sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Horários da Missa

A Paróquia Nossa Senhora das Candeias informa que a Missa de Finados será às 09 horas (Sábado 02/11)

PROCLAMAS MATRIMONIAIS



PARÓQUIA NOSSA SENHORA DAS CANDEIAS
ARQUIDIOCESE DE OLINDA E RECIFE

 

02 e 03 de novembro de 2013


COM O FAVOR DE DEUS E DA SANTA MÃE A IGREJA, QUEREM SE CASAR:



·         RICARDO EUGENIO DE LIMA MOREIRA
E
ANA LUCIA DOS SANTOS FIGUEIREDO


·         ANDERSON CAMPELO DA SILVA
E
LEONIA GOMES DE ASSIS


·         HELANO AUGUSTO DE SIQUEIRA ALVES
E
MICHELLE MELO DE ALMEIDA


·         MAX WALTHER KOEHLER
E
VANESSA PEREIRA DE LIMA KOELHER


·         LEONARDO MENDES DE LIMA
E
RENATA FARIAS LEAL







                       Quem souber algum impedimento que obste à celebração destes casamentos está obrigado em  consciência a declarar.

Hino da CF 2014 está disponível em CD nas livrarias católicas

O CD com o Hino da Campanha da Fraternidade (CF) de 2014 e os cantos para a Quaresma já estão disponíveis nas livrarias católicas de todo país. O hino foi escolhido a partir do concurso e teve a aprovação final dos bispos do Conselho Episcopal Pastoral. 

De acordo com o assessor da Comissão Episcopal para a Litúrgia da CNBB, padre José Carlos Sala, o hino “é indicado especialmente para ser cantado nos momentos de encontros, debates, seminários, palestras e estudos sobre a temática em questão”. A canção traz uma reflexão sobre o tema da CF do próximo ano: “Fraternidade e tráfico humano”.
 
Desde 2006, o CD apresenta o hino da Campanha da Fraternidade e o repertório quaresmal correspondente a liturgia de cada ano. “O álbum está enriquecido com diversas músicas para as celebrações da Quaresma do ano A, que contemplam a espiritualidade e a sacramentalidade própria deste tempo litúrgico”, explica padre Sala.  

“Com este subsídio, as equipes de canto e música poderão escolher o melhor meio para utilizar estas canções, e assim ajudar os fiéis na assimilação dos cantos para melhor celebrar a quaresma”, completa o assessor.

Festa de Todos os Santos, a festa de todos nós

Esta é data em que lembramos todos os que foram chamados a viver o programa proposto pelo Senhor.

Por Marcel Domergue*
Comentários anteriores podem nos levar a imaginar que é forçosamente restrito o número dos que encontram a verdadeira alegria no reconhecimento do dom de Deus, dom totalmente gratuito, pois sem “mérito” algum de nossa parte. A doutrina do “pequeno número dos que são salvos” teve muitos partidários na Igreja e não contribuiu em nada para dar ao Evangelho o seu aspecto de Boa Nova. A festa do Todos os Santos vem denunciar a falsidade desta interpretação desastrosa da fé cristã: tanto que, hoje, somos convidados a nos alegrar com a multidão dos seres humanos assumidos e acolhidos por Deus. A primeira leitura (Apocalipse) insiste em números simbólicos para nos fazer compreender que “esta multidão imensa não pode ser contada”.
Muita gente, com certa hesitação, é verdade, pensa que, aqui, é preciso traduzir “multidão” por “totalidade”. A Igreja não chegou a recusar a afirmação, mantida por alguns, de que Judas teria sido “condenado”? Pois então Todos os Santos é a celebração do sucesso de Deus e da humanidade inteira. É uma festa de alegria, mesmo se a proximidade da festa dos defuntos, sempre enfim tão mal interpretada, e o próprio clima do início de novembro quase sempre meio tristonho, acabem marcando a nossa festa com certo ar de melancolia. À alegria da consciência da superabundância do amor que nos faz ser, juntemos o calor da solidariedade: junto com todos os “santos”, fazemos um só corpo.

Comunidade de bens

Não há limites ao amor de Deus, não há limites a este Deus que é amor. Não há limites para as dimensões deste corpo que o Cristo se deu, reunindo todos os homens de todas as etnias, de todas as línguas, de todos os níveis culturais. E, até mesmo, de todas as religiões. Para ser o que sou, tenho necessidade dos outros. Como diz Paulo, em 1 Coríntios 12,20: “Há, portanto, muitos membros, mas um só corpo. Não pode o olho dizer à mão: ‘Não preciso de ti’; nem tampouco pode a cabeça dizer aos pés ‘Não preciso de vós’.” Vamos, pois, olhar de um modo novo esta multidão de desconhecidos que nos precederam: não são estranhos, mas, de alguma forma, são parte de nós mesmos. É junto com eles e por eles que somos membros do único corpo do Cristo.
Torno-me herdeiro da pobreza vivida por Francisco de Assis e por tantos outros; sou creditado pela doçura de quantos passaram sua vida ajudando o seu próximo; sou consolado por todas as lágrimas que outros derramaram. Não posso viver as bem-aventuranças todas sozinho, é claro; ser perseguido por causa da justiça não depende de decisão minha. Ainda que meu destino seja diferente do de Tereza de Lisieux, de Francisco Xavier ou de São Lourenço que foi queimado vivo, mesmo assim, tudo isto me pertence. A comunhão dos bens praticada pela Igreja primitiva, ao que parece, significa esta partilha de todos os valores espirituais e humanos dos membros do Corpo. Por isso é que se fala em “comunhão dos santos”, mesmo que esta linguagem esteja já um pouco em desuso.

Um novo modo de olhar os outros

Isto que foi dito não se refere apenas à nossa ligação com os homens e mulheres do passado. Temos também de aprender a olhar de um modo novo todos e todas que estão à nossa volta, ao longe e de perto. Mas podemos considerá-los todos como “santos”? Devemos aí nos entender muito bem quanto ao sentido da palavra “santidade”. Se a tomamos no sentido de perfeição moral, de excelência em todas as virtudes, fica evidente, então, que ninguém poderá se prevalecer disto. Mas a palavra tem também outro sentido: é santo o que pertence a Deus.
Somos santos porque fomos assumidos por Deus e ninguém pode ser excluído da sua misericórdia, deste Amor que não conhece limites. Deus vê o homem, até mesmo o mais perverso, através do olhar de seu Filho. Fazer um julgamento, qualquer que seja, está fora de nossas competências. Um dia, quem sabe, descobriremos que muitos destes que hoje consideramos maus, são de fato apenas pessoas infelizes, frustradas por algum motivo, portadoras de alguma herança familiar desastrosa. Talvez cheguemos também a constatar que, sendo privilegiados, temos aproveitado muito pouco das boas cartas que temos em mãos. Felizmente, fomos todos listados à margem do tesouro comum da santidade de Deus. As portas do Reino abrem-se todas, para todos e para cada um, quando se abre o sepulcro do Cristo. Mais que “Todos os Santos”, seria melhor dizer “Todos os Santificados”.
Croire, 01-11-2013.
*Marcel Domergue é sacerdote jesuíta.

Quem se ajusta a Deus tem lugar em seu reino, diz arcebispo

Uberaba - "Só tem sentido falar de ´santo´, se fazemos referência a Deus, tendo Jesus Cristo como critério de santidade", expressou o Arcebispo de Uberaba (MG), Dom Paulo Mendes Peixoto, em artigo publicado pela imprensa. Destacando a celebração do dia de Todos os Santos, Dom Peixoto usou o exemplo do Nosso Senhor Jesus Cristo para sintetizar seus pensamentos sobre o verdadeiro valor da santidade.
De acordo com o prelado, Jesus, além de ter testemunhado a prática das bem-aventuranças na convivência de seu tempo, "foi capaz de enfrentar os caminhos da vida, seja no sofrimento, como também nas alegrias, colocando sua vida como doação para o bem das pessoas e do mundo".
A santidade, segundo o Bispo, se origina a partir de "uma consciência convicta de pertencer a Jesus Cristo e de colocar tudo na vida como prática de amor a Deus", pois "ela vem da consciência fraterna na comunidade, do respeito e do valor que damos às realidades que nos cercam", revestida de um "estilo de vida marcado pela esperança, pela mansidão, pela misericórdia e pureza".
"Podemos dizer que os santos são os bem-aventurados, os felizes, que conseguiram prosseguir na vida mesmo tendo que enfrentar dificuldades e sofrimentos. Estão sempre apoiados em Deus e não simplesmente nas coisas materiais, naquilo que é passageiro e que não satisfaz plenamente os desejos do coração das pessoas", explicou.
Para Dom Peixoto, ser santo é não duvidar do amor de Deus e muito menos agir com violência, revidando atitudes de maldade, pois é necessário ter a capacidade de agir com misericórdia e amor, superando conflitos e desavenças, agindo para defender um mundo de paz.
Conforme o Bispo, a santidade deve caminhar ao lado da justiça, na construção do reino de Deus, pois "quem se ajusta à vontade soberana de Deus, tem lugar em seu reino". Finalizando seu artigo, Dom Peixoto observa que o mundo, com seus "contra valores da cultura moderna", não reconhece "o valor e a dignidade de quem participa da filiação divina", ou seja, os "valores de eternidade", o que implica na "fidelidade de quem acredita na mensagem de Jesus Cristo, caminho de santidade e de vida autenticamente feliz".
SIR

CNBB realiza encontro para discutir iniciativas evangelizadoras


Com a finalidade de integrar as iniciativas evangelizadoras em favor da família no Brasil, a Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e Família (CEPVF) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) promoveu, no sábado, dia 26 de outubro, um encontro com as famílias das Comunidades de Vida e Aliança do Brasil. O evento aconteceu na casa das Irmãs da Caridade de Otawa, na cidade de Guarulhos (SP), e reuniu representantes de 16 comunidades.

De acordo com o bispo de Camaçari (BA) e presidente da CEPVF, dom João Carlos Petrini, um dos objetivos do encontro foi traçar um cronograma para 2014. “Devemos conhecer as Novas Comunidades para que, por meio de seus carismas e serviços, possamos juntos elaborar uma proposta de trabalho com ações e eventos nacionais”, disse o presidente.

As comunidades presentes assumiram com a Comissão Nacional, representados pelo casal Salete e Luís Flávio Degani (Comunidade Missionária Providência Santíssima - Mococa/SP), o compromisso de caminhar em conformidade com as atividades propostas pela CEPVF.

“A reunião aconteceu num clima de muito entrosamento e harmonia. As comunidades representadas colocaram-se totalmente em comunhão com o espírito do encontro e participaram com afeto e espírito de serviço”, disse o assessor nacional da CEPVF, padre Wladimir Porreca.

No evento, as comunidades presentes concordaram em ter participação mais efetiva no sentido de promover a família cristã, o que inclui: participação e formação na Semana da Família; participação em duas reuniões no ano 2014; dentre outras atividades.
Arquidiocese do Rio

Festa de todos os Santos: o povo de Deus é santo

Por Padre Luiz Carlos de Oliveira
A oração da missa dá a razão da festa: "Celebrar numa só solenidade os méritos de todos os santos" (oração). Só alguns santos são lembrados no ano litúrgico. A Igreja reconhece com este momento celebrativo a santidade de todo povo de Deus, da “imensa multidão de gente vinda de todas as nações, tribos, povos e línguas” (Ap 7,9). Salvos por Jesus Cristo “vieram da grande tribulação e lavaram e alvejaram as suas roupas no sangue do Cordeiro” (Ap 7,14). Subiram a montanha do Senhor “porque têm mãos puras e inocentes o coração” (Sl 23). “Festejamos a cidade do Céu… onde nossos irmãos, os santos, vos cercam e cantam eternamente vosso louvor” (Prefácio).

Celebrando os santos, adoramos e admiramos a Deus, pois só Ele é Santo (Pós-Comunhão). Podemos encontrar santos nos céus pois sabemos que a santidade se constrói na terra. Se é festa de Todos os Santos é porque o povo de Deus é Santo. S. Pedro chama de “nação santa” como já proclama Deus no livro do Êxodo (Ex 19,6 – 1Pd 2,9). É santo porque Deus o escolheu para sim. Mas é santo também porque vive o caminho ensinado por Jesus nas bem-aventuranças. Elas resumem em si o que é necessário para viver como Jesus viveu.

Este texto é o retrato falado de Jesus que vivia deste modo. Podemos perceber que as bem-aventuranças traduzem bem a vida dos que são simples para Deus e para o povo. Não há santidade onde não existe a sede de Deus e o desejo do ar do Espírito. O exemplo de Jesus se manifesta na misericórdia que é mansa, humilde, preocupada com os outros, promotora de paz e forte no sofrimento pela justiça.

Filhos amados
João, em sua carta, nos ensina que Deus nos fez o grande presente de nos chamar de filhos e de fato somos. Sendo filhos temos a vida de Deus. Se agora já se manifesta de modo tão maravilhoso, imaginemos o que será quando Cristo se manifestar em sua Glória. A santidade dos filhos, recebida do Pai que os adotou em Cristo, se manifesta na coerência de nossa vida com os ensinamentos de Jesus. É uma resposta de amor ao Amor Divino. Todos os filhos de Deus são chamados a viver na santidade. Esta santidade existe onde se pratica o bem e se vive na justiça. Nessa multidão há gente nossa. Há gente que viveu longe da Igreja, sem nunca ouvir falar de Jesus, mas foi visto e amado por Deus. Soube amar e ensinou a verdade que lhe era ditada na consciência. A santidade não pode ser de capa que disfarça nossa realidade pecaminosa. Mesmo sendo pecadores podemos crescer em santidade aprendendo a voltar a Deus depois de pecar.

Nossos intercessores
Participamos da Vida de Deus e de sua preocupação para com todos os que necessitam de Seu amor e de Seu socorro. S. Paulo nos ensina na 1ª Coríntios que formamos a Igreja como membros do Corpo de Cristo cada um em sua função. Diz: “Se um membro sofre todos compartilham seu sofrimento. Se um membro é honrado, todos os membros compartilham sua alegria” (1Cor 12,26). Quando um membro do corpo está doente, todo corpo sente e converge a energia para a cura do frágil. Participamos da vida de Cristo que é salvador e intercessor (Hb 7,25). Assim podemos dizer dos santos: “Contemplamos tantos membros da Igreja que nos dais como exemplo e intercessão” (Prefácio). Como podemos rezar uns pelos outros na terra, mais ainda nos céus, onde viveremos unidos ao Cristo Mediador e Intercessor. A caridade de Deus se manifesta em Seus santos. Entre estes santos brilha a Virgem Maria que em Cristo é a primeira.
A12, 01-11-2013.
Leituras: Apocalipse 7,2-4.9-14;Salmo 23; 1João 3,1-3; Mateus 5,1-12

Deixar-se surpreender por Deus


O papa Francisco, em uma Homilia proferida durante a Jornada Mundial da Juventude, no Santuário Nacional de Aparecida, convidou-nos a constantemente "Deixar-se surpreender por Deus". Ele nos fala que quem vive a esperança sabe que, "mesmo em meio às dificuldades, Deus atua e nos surpreende". Mas como viver essa atitude na minha vida cotidiana, em cada coisa que faço?

O papa nos mostra como modelo a história do Santuário: três pescadores depois de um dia inteiro sem apanhar peixe encontram nas águas do Rio Paraíba a imagem da Senhora Aparecida. Sabemos que na história os pescadores após encontrarem a imagem milagrosamente têm uma pesca abundante e conseguem o que precisavam para atender ao conde de Assumar. O Papa Francisco vai além, ao essencial desse episódio para entendermos mais como Deus atua: “Quem poderia imaginar que o lugar de uma pesca infrutífera, torna-se-ia o lugar onde todos os brasileiros podem se sentir filhos de uma mesma Mãe? Deus sempre surpreende [...] sempre nos reserva o melhor.

Realmente Deus nos surpreende! Basta fazermos agora brevemente uma memória de quantas coisas boas Ele fez durante toda a nossa vida, como a minha história está totalmente marcada por sua bondade e providência, que apesar de minhas misérias, como um Pai amoroso cuida de mim. Podemos nos perguntar, o que Deus espera de mim então? Ele espera que eu me deixe “surpreender por seu amor, que acolhamos as suas surpresas” Ele quer que confiemos nEle! O Papa em outra ocasião disse que mais difícil que amar a Deus é deixar-se amar por Ele. Nós muitas vezes em nossa autossuficiência e orgulho queremos resolver as coisas por nossa conta e esquecemos constantemente que Deus quer atuar na minha vida.

Deixar-se surpreender por Deus não implica uma atitude passiva, onde esperamos que tudo caia do céu. Como os pescadores, Deus quer que eu coloque a minha pequena colaboração. Basta que eu deixe um pedacinho de terra boa para Ele colocar a boa semente e dar frutos abundantes em minha vida. Deus quer, portanto, que eu coopere com a sua graça, em palavras de Santo Inácio de Loyola: “Rezar como se tudo dependesse de Deus e trabalhar como se tudo dependesse de nós”.

Deixar-se surpreender por Deus nas coisas simples da vida

Deus constantemente nos surpreende no singelo, nas coisas simples da vida. Muitas vezes nós perdemos a capacidade de ver a sua ação nas pequenas coisas e ficamos esperando grandes sinais, grandes milagres. Cada instante é uma chance de eu perceber esse amor que Ele tem por mim. Se eu vivo cada momento ordinário de forma extraordinária, certamente perceberei a sua ação e serei surpreendido. Pense agora na quantidade de ocasiões que você tem em apenas um dia para ser surpreendido por Ele. Um encontro com alguém, um gesto de bondade, uma palavra que alguém me dá, uma paisagem que vejo, enfim, infinitos momentos em que Deus me fala, busca me surpreender. Mas, por não prestar atenção, por estar disperso em tantas preocupações, por não fazer silêncio em meu interior, acabo não percebendo.

Outro dia em uma entrevista o Papa Francisco disse que a Igreja precisa ser mais simples, mais próxima. Certamente é no simples onde Deus mais se manifesta. Ele escolheu a brisa para manifestar-se a Elias.

Aprender de Maria a deixar-se surpreender por Deus

Em sua Homilia no Santuário o Papa Francisco comenta o episódio de Caná, que foi o Evangelho da Missa desse dia. Maria sabe que o seu Filho pode atuar e resolver aquela situação incômoda dos noivos. Está atenta, e dentre todos os convidados é a única que percebe e atua: “Eles não têm vinho”. Ela prepara os convidados para esse deixar-se surpreender por Deus, cooperando para que o seu Filho dê a eles o melhor vinho, o vinho novo. Confia plenamente em Deus, sabe que “longe d’Ele, o vinho da alegria, o vinho da esperança se esgota”.

Aprendamos da Mãe Aparecida a abrir nosso interior e deixar-nos surpreender por Deus.  “Elevemos o olhar para Nossa Senhora. Ela nos ajuda a seguir Jesus, nos dá o exemplo com o seu “sim” a Deus: "Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua Palavra" (Lc 1,38). Também nós o dizemos a Deus, juntos com Maria: faça-se em mim segundo a Tua palavra".
A12, 01-11-2013.

Para Jesus, não há 'casos perdidos'

Também os ricos se podem converter. Para o Filho de Deus, tudo é possível.

Lady Di, entre os pobres: 'Também os ricos se podem converter'.
Por José Antonio Pagola*
Jesus alerta com frequência sobre o risco de ficar preso pela atração irresistível ao dinheiro. O desejo insaciável de bem-estar material pode arruinar a vida de uma pessoa. Não faz falta ser muito rico. Quem vive escravo do dinheiro acaba encerrado em si mesmo. Os outros não contam. Segundo Jesus, "onde estiver o vosso tesouro, ali estará o vosso coração".

Essa visão do perigo desumanizador do dinheiro não é um recurso do Profeta indignado da Galileia. Diferentes estudos analisam o poder do dinheiro como uma força ligada a instintos profundos de autoproteção, busca de segurança e medo da caducidade da nossa existência.
No entanto, para Jesus, a atração do dinheiro não é uma espécie de doença incurável. É possível liberar-se da sua escravidão e começar uma vida mais sã. O rico não é "um caso perdido". É muito esclarecedor o relato de Lucas sobre o encontro de Jesus com um homem rico de Jericó.

Ao atravessar a cidade, Jesus encontra-se com uma situação curiosa. Um homem de pequena estatura subiu em uma figueira para poder vê-Lo de perto. Não é desconhecido. Trata-se de um rico, poderoso "chefe de cobradores". Para as pessoas de Jericó, um ser desprezível, um cobrador corrupto e sem escrúpulos como quase todos. Para os setores religiosos, “um pecador” sem conversão possível, excluído de toda a salvação.

No entanto, Jesus faz-lhe uma proposta surpreendente: "Zaqueu, desce depressa porque tenho que alojar-me em tua casa". Jesus quer ser acolhido na sua casa de pecador, no mundo de dinheiro e de poder desse homem desprezado por todos. Zaqueu desceu imediatamente e recebeu-O com alegria. Não tem medo de deixar entrar na sua vida o Defensor dos pobres.

Lucas não explica o que sucedeu naquela casa. Só diz que o contato com Jesus transformou radicalmente o rico Zaqueu. O seu compromisso é firme. De agora em diante, pensará nos pobres: partilhará com eles os seus bens. Recordará também as vítimas de que abusou: devolverá com juros o que roubou. Jesus introduziu na sua vida justiça e amor solidário.

O relato é concluído com palavras admiráveis de Jesus: "Hoje entrou a salvação nesta casa. Também este é filho de Abraão. Porque o Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido". Também os ricos se podem converter. Com Jesus tudo é possível. Ninguém o deve esquecer. Ele veio para procurar e salvar o que nós podemos estar deitando a perder. Para Jesus não há casos perdidos.
Instituto Humanitas Unisinos
*José Antonio Pagola é teólogo. A reflexão é proposta em cima da leitura do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas 19,1-10,que corresponde ao 31º Domingo do Tempo Ordinário, ciclo C do Ano Litúrgico.

Evangelho do dia

Ano C - 01 de novembro de 2013

Lucas 14,1-6

Aleluia, aleluia, aleluia.
Minhas ovelhas escutam minha voz, eu as conheço e elas me seguem (Jo 10,27).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
14 1 Jesus entrou num sábado em casa de um fariseu notável, para uma refeição; eles o observavam.
2 Havia ali um homem hidrópico.
3 Jesus dirigiu-se aos doutores da lei e aos fariseus: “É permitido ou não fazer curas no dia de sábado?”
4 Eles nada disseram. Então Jesus, tomando o homem pela mão, curou-o e despediu-o.
5 Depois, dirigindo-se a eles, disse: “Qual de vós que, se lhe cair o jumento ou o boi num poço, não o tira imediatamente, mesmo em dia de sábado?”
6 A isto nada lhe podiam replicar.
Palavra da Salvação.

Comentário do Evangelho
A maneira como os fariseus praticavam a Lei mosaica levava-os, muitas vezes, a tomarem atitudes insensatas. Jesus não comungava com o exagero deles; antes, submetia a obediência à Lei às exigências do amor e da misericórdia. Diante de uma situação em que a misericórdia se torna um imperativo, os preceitos da Lei ficam em segundo lugar.
Partindo deste princípio, Jesus não teve receio de curar o homem que padecia de hidropisia, embora fosse sábado e tivesse diante de si o chefe dos rigorosos fariseus. Entre agradar seu anfitrião e agradar a Deus, ele não hesitou. Contudo, não desagradou os fariseus simplesmente com o intuito de chocá-los e causar mal-estar naquele ambiente de fraternidade, pois se tratava de uma refeição. A ação de Jesus tinha sido uma obra da misericórdia. Ele não entreviu outro caminho possível, a não ser enviar, para casa, o homem já curado.
Jesus ofereceu aos fariseus um argumento que justificava sua ação: é sempre permitido defender a vida, seja ela qual for. Ninguém pergunta se é permitido tirar um boi ou um jumento, caído num poço em dia de sábado. E por que não, em se tratando de um ser humano, mergulhado na dor e no sofrimento de uma doença? A atitude de Jesus primou pela sensatez inspirada pelo Pai. Ninguém pode ser dispensado de praticar a misericórdia, que é característica do Pai. Tudo o mais deve estar submetido a ela.

Oração
Senhor Jesus, que todo o meu agir se inspire na misericórdia, que me torna sensível diante da dor e do sofrimento de meu próximo.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Leitura
Romanos 9,1-5
Leitura da carta de são Paulo aos Romanos.
9 1 Digo a verdade em Jesus Cristo, não minto; a minha consciência me dá testemunho pelo Espírito Santo:
2 sinto grande pesar, incessante amargura no coração.
3 Porque eu mesmo desejaria ser reprovado, separado de Cristo, por amor de meus irmãos, que são do mesmo sangue que eu, segundo a carne.
4 Eles são os israelitas; a eles foram dadas a adoção, a glória, as alianças, a lei, o culto, as promessas
5 e os patriarcas; deles descende Cristo, segundo a carne, o qual é, sobre todas as coisas, Deus bendito para sempre. Amém.
Palavra do Senhor.
Salmo 147/147B
Glorifica o Senhor, Jerusalém!

Glorifica o Senhor, Jerusalém!
Ó Sião, canta louvores ao teu Deus!
Pois reforçou com segurança as tuas portas,
e os teus filhos em teu seio abençoou.

A paz em teus limites garantiu
e te dá como alimento a flor do trigo.
Ele envia suas ordens para a terra,
e a palavra que ele diz corre veloz.

Anuncia a Jacó sua palavra,
seus preceitos e suas leis de Israel.
Nenhum povo recebeu tanto carinho,
a nenhum outro revelou os seus preceitos.
Oração
Deus eterno e todo-poderoso, aumentai em nós a fé, a esperança e a caridade e dai-nos amar o que ordenais para conseguirmos o que prometeis. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.