo, nosso Senhor.
Depois da comunhão: Nutridos com o pão do céu, nós vos suplicamos, Senhor: imitando os exemplos do bem-aventurado Ludovico Pavoni, sacerdote, possamos também nós realizar os desígnios da vossa divina providência. Por Cristo, nosso Senhor.
Santo do Dia / Comemoração (BEATO LUDOVICO PAVONI):

Evangelho do Dia

Ano A - 28 de maio de 2014

João 16,12-15

Aleluia, aleluia, aleluia.
Rogarei ao meu Pai e ele há de enviar-vos um outro paráclito, que há de permanecer eternamente convosco (Jo 14,16).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
16 12 Assim falou Jesus: “Muitas coisas ainda tenho a dizer-vos, mas não as podeis suportar agora.
13 Quando vier o Paráclito, o Espírito da Verdade, ensinar-vos-á toda a verdade, porque não falará por si mesmo, mas dirá o que ouvir, e anunciar-vos-á as coisas que virão.
14 Ele me glorificará, porque receberá do que é meu, e vo-lo anunciará.
15 Tudo o que o Pai possui é meu. Por isso, disse: Há de receber do que é meu, e vo-lo anunciará”.
Palavra da Salvação.

Comentário do Evangelho
SEM MEDO DE SER ODIADO
O Mestre Jesus procurou consolar e encorajar os seus discípulos diante da perspectiva do ódio e da perseguição. Sem criar neles o complexo de vítima, levou-os a encarar o futuro, com realismo: assim como o seu testemunho despertou a fúria de seus adversários, o mesmo aconteceria com os seus enviados.
Que tipo de personalidade pressupõe-se que o discípulo deva ter, se considerarmos as palavras de Jesus?
Antes de tudo, o discípulo deve ser alguém inabalavelmente comprometido com o Mestre, colocando-o como centro de sua vida, e com o Reino. Supõe-se que deva possuir uma personalidade destemida, se não audaciosa, alheia às influências negativas e pessimistas, perspicaz para detectar e denunciar as artimanhas do maligno, precavendo-se delas, predisposta a testemunhar a sua fé até o martírio, se for o caso.
Sem isto, o discípulo não terá a mínima condição de defrontar-se com o mundo, e sair vitorioso. Sua vida será sempre uma batalha, pois foi arrancado do mundo. Por isso, o mundo não o perdoa. Sua missão consistirá em desmontar as estruturas contrárias ao projeto de Deus, saneando-as com o amor e a justiça. Seu destino será como Jesus: levar adiante esta luta sem tréguas, da qual deverá sair vencedor.
Basta ao discípulo contemplar a vida do Mestre, e, por ela, pautar a sua.

Oração
Espírito de encorajamento, diante da perspectiva de ser odiado e perseguido, reveste-me de coragem, para eu não permitir que as forças do mal tenham poder sobre mim.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês).
Leitura
Atos 17,15.22-18,1
Leitura dos Atos dos apóstolos.
17 15 Os que conduziam Paulo levaram-no até Atenas. De lá voltaram e transmitiram para Silas e Timóteo a ordem de que fossem ter com ele o mais cedo possível.
22 Paulo, em pé no meio do Areópago, disse: “Homens de Atenas, em tudo vos vejo muitíssimo religiosos.
23 Percorrendo a cidade e considerando os monumentos do vosso culto, encontrei também um altar com esta inscrição: ‘A um Deus desconhecido’. O que adorais sem o conhecer, eu vo-lo anuncio!
24 O Deus, que fez o mundo e tudo o que nele há, é o Senhor do céu e da terra, e não habita em templos feitos por mãos humanas.
25 Nem é servido por mãos de homens, como se necessitasse de alguma coisa, porque é ele quem dá a todos a vida, a respiração e todas as coisas.
26 Ele fez nascer de um só homem todo o gênero humano, para que habitasse sobre toda a face da terra. Fixou aos povos os tempos e os limites da sua habitação.
27 Tudo isso para que procurem a Deus e se esforcem por encontrá-lo como que às apalpadelas, pois na verdade ele não está longe de cada um de nós.
28 Porque é nele que temos a vida, o movimento e o ser, como até alguns dos vossos poetas disseram: Nós somos também de sua raça...
29 Se, pois, somos da raça de Deus, não devemos pensar que a divindade é semelhante ao ouro, à prata ou à pedra lavrada por arte e gênio dos homens.
30 Deus, porém, não levando em conta os tempos da ignorância, convida agora a todos os homens de todos os lugares a se arrependerem.
31 Porquanto fixou o dia em que há de julgar o mundo com justiça, pelo ministério de um homem que para isso destinou. Para todos deu como garantia disso o fato de tê-lo ressuscitado dentre os mortos”.
32 Quando o ouviram falar de ressurreição dos mortos, uns zombavam e outros diziam: “A respeito disso te ouviremos outra vez”.
33 Assim saiu Paulo do meio deles.
34 Todavia, alguns homens aderiram a ele e creram: entre eles, Dionísio, o areopagita, e uma mulher chamada Dâmaris; e com eles ainda outros.
18 1 Depois disso, saindo de Atenas, Paulo dirigiu-se a Corinto.
Palavra do Senhor.
Salmo 148
Da vossa glória estão cheios o céu e a terra.

Louvai o Senhor Deus nos altos céus,
louvai-o no excelso firmamento!
Louvai-o, anjos seus, todos louvai-o,
louvai-o, legiões celestiais!

Reis da terra, povos todos, bendizei-o,
e vós, príncipes e todos os juízes;
e vós, jovens, e vós moças e rapazes,
anciãos e criancinhas, bendizei-o!

Louvem o nome do Senhor, louvem-no todos,
porque somente o seu nome é excelso!
A majestade e esplendor de sua glória
ultrapassam em grandeza o céu e a terra.

Ele exaltou seu povo eleito em poderio,
ele é o motivo de louvor para os seus santos.
é um hino para os filhos de Israel,
este povo que ele ama e lhe pertence.
Oração
Ó Deus, ao celebrarmos solenemente a ressurreição do vosso filho, concedei que nos alegremos com todos os santos quando ele vier na sua glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Festa em homenagem a Frei Damião começa nesta quinta-feira


LILITHOs 17 anos da morte de Frei Damião, o Apóstolo do Nordeste, serão celebrados pelos frades capuchinhos no Convento de São Félix de Cantalice, no bairro do Pina. A comemoração acontecendo dia 29 de maio a 1ª de junho.
Durante os quatro dias de evento, os romeiros e fiéis participarão de várias atividades religiosas, como: missas, vigílias, bênçãos e procissão. Segundo o frei Jociel Gomes, Vice-Postulador da Causa de Frei Damião, a expectativa do público durante todos os dias do evento é de  100 mil pessoas.
A abertura da Festa de Frei Damião, na quinta-feira (29), acontece com uma missa na Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário do Pina. Em seguida, será realizada a Procissão luminosa com o Santíssimo Sacramento até o Convento de São Félix.
O momento mais esperado pelos fiéis será o domingo (1) quando acontece logo de manhã, às 8 horas, o show do padre Antônio Maria. Logo depois será celebrada a  Missa solene da Santíssima Trindade, presidida, este ano, pelo arcebispo de Vitória da Conquista-BA, Dom Luís Gonzaga Silva Pepeu, OFMCap.
PROGRAMAÇÃO
Quinta-feira (29/05)
19h – Missa de abertura da festa na Igreja Matriz de N. Sra. do Rosário do Pina.
Presidente: Dom Fernando Saburido, OSB (Arcebispo de Olinda e Recife).
Procissão luminosa com o Santíssimo Sacramento até o Convento São Félix.
Louvor com Frei Damião Silva.
Sexta-feira (30/05)
Missas às 6h e 11h
Bênção de São Félix (dia todo)
Atendimento às Confissões (dia todo)
17h – Missa presidida por Frei Marconi Lins, OFM (ministro provincial)
Sábado (31/05)
Aniversário de morte de Frei Damião (17 anos)
6h– Missa
16h30- Ofício de Nossa Senhora
17h- Missa Presidida por Dom Paulo Cardoso, OC (bispo emérito de Petrolina-PE)
20h- Apresentação Cultural
Domingo (01/06)
Solenidade da Ascensão do Senhor
4h – Alvorada festiva e orações marianas
6h- Missa
8h- Louvor com o padre Antônio Maria
10h – Missa solene presidida por Dom Severino B. de França (bispo de Nazaré-PE)
14h – Missa presidida por Frei Francisco Barreto OFMCap. (ministro provincial)
17h – Missa presidida por Dom Magnus H. Lopes (bispo de Salgueiro- PE)
SERVIÇO:
Frades Capuchinhos
Convento São Félix de Cantalice
Rua José Rodrigues, 160 – Pina
Próximo ao antigo Aeroclube
Fonte: Assessoria de Comunicação da Festa de Frei Damião

A juventude e o desafio do matrimônio


Jovens, não tenham medo de fazer escolhas definitivas. Para formar uma família, é preciso coragem.
Por Dom Anuar Battisti*
No trabalho com a juventude, percebe-se uma grande atração pela novidade. A rotina e a mesmice não atraem a atenção e nem mesmo fazem os jovens sair da mesmice e da rotina em que vivem. Não querem a novidade pela novidade e sim a novidade que leva ao compromisso carregado de desafios. Ao lado da busca do novo, também existe uma grande tentação em permanecer no imediato, no prazeroso, fugaz, momentâneo.
A paciência em esperar, crescer e ver os frutos do trabalho, parece impossível, porque a velocidade da técnica faz com que tudo seja imediato. O mundo da juventude hoje é o mundo do transitório, do aqui e agora, do momentâneo, por isso as palavras "permanente", "para sempre", "por toda a vida" assustam e causa medo.
Nessa última sexta-feira (23), vivemos um fato histórico em nossa Arquidiocese. Quatro jovens assumiram para sempre o compromisso de doar a própria vida para servir. Na entrega total a exemplo de Jesus e Bom Pastor, se prepararam durante sete anos de estudos, experiências pastorais, convivência em comunidade, para dar um sim definitivo na vida consagrada.
Esses jovens vieram das famílias, famílias com todas as alegrias e tristezas, formam educados nos ambientes normais, viveram e se integraram nas comunidades paroquiais e nestes ambientes sentiram o chamado.
A resposta foi construída a cada etapa da formação, entre dúvidas e certezas, entre o medo e a beleza do ministério, foram capazes de chegar e ao mesmo tempo sair em missão, para servir e dar a vida para sempre.
Jovens, não tenham medo de fazer escolhas definitivas! Também para formar uma família, é preciso ter coragem. Mais do que nunca a falta de fidelidade é o que mais ameaça a vida a dois.
O papa Francisco dizia aos jovens: “O matrimônio é uma verdadeira vocação, assim como o sacerdócio e a vida religiosa. Dois cristãos que se casam reconheceram em sua história de amor o chamado do Senhor, a vocação a se tornarem de dois, homem e mulher, uma só carne, uma só vida. O Sacramento do Matrimônio envolve esse amor com a graça de Deus, enraíza essa união no próprio Deus."
A complexidade do mundo moderno, marcadamente voltada para satisfazer o indivíduo, e a sua privacidade, os seus gostos e desejos, descarta em segundo ou terceiro plano a necessidade de ser feliz fazendo o outro feliz antes de tudo.
Na vocação presbiteral, como na vocação matrimonial, o fundamental está em amar e dar a vida. É uma entrega para ser mais, doando. O meu senhor é o outro; o dono da minha vida é alguém pelo qual decidi doar a vida.
Nesta perspectiva, está o sentido de uma escolha definitiva. O “eu” deu lugar para ao “tu” e na medida que este compromisso se trona realidade, encontra-se o sentido de ter deixado tudo.
O Consagrado e a consagrada são pessoas que vivem aqui o eterno. A experiência do paraíso, não é outra coisa do que viver para sempre a reciprocidade de amar e ser amado, sem esperar nada em troca. Tanto o casado como o consagrado pode antecipar, aqui e agora a experiência do céu.
A Igreja louva e agradece a Deus pelo chamado dos jovens, que souberam reconhecer a voz interior e responder com coragem e generosidade. Ao mesmo tempo vamos continuar rezando como Jesus pediu: “Enviai, Senhor, operários a Vossa messe, pois a messe é grande e os operários são poucos” (Mt 9,37). Rezemos e muito, pelas vocações e pelas famílias, principalmente pela perseverança de todos nós até o fim. Deus abençoe você e sua família!
CNBB, 27-05-2014.
*Dom Anuar Battisti é arcebispo de Maringá (PR).

O mandamento 11: honrar as crianças


O que um pai aprendeu do filho sobre a vida.
Por William Van Ornum

Como todos os pais sabem, qualquer acontecimento pode desencadear a torrente das nossas lembranças. Algumas semanas atrás, eu estava imobilizado em uma sala de emergência, refém do cateter. Meu filho de 29 anos, que tem síndrome de Down, considerou que o meu estado de incapacidade me manteria ocupado e impedido de dizer "não" aos seus planos de explorar o hospital.

Duas horas mais tarde, quando eu já estava ficando realmente preocupado com o seu sumiço, ele voltou com um sorriso enorme. Tinha ido até a cafeteria fazer um lanche, que incluiu pelo menos duas fatias de bolo. Depois, foi para o laboratório, onde se apresentou a todos na esperança de encontrar um amigo que trabalhava por lá. Finalmente, subiu até o sétimo andar para explorar a unidade de neurocirurgia ("Pai, eu queria ver onde eles trabalham com os cérebros").

Lembranças de vinte anos atrás, quando o paciente era ele, voltaram de repente. Estávamos em outra sala de emergência e meu filho delirava com uma febre de 40 graus. Os médicos tentavam segurá-lo para enfiar uma agulha em seu pulso. "Socorro! Abuso! Abuso!".
Alguns seguranças chegaram correndo. Mas foi bom, para mim, constatar que ele sabia muito bem como conseguir ajuda...

Com alguma experiência em situações hospitalares caóticas, eu pedi ajuda a nada menos que quatro médicos para segurarem, cada um, com cuidado e com firmeza, as pernas e braços do meu filho. Apoiei a cabeça dele nas minhas mãos e sussurrei: "Agora nós temos que descobrir que tipo de germe está deixando você doente. Os médicos vão ter que colocar uma agulha no seu pulso. Vai doer. Vai doer mais do que qualquer dor que você já sentiu. Mas, se não fizermos isso, os médicos não vão saber que tipo de remédio eles têm que dar para você melhorar".

Houve alguns gritos em alto e bom som e alguns gemidos incoerentes, mas tudo acabou bem. E os seguranças não vieram correndo dessa vez.

Duas semanas depois, um amigo psicólogo me deu a entender que eu tinha causado um transtorno de estresse pós-traumático no meu filho ao segurá-lo daquele jeito. E seria bom para mim, completou ele, participar de um grupo de apoio que me ajudasse a ser um pai melhor para uma criança com necessidades especiais...

Então eu perguntei ao meu filho: "O papai fez alguma coisa no hospital que deixou você chateado?".

"Sim", disse ele.

"O que foi que o papai fez?".

"Você me fez dividir os vídeos no quarto com as outras crianças quando eu estava ficando melhor. Eu queria os vídeos para mim".

"Você ficou chateado quando o papai ajudou os médicos a segurar você?".

"Não, papai, você tinha que descobrir sobre os germes malvados. Mas, da próxima vez, não deixe os outros pegarem os vídeos".

Um pensamento leva ao outro e eu me lembrei do nascimento dele, às 3 da manhã de uma festa de Halloween. Eu o segurava nos braços e dizia: "Meu Deus, o meu bebê tem síndrome de Down!". Não era uma queixa, e sim uma aceitação imediata, mas eu fui repreendido na hora por todos na sala de parto, porque os pais não têm experiência nessas coisas, não é?

Meu filho presta bastante atenção na igreja. Alguns anos atrás, o padre deu um sermão maravilhoso sobre o quarto mandamento, com muitas coisas boas para as crianças presentes na missa se lembrarem pela vida afora. Mas, depois, o meu filho foi se queixar com o padre: "Padre, por que o senhor não falou do mandamento onze?". O padre sorriu e perguntou qual era o "mandamento onze", esperando alguma resposta infantil daquele jovem com síndrome de Down.
"Honrar as crianças!".

Eu espero que isso não tenha levado ninguém a pensar que o meu filho não estava sendo bem tratado em casa, mas recebi mais do que uma... digamos... olhada crítica.

Eu sempre achei que a socialização e o controle dos impulsos eram duas das coisas prioritárias em que a escola precisava ajudar o meu filho. As notas dele eram sempre elogiadas, embora pudessem ser mais altas. Uma vez, fui chamado à escola.

"As notas do seu filho subiram de repente. É como se ele tivesse subido de nível em tudo. O que está acontecendo?".

"Meu Deus, eu não tenho ideia!".

E resolvi perguntar a ele, em casa. "Pai", ele me disse, "você botou meu irmão de castigo na semana passada por causa das notas. Eu não quero ficar de castigo como ele".

(Se você tiver em casa uma criança com necessidades especiais, certifique-se de que você tem as expectativas certas quanto ao rendimento dele: nem exigentes demais, nem frouxas demais. Alguns deles podem se sair com essas...).

É difícil, para mim, quando o meu filho está envolvido em atividades com seus colegas e com os pais deles. É que alguns dos outros jovens têm deficiências muito mais severas que o meu filho. Muitos têm dificuldades até para dizer as palavras mais simples. Outros têm sérios problemas motores, que os obrigam a usar cadeiras de rodas. Eu tento perguntar sobre as coisas boas que eles estão fazendo, em vez de ficar falando das realizações do meu filho.

Não reajo com muita paciência quando os outros, especialmente pessoas que eu acabei de conhecer, me perguntam o seguinte: "Qual é o planejamento de vocês para o futuro? Ele vai ficar em algum local especializado?". Eu não sei por quê, mas muita gente pergunta isso. Eu resmungo nervosamente por dentro. Estou prestes a responder à próxima pessoa que me perguntar isso: "Qual é o seu planejamento para quando o seu marido/mulher ficar velho? Você já escolheu um bom asilo?". Ainda não respondi isso porque seria grosseiro; talvez, seja até assunto para o confessionário.

Na semana passada, meu filho visitou, uma por uma, as minhas turmas na faculdade. Bateu papo com os alunos durante meia hora. Quando eu sugeri que era hora de terminar, ele se virou calmamente para a turma e disse: "Eu nem sempre dou bola para o que esse cara fala".

Todo mundo ficou chocado e alguns queixos até caíram, mas eu estou acostumado: já ouvi isso várias vezes.

"Ele é um grande bobo", prosseguiu meu filho, impassível. E completou: "Mas eu o amo muito!".
SIR

A estratégia de Francisco


Desde o começo do pontificado, o papa elegeu a estratégia dos gestos para abrir debates.
Por Washington Uranga*
Desde o começo de seu pontificado, Francisco elegeu a estratégia dos gestos para estabelecer temas, abrir debates, impulsionar perspectivas. E esses gestos são logo seguidos de iniciativas políticas com sentido estratégico. Os exemplos são abundantes. Disse que quer “uma Igreja pobre e dos pobres”. Sua primeira viagem foi a Lampedusa, para encontrar-se com os migrantes ilegais que brigam para entrar na Europa. Prega a austeridade, contudo também mostra austeridade pessoal em meio a um contexto vaticano que contradiz este olhar. Reafirma a ideia de colegialidade da Igreja e cria uma comissão de cardeais que, ultrapassando a formalidade da normativa eclesiástica, tem como atribuição pensar outras formas de governo da Igreja. “Façam bagunça”, foi o que disse aos jovens no Rio e ele mesmo “faz bagunça” quando deixa transcender mensagens pastorais que não se ajustam exatamente nas rígidas normas da instituição católica.

Pode-se concordar ou discordar com o papa Bergoglio, estar em acordo ou não com sua perspectiva sobre o mundo e a Igreja. Porém é inquestionável que Francisco é um eclesiástico que sabe lidar com os gestos e também o com os tempos e a arte da política, que tem objetivos e que está disposto a cumpri-los passo a passo, com uma disciplina estratégica, com habilidade política (que também inclui o fator surpresa) e o sentido da oportunidade.

A viagem a Terra Santa não escapa desta lógica. A imagem de Francisco com a cabeça apoiada sobre o muro que cerca Belém, no mesmo lugar que os palestinos reivindicam com pichações sua ânsia por liberdade, não pode ser pensado, de maneira alguma, como resultado de um improviso ou uma inspiração do momento. Não estava no itinerário oficial, mas pode-se ter certeza, sem medo de errar, que Bergoglio imaginou esse instante, refletiu sobre ele e o executou com perfeição.

Talvez até sonhou (e programou) a reza conjunta e o quadro resultante frente ao Muro das Lamentações ao lado de seus amigos argentinos, o rabino Abraham Skorka e o muçulmano Omar Abboud. A exclamação com que os três selaram esse momento (“Nós fizemos!”) fala, nitidamente, do propósito que os levou até ali.

Toda a viagem esteve marcada por alguns objetivos chaves: instalar o tema da paz com justiça, sustentado pelo diálogo com a diferença, e consolidar o papel que as grandes religiões podem ter para a paz no mundo, em todos os cenários. Mesmo nos mais conflituosos e onde tudo parece ser difícil. Para isso utilizou todas as suas habilidades para dizer e fixar posição, sem ferir os sentimentos de interlocutores sensibilizados. Nesse cenário, Francisco também escolheu uma estratégia discursiva: no lugar de julgar, repreender e advertir, optou por sempre pregar a força do diálogo e centrar, nesta habilidade dos homens, a possibilidade de superar as diferenças.

Cinquenta anos atrás, Paulo VI chegou a Terra Santa para fomentar o diálogo entre as religiões. Francisco está covencido de que no mundo atual as grandes religiões têm que ter um papel fundamental para construir e consolidar a paz. A viagem a Terra Santa se inscreve neste propósito. Objetivo que o Papa também traduziu em ações concretas como sua participação ativa no caso da Síria e agora na proposta para comprometer aos presidentes palestino e israelense, Mahmud Abbas e Shimon Peres, para irem ao Vaticano para “rezarem juntos”.

Francisco também utiliza o cenário midiático para desenvolver sua estratégia. Gera gestos que comprometem a terceiros, mesmo sabendo que ele mesmo também se compromete. Está convencido de que colaborar com a paz no mundo pode ser uma contribuição que a Igreja Católica e ele, como Papa, podem fazer hoje para a humanidade. É também o caminho para aumentar (resgatar? Recuperar?) o prestígio da Igreja e crescer o seu próprio, consolidando-se como figura e referência no cenário internacional. Para isso continuará afirmando que a busca da paz deve estar sobre “as diferenças de ideias, língua, cultura ou religião”. Este é seu lema e haverá novos gestos e mais feitos nessa mesma linha.
Página/12, 27-05-2014.

Católicos aumentam 10,2% entre 2005 e 2012


Segundo Vaticano, quase metade dos católicos batizados vive no continente americano.
Cidade do Vaticano  – O jornal do Vaticano divulgou nessa terça-feira (27) os dados da mais recente edição do Anuário Estatístico da Igreja, o qual revela que entre 2005 e 2012, o número de católicos passou de 1 bilhão e 115 milhões para 1 bilhão e 229 milhões, o que representa um aumento de 10,2%.

O 'Annuarium Statistitucm Ecclesiae' mostra que quase metade dos católicos batizados (49%) vive no continente americano e que o maior crescimento aconteceu na África, que passou a representar 16,2% do total mundial de católicos (13,8% em 2005); a Ásia continua a representar cerca de 11%.

A Europa confirma a tendência de ser a área com menor dinâmica de crescimento (pouco mais de 2%) neste período. A publicação da Central de Estatísticas da Igreja (Santa Sé) mostra ainda que o número de sacerdotes teve um aumento de 1,9%: de 406 mil em 2005 para 414 mil em 2012 (279.561 diocesanos e 134 752 religiosos); os religiosos professos não sacerdotes passaram de 54.708 para 55.314.

Um aumento maior (4,9%) foi registrado no número de seminaristas - mais de 114 mil em 2005, 120 mil em 2012 – crescimento suportado por um maior dinamismo na África e na Ásia. Em sentido contrário, o número de religiosas desceu 7,6% (702.529 em 2012) em relação a 2005. O Anuário Estatístico da Igreja procura oferecer um quadro dos principais aspetos que caracterizam a atividade pastoral da Igreja Católica.
SIR

terça-feira, 27 de maio de 2014

Cefep apresenta cartilha para eleições 2014


Cartilha2O Centro Nacional de Fé e Política “Dom Helder Câmara (Cefep), organismo vinculado à CNBB, em parceria com outras entidades, lançou a cartilha “Eleições 2014”, cuja temática é “Seu voto tem consequências: um novo mundo, uma nova sociedade”. O subsídio foi apresentado durante a 52ª Assembleia Geral da CNBB e entregue aos bispos.
Na apresentação do material, o bispo auxiliar de Belo Horizonte (MG) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Cultura e a Educação da CNBB, dom Joaquim Giovani Mol Guimarães, orienta que a cartilha seja estudada nas dioceses, grupos, comunidades, para um “grande movimento de cidadania e vivência da fé”. De acordo com dom Joaquim, o texto quer ajudar os cristãos a se prepararem para as eleições de outubro. A reflexão proposta pela cartilha utiliza o método ver, julgar e agir.
“Com o olho nas eleições, vemos o Brasil que temos com suas conquistas e desafios, com suas luzes e sombras”, disse dom Joaquim Mol. Ao final da apresentação, o bispo disse “ter a alegria de expressar o apoio da CNBB a este relevante trabalho” proposto na cartilha das “Eleições 2014”.
Para aquisição da cartilha, acesse: www.cpp.com.br ou 0800.703.8353

Fonte: CNBB

Comissão da Verdade de PE apresenta relatório oficial do Caso Padre Henrique



Manhã do dia 27 de maio de 1969O corpo do Padre Antônio Henrique Pereira Neto era encontrado, com marcas de tortura e execução, em um terreno baldio, na Cidade Universitária, no Recife.  Versão oficialcrime comum, supostamente cometido por toxicômanos, sem motivação política. Manhã do dia 27 de maio de 2014: 45 anos depois. Comissão Estadual da Memória e Verdade de Pernambuco apresenta relatório oficial sobre o caso e conclui: o assassinato do Padre Antônio Henrique foi, eminentemente, um crime político”. Os detalhes deste trabalho serão revelados durante coletiva à imprensa, às 10h, na Capela São José dos Manguinhos, no bairro das Graças, com a presença do Arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido. O evento é aberto ao público. Secretários de governo, parlamentares, entidades religiosas, representantes da sociedade civil entre outras autoridades são aguardadas na solenidade.
O documento será apresentado no Volume 02 do Caderno da Memória e Verdade da CEMVDHC. O relatório é subdivido em cinco tópicos: biografia, sequestro e assassinato, metodologia de trabalho empregada pela CEMVDHC, documentos confidenciais do Serviço Nacional de Informações (SNI) e a conclusão sobre o assassinato do Padre Antônio Henrique. “O crime foi perpetrado por agentes do Estado de Pernambuco, em conluio com civis integrantes da chamada extrema direita, com o desiderato de aterrorizar, amedrontar e coibir o inconteste foco de resistência ao regime militar então exercido por parte considerável da Igreja Católica no Estado de Pernambuco, sob a liderança do arcebispo de Olinda e Recife, Dom Helder Câmara”, diz o relatório.
Na ocasião, também serão entregues ao Arcebispo Dom Fernando Saburido dois volumes digitalizados e impressos pela Companhia Editora de Pernambuco (CEPE) contendo o Prontuário de Dom Hélder Câmara, o Prontuário do Padre Antônio Henrique Pereira da Silva Neto e outros documentos relacionados às perseguições políticas ao arcebispo Helder Câmara e seus auxiliares, todos do Arquivo Público Estadual João Emerenciano (APEJE – DOPS).  O relator do caso é Henrique Mariano também secretário geral da CEMVDHC.
O que é Caderno da Memória e Verdade – lançado em 2013. Objetiva intensificar o relacionamento com a sociedade, especialmente com aquelas entidades, instituições e pessoas – na maioria ex-presos políticos ou parentes de mortos e desaparecidos, possibilitando o esclarecimento de graves violações de direitos humanos ocorridas em Pernambuco, ou contra pernambucanos ainda que fora do Estado.
Ainda durante a coletiva de imprensa, o arcebispo metropolitano Dom Fernando Saburido anunciará a reinstalação da Comissão de Justiça e Paz, instituída por Dom Helder em 03 de março de 1968. Na época, o grupo foi defensor de presos políticos e perseguidos pela ditadura militar. Para presidir a Comissão, o arcebispo nomeará o bispo emérito de Palmares, Dom Genival Saraiva de França, que também assumirá a função de vigário geral da arquidiocese.
Padre Henrique – natural da cidade do Recife (PE), o primogênito dos doze filhos do casal José Henrique Pereira da Silva Neto e Isaíras Pereira da Silva (falecidos em 1972 e 2003, respectivamente) nasceu na manhã do dia 28 de outubro de 1940, recebendo o nome de Antônio Henrique Pereira da Silva Neto, em homenagem ao avô paterno. Foi matriculado pela primeira vez no Grupo Escolar Martins Júnior, no bairro da Torre. Posteriormente, foi para o Ginásio da Madalena onde cursou todo o primeiro grau. Em 1955, com 15 anos, matriculou-se no Colégio Salesiano para o Curso Cientifico (atualmente Ensino Médio) onde estudava no período noturno. Pela manhã exercia atividade de office boy no Citibank. Aos 16 anos ingressou no Seminário Menor – Seminário da Imaculada Conceição –, no bairro da Várzea, no Recife. Em 1961 estudou nos Estados Unidos, no Mount Saint Bernard Seminary, em Dubuque, Iowa. Retornou para o Brasil em janeiro de 1962. Após nove anos como seminarista, foi ordenado sacerdote, no dia 25 de dezembro de 1965, aos 25 anos de idade, pelo então arcebispo de Olinda e Recife, Dom Helder Câmara, na Igreja da Torre, no Recife. Logo após a ordenação foi convidado para ser assessor de Dom Helder Câmara e trabalhar na Pastoral da Juventude, sendo orientador espiritual de jovens universitários e secundaristas. Aberto aos tempos modernos, não usava batina, salvo em cerimônias de ritual católico.
SERVIÇO:
MOTIVO: Coletiva Caso Padre Henrique
HORÁRIO: 10h
DIA: 27 de maio (terça-feira)
LOCAL: Capela São José dos Manguinhos, no bairro das Graças, Recife.

Aborto passa a ser financiado pelo estado brasileiro na rede pública de saúde



Dilma Roussef sancionou a Lei 12.845, abrindo assim brechas para a prática do aborto no sistema SUS, com recurso público. Publicação da Portaria nº 415, de 21 de maio de 2014
Os organismos que estão trabalhando internacionalmente pela aprovação do aborto são as Fundações (que planejam e financiam as ações) e as organizações não governamentais (que as executam) e que promovem tudo isso com enormes somas de dinheiro, como as Fundações Ford, Rockefeller, MacArthur, a Buffet (entre as fundações), e a International Planned Parenthood Federation (IPPF, que tem filiais em quase 150 países), a Rede Feminista de Direitos Sexuais e Reprodutivos, as Católicas pelo Direito de Decidir (que não são católicas, mas usam o nome para confundir principalmente os católicos), a Sociedade de Bem-Estar Familiar no Brasil (Benfam) e a International Pregnancy Advisory Services (IPAS), entre as ONGs.
A filial norte-americana da IPPF, por exemplo, detém uma rede que abarca 20% de todas as clínicas abortistas dos Estados Unid
os. Segundo a fundadora das falsas “Católicas pelo Direito de Decidir”, Frances Kissling, a IPPF só trabalhou na propaganda pela legalização da prática do aborto nos EUA, mas não queria entrar diretamente no negócio das clínicas “para não ser estigmatizadas” pelo público. Mas, numa longa entrevista tornada pública, ela mesma conta que as Fundações que financiam as atividades da IPPF obrigaram-na a entrar diretamente na estruturação e gerência da própria prática do aborto, tornando-se hoje a maior promotora de abortos na América e no mundo.
Argumento dos direitos reprodutivos
O argumento, portanto, dos direitos reprodutivos não passa de retórica, que seduz os desinformados (entre eles, os políticos), em prejuízo de muitos, especialmente as mulheres pobres, que são as mais vitimadas por essa lógica inumana.No Brasil a Fundação MacArthur, por exemplo, desde 1988, decidiu investir em programas de controle populacional, em nosso no País, alimentando várias OnGs para esta finalidade. No ano seguinte, em São Paulo, a então prefeita do PT, Luiza Erundina (hoje deputada nesta Casa) estabeleceu o primeiro serviço brasileiro de abortos em casos de estupro, no Hospital Jabaquara, dando início assim a uma rede que vem até hoje se ampliando e trabalhando com o objetivo de legalizar o aborto no Brasil, utilizando a estratégia de oferecer serviços de abortos nos casos não punitivos pela lei, que eles chamam de “aborto legal”, quando não é legal, pois ele continua sendo crime no Código Penal. E agora querem também de alguma forma flexibilizar a legislação, nesse sentido, com a reforma do Código Penal.
 Investimentos para “capacitar” médicos brasileiros
Os médicos brasileiros passaram a fazer parte de “capacitações” para aceitarem gradativamente a lógica do “aborto legal” iniciado no Hospital Jabaquara, depois também no Hospital Pérola Byington, em São Paulo, no CAISM (Centro de Atendimento Integral à Saúde da Mulher), sob a direção do Dr. Aníbal Faúndes, e membro do Conselho Populacional de Nova York.
A mesma Fundação MacArthur de Chicago investiu nos Fóruns para o Atendimento aos Abortos Previstos por Lei, em congressos anuais, com profissionais da Saúde e organizações feministas. Vê-se que nesse processo e contexto, o atual governo brasileiro é o mais comprometido com esta agenda, até hoje.
Da banalização à legalização do aborto
Mas foi em 1996, após os acordos de Glen Cove entre o FNUAP, OnGs e Comitês de Direitos Humanos, que foi possível expandir os serviços de “aborto legal” no Brasil, criando assim o ambiente cada vez mais favorável principalmente entre os médicos para a banalização da prática do aborto, até chegar a plena legalização. Muitos acreditam estar trabalhando realmente em defesa dos interesses das mulheres, mas não têm o conhecimento mais a fundo da questão, e com isso favorecem os interesses das Fundações internacionais.
Em 1998, na gestão do Ministro José Serra (PSDB), tais grupos influíram para que o Ministério da Saúde adotasse a primeira Norma Técnica que permitisse, com uma medida do Executivo, ampliar tais serviços nos hospitais brasileiros. Para se ter uma ideia, pela Norma Técnica a mulher estaria dispensada de apresentar exame de corpo de delito para comprovar o estupro e solicitar um aborto, exigindo apenas a apresentação de um Boletim de Ocorrência, que pode ser obtido em qualquer delegacia de polícia sem necessidade da apresentação de provas.
Mais uma brecha, mais um ardil, fazendo avançar a agenda abortista, com o apoio do governo!Hoje há em nosso País uma rede de hospitais equipados para tais serviços, favorecidos não apenas por aquela Norma Técnica, como outras que vieram posteriormente. A 2ª Norma Técnica, eliminou a exigência do Boletim de Ocorrência e limitou a objeção de consciência. O médico, por exemplo, que está sozinho no serviço de emergência, tem que fazer o aborto. Se não fizer pode ser processado, por omissão de socorro.
É isso: Primeiro tem que matar, depois curar os outros.E assim, de todas as formas, o governo brasileiro buscou driblar as restrições legais, obcecado que está em cumprir seus compromissos com as agências da ONU e grupos internacionais, desde 2005, de modo mais acentuado (como comprova farta documentação), muito foi feito nesse sentido pelo Governo Lula, cujo partido do Presidente Lula e de Dilma Roussef chegou a punir dois deputados federais do próprio PT, de marcada atuação em defesa da vida.
Grupo de estudo para implantar o aborto
Em 2007, foi criado o GEA (Grupo de Estudos sobre o Aborto) que diz em seu próprio site, que é “uma entidade multidisciplinar que reúne médicos, juristas, antropólogos, movimentos de mulheres, psicólogas, biólogos e outras atividades. Não é uma OnG e não tem verbas próprias. Conta com inestimável apoio do Ministério da Saúde e da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Seu foco é capilarizar a discussão do tema ABORTO sob o prisma da Saúde Pública e retirá-lo da esfera do crime.”.
Ainda em 2010, o coordenador do Grupo de Estudos para legalizar o aborto no Brasil, constituído pelo governo brasileiro, pago com recurso público, disse que a intenção não é apenas despenalizar o aborto, mas “a ideia é ir mais longe e não fazer mais do aborto um crime”. Grupo este formado por militantes e OnGs que promovem o aborto no Brasil, inclusive faz parte o Dr. Adson França, representante do Ministério da Saúde.
Aborto pago com recursos públicos
É preciso que o aborto não seja mais tido como crime para, anestesiada a consciência moral, utilizar então o Estado com recurso público a perpetrar este abominável atentado contra a vida, sem que haja resistência e restrição legal. O Estado que é constituído para defender a vida e a família, acaba portanto se voltando contra a vida e a família, como um Leviatã que oprime até a morte, por pressão das forças globalistas. E com os eufemismos, a retórica e a demagogia, invertem todos os conceitos. Descriminalizado, sem restrição legal, a defesa do aborto passa a ser a defesa de saúde pública.
Pílula do dia seguinte
O SUS então passa a fornecer abortivos químicos (a exemplo da pílula do dia seguinte), como explica o Dr. Ives Gandra da Silva Martins, “à custa de perigosa intoxicação da mulher, por vezes com conseqüencias desastrosas para a sua saúde”. Mata a criança no ventre materno e provoca danos á saúde da mulher, ao corpo e a alma da mulher. Pois os efeitos pós-abortos são causas, muitas vezes, da depressão, da angústia, de graves problemas psíquicos e até mesmo o suicídio.
Por isso, reafirmamos, que mente descaradamente o governo brasileiro quando diz que não está comprometido com esta agenda. Como fez a então candidata Dilma Roussef, em 2010, sobre esta matéria. Ainda no segundo turno, ela assinou uma carta compromisso de que era contra o aborto, dizendo ipsis literis: ““Sou pessoalmente contra o aborto e defendo a manutenção da legislação atual sobre o assunto. Eleita presidente da República, não tomarei a iniciativa de propor alterações de pontos que tratem da legislação do aborto e de outros temas concernentes à família e à livre expressão de qualquer religião no país.”
Pois não é o que fez a sra. Presidente da República nesta matéria. As iniciativas que visam legalizar o aborto no Brasil têm vindo do Executivo, com a complacência e a conivência do Judiciário. Como há pouco me lembrou o Dr. Paulo Fernando Mello Costa, aqui presente, sugiro que assistam ao vídeo que ele fez, “Dilma Mãe do Brasil”, disponível no youtube.
Pressões no Congresso
Temos acompanhado, há alguns anos, o trabalho desta Casa de Leis e visto os esforços de parlamentares para aplacar a sede do sangue inocente. Mas as pressões não cessam, cada vez mais intensas, promovidas, estimuladas, de modo sutil e sofisticado, e também muito bem planejado e financiado pelas fundações internacionais e por vários setores do governo federal, inclusive do Ministério da Saúde, que recentemente encaminhou a esta Casa de Leis o então PLC 03, hoje lei 12.485, que foi vergonhosa e sorrateiramente tramitada e votada sem deliberação, sem sequer que os deputados percebessem a armadilha e deixassem escapar o ardil do governo, mostrou o seu desprezo à população (a maioria contra o aborto e pela vida), a Presidente sancionou a Lei 12.485, abrindo assim brechas para a prática do aborto no sistema SUS, com recurso público.
Aborto financiado pelo Estado
Agora, com a publicação da Portaria nº 415, de 21 de maio de 2014, o aborto passa a ser fato, financiado pelo estado brasileiro na rede pública de saúde. Com a Lei 12.845, o Ministério da Saúde, utilizando-se das Normas Técnicas já aprovadas, e agora com o endosso da Presidência da República, todos os hospitais do Brasil, independentemente de se tratarem de hospitais religiosos ou contrários ao aborto, serão obrigados a encaminhar as vítimas de violência à prática do aborto.
O projeto não contempla a possibilidade da objeção de consciência. Na sua versão original, o artigo terceiro do projeto afirmava que o atendimento deveria ser imediato.A partir da sanção presidencial e agora com a publicação da Portaria nº 415/2014, bastará apenas a palavra da mulher pedindo um aborto, e os médicos terão obrigação de aceitá-la, a menos que possam provar o contrário, o que dificilmente acontece. Mas pelo menos a mulher deveria afirmar que havia sido estuprada. Agora não será mais necessário afirmar um estupro para obter um aborto. Bastará afirmar que o ato sexual não havia sido consentido, o que nunca será possível provar que tenha sido inverídico. A técnica de ampliar o significado das exceções para os casos de aborto até torná-las tão amplas que na prática possam abranger todos os casos é recomendada pelos principais manuais das fundações internacionais que orientam as ONGs por elas financiadas. Com isto elas pretendem chegar, gradualmente, através de sucessivas regulamentações legais, até a completa legalização do aborto.
 (Texto enviado a ZENIT pelo Prof. Hermes Rodrigues Nery,
membro da Comissão em Defesa da Vida do Regional Sul 1 da CNBB)

No avião, Papa ressalta momentos marcantes da viagem à Terra Santa




Cidade do Vaticano (RV) – No avião que o trouxe de volta ao Vaticano, o Papa Francisco conversou - durante quase uma hora - com os jornalistas que o acompanharam na Terra Santa. Os temas tratados foram muitos: dos momentos mais marcantes da viagem ao celibato dos sacerdotes, passando por escândalos financeiros e a hipótese de uma renúncia a exemplo de Bento XVI. Confira alguns pontos:

Os gestos na Terra Santa e o encontro Peres e Abu Mazen
“Os gestos mais autênticos são os que não se pensam, mas os que acontecem. Algumas coisas, por exemplo, o convite aos dois presidentes à oração, isto estava sendo pensado, mas havia muitos problemas logísticos, muitos, porque é preciso levar em consideração o território onde se realiza, e não é fácil. Isso já se programava, uma reunião, mas no fim saiu o que espero que seja bom. Será um encontro de oração, não para fazer mediação.”

Relação com os ortodoxos
“Com Bartolomeu falamos de unidade, que se faz em caminho, jamais poderemos fazer a unidade num congresso de Teologia. Ele confirmou-me que Atenágoras realmente disse a Paulo VI: ‘vamos colocar todos os teólogos numa ilha e nós prosseguiremos juntos’. Devemos nos ajudar, por exemplo, com as igrejas, inclusive em Roma, onde muitos ortodoxos usam igrejas católicas. Falamos do concílio pan-ortodoxo, para que se faça algo sobre a data da Páscoa. É um pouco ridículo: ‘Quando ressuscita o seu Cristo? O meu na semana que vem. O meu, ao invés, ressuscitou na semana passada’. Com Bartolomeu falamos como irmãos, nos queremos bem, contamos as dificuldades do nosso governo. Falamos bastante da ecologia, de fazermos juntos um trabalho conjunto sobre este problema.”

Abusos contra menores
“Neste momento, há três bispos sob investigação e um deles, já condenado, tem a pena em estudo. Não há privilégios neste tema dos menores. Na Argentina, chamamos os privilegiados de ‘filhos de papai’. Pois bem, sobre este tema não haverá filhos de papai. É um problema muito grave. Um sacerdote que comete um abuso, trai o corpo do Senhor. O padre deve levar o menino ou a menina à santidade. E o menor confia nele. E ao invés de levá-lo à santidade, abusa. É gravíssimo. É como fazer uma missa negra! Ao invés de levá-lo à santidade, o leva a uma problema que terá por toda a vida. Na próxima semana, no dia 6 ou 7 de julho haverá uma missa com algumas pessoas abusadas, na Santa Marta, e depois haverá uma reunião, eu com eles. Sobre isto se deve prosseguir com tolerância zero.”

Celibato dos padres
“Há padres católicos casados, nos ritos orientais. O celibato não é um dogma de fé, é uma regra de vida, que eu aprecio muito e creio que seja um dom para a Igreja. Não sendo um dogma de fé, há sempre uma porta aberta.”

Eventual renúncia
“Eu farei o que o Senhor me dirá de fazer. Rezar, buscar a vontade de Deus. Bento XVI não tinha mais forças e, honestamente, é um homem de fé, humilde como é, tomou esta decisão. Setenta anos atrás os bispos eméritos não existiam. O que acontecerá com os Papas eméritos? Devemos olhar para Bento XVI como uma instituição, abriu uma porta, a dos Papas eméritos. A porta está aberta, se haverá outros ou não, somente Deus sabe. Eu creio que um Bispo de Roma, ao sentir que lhe faltam forças, deva fazer as mesmas perguntas que o Papa Bento fez.”

Outros temas
Francisco falou ainda da alegada investigação sobre um desvio de 15 milhões de euros dos fundos do Instituto para as Obras de Religião, em que estaria envolvido o antigo Secretário de Estado do Vaticano.

“A questão desses 15 milhões está ainda em estudo, não é claro o que aconteceu”, adiantou.

O Papa disse que quer “honestidade e transparência” na administração financeira do Vaticano e que a nova Secretaria para a Economia, dirigida pelo Cardeal Pell, vai “levar por diante as reformas que foram sugeridas” por várias comissões para evitar “escândalos e problemas”. Nesse sentido, recordou que cerca de 1,6 mil contas foram fechadas no IOR nos últimos tempos.

Francisco confirmou que, além da viagem à Coreia do Sul em agosto, voltará à Ásia em janeiro de 2015, para visitar o Sri Lanka e as regiões afetadas pelo tufão nas Filipinas. O Papa mostrou-se preocupado com a falta de liberdade religiosa neste continente, falando num número de “mártires” cristãos que supera os dos primeiros tempos da Igreja.

O Papa não quis comentar os resultados das eleições europeias, mas lembrou as críticas que deixou na exortação apostólica Evangelii Gaudium a um sistema econômico “desumano”, que “mata”.

Já sobre a beatificação de Pio XII, pontífice durante a II Guerra Mundial, Francisco disse ter sido informado de que ainda não há o milagre reconhecido para que a causa avance.

(BF)



Liturgia Diária

Dia 27 de Maio - Terça-feira

VI SEMANA DA PÁSCOA *
(Branco – Ofício do dia)

Antífona da entrada: Alegremo-nos, exultemos e demos glória a Deus, porque o Senhor todo-poderoso tomou posse do seu reino, aleluia! (Ap 19,7.6)
Oração do dia
Ó Deus, que o vosso povo sempre exulte pela sua renovação espiritual. alegrando-nos hoje porque adotados de novo como filhos de Deus, esperemos confiantes e alegres o dia da ressurreição. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Atos 16,22-34)
Leitura dos Atos dos Apóstolos.
16 22 O povo insurgiu-se contra eles. Os magistrados mandaram arrancar-lhes as vestes para açoitá-los com varas.
23 Depois de lhes terem feito muitas chagas, meteram-nos na prisão, mandando ao carcereiro que os guardasse com segurança.
24 Este, conforme a ordem recebida, meteu-os na prisão inferior e prendeu-lhes os pés ao cepo.
25 Pela meia-noite, Paulo e Silas rezavam e cantavam um hino a Deus, e os prisioneiros os escutavam.
26 Subitamente, sentiu-se um terremoto tão grande que se abalaram até os fundamentos do cárcere. Abriram-se logo todas as portas e soltaram-se as algemas de todos.
27 Acordou o carcereiro e, vendo abertas as portas do cárcere, supôs que os presos haviam fugido. Tirou da espada e queria matar-se.
28 Mas Paulo bradou em alta voz: “Não te faças nenhum mal, pois estamos todos aqui”.
29 Então o carcereiro pediu luz, entrou e lançou-se trêmulo aos pés de Paulo e Silas.
30 Depois os conduziu para fora e perguntou-lhes: “Senhores, que devo fazer para me salvar?”
31 Disseram-lhe: “Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua família”.
32 Anunciaram-lhe a palavra de Deus, a ele e a todos os que estavam em sua casa.
33 Então, naquela mesma hora da noite, ele cuidou deles e lavou-lhes as chagas. Imediatamente foi batizado, ele e toda a sua família.
34 Em seguida, ele os fez subir para sua casa, pôs-lhes a mesa e alegrou-se com toda a sua casa por haver crido em Deus.
Palavra do Senhor.
Salmo responsorial 137/138
Ó Senhor, me estendeis o vosso braço e me ajudais.

Ó Senhor, de coração eu vos dou graças,
porque ouvistes as palavras dos meus lábios1
Perante os vossos anjos vou cantar-vos
e ante o vosso templo vou prostrar-me.

Eu agradeço vosso amor, vossa verdade,
porque fizestes muito mais que prometestes;
naquele dia em que gritei, vós me escutastes
e aumentastes o vigor da minha alma.

Estendereis o vosso braço em meu auxílio
e havereis de me salvar com vossa destra.
Completai em mim a obra começada;
ó Senhor, vossa bondade é para sempre!
eu vos peço: não deixeis inacabada
esta obra que fizeram vossas mãos.
Evangelho (João 16,5-11)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Eu hei de enviar-vos o Espírito da verdade; ele vos conduzirá a toda a verdade (Jo 16,7.13).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
16 5 Disse Jesus: “Agora vou para aquele que me enviou, e ninguém de vós me pergunta: ‘Para onde vais?’
6 Mas porque vos falei assim, a tristeza encheu o vosso coração.
7 Entretanto, digo-vos a verdade: convém a vós que eu vá! Porque, se eu não for, o Paráclito não virá a vós; mas se eu for, vo-lo enviarei.
8 E, quando ele vier, convencerá o mundo a respeito do pecado, da justiça e do juízo.
9 Convencerá o mundo a respeito do pecado, que consiste em não crer em mim.
10 Ele o convencerá a respeito da justiça, porque eu me vou para junto do meu Pai e vós já não me vereis;
11 ele o convencerá a respeito do juízo, que consiste em que o príncipe deste mundo já está julgado e condenado”.
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
NÃO SERVOS, MAS AMIGOS
Jesus rompeu a visão rígida de discipulado que vigorava em sua época, recusando-se considerar seus discípulos como servos, por considerá-los como amigos. Ele não era um rabino a mais, preso a esquemas incompatíveis com o Reino. Sua postura foi inovadora.
O esquema servo-senhor era-lhe insuficiente para expressar seu modo de considerar os discípulos. Um patrão não tem satisfações a dar a seus empregados, uma vez que são considerados como meros executores das ordens recebidas. Os laços de comunhão entre eles são frágeis, pois o empregado, quase sempre, quer ver-se livre da tutela do seu patrão. A um e outro falta o amor.
O esquema amigo-amigo revela o que Jesus pretende ser para os seus discípulos. A amizade comporta afeto, comunhão de interesses e busca de ideais comuns. Embora correndo o risco de ser rompida, a amizade autêntica tende a ser estável. Nela, um amigo não se sente tutelado pelo outro. Tudo se fundamenta na liberdade e no respeito.
Ao convocar seus discípulos, Jesus quis, logo, estabelecer laços de amizades com eles. Chamou a cada um por decisão pessoal. Comunicou-lhe tudo quanto aprendeu do Pai. Assumiu-os como colaboradores em sua missão. Não lhes impôs normas ou regras, a não ser o mandamento do amor mútuo. Manifestou-lhes, até o extremo, seu bem-querer, a ponto de dar a vida por eles.

Oração
Espírito que constrói amizade reforça os laços que me unem a Jesus e aos meus semelhantes.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês).
Sobre as oferendas
Concedei, ó Deus, que sempre nos alegremos por estes mistérios pascais, para que nos renovem constantemente e sejam fonte de eterna alegria. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: Era preciso que Cristo padecesse e ressurgisse dos mortos para entrar na sua glória, aleluia! (Lc 24,46.26)
Depois da comunhão
Ouvi, ó Deus, as nossas preces, para que o intercâmbio de dons entre o céu e a terra, trazendo-nos a redenção, seja um auxílio para a vida presente e nos conquiste a alegria eterna. Por Cristo, nosso Senhor.


MEMÓRIA FACULTATIVA

SANTO AGOSTINHO DE CANTUÁRIA
(Branco – Ofício da Memória)

Oração do dia: Ó Deus, que conduzistes ao Evangelho os povos da Inglaterra pela pregação do bispo santo Agostinho, concedei que os frutos do seu trabalho permaneçam na vossa Igreja com perene fecundidade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Sobre as oferendas: Olhai com bondade, ó Deus, o sacrifício que vamos oferecer em vosso altar na festa de santo Agostinho de Cantuária, para que alcançando-nos o perdão, glorifique o vosso nome. Por Cristo, nosso Senhor.
Depois da comunhão: Alimentados pela eucaristia, nós vos pedimos, ó Deus, que, seguindo o exemplo de santo Agostinho de Cantuária, procuremos proclamar a fé que abraçou e praticar a doutrina que ensinou. Por Cristo, nosso Senhor.
Santo do Dia / Comemoração (SANTO AGOSTINHO DE CANTUÁRIA):

Um século após são Patrício ter convertido os irlandeses ao catolicismo, a atuação de Agostinho foi tão importante para a Inglaterra que modificou as estruturas da região da mesma forma que seu antecessor o fizera. No final do século VI, o cristianismo já tinha chegado à poderosa ilha havia dois séculos, mas a invasão dos bárbaros saxões da Alemanha atrasou sua propagação e quase destruiu totalmente o que fora implantado. Pouco se sabe a respeito da vida de Agostinho antes de ser enviado à Grã-Bretanha. Ele nasceu em Roma, Itália. Era um monge beneditino do mosteiro de Santo André, fundado pelo papa Gregório Magno naquela cidade. E foi justamente esse célebre papa que ordenou o envio de missionários às ilhas britânicas. Em 597, para lá partiram quarenta monges, todos beneditinos, sob a direção do monge Agostinho. Mas antes ele quis viajar à França, onde se inteirou das dificuldades que a missão poderia encontrar, pedindo informações aos vários bispos que evangelizaram nas ilhas e agora se encontravam naquela região da Europa. Todos desaconselharam a continuidade da missão. Mas, tendo recebido do papa Gregório Magno a informação de que a época era propícia apesar dos perigos, pois o rei de Kent, Etelberto, havia desposado a princesa católica Berta, filha do rei de Paris, ele resolveu, corajosamente, enfrentar os riscos. A chegada foi triunfante. Assim que desembarcaram, os monges seguiram em procissão ao castelo do rei, tendo a cruz à sua frente e entoando pausadamente cânticos sagrados. Agostinho, com a ajuda de um intérprete, colocou ao rei as verdades cristãs e pediu permissão para pregá-las em seus domínios. Impressionado com a coragem e a sinceridade do religioso, o rei, apesar de todas as expectativas em contrário, deu a permissão imediatamente. No Natal de 597, mais de dez mil pessoas já tinham recebido o batismo. Entre elas, toda a nobreza da corte, precedida pelo próprio rei Etelberto. Com esse resultado surpreendente, Agostinho foi nomeado arcebispo da Cantuária, primeira diocese fundada por ele. A notícia chegou ao papa Gregório Magno, que, com alegria, enviou mais missionários à Inglaterra. Assim, Agostinho prosseguiu e ampliou o trabalho de evangelização, fundando as dioceses de Londres e de Rochester. Não conseguiu a conversão de toda a ilha porque a Inglaterra era dividida entre vários reinos rivais, mas as sementes que plantou se desenvolveram no decorrer dos séculos. Agostinho morreu no dia 25 de maio de 604, sendo sepultado na igreja da Cantuária, que hoje recebe o seu nome e ainda guarda suas relíquias. O Martirológio Romano indica a festa litúrgica de santo Agostinho da Cantuária no dia 27 de maio.