domingo, 31 de agosto de 2014

Aprendendo o caminho do coletivo


Enquanto o individualismo conduz o ser humano à perdição, a generosidade o leva à salvação.
Por José Antonio Pagola*

O ditado está registrado em todos os evangelhos e se repete até seis vezes: “Se alguém quer salvar a sua vida a perderá, mas quem a perde a encontrará por mim”. Jesus não está falando de uma temática religiosa. Ele está propondo aos seus discípulos qual é o verdadeiro valor da vida.

O ditado está expresso de forma paradoxal e provocativa. Há duas formas muito diferentes de orientar a vida: uma conduz para a salvação, a outra para a perdição. Jesus convida todos a seguir o caminho que parece mais duro e menos atrativo, pois conduz o ser humano à salvação definitiva.

O primeiro caminho consiste em se aferrar a vida vivendo exclusivamente para si mesmo: fazer do próprio “eu” a razão última e o objetivo supremo da existência. Esse modo de viver, buscando sempre a própria ganância e vantagem, conduz o ser humano à perdição.

O segundo caminho consiste em saber perder, vivendo como Jesus, abertos ao objetivo final do projeto humanizador do Pai: saber renunciar à própria segurança ou ganância, buscando não somente o próprio bem, mas também o dos outros. Esse modo generoso de viver conduz o ser humano à sua salvação.

Jesus está falando desde sua fé num Deus Salvador, mas suas palavras são uma forte advertência para todos: Que futuro espera uma Humanidade dividida e fragmentada, onde os poderes econômicos buscam seu próprio benefício; os países, seu próprio bem-estar; os indivíduos, seu próprio interesse?

A lógica que dirige nestes momentos o caminho do mundo é irracional. Os povos e os indivíduos estão caindo progressivamente na escravidão de “ter sempre mais”. Tudo é pouco para dar-se por satisfeito. Para viver bem, é necessário sempre mais produtividade, mais consumo, mais bem-estar material, mais poder sobre os outros.

Procura-se insaciavelmente o bem-estar, mas será que não há uma progressiva desumanização? Quer-se “progredir” cada vez mais, mas qual é o progresso que leva a abandonar milhões de seres humanos na miséria, na fome e na desnutrição? Por quantos anos será possível desfrutar desse bem-estar, fechando as fronteiras aos famintos?

Se os países privilegiados só procuram “salvar” seu nível de bem-estar, se não se quer perder o potencial econômico, jamais se darão passos em direção a uma solidariedade a nível mundial. Mas não nos enganemos. O mundo será cada vez mais inseguro e mais inabitável para todos e também para nós. Para salvar a vida humana no mundo é preciso aprender a perder.
Instituto Humanitas Unisinos, 29-08-2014.
*José Antonio Pagola é teólogo. O texto é baseado no Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 16, 21-27, que corresponde ao 22º Domingo do Tempo Comum, ciclo A do Ano Litúrgico.

PROCLAMAS MATRIMONIAIS

30 e 31 de agosto de 2014


COM O FAVOR DE DEUS E DA SANTA MÃE A IGREJA, QUEREM SE CASAR:
                                                                                  
·         CLAUDIO JOSÉ GODOY MOTA VALENÇA
E
FERNANDA ALVES FIGUEIREDO


·         JONNES BARRETO ALVES
E
RUBIANA SILVA PEREIRA


·         JOÃO PAULO CARVALHO JARJOR
E
CÍNTIA BARROS DE ABREU


·         GEYSON ANTONIO SILVA DE SOUZA
E
VIVIANE THAISA FERREIRA GUIMARÃES


·         GERMANO GUILHERME SILVEIRA BARRETO
E
ROCHANA ARGENTA BETTO


·         IRAN JOSÉ DE VASCONCELOS FILHO
E
MARÍLIA BARROS VIDA PIRES


·         JOSÉ WINDSLLAN LINS DO NASCIMENTO
E
CARLA ANDREZA ARAUJO DA SILVA


·         RUI MANUEL CORREDOURA FILHO
E
CATHARINE VILAÇA BENEVIDES


                       Quem souber algum impedimento que obste à celebração destes casamentos está obrigado em   consciência a declarar

Liturgia Diária

DIA 31 DE AGOSTO - DOMINGO

XXII DOMINGO DO TEMPO COMUM
(VERDE – OFÍCIO DO DIA)

Antífona da entrada: Tende compaixão de mim, Senhor, clamo por vós o dia inteiro; Senhor, sois bom e clemente, cheio de misericórdia para aqueles que vos invocam (Sl 85,3.5).
Oração do dia
Deus do universo, fonte de todo bem, derramai em nossos corações o vosso amor e estreitai os laços que nos unem convosco para alimentar em nós o que é bom e guardar com solicitude o que nos destes. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Jeremias 20,7-9)
Leitura do livro do profeta Jeremias.
20 7 Seduzistes-me, Senhor; e eu me deixei seduzir! Dominastes-me e obtivestes o triunfo. Sou objeto de contínua irrisão, e todos zombam de mim.
8 Cada vez que falo é para proclamar a aproximação da violência e devastação. E dia a dia a palavra do Senhor converte-se para mim em insultos e escárnios.
9 E, a mim mesmo, eu disse: “Não mais o mencionarei e nem falarei em seu nome”. Mas em meu seio havia um fogo devorador que se me encerrara nos ossos. Esgotei-me em refreá-lo, e não o consegui.
Palavra do Senhor.
 
Salmo responsorial 62/63
A minha alma tem sede de vós
como a terra sedenta, ó meu Deus!

Sois vós, ó Senhor, o meu Deus!
Desde a aurora ansioso vos busco!
A minha alma tem sede de vós,
minha carne também vos deseja,
como terra sedenta e sem água!

Venho, assim, contemplar-vos no templo,
para ver vossa glória e poder.
Vosso amor vale mais do que a vida:
e por isso meus lábios vos louvam.

Quero, pois, vos louvar pela vida
e elevar para vós minhas mãos!
A minha alma será saciada,
como em grande banquete de festa;
cantará a alegria em meus lábios
ao cantar para vós meu louvor!

Para mim fostes sempre um socorro;
de vossas asas à sombra eu exulto!
Minha alma se agarra em vós;
com poder vossa mão me sustenta.
 
Leitura (Romanos 12,1-2)
Leitura da carta de são Paulo aos Romanos.
12 1 Eu vos exorto, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, a oferecerdes vossos corpos em sacrifício vivo, santo, agradável a Deus: é este o vosso culto espiritual.
2 Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso espírito, para que possais discernir qual é a vontade de Deus, o que é bom, o que lhe agrada e o que é perfeito.
Palavra do Senhor.

 
Evangelho (Mateus 16,21-27)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Que o Pai do Senhor Jesus Cristo nos dê do saber o espírito; conheçamos, assim, a esperança à qual nos chamou, como herança! (Ef 1,17)

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
16 21 Desde então, Jesus começou a manifestar a seus discípulos que precisava ir a Jerusalém e sofrer muito da parte dos anciãos, dos príncipes dos sacerdotes e dos escribas; seria morto e ressuscitaria ao terceiro dia.
22 Pedro então começou a interpelá-lo e protestar nestes termos: “Que Deus não permita isto, Senhor! Isto não te acontecerá!”
23 Mas Jesus, voltando-se para ele, disse-lhe: “Afasta-te, Satanás! Tu és para mim um escândalo; teus pensamentos não são de Deus, mas dos homens!”
24 Em seguida, Jesus disse a seus discípulos: “Se alguém quiser vir comigo, renuncie-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me.
25 Porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas aquele que tiver sacrificado a sua vida por minha causa, recobrá-la-á.
26 Que servirá a um homem ganhar o mundo inteiro, se vem a prejudicar a sua vida? Ou que dará um homem em troca de sua vida?...
27 Porque o Filho do Homem há de vir na glória de seu Pai com seus anjos, e então recompensará a cada um segundo suas obras”.
Palavra da Salvação.
 
Comentário ao Evangelho
Jesus vinha exercendo seu ministério na Galiléia, onde se misturavam gentios e colônias judaicas, e nas regiões gentílicas vizinhas. Agora, tendo chegado bem ao norte, em Cesaréia de Filipe, como que dando por encerrado seu ministério nestas regiões, Jesus toma a decisão de voltar ao sul e, atravessando a Galiléia, seguir o caminho de Jerusalém. Nesta nova etapa de seu ministério, Jesus decide fazer seu anúncio libertador e vivificante diretamente entre as multidões de fieis do judaísmo que acorriam a Jerusalém, para atenderem ao preceito religioso de cumprir o dever de celebrar a Páscoa. Esta era a principal festa religiosa da tradição de Israel, e era a ocasião de todos os fieis, particularmente os que moravam em regiões mais distantes, trouxessem suas ofertas e dízimos anuais ao Templo. Jesus tinha consciência de que os chefes das sinagogas e do Templo de Jerusalém tinham a intenção de, em algum momento oportuno, matá-lo. A pregação e a prática libertadora de Jesus suscitara o ódio destes chefes, que tinham garantidos sua autoridade e seu poder a partir da Lei opressora, elaborada ao longo da tradição de Israel. Agora, a ida a Jerusalém poderia ser fatal. Contudo Jesus não renuncia ao propósito de anunciar ao mundo, sem restrições, o projeto de Pai, de libertar o mundo de toda opressão e promover a vida plena para todos. Jesus, então, fala aos discípulos sobre as provações que o aguardam em Jerusalém. Ë o chamado "anúncio da Paixão". Este "anúncio" pode ter dois sentidos. Na perspectiva messiânica é o sofrimento necessário redentor, de acordo com a tradição do Primeiro Testamento. Porém pode significar a comum prática repressora dos poderosos deste mundo que não toleram e procuram destruir todo aquele que promove a libertação do povo oprimido, tal como foi Jesus em toda sua vida. Mateus, em seu evangelho, faz um contraste. Pedro, ao identificar Jesus com o Cristo, tinha uma revelação de Deus, era proclamado como pedra da Igreja, a as portas do inferno não prevaleceriam sobre ela (cf. 7 ago.). Agora, ao rejeitar o confronto de Jesus em Jerusalém, não tem a compreensão das coisas de Deus, é pedra de tropeço, e satanás. Jesus convida os discípulos a consagrarem sua vida à causa da justiça e da vida. Seduzidos pelo chamado de Jesus (primeira leitura), empenham-se em renovar as estruturas deste mundo conformando-o a tudo que é bom, justo, e agradável a Deus (segunda leitura).
 
Sobre as oferendas
Ó Deus, o sacrifício que vamos oferecer nos traga sempre a graça da salvação, e vosso poder leve à plenitude o que realizamos nesta liturgia. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: Como é grande, ó Senhor, vossa bondade, que reservastes para aqueles que vos temem! (Sl 30,20)
Depois da comunhão
Restaurados à vossa mesa pelo pão da vida, nós vos pedimos, ó Deus, que este alimento da caridade fortifique os nossos corações em nos leve a vos servir em nossos irmãos e irmãs. Por Cristo, nosso Senhor.

Evangelho do Dia

Ano A - 31 de agosto de 2014

Mateus 16,21-27

Aleluia, aleluia, aleluia.
Que o Pai do Senhor Jesus Cristo nos dê do saber o espírito; conheçamos, assim, a esperança à qual nos chamou, como herança! (Ef 1,17)

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
16 21 Desde então, Jesus começou a manifestar a seus discípulos que precisava ir a Jerusalém e sofrer muito da parte dos anciãos, dos príncipes dos sacerdotes e dos escribas; seria morto e ressuscitaria ao terceiro dia.
22 Pedro então começou a interpelá-lo e protestar nestes termos: “Que Deus não permita isto, Senhor! Isto não te acontecerá!”
23 Mas Jesus, voltando-se para ele, disse-lhe: “Afasta-te, Satanás! Tu és para mim um escândalo; teus pensamentos não são de Deus, mas dos homens!”
24 Em seguida, Jesus disse a seus discípulos: “Se alguém quiser vir comigo, renuncie-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me.
25 Porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas aquele que tiver sacrificado a sua vida por minha causa, recobrá-la-á.
26 Que servirá a um homem ganhar o mundo inteiro, se vem a prejudicar a sua vida? Ou que dará um homem em troca de sua vida?...
27 Porque o Filho do Homem há de vir na glória de seu Pai com seus anjos, e então recompensará a cada um segundo suas obras”.
Palavra da Salvação.
 

Comentário do Evangelho
Jesus vinha exercendo seu ministério na Galiléia, onde se misturavam gentios e colônias judaicas, e nas regiões gentílicas vizinhas. Agora, tendo chegado bem ao norte, em Cesaréia de Filipe, como que dando por encerrado seu ministério nestas regiões, Jesus toma a decisão de voltar ao sul e, atravessando a Galiléia, seguir o caminho de Jerusalém. Nesta nova etapa de seu ministério, Jesus decide fazer seu anúncio libertador e vivificante diretamente entre as multidões de fieis do judaísmo que acorriam a Jerusalém, para atenderem ao preceito religioso de cumprir o dever de celebrar a Páscoa. Esta era a principal festa religiosa da tradição de Israel, e era a ocasião de todos os fieis, particularmente os que moravam em regiões mais distantes, trouxessem suas ofertas e dízimos anuais ao Templo. Jesus tinha consciência de que os chefes das sinagogas e do Templo de Jerusalém tinham a intenção de, em algum momento oportuno, matá-lo. A pregação e a prática libertadora de Jesus suscitara o ódio destes chefes, que tinham garantidos sua autoridade e seu poder a partir da Lei opressora, elaborada ao longo da tradição de Israel. Agora, a ida a Jerusalém poderia ser fatal. Contudo Jesus não renuncia ao propósito de anunciar ao mundo, sem restrições, o projeto de Pai, de libertar o mundo de toda opressão e promover a vida plena para todos. Jesus, então, fala aos discípulos sobre as provações que o aguardam em Jerusalém. Ë o chamado "anúncio da Paixão". Este "anúncio" pode ter dois sentidos. Na perspectiva messiânica é o sofrimento necessário redentor, de acordo com a tradição do Primeiro Testamento. Porém pode significar a comum prática repressora dos poderosos deste mundo que não toleram e procuram destruir todo aquele que promove a libertação do povo oprimido, tal como foi Jesus em toda sua vida. Mateus, em seu evangelho, faz um contraste. Pedro, ao identificar Jesus com o Cristo, tinha uma revelação de Deus, era proclamado como pedra da Igreja, a as portas do inferno não prevaleceriam sobre ela (cf. 7 ago.). Agora, ao rejeitar o confronto de Jesus em Jerusalém, não tem a compreensão das coisas de Deus, é pedra de tropeço, e satanás. Jesus convida os discípulos a consagrarem sua vida à causa da justiça e da vida. Seduzidos pelo chamado de Jesus (primeira leitura), empenham-se em renovar as estruturas deste mundo conformando-o a tudo que é bom, justo, e agradável a Deus (segunda leitura).
 
Leitura
Jeremias 20,7-9
Leitura do livro do profeta Jeremias.
20 7 Seduzistes-me, Senhor; e eu me deixei seduzir! Dominastes-me e obtivestes o triunfo. Sou objeto de contínua irrisão, e todos zombam de mim.
8 Cada vez que falo é para proclamar a aproximação da violência e devastação. E dia a dia a palavra do Senhor converte-se para mim em insultos e escárnios.
9 E, a mim mesmo, eu disse: “Não mais o mencionarei e nem falarei em seu nome”. Mas em meu seio havia um fogo devorador que se me encerrara nos ossos. Esgotei-me em refreá-lo, e não o consegui.
Palavra do Senhor.
 
Salmo 62/63
A minha alma tem sede de vós
como a terra sedenta, ó meu Deus!

Sois vós, ó Senhor, o meu Deus!
Desde a aurora ansioso vos busco!
A minha alma tem sede de vós,
minha carne também vos deseja,
como terra sedenta e sem água!

Venho, assim, contemplar-vos no templo,
para ver vossa glória e poder.
Vosso amor vale mais do que a vida:
e por isso meus lábios vos louvam.

Quero, pois, vos louvar pela vida
e elevar para vós minhas mãos!
A minha alma será saciada,
como em grande banquete de festa;
cantará a alegria em meus lábios
ao cantar para vós meu louvor!

Para mim fostes sempre um socorro;
de vossas asas à sombra eu exulto!
Minha alma se agarra em vós;
com poder vossa mão me sustenta.
 
Oração
Deus do universo, fonte de todo bem, derramai em nossos corações o vosso amor e estreitai os laços que nos unem convosco para alimentar em nós o que é bom e guardar com solicitude o que nos destes. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Francisco será o primeiro Papa a visitar terras tamis


Colombo, 31 ago (SIR) – Durante sua viagem ao Sri Lanka, programada para os dias 13 e 15 de janeiro de 2015, Francisco visitará o santuário de Nossa Senhora de Madhu e se tornará o primeiro papa da história a pisar em território de maioria tâmil.

A área enfrentou décadas de guerra civil e o santuário esteve entre o fogo cruzado entre os separatistas tamis e o exército cingalês na luta que opunha os primeiros em busca da independência e o governo de Colombo em defesa da integridade da nação. Ainda não foi publicado o programa oficial da visita, mas o card. Malcolm Ranjith confirmou a visita do Pontífice a Madhu.

 Com toda probabilidade, Papa Francisco deverá celebrar a missa de reconciliação do País que ainda sofre com as graves feridas da guerra civil e entregar nas mãos de Nossa Senhora o futuro da nação, para que possa conhecer novamente a paz e superar as tentações de divisão inter-religiosa e interétnica.

 
SIR

Muito triste ver cristãos "diluídos", sal que perdeu o sabor


Cidade do Vaticano, 31 ago (SIR) - O cristão está chamado a viver bem inserido no mundo, mas sem ser “mundano”. O risco é que o sal perca o seu sabor, que percamos a carga de novidade que nos vem do Senhor e do Espírito Santo. - Recordou-o Papa Francisco neste domingo (31) ao meio-dia, na Praça de São Pedro, comentando o Evangelho da liturgia dominical, em que Jesus repreende severamente o Apóstolo por ele “pensar segundo os homens, não segundo Deus” e, portanto, sem dar por ela, estar da parte de satanás, o Tentador.

Também São Paulo, na segunda leitura, exorta os cristãos de Roma a “não se conformarem com este mundo, mas a deixarem-se transformar, renovando o seu modo de pensar, para poderem discernir a vontade de Deus”. De fato, nós cristãos vivemos no mundo, plenamente inseridos na realidade social e cultural do nosso tempo, e é justo que assim seja; mas isto comporta o risco de nos tornarmos mundanos, o risco de que “o sal perca o seu sabor”… que o cristão se dilua, perca a carga de novidade que lhe vem do Senhor e do Espírito Santo. Ora deveria ser o contrário – prosseguiu o Papa, observando que “quando nos cristãos permanece viva a força do Evangelho, essa pode transformar (como dizia Paulo VI) “os critérios de juízo, os valores determinantes, os pontos de interesse, as linhas de pensamento, as fontes inspiradoras, os modelos de vida” (Evangelii nuntiandi).

Portanto é necessário renovarmo-nos continuamente, alimentando-nos da linfa do Evangelho. Mas como conseguir isso, na prática? – interrogou-se o Papa, sugerindo, antes de mais, a leitura e a meditação quotidiana do Evangelho, de tal modo que a palavra de Jesus esteja sempre presente na nossa vida… E também a participação na Missa dominical, para uma pessoa se encontrar com o Senhor na comunidade, escutando a sua Palavra e recebendo a Eucaristia que nos une a Ele e entre nós. Muito importantes também – lembrou Francisco – dias de retiro e os exercícios espirituais… Evangelho, Eucaristia, oração: é graças a estes dons do Senhor que nos podemos conformar, não ao mundo, mas a Cristo, seguindo-o no seu caminho, a via do perder a própria vida para a encontrar. Perdê-la no sentido de doá-la, oferecê-la por amor e no amor… Doar assim a vida – concluiu o Papa – comporta o sacrifício, a cruz, para a receber novamente - purificada, libertada do egoísmo e da hipoteca da morte, plena de eternidade.

Nas saudações conclusivas, já depois da recitação do Ângelus, o Papa recordou que nesta segunda-feira (1º) se celebra, em Itália, a Jornada para a proteção da natureza criada, tendo desta vez como tema “Educar para a defesa da criação, para a saúde das nossas aldeias e das nossas cidades”…
Faço votos de que reforce o empenho de todos – instituições, associações e cidadãos – para que se salvaguarda a vida e a saúde das pessoas, respeitando também o ambiente e a natureza.
O Santo Padre saudou os parlamentares católicos, reunidos – disse - no seu quinto Encontro Internacional, encorajando-os a viver o delicado papel de representantes do povo, em conformidade com os valores do Evangelho.
Antes de se despedir, o Papa pediu, como sempre, que se reze por ele e a todos desejou bom domingo e… bom almoço…


 
SIR