domingo, 12 de janeiro de 2014

Dom Orani: conversa exclusiva com a Rádio Vaticano


Cidade do Vaticano (RV) -  Dom Orani João Tempesta, Arcebispo do Rio de Janeiro foi criado cardeal pelo Papa Francisco neste domingo, conversou em exclusiva com a Rádio Vaticano sobre a escolha do Santo Padre:

Dom Orani João Tempesta:
Dados pessoais
- Nascimento: 23 de junho de 1950
- Local: São José do Rio Pardo - SP
- Filiação: Achille Tempesta e Maria Bárbara de Oliveira


Estudos
- Ensino Fundamental - Grupo Escolar Tarquínio Cobra Olyntho (1957-1960) e Instituto de Educação Euclides da Cunha (1961-1964)
- Ensino Médio - Instituto de Educação Euclides da Cunha (1965-1967)
- Filosofia: Mosteiro de São Bento – São Paulo-SP (1969-1970) e São João Del Rei-MG (1975)
- Teologia: Instituto de Teologia Pio XI – São Paulo-SP (1971 – 1974)
- Colação de grau em Filosofia pela Faculdade Dom Bosco, de São João Del Rei-MG (07/02/1976)


Vida religiosa: Ordem Cisterciense 

- 01/02/68 – Ingresso (vestição) na Ordem Cisterciense, em São José do Rio Pardo
- 02/02/1969 – Profissão religiosa (votos simples)
- 02/02/1972 – Profissão solene
- 18/03/1973 – Recebe os ministérios de acólito e leitor
- 25/03/1973 - Ordenação diaconal na Paróquia São Roque, em São José do Rio Pardo, por Dom Tomás Vaquero, bispo da Diocese de São João da Boa Vista-SP
- 07/12/1974 – Ordenação presbiteral na Paróquia São Roque, em São José do Rio Pardo, por Dom Dom Tomás Vaquero
- 1974-1984 – Vice-prior do Mosteiro de Nossa Senhora de São Bernardo, em São José do Rio Pardo-SP
- 17/06/1984 – Prior do Mosteiro de Nossa Senhora de São Bernardo
- 05/06/1990 – Reeleito prior (até 12/11/1993)
- 05/12/1996 – Eleito abade da Abadia de Nossa Senhora de São Bernardo, em São José do Rio Pardo
- 15/12/1996 – Bênção abacial e posse como primeiro abade da Abadia de Nossa Senhora de São Bernardo, criada em 10/09/1996





Atividades na diocese de São João da Boa Vista (SP)

- Vigário paroquial da Paróquia São Roque, em São José do Rio Pardo (07/12/1974)
- Pároco da Paróquia São Roque (07/12/1984)
- Coordenador Diocesano de Pastoral
- Coordenador Diocesano da Pastoral da Comunicação
- Membro do Conselho de Presbíteros
- Membro do Colégio dos Consultores
- Professor do Seminário Diocesano Coração de Maria

Atividades como bispo
- 26/02/1997 – Eleito bispo da Diocese de São José do Rio Preto-SP, pelo Papa João Paulo II

- 25/03/1997 – Sagrado bispo em São José do Rio Pardo-SP, pelo seu antecessor, Dom José de Aquino Pereira

- 01/05/1997 – Posse como bispo de São José do Rio Preto - SP

- Bispo responsável pelo Setor de Comunicação do Regional Sul 1 da CNBB - dioceses paulistas – (1998-2003)

1998 – Membro, hoje presidente, do conselho superior do Instituto Brasileiro de Comunicação Cristã (Inbrac), mantenedor da RedeVida de Televisão

- Administrador da Abadia Territorial de Clavaral, pertencente à Ordem Cisterciense de Casamari, em Claraval-MG (22/5/1999 a 11/12/2002)

- Visitador Apostólico do Mosteiro de São Bento, em Olinda-PE (2001-2002)

- 08/05/2003 – Eleito presidente da Comissão Episcopal para a Cultura, Educação e Comunicação Social (reeleito até 2011)

- 08/05/2003 - Membro do Conselho Episcopal Pastoral (Consep), Conselho Permanente e Conselho Econômico da CNBB

- 22/12/2004 – Membro titular do Conselho Nacional de Comunicação Social do Senado Federal, como representante da sociedade civil (2004/2007). Desde o dia 8 de agosto de 2012, exerce a função de presidente do órgão.

13/10/2004 – Eleito pelo Papa João Paulo II como arcebispo metropolitano de Belém, no Estado do Pará

08/12/2004 – Posse como arcebispo de Belém-PA

- Delegado eleito pela CNBB para a Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e Caribenho (Celam), realizado em Aparecida-SP (maio 2007)

- 19/11/2008 – Título de Doutor Honoris Causa pelo Centro Universitário São Camilo, dos Padres Camilianos, de São Paulo.

- Vice-Presidente do Regional Norte 2 da CNBB (Pará e Amapá)

- 27/02/2009 - Eleito pelo Papa Bento XVI como arcebispo metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro-RJ

19/04/2009 – Posse como arcebispo do Rio de Janeiro

- Presidente da Fundação Rádio Catedral
- Grão-Chanceler da Pontifícia Universidade Católica – PUC-Rio
- Presidente da Pastoral do Menor da Arquidiocese do Rio
- Presidente do Instituto Brasileiro de Marketing Católico (IBMC)
- Presidente do Comitê Organizador Local da Jornada Mundial da Juventude (JMJ Rio2013)

12/05/2011 - Presidente do Regional Leste 1 da CNBB (Dioceses do Estado do Rio de Janeiro).


Lema episcopal
“Ut Omnes Unum Sint” (Para que todos sejam um)



Texto proveniente da página do site da Rádio Vaticano 

Evangelho do Dia

Ano C - 12 de janeiro de 2014

Mateus 3,13-17

Aleluia, aleluia, aleluia.
Abriram-se os céus e fez-se ouvir a voz do Pai: Eis meu filho muito amado; escutai-o, todos vós! (Mc 9,7)

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
Naquele tempo, 3 13 da Galiléia foi Jesus ao Jordão ter com João, a fim de ser batizado por ele.
14 João recusava-se: "Eu devo ser batizado por ti e tu vens a mim!"
15 Mas Jesus lhe respondeu: "Deixa por agora, pois convém cumpramos a justiça completa". Então João cedeu.
16 Depois que Jesus foi batizado, saiu logo da água. Eis que os céus se abriram e viu descer sobre ele, em forma de pomba, o Espírito de Deus.
17 E do céu baixou uma voz: "Eis meu Filho muito amado em quem ponho minha afeição".
Palavra da Salvação.

Comentário do Evangelho
SOLIDÁRIO COM OS PECADORES
Quando Jesus se apresentou para ser batizado, João não só recusou-se a atendê-lo, como tentou dissuadi-lo, por reconhecer nele o Messias esperado. Daí sua exclamação: “Sou eu que devo ser batizado por ti, e tu vens a mim?”.
João era procurado por toda sorte de pecadores, em busca do batismo purificador, de modo a se prepararem para a chegada do Messias. Arrependidos, e esperançosos de serem acolhidos por ele, uma verdadeira multidão ia até o Batista, de todas as partes. Este impunha-lhes duras exigências de conversão. Por isso, ficou confuso ao se deparar com Jesus, para quem seu batismo não teria nenhuma utilidade.
O batismo do Messias teve a finalidade de mostrar publicamente sua solidariedade com a humanidade pecadora que viera salvar. Desde o início do seu ministério, Jesus, na qualidade de Filho dileto de Deus, colocou-se junto do povo, destinatário privilegiado de seu envio por parte do Pai. Sua presença no mundo justificava-se pela preocupação divina de reconduzir toda a humanidade à comunhão com Deus. Logo, quanto mais afastado de Deus estivesse o pecador, tanto mais Jesus estaria interessado por ele.
Daí ter recordado a João ser necessário “cumprir toda a justiça”. Esta expressão referia-se ao desígnio salvador de Deus para toda a humanidade. Desígnio do qual tanto Jesus quanto João Batista eram mediação. Naquele momento, competia a João revelar o rosto solidário do Messias Jesus.

OraçãoPai, pelo batismo, teu Filho Jesus foi investido da missão de salvador solidário com os pecadores. Torna-me digno dele, acolhendo-o como meu Salvador.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês).
Leitura
Isaías 42,1-4.6-7
Leitura do livro do profeta Isaías.
Assim fala o Senhor, 42 1 "Eis meu Servo que eu amparo, meu eleito ao qual dou toda a minha afeição, faço repousar sobre ele meu espírito, para que leve às nações a verdadeira religião.
2 Ele não grita, nunca eleva a voz, não clama nas ruas.
3 Não quebrará o caniço rachado, não extinguirá a mecha que ainda fumega. Anunciará com toda a franqueza a verdadeira religião; não desanimará, nem desfalecerá,
4 até que tenha estabelecido a verdadeira religião sobre a terra, e até que as ilhas desejem seus ensinamentos.
6 Eu, o Senhor, chamei-te realmente, eu te segurei pela mão, eu te formei e designei para ser a aliança com os povos, a luz das nações;
7 para abrir os olhos aos cegos, para tirar do cárcere os prisioneiros e da prisão aqueles que vivem nas trevas".
Palavra do Senhor.
Salmo 28/29
Que o Senhor abençoe, com a paz, o seu povo!

Filhos de Deus, tributai ao Senhor,
tributai-lhe a glória e o poder!
Dai-lhe a glória devida ao seu nome;
adorai-o com santo ornamento!

Eis a voz do Senhor sobre as águas,
sua voz sobre as águas intensas!
Eis a voz do Senhor com poder!
Eis a voz do Senhor majestosa.

Sua voz no trovão reboando!
No seu templo os fiéis bradam: “Glória!”
É o Senhor que domina os dilúvios,
o Senhor reinará para sempre!
Oração
Deus eterno e todo-poderoso, que, sendo Cristo batizado no Jordão e pairando sobre ele o Espírito Santo, o declarastes solenemente vosso Filho, concedei aos vossos filhos adotivos, renascidos da água e do Espírito Santo, perseverar constantemente em vosso amor. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Francisco: Somos ungidos pelo Espírito


O Pontífice dirigiu toda a sua homilia aos sacerdotes, partindo da Carta de São João.
Como todas as manhãs, o Santo Padre Francisco celebrou Missa, na Capela da Casa Santa Marta, onde reside, no Vaticano nesse sábado (11). Com ele concelebraram o Cardeal Ângelo Bagnasco, presidente da Conferência Episcopal Italiana, acompanhado de um grupo de sacerdotes da sua arquidiocese de Genova.
O Pontífice dirigiu toda a sua homilia aos sacerdotes, partindo da Carta de São João, que diz: “Temos a vida eterna, porque acreditamos no nome de Jesus”. Por isso, se questionou sobre a relação do sacerdote com Jesus, porque a força do ministério sacerdotal consiste nesta relação. Jesus, explicou o Bispo de Roma, se apartava, em lugares tranquilos, para entrar em contato íntimo com o Pai. E se perguntou: “Qual o lugar que Jesus ocupa na vida sacerdotal”? Será uma relação viva, entre discípulo e Mestre, de irmão com irmão, de um pobre homem com Deus, ou uma relação artificial, que não brota do coração? E respondeu: “Somos ungidos pelo Espírito. Mas, quando um sacerdote se distancia de Jesus Cristo pode perder esta unção. Essencialmente, ele tem esta unção, mas a pode perder. Ao invés de ser ungido, ele acaba sendo untado. Aqueles que colocam a sua força em coisas artificiais, nas vaidades, em uma linguagem afetada, não estão em união com Jesus Cristo; são homens untados”.
Nós sacerdotes, disse o Papa, temos tantas limitações, somos pecadores. Mas, se nos dirigirmos a Cristo, se buscarmos o Senhor na oração, com uma oração de intercessão e de adoração, então seremos bons sacerdotes, apesar de pecadores. O centro da vida sacerdotal é Jesus Cristo. Caso contrário, o que deveríamos dizer às pessoas? O Santo Padre concluiu sua homilia dizendo que as pessoas sabem quando um sacerdote não é fiel, quando não é verdadeiro e são idólatras ou devotos do deus Narciso. Ao encontrar um desses sacerdotes, dizem “Coitados”! Então o Papa aconselhou: “Vocês, que celebram a Missa comigo e todos os demais sacerdotes, peço que não percam esta relação com Jesus Cristo! Ela é a nossa vitória!
SIR

Papa pede que nenhum idoso seja 'exilado'


O Papa Francisco utilizou nesse sábado a rede social Twitter para renovar os seus apelos em favor da integração dos idosos no seio das famílias.” “Não deveria haver nenhum idoso «exilado» nas nossas famílias. Os idosos são um tesouro para a sociedade”, escreve, na sua conta ‘@pontifex’, com mais de 11 milhões de seguidores em nove línguas, incluindo o português.
Na sexta-feira, o Papa tinha recordado a celebração de Natal: “Detenhamo-nos diante do Menino de Belém. Deixemos que a ternura de Deus aqueça o nosso coração”. “Contemplemos a humildade do Filho de Deus, que nasceu pobre. Imitemo-lo na partilha com as pessoas mais frágeis”, pedia Francisco, na sua mensagem anterior.
Antes, o Papa tinha recorrido ao Twitter para repetir uma ideia deixada na celebração do Natal: “Deixemos um lugar vazio na mesa, um lugar para quem não tem o necessário, para quem ficou sozinho”. No último dia 29 de dezembro, Francisco alertou, durante um encontro para a recitação da oração do ângelus, para a situação dos que denominou como “exilados escondidos” que existem dentro das próprias famílias. “Os idosos, por exemplo, que muitas vezes são tratados como presenças incómodas. Penso que um sinal para saber como está uma família é observar como são tratados crianças e idosos”, disse.
SIR

Novo cardeal diz que cargo tem reflexo sobre toda a sociedade



O novo cardeal pediu que os cariocas rezem para que ele desempenhe bem sua função. (Foto: AFP)
Isabela Vieira

Rio de Janeiro- O arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani Tempesta disse hoje (12) que sua nomeação como cardeal é uma honra e agradeceu à torcida dos fieis. A promoção do religioso da Igreja Católica foi anunciada nessa manhã, no Vaticano, pelo papa Francisco. O novo cardeal pediu que os cariocas rezem para que ele desempenhe bem sua função.
Veja também: Arcebispo do Rio de Janeiro é nomeado cardeal pelo papa Francisco

Segundo dom Orani, as decisões do cargo têm reflexo sobre a sociedade, independente da religião, pela influência da Igreja Católica no mundo contemporâneo. "Minha missão não é só importante para Igreja, mas é para mundo inteiro, porque a Igreja tem uma influencia muito grande na nossa sociedade", destacou.

Ao chegar para uma celebração religiosa na Igreja Paróquia da Ressurreição, em Ipanema, zona sul do Rio, dom Orani disse que a designação, a 20ª de um brasileiro à cardeal, é uma grande responsabilidade.

O religioso foi o único brasileiro promovido pelo papa Francisco no anuncio de hoje, que teve total de 19 cardeais, sendo 16 com direito a voto no Colégio Cardinalício. Na nova função, dom Orani terá a tarefa de auxiliar o pontífice em decisões importantes para os rumos da Igreja Católica.

"Se já tenho a missão universal de cuidar de toda a igreja, como cardeal terei mais ainda. Além dos trabalhos que continuo a fazer no Rio de Janeiro, tenho que assessorar o santo padre", disse Orani.

Perguntado sobre a influência de sua atuação na Jornada Mundial da Juventude para a escolha de Franscisco, dom Orani lembrou que a cidade do Rio sempre teve um cardeal, mas que a visita do pontífice, em julho de 2013, contribuiu.

"Não tenho dúvida de que a proximidade com o santo padre fez uma diferença grande, porque ele conheceu o Rio e a beleza do povo carioca", reconheceu.

Dom Orani participa ao longo do dia da trezena de São Sebastião. Serão 13 dias de preparação para a festa religiosa do santo, em 20 de janeiro. São Sebastião é padroeiro da cidade do Rio.
Agência Brasil