quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Comissão para a Ação Missionária promove encontro arquidiocesano com os Comipas no sábado


LOGOMARCA[1]..A Comissão Arquidiocesana de Pastoral para a Ação Missionária e Cooperação Interclesial promove no dia 31 de agosto o 1º Encontrão dos Conselhos Missionários Paroquiais (Comipa) da Arquidiocese de Olinda e Recife. O evento será realizado no próximo sábado, 31, Auditório da Igreja Matriz da Soledade das 8h às 12h.
O tema a ser refletido é “O papel do Comipa numa Igreja em estado permanente de missão”. A abertura do encontro será feita pelo arcebispo metropolitano, Dom Fernando Saburido. Em seguida haverá palestras com o coordenador da Coordenação de Pastoral da Arquidiocese, padre Josenildo Tavares e com o integrante da coordenação, professor Sérgio Douets. Haverá ainda Plenária, trabalhos em grupos e a apresentação do material da Campanha Missionária 2013.

1º Encontrão dos Comipas
Local: Auditório da Igreja Matriz Nossa Senhora da Soledade
Rua Oliveira Lima, n. 1029, Boa Vista – Recife
Dia: 31 de agosto de 2013
Horário: 8h às 12h
Informações: 3222-6836
Da Assessoria de Comunicação AOR

Do Ressuscitado virá a ajuda

O Ressuscitado, apresentando-se aos discípulos, não julga o comportamento que eles tiveram, não crítica, não condena, não lhes joga na cara as recordações dolorosas da sua fraqueza, mas conforta e consola.

Jesus ressuscitado, entre os apóstolos: verdadeira consolação.
Por Carlo Maria Martini

O que os apóstolos podiam esperar do Ressuscitado? Eles não tinham a consciência clara: haviam fugido, o haviam abandonado, haviam se deixado tomar pelo medo, alguns o haviam traído, quase ninguém estava sob a cruz. Talvez imaginavam que, se Jesus tivesse aparecido, ele os teria repreendido e criticado. Ao invés disso, o Ressuscitado, apresentando-se a eles, não julga o comportamento que eles tiveram, não crítica, não condena, não lhes joga na cara as recordações dolorosas da sua fraqueza, mas conforta e consola.

As únicas palavras de crítica dirigidas tanto aos discípulos de Emaús (Lc 24, 25), quanto aos apóstolos (Mc 16, 14), não se referem ao fato de que eles o abandonaram e que, depois de tantas promessas, tantas palavras altissonantes (morremos, contigo, iremos ao teu encontro) revelaram-se não confiáveis; referem-se, ao contrário, à sua pouca fé.

Eles deveriam ter acreditado nas Escrituras, nas suas palavras e no Testemunho daqueles que o tinham visto ressuscitado. Jesus, que quer o bem desses pobres apóstolos atordoados, perdidos, confusos, humilhados, interiormente abalados pela certeza de serem tão fracos, não leva em conta a sua fragilidade, mas os consola e os levanta.

Detenhamo-nos sobre alguns exemplos de discípulos consolados.

O primeiro está no relato de João 20,11-16: Maria Madalena que chora ao sepulcro porque se despedaçou o laço terreno com o Mestre. Jesus não a repreende, mesmo que as suas lágrimas se devam à falta de fé, à incompreensão do mistério do Ressuscitado. Muito delicadamente, interpela a mulher, entra na dor que ela vive a partir da sua situação confusa: "Por que choras? A quem procuras?". Depois, ouve a resposta estranha e equivocada: "Diga-me onde o puseste, e eu irei buscá-lo". Então, a chama pelo nome, "Maria!", uma palavra que a enche de consolação e lhe permite reconhecê-lo em verdade e plenitude.

O agir de Jesus é um modelo estupendo de consolação que, passando por cima de todos os defeitos, capta o melhor da pessoa. Ele sabia que Maria o amava e, pronunciando o seu nome, ressuscita a chama do seu amor.

O segundo exemplo refere-se aos discípulos de Emaús (Lc 24,13-35). Enquanto o episódio de Madalena representa a passagem do pranto à exultação, o dos discípulos de Emaús representa a passagem da confusão à clareza. Os dois não choram, mas estão perdidos, desiludidos porque Jesus não reconstruiu o reino de Israel; estão tristes com a morte do Mestre e, ao mesmo tempo, abalados pelas notícias de algumas mulheres que afirmam que o Senhor está vivo. Jesus aproveita a ocasião da sua desilusão e da sua confusão para explicar as Escrituras, aquecer o coração e levá-los para diante da mesa eucarística.

Aqui também, com infinita paciência, ele age positivamente, os ilumina e o faz compreender o sentido, a unidade, a ordem, a coerência, a logicidade, a necessidade dos textos sagrados. É uma espécie de lectio divina, que esclarece e aquece o coração. Os dois discípulos, sem entender quem era aquele que falava com eles, se diziam com espanto: reencontramos a paz, a serenidade, o conforto; os bloqueios que nos entristeciam foram superados, e aquelas que pareciam ser desgraças, agora sabemos lê-las como situações providenciais. Jesus realiza uma consolação tipicamente bíblica, que consiste em explicar, a partir das Escrituras, a razão de uma história, de um episódio.

Ainda em Lucas 24, o Ressuscitado aparece aos discípulos (vv. 36-42). É a passagem do medo à alegria. De fato, eles estão cheios de medo; a própria hipótese de que Jesus ressuscitou os assusta, e eles quase temem ser rejeitados, ouvirem dizer: não os conheço mais, vocês são incoerentes, mentirosos, fanfarrões.

Jesus, aqui também, não pronuncia nenhuma das palavras que eles temiam. Com imensa paciência, faz-se reconhecer: olhem, sou eu, toquem-me, deem-me de comer; ele se esforça para colocá-los à vontade, apresentando-se como um deles, próximo deles, como amigo.

Extraordinária, enfim, é a manifestação de Jesus aos discípulos no lago de Tiberíades e a conversa com Pedro, onde a passagem é da vergonha à confiança (Jo 21, 1-19). O Ressuscitado não critica ninguém: estando à margem do lago, aconselha como fazer uma boa pesca e assim enche o coração dos discípulos de satisfação humana, quase sublinhando que ele está sempre disposto a lhes ajudar.

Ainda alguns anos antes, Pedro tinha experimentado isso no lago de Tiberíades, quando tinha jogado as redes ao largo segundo a palavra do Senhor.

Quando os discípulos retornam para a orla, Jesus lhes oferece de comer, sem dizer nada, para não apressar as coisas, para fazer com que eles consigam se refocilar e repousar depois de terem trabalhado toda a noite. É um toque muito delicado.

Posteriormente, por três vezes, faz a Pedro a pergunta: "Pedro, tu me amas?", que permite implicitamente que Pedro remonte à sua traição, sem nenhuma censura.

Ao contrário, ele lhe entrega o mandato, renovando-lhe totalmente a confiança: "Apascenta os meus cordeiros, apascenta as minhas ovelhas".

Essa é verdadeiramente consolação real: não aproveitar da humilhação alheia para zombar, pôr de lado, mas sim reabilitar, restaurar a coragem, restaurar a responsabilidade. Para consolar assim, eu penso que é preciso ser como Jesus, isto é, ter em si uma grande alegria, um grande tesouro, porque então é fácil comunicá-lo. O Senhor, que tem o tesouro da sua vida divina, faz cair a consolação como um bálsamo, gota a gota. E nós, na certeza de estar em comunhão com ele, podemos fazer cair a consolação gota a gota, sem críticas nem presunção.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Regional Nordeste 2 avalia atuação pastoral


SAM 6113Os Bispos do Conselho Episcopal Pastoral (CEP) se reuniram no dia 20 de agosto, na sede do Secretariado, em Recife (PE), para tratar da vida pastoral do Regional Nordeste 2. O encontro contou com a presença dos coordenadores diocesanos de pastoral. A Semana Missionária e a participação dos jovens na JMJRio 2013 tiveram participação positiva em todas as Dioceses do regional. O bispos avaliaram de que forma o estudo 104 da CNBB “Comunidade de comunidades: uma nova paróquia” está sendo trabalhado nas dioceses, em vista das contribuições a serem encaminhadas à Conferência.
Na ocasisão, foi aprovada a pauta da próxima Assembleia Regional de Pastoral, que se realizará em Lagoa Seca (PB), no de 16 a 19 de outubro. O evento contará com a assessoria do presidente da Comissão Episcopal para a Juventude da CNBB, dom Eduardo Pinheiro, que abordará o tema “A evangelização da Juventude”, à luz dos Documentos 85 e 103 da CNBB e os frutos da Jornada Mundial da Juventude.

“Não cristãos, nunca cristãos de etiqueta! Cristãos de verdade, de coração”, refletiu o Papa no Angelus

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No Angelus do domingo, 25, Papa Francisco refletiu sobre a salvação, tema proposto pelo Evangelho do dia. O Santo Padre enfatizou que não se deve ter medo de atravessar a porta da fé em Jesus, pois Ele ilumina a vida do homem com uma luz que não se apaga nunca. Referindo-se à figura da “porta estreita”, aquela que leva à salvação, Francisco explicou que ela aparece várias vezes no Evangelho e remete à casa, ao lar, onde se encontra segurança e amor. E esta porta de salvação é o próprio Cristo.
“Ele é a porta. Ele é a passagem para a salvação. Ele nos conduz ao Pai. E a porta que é Jesus não está nunca fechada, esta porta não está nunca fechada, está aberta sempre e a todos, sem distinção, sem exclusão, sem privilégios”, disse. O Santo Padre falou ainda das várias portas existentes hoje que prometem uma felicidade, mas trata-se de algo passageiro. Ao contrário, a porta da fé em Jesus é o caminho a seguir sem medo. Ele explicou que esta porta de Jesus é estreita, pois requer a abertura do coração a Cristo. “Ser cristão é viver e testemunhar a fé na oração, nas obras de caridade, no promover a justiça, no fazer o bem. Pela porta estreita que é Cristo deve passar toda a nossa vida”.
Leia na íntegra a homilia:
Queridos irmãos e irmãs, bom dia!
O Evangelho de hoje nos convida a refletir sobre o tema da salvação. Jesus está saindo da Galileia rumo à cidade de Jerusalém e ao longo do caminho alguém – conta o evangelista Lucas – aproxima-se a Ele e lhe pergunta: “Senhor, são poucos os que se salvam?” (13, 23). Jesus não responde diretamente à pergunta: não é importante saber quantos se salvam, mas é bastante importante saber qual é o caminho da salvação. E então à pergunta Jesus responde dizendo: “Fazei todo esforço possível para entrar pela porta estreita. Porque eu vos digo que muitos tentarão entrar e não conseguirão” (v. 24). O que Jesus quer dizer? Qual é a porta pela qual devemos entrar? E porque Jesus fala de uma porta estreita?
A imagem da porta volta várias vezes no Evangelho e remete àquela da casa, do lar, onde encontramos segurança, amor, calor. Jesus nos diz que há uma porta que nos faz entrar na família de Deus, no calor da casa de Deus, da comunhão com Ele. Esta porta é o próprio Jesus (cfr Jo 10, 9). Ele é a porta. Ele é a passagem para a salvação. Ele nos conduz ao Pai. E a porta que é Jesus não está nunca fechada, esta porta não está nunca fechada, está aberta sempre e a todos, sem distinção, sem exclusão, sem privilégios. Porque, vocês sabem, Jesus não exclui ninguém. Algum de vocês poderia dizer-me: “Mas padre, com certeza eu sou excluído, porque sou um grande pecador: fiz tantas coisas más, fiz tantas, na vida”. Não, você não está excluído! Justamente por isso você é o preferido, porque Jesus prefere o pecador, sempre, para perdoá-lo, para amá-lo. Jesus está esperando você para te abraçar, te perdoar. Não ter medo: Ele te espera. Animado, tenha coragem para entrar pela sua porta. Todos são convidados a atravessar esta porta, a atravessar a porta da fé, a entrar na sua vida e a fazê-Lo entrar na nossa vida, para que Ele a transforme, a renove, dê a ela alegria plena e duradoura.
Nos dias de hoje, passamos diante de tantas portas que nos convidam a entrar prometendo uma felicidade que depois percebemos que dura somente um instante, que é um fim em si mesma e não tem futuro. Mas eu pergunto a vocês: nós, por qual porta queremos entrar? E quem queremos fazer entrar pela porta da nossa vida? Gostaria de dizer com força: não devemos ter medo de atravessar a porta da fé em Jesus, de deixá-Lo entrar sempre mais na nossa vida, de sair de nossos egoísmos, dos nossos fechamentos, das nossas indiferenças com os outros. Porque Jesus ilumina a nossa vida com uma luz que não se apaga mais. Não é um fogo de artifício, não é um flash! Não, é uma luz tranquila que dura sempre e nos dá paz. Assim é a luz que encontramos se entramos pela porta de Jesus.
Certo, aquela de Jesus é uma porta estreita, não porque seja uma sala de tortura. Não, não por isto! Mas porque nos pede para abrir o nosso coração a Ele, para reconhecer-nos pecadores, necessitados da sua salvação, do seu perdão, do seu amor, de ter humildade para acolher a sua misericórdia e fazer-nos renovar por Ele. Jesus no Evangelho nos diz que ser cristãos não é ter uma “etiqueta”! Eu pergunto a vocês: vocês são cristãos de etiqueta ou de verdade? E cada um responda para si! Não cristãos, nunca cristãos de etiqueta! Cristãos de verdade, de coração. Ser cristão é viver e testemunhar a fé na oração, nas obras de caridade, no promover a justiça, no fazer o bem. Pela porta estreita que é Cristo deve passar toda a nossa vida.
À Virgem Maria, Porta do Céu, peçamos que nos ajude a atravessar a porta da fé, a deixar que o seu Filho transforme a nossa existência como transformou a sua para levar a todos a alegria do Evangelho.
Apelo pela Síria
Com grande sofrimento e preocupação continuo acompanhando a situação na Síria. O aumento da violência em uma guerra entre irmãos, com o multiplicar dos massacres e atrocidades, que todos pudemos ver também nas terríveis imagens destes dias, leva-me mais uma vez a exortar para que cesse o barulho das armas. Não é o conflito que oferece perspectivas de esperança para resolver os problemas, mas é a capacidade de encontro e de diálogo.
Do fundo do meu coração, gostaria de manifestar a minha proximidade com a oração e a solidariedade a todas as vítimas deste conflito, a todos aqueles que sofrem, especialmente as crianças, e convidar a ter sempre viva a esperança de paz. Faço apelo à Comunidade Internacional para que se mostre mas sensível a esta trágica situação e coloque todo o seu empenho para ajudar a amada nação síria a encontrar uma solução a uma guerra que semeia destruição e morte.
Todos juntos, rezemos, todos juntos rezemos à Maria, Rainha da Paz: Maria, Rainha da Paz, rogai por nós. Todos: Maria, Rainha da Paz, rogai por nós.

Enrico Chiavacci: adeus ao teólogo do amor cristão


Enrico Chiavacci era teólogo
Por Giacomo Galeazzi
Ele protestava contra o "deus lucro" e nunca recuava quando era preciso abordar temas polêmicos como a homossexualidade, segundo a moral cristã. O teólogo padre Enrico Chiavaci morreu no último domingo (25), na paróquia de San Silvestro, em Ruffignano (Florença), da qual era pároco desde 1961.

Nascido em Siena em 1926 e ordenado presbítero em 1950, foi professor de teologia moral na Faculdade Teológica da Itália Central. Em meados dos anos 1980, a publicação da sua obra Teologia morale e vita economica (Cittadella, 1986) ofereceu uma notável contribuição para a elaboração e difusão de uma cultura da paz, da solidariedade, da libertação, dos direitos humanos.

Em 2009, ele dedicou à moral sexual na Igreja Católica vários artigos publicados pela revista de teologia e ciências da religião da Faculdade Teológica da Itália Central. "Até o século XIX, não existe nem a ideia nem o termo abstrato sexualidade", apontou Chiavacci. "Existem apenas comportamentos singulares ligados à esfera sexual, cada um com a sua própria avaliação moral. Para Santo Agostinho, a atividade sexual, lida como impulso corpóreo, é sempre algo negativo. Somente obedecer à ordem de se multiplicar pode legitimá-la. A relação sexual entre cônjuges não deve ocorrer por prazer, mas exclusivamente para a procriação, e a busca da satisfação sexual fora da intenção procriativa é pecaminosa".

E assim, antes que fosse disseminado o celibato dos sacerdotes, era recomendado aos padres uxorados [casados] que não celebrassem a missa sem antes terem se abstido por alguns dias das relações, embora legítimas, com a esposa. "Assim, quase até os nossos dias, não era conveniente que a mulher que dera à luz entrasse na igreja sem uma prévia bênção ´mulieris post partum´, prevista pelo Ritual e chamada na Itália popularmente de ´retornar ao santo´", salientou Chiavacci. "Eu mesmo, pároco de uma paróquia rural, celebrei o breve rito nos anos 1960, e era costume que a mulher entrasse na igreja coberta pela estola do celebrante. Eu me esforcei para deixar claro que o parto já era em si mesmo uma bênção que não exigia purificações posteriores, o que demonstra como ser muito idoso para um teólogo moral, no cuidado das almas há 60 anos, pode ser uma vantagem, em vez de um peso de uma tradição recebida e mantida passivamente".

Palavras que contêm a sua teologia da misericórdia que queria purificar a fé das incrustações que, ao longo dos séculos, se sedimentaram na original "simplicidade" evangélica. Contou Chiavacci: "Ainda nos anos 1960, eu, então juiz matrimonial, tive a causa de apelo de uma jovem filha de agricultores que não queria o esposo designado pelo pai para criar novas unidades agrícolas".

As suas contribuições buscam ligações entre a moral fundamental e a moral social, e declaram o seu compromisso, na colaboração ativa dentro do Pax Christi, com questões da paz e dos direitos humanos. A sua pesquisa foi decisiva para dar forma a uma teologia da paz.

Foi presidente da Associação Italiana dos Teólogos Moralistas, publicou inúmeras obras teológicas e foi um dos principais moralistas italianos. Vários dos seus relevantes artigos foram publicados nos últimos anos na revista Rocca.

Entre suas obras, encontram-se: Proposte morali tra l´antico e il nuovo (Cittadella, 1973), Dal dominio alla pace (Meridiana, 1993), Invito alla teologia morale (Queriniana, 1995), Etica e riproduzione (Le Lettere, 1995), Lezioni brevi di etica sociale (Cittadella, 1999), Lezioni brevi di bioetica (Cittadella, 2000).
Vatican Insider, 26-08-2013.

Há 14 anos, partia Dom Helder Câmara


Dom Helder Câmara: 'Esperança é crer na aventura do amor'.
Por Padre Geovane Saraiva*
Aos 27 de agosto de 1999, após completar 90 anos, vividos e bem vividos, Dom Helder foi chamado ao seio do pai.  Marcado por uma graça incomensurável, por onde passou, mesmo quando teve que ir para o ostracismo, ficando no isolamento e excluído dos meios de comunicação social, durante o regime militar, que via nele um risco e um perigo à democracia, permaneceu forte e corajoso, sem nunca se abalar, deixando marcas indeléveis.

Sua força imaginadora, sua criatividade e, sobretudo, sua capacidade de produzir e de realizar, foram extraordinárias, surgindo uma nova Igreja, uma Igreja marcada profundamente pela esperança, com ele afirmava: "Esperança é crer na aventura do amor, jogar nos homens, pular no escuro, confiando em Deus". Ele se antecipou, em ideias e vestes, ao aggiornamente que o Papa João XXIII promoveu e com o qual iria revolucionar, não apenas a Igreja, mas o nosso mundo hodierno.

Dom Helder foi um articulador, na melhor expressão da palavra, um conspirador, pensando no bem, com suas iniciativas, compartilhadas por muita gente da Igreja, desejando fazer com que a Igreja-Instituição se comprometesse e se engajasse na causa dos empobrecidos, identificando-se com seu Fundador e Mestre, Nosso senhor Jesus Cristo. Pensava e deseja ele uma Igreja pobre e mais servidora.

Daí o "Pacto das Catacumbas", de 16 de novembro de 1965, que foi uma excelente oportunidade para os bispos, pensarem e refletirem sobre eles mesmos, no sentido de fazer uma experiência devida na simplicidade e na pobreza, numa Igreja encarnada na realidade, comprometida com o povo, renunciando as aparências de riqueza, dizendo não as vaidades, consciente da justiça e da caridade, através desse documento desafiador.

Logo que chegou ao Rio de Janeiro, numa hora santa do clero, onde o cardeal Sebastião Leme criara os turnos de Adoração ao Santíssimo Sacramento, o jovem padre Helder subiu ao púlpito para o seu primeiro sermão junto aos colegas de sua nova Diocese. A figura magra, pálida, de olhos fechados, mãos trêmulas e exaltadas, pronunciou uma oração que até bem pouco era recordada pelos os padres daquela Arquidiocese do Rio.

Foi quase um escândalo: Dom Helder cobrou dos sacerdotes aquele fervor e aquele entusiasmo que no dia-a-dia ia pouco a pouco se esfriando. Parecia em transe, alçada sobre a cabeça de todos os padres da cidade do Rio de Janeiro, enumerando as tibiezas de todos e de cada um, no desamor ao trabalho pastoral, bem como a falta de garra no apostolado...

Ao assumir a Arquidiocese de Olinda e Recife, na sua mensagem, na tomada de posse, disse com firmeza: "Quem estiver sofrendo, no corpo ou na alma; quem, pobre ou rico, estiver desesperado, terá lugar especial no coração do bispo". A pregação do Evangelho foi para ele, ao mesmo tempo, candente e misericordiosa, apaixonada sensata.
Aprendamos do pastor dos empobrecidos, do cidadão planetário, referencial e nosso grande e maior patrimônio, falecido há 14 anos na cidade de Recife, PE, entre incontáveis pensamentos, neste: “Quem me dera ser leal, discreto e silencioso como a minha sombra”.
* Padre da Arquidiocese de Fortaleza, escritor, membro da Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza, da Academia de Letras dos Municípios do Estado Ceará (ALMECE) e Vice-Presidente da Previdência Sacerdotal - Pároco de Santo Afonso - geovanesaraiva@gmail.com

Convite Igreja Nossa Senhora de Loreto


sábado, 24 de agosto de 2013

PROCLAMAS MATRIMONIAIS



PARÓQUIA NOSSA SENHORA DAS CANDEIAS
ARQUIDIOCESE DE OLINDA E RECIFE

 

24 e 25 de agosto de 2013


COM O FAVOR DE DEUS E DA SANTA MÃE A IGREJA, QUEREM SE CASAR:



·        JOÃO RENAN DE ALMEIDA
E
MARIA CAROLINA DA SILVA MOURA

·        KLAUS LUDWIG  SCHILLING MACIEL
E
ANDRESSA MARIA AMORIM ANJOS

·        BRUNO FERRAZ FERREIRA
E
MARCELA MARQUES DE AZEVEDO MAIA

·        LUIZ VITAL BEZERRA CAVALCANTI NETO
E
AURÉLIA PIETRINA DA COSTA ALBUQUERQUE

·        JOSÉ FRANCISCO BRITTO FRAGA
E
AMANDA CRISTINE GUIMARÃES ALCÂNTARA FRAGA

·        EDUARDO VIEIRA DE SOUZA
E
ANDRÉA MARIA DA SILVA



                       Quem souber algum impedimento que obste à celebração destes casamentos está obrigado em   consciência a declarar.

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Escola Missionária do Vicariato Cabo realiza encontro de formação neste domingo


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Com o tema “Mística e Espiritualidade dos discípulos missionários à luz do Documento de Aparecida”, ocorre no próximo domingo, 25, a  3ª edição da Escola Missionária do Vicariato Cabo. O encontro reunirá missionários das paróquias da região episcopal. Objetivo é oferecer formação para que eles possam atuar nas suas comunidades.
O evento será realizado no Centro Social Armínio Guilherme, Centro do Cabo, de 8h às 12h. Mais informações pelo telefone 3521-9933.

Fonte:  Ir. Josevânia Alves – Pascom Vicariato Cabo

Jesus, o bom pelicano


Pelicano, o símbolo do sacrifício e da doação de si mesmo.
Por Padre Geovane Saraiva*

A Igreja de Cristo, por ser uma organização de pessoas, constituída de voluntários, exige de seus membros obrigações e vínculos, usando da liberdade de todos e cada um. Ela deseja clareza e convicção dos mesmos, ao aceitar e, disso não se pode prescindir, que o Filho de Deus, antes de subir ao Pai, falou com veemência sobre o sacramento da Eucaristia, com a seguinte afirmação: “Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém come deste pão, viverá eternamente... (cf. Jo 6, 51-71).

Temos consciência que sempre e por toda parte a refeição foi símbolo de união. Para nós, cristãos, a refeição salutar por excelência é a Eucaristia, com caráter de sacrifício e de ação de graças, como repetição do sacrifício de Cristo, no mistério pascal. No comer e beber da carne e do sangue de Cristo, já experimentamos, pela nossa fé, a eternidade, unidos na recíproca permanência, conforme as  palavras do Mestre,  que nos leva não só a compreender seu gesto maior, ao lavar os pés dos discípulos. Cabe a nós a tarefa e o desafio de procurar fazer o que ele fez, no serviço do próximo.

São Jerônimo, num comentário sobre o Salmo 102, dizia: “Sou como um pelicano do deserto, aquele pássaro bom que fustiga o peito e alimenta com o próprio sangue os seus filhos”. Ele é o símbolo do sacrifício e da doação de si mesmo. E a Eucaristia é Jesus Cristo mesmo, como pão da vida, do céu e da paz, porque nele está a redenção da humanidade.

A principal característica do pelicano é a ter consigo uma bolsa membranosa, que nela prende o bico, duas ou três vezes maior que seu estômago, com a finalidade de armazenar alimento por um determinado tempo. Assim, como a maioria das aves aquáticas, possui os dedos unidos por membranas. Eles são encontrados em todos os continentes, com exceção da Antártida; medindo até três metros, de uma asa a outra e pesando até 13 quilos. Os machos são normalmente maiores e possuem bicos mais longos que as fêmeas e alimentam-se de peixes.

Na Europa medieval eram considerados animais, especialmente zelosos e, alimentavam os filhotes com o alimento tirado da sua própria bolsa e, se chegasse a faltar alimento, eles, num modo extraordinário e divino de proceder, alimentavam os seus filhos, com o próprio sangue.

Daí o pelicano nos representar, nós que abraçamos a fé, nessa profunda simbologia da Paixão de Cristo, da Eucaristia e da auto-imolação – do cordeiro pascal. Esse tipo de ave costumava a sofrer de uma doença que o deixava com uma marca vermelha no peito. Outra versão é de que esse tipo animal tinha o hábito matar os seus filhotes e, depois, ressuscitá-los com seu sangue, o que seria análogo ao sacrifício de Jesus, ao memorial da morte e ressurreição de Cristo.

Jesus Cristo é o pássaro bom e, imprescindível, para que a nossa Igreja seja verdadeiramente pascal. É por isso que suplicamos: Ó pássaro bom! Ó pelicano bom, Senhor Jesus! Temos consciência de que Eucaristia é a renovação da aliança do Senhor com a humanidade e que através dela se realiza, de um modo contínuo a obra da Redenção. Temos convicção de que a Eucaristia é o sinal da unidade e vínculo da caridade e que também dela tende toda ação da Igreja e, ao mesmo tempo, é a fonte donde emana toda sua força (cf. SC. 522, 537, 537 e 600).

Que o pássaro bom nos ensine amar mais a Eucaristia, Sacramento no qual Jesus se acha presente, com seu corpo, sangue, alma e divindade. Ele é banquete sagrado, “o pelicano bom a nos inundar com vosso sangue, sangue no qual, através de uma só gota quis salvar o mundo inteiro” (Santo Tomás de Aquino).

Que a nossa fé na Eucaristia, possa não só nos empolgar e nos fascinar em determinados momentos da vida, mas que nos cause um forte desejo de aprender sempre e cada vez mais a vivermos animados e com esperança, como bons pelicanos, na renúncia, na doação e na generosidade, como tão bem afirmava Dom Helder: “Que eu aprenda afinal, ao menos na quinzena sagrada, a cobrir de véus o acidental e efêmero, deixando em primeiro plano, apenas, apenas, apenas o mistério da redenção”. 
*Padre da Arquidiocese de Fortaleza, escritor, membro da Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza, da Academia de Letras dos Municípios do Estado Ceará (ALMECE) e Vice-Presidente da Previdência Sacerdotal - Pároco de Santo Afonso - geovanesaraiva@gmail.com

Bispos eméritos escrevem sobre a situação da Igreja


Confira a "Carta aos Bispos do Brasil" escrita por Dom José Maria Pires (foto da capa) (arcebispo emérito da Paraíba), Dom Tomás Balduino (bispo emérito de Goiás), Dom Pedro Casaldáliga (bispo emérito de São Félix do Araguaia).

Queridos irmãos no episcopado,
Somos três bispos eméritos que, de acordo com o ensinamento do Concílio Vaticano II, apesar de não sermos mais pastores de uma Igreja local, somos sempre participantes do Colégio episcopal, e junto com o Papa, nos sentimos responsáveis pela comunhão universal da Igreja Católica.
Alegrou-nos muito a eleição do Papa Francisco no pastoreio da Igreja, pelas suas mensagens de renovação e conversão, com seus seguidos apelos a uma maior simplicidade evangélica e maior zelo de amor pastoral por toda a Igreja. Tocou-nos também a sua recente visita ao Brasil, particularmente suas palavras aos jovens e aos bispos. Isso até nos trouxe a memória do histórico Pacto das Catacumbas.
Será que nós bispos nos damos conta do que, teologicamente, significa esse novo horizonte eclesial? No Brasil, em uma entrevista, o Papa recordou a famosa máxima medieval: “Ecclesia semper renovanda”.
Por pensar nessa nossa responsabilidade como bispos da Igreja Católica, nos permitimos esse gesto de confiança de lhes escrever essas reflexões, com um pedido fraterno para que desenvolvamos um maior diálogo a respeito.
1. A Teologia do Vaticano II sobre o ministério episcopal
O Decreto Christus Dominus dedica o 2º capítulo à relação entre bispo e Igreja Particular. Cada Diocese é apresentada como “porção do Povo de Deus” (não é mais apenas um território) e afirma que, “em cada Igreja local está e opera verdadeiramente a Igreja de Cristo, una, santa, católica e apostólica” (CD 11), pois toda Igreja local não é apenas um pedaço de Igreja ou filial do Vaticano, mas é verdadeiramente Igreja de Cristo e, assim a designa o Novo Testamento (LG 22). “Cada Igreja local é congregada pelo Espírito Santo, por meio do Evangelho, tem sua consistência própria no serviço da caridade, isto é, na missão de transformar o mundo e testemunhar o Reino de Deus. Essa missão é expressa na Eucaristia e nos sacramentos. Isso é vivido na comunhão com seu pastor, o bispo”.
Essa teologia situa o bispo não acima ou fora de sua Igreja, mas como cristão inserido no rebanho e com um ministério de serviço a seus irmãos. É a partir dessa inserção que cada bispo, local ou emérito, assim como os auxiliares e os que trabalham em funções pastorais sem dioceses,todos, enquanto portadores do dom recebido de Deus na ordenação são membros do Colégio Episcopal e responsáveis pela catolicidade da Igreja.
2. A sinodalidade necessária no século XXI
A organização do papado como estrutura monárquica centralizada foi instituída a partir do pontificado de Gregório VII, em 1078. Durante o 1º milênio do Cristianismo, o primado do bispo de Roma estava organizado de forma mais colegial e a Igreja toda era mais sinodal.
O Concílio Vaticano II orientou a Igreja para a compreensão do episcopado como um ministério colegial. Essa inovação encontrou, durante o Concílio, a oposição de uma minoria inconformada. O assunto, na verdade, não foi suficientemente amarrado. Além disso, o Código de Direito Canônico, de 1983 e os documentos emanados pelo Vaticano, a partir de então, não priorizaram a colegialidade, mas restringiram a sua compreensão e criaram barreiras ao seu exercício. Isso foi em prol da centralização e crescente poder da Cúria romana, em detrimento das Conferências nacionais e continentais e do próprio Sínodo dos bispos, este de caráter apenas consultivo e não deliberativo, sendo que tais organismos detêm, junto com o Bispo de Roma, o supremo e pleno poder em relação à Igreja inteira.
Agora, o Papa Francisco parece desejar restituir às estruturas da Igreja Católica e a cada uma de nossas dioceses uma organização mais sinodal e de comunhão colegiada. Nessa orientação, ele constituiu uma comissão de cardeais de todos os continentes para estudar uma possível reforma da Cúria Romana. Entretanto, para dar passos concretos e eficientes nesse caminho – e que já está acontecendo – ele precisa da nossa participação ativa e consciente. Devemos fazer isso como forma de compreender a própria função de bispos, não como meros conselheiros e auxiliares do papa, que o ajudam à medida que ele pede ou deseja e sim como pastores, encarregados com o papa de zelar pela comunhão universal e o cuidado de todas as Igrejas.
3. O cinquentenário do Concílio
Nesse momento histórico, que coincide também com o cinqüentenário do Concílio Vaticano II, a primeira contribuição que podemos dar à Igreja é assumir nossa missão de pastores que exercem o sacerdócio do Novo Testamento, não como sacerdotes da antiga lei e sim, como profetas. Isso nos obriga colaborar efetivamente com o bispo de Roma, expressando com mais liberdade e autonomia nossa opinião sobre os assuntos que pedem uma revisão pastoral e teológica. Se os bispos de todo o mundo exercessem com mais liberdade e responsabilidade fraternas o dever do diálogo e dessem sua opinião mais livre sobre vários assuntos, certamente, se quebrariam certos tabus e a Igreja conseguiria retomar o diálogo com a humanidade, que o Papa João XXIII iniciou e o Papa Francisco está acenando.
A ocasião, pois, é de assumir o Concílio Vaticano II atualizado, superar de uma vez por todas a tentação de Cristandade, viver dentro de uma Igreja plural e pobre, de opção pelos pobres, uma eclesiologia de participação, de libertação, de diaconia, de profecia, de martírio... Uma Igreja explicitamente ecumênica, de fé e política, de integração da Nossa América, reivindicando os plenos direitos da mulher, superando a respeito os fechamentos advindos de uma eclesiologia equivocada.
Concluído o Concílio, alguns bispos – sendo muitos do Brasil – celebraram o Pacto das Catacumbas de Santa Domitila. Eles foram seguidos por aproximadamente 500 bispos nesse compromisso de radical e profunda conversão pessoal. Foi assim que se inaugurou a recepção corajosa e profética do Concílio.
Hoje, várias pessoas, em diversas partes do mundo, estão pensando num novo Pacto das Catacumbas. Por isso, desejando contribuir com a reflexão eclesial de vocês, enviamos anexo o texto original do Primeiro Pacto.
O clericalismo denunciado pelo Papa Francisco está sequestrando a centralidade do Povo de Deus na compreensão de uma Igreja, cujos membros, pelo batismo, são alçados à dignidade de “sacerdotes, profetas e reis”. O mesmo clericalismo vem excluindo o protagonismo eclesial dos leigos e leigas, fazendo o sacramento da ordem se sobrepor ao sacramento do batismo e à radical igualdade em Cristo de todos os batizados e batizadas.
Além disso, em um contexto de mundo no qual a maioria dos católicos está nos países do sul (América Latina e África), se torna importante dar à Igreja outros rostos além do costumeiro expresso na cultura ocidental. Nos nossos países, é preciso ter a liberdade de desocidentalizar a linguagem da fé e da liturgia latina, não para criarmos uma Igreja diferente, mas para enriquecermos a catolicidade eclesial.
Finalmente, está em jogo o nosso diálogo com o mundo. Está em questão qual a imagem de Deus que damos ao mundo e o testemunhamos pelo nosso modo de ser, pela linguagem de nossas celebrações e pela forma que toma nossa pastoral. Esse ponto é o que deve mais nos preocupar e exigir nossa atenção. Na Bíblia, para o Povo de Israel, “voltar ao primeiro amor”, significava retomar a mística e a espiritualidade do Êxodo.
Para as nossas Igrejas da América Latina, “voltar ao primeiro amor” é retomar a mística do Reino de Deus na caminhada junto com os pobres e a serviço de sua libertação. Em nossas dioceses, as pastorais sociais não podem ser meros apêndices da organização eclesial ou expressões menores do nosso cuidado pastoral. Ao contrário, é o que nos constitui como Igreja, assembleia reunida pelo Espírito para testemunhar que o Reino está vindo e que de fato oramos e desejamos: venha o teu Reino!
Esta hora é, sem dúvida, sobretudo para nós bispos, com urgência, a hora da ação. O Papa Francisco ao dirigir-se aos jovens na Jornada Mundial e ao dar-lhes apoio nas suas mobilizações, assim se expressou: “Quero que a Igreja saia às ruas”. Isso faz eco à entusiástica palavra do apóstolo Paulo aos Romanos: “É hora de despertar, é hora e de vestir as armas da luz” (13,11). Seja essa a nossa mística e nosso mais profundo amor.
Abraços, com fraterna amizade.
Dom José Maria Pires, arcebispo emérito da Paraíba. Dom Tomás Balduino, bispo emérito de Goiás. Dom Pedro Casaldáliga, bispo emérito de São Félix do Araguaia. 15 de agosto de 2013.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Curso de Comunicação para Bispos será realizado em Jaboatão dos Guararapes


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Restam apenas 20 vagas para o Curso de Comunicação para Bispos que será realizado de 4 a 8 de novembro, em Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife. O evento é destinado exclusivamente ao episcopado brasileiro, com assessoria da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação da CNBB. Os bispos terão a oportunidade de aprender a teoria e a prática das novas mídias sociais digitais. O convite é aberto a todos os bispos que desejam refletir sobre os desafios da evangelização no contexto da cultura gerada pelas novas tecnologias. As inscrições podem ser feitas pelo e-mail ou telefone: (61) 2103.8366 – comsocial@cnbb.org.br
O evento contará com a participação do presidente do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais, dom Claudio Maria Celli, que tem sido um dos grandes incentivadores do processo de formação dos bispos na cultura midiática para a evangelização. A assessora da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação da CNBB, Ir. Élide Fogolari, comenta que “as novas tecnologias vêm provocando uma cultura acelerada em toda a sociedade e também na Igreja. Desejamos que o episcopado possa entender como comunicar com a comunidade presente na Igreja através da cultura massiva e da cultura digital”.
Teoria e práticaA novidade será a metodologia de trabalho composta por teoria e prática, com painéis voltados ao diálogo e revisão de teorias comunicacionais da era digital na cultura da evangelização e participação efetiva nos laboratórios, para praticar e conhecer as técnicas de produção em jornal, impresso e online, programas de rádio, internet e mídias sociais digitais. Os painéis e as práticas laboratoriais contarão com assessoria de professores e especialistas da comunicação. “O curso será bem elementar para a criação de conta de e-mail, configuração da parte estética e visual dos correios eletrônicos. Além disso, serão oferecidas dicas práticas de cada ferramenta, como as mídias sociais digitais, entre elas o facebook, modos de compartilhamento, de integração e interatividade”, explica o assessor da RIIBRA (Rede de Informática da Igreja no Brasil), padre Clóvis Andrade Melo.
Cultura midiáticaO tema central do curso será “Comunicação e evangelização na era digital: uma abordagem teórico-prática” e o objetivo é refletir sobre as práticas e os desafios da evangelização no contexto da cultura gerada pelas novas tecnologias. “Ninguém está fora da sociedade em rede. Então a Comissão deseja ajudar os bispos a perceberem a importância da presença efetiva e afetiva nas redes sociais. Não é considerar apenas o modismo das novas tecnologias, mas como meios de expressão e de existência”, ressalta padre Clóvis.

Fonte: CNBB

Padres ajudarão a divulgar a campanha Eleições Limpas nas 111 paróquias


1185485_705563586136490_1410059866_nConscientizar os fiéis sobre a Reforma Política e colher assinaturas para o projeto de lei de iniciativa popular Eleições Limpas. Esta é a missão dos sacerdotes da Arquidiocese de Olinda e Recife. Na Reunião do Clero, ocorrida nesta terça-feira, 20, os padres receberam informações e kits com formulários para serem disponibilizados nas paróquias.
O secretário geral da Ordem dos Advogados do Brasil Secção Pernambuco, Sílvio Pessoa, apresentou as propostas do projeto que além da Arquidiocese de Olinda e Recife é apoiado por várias instituições do país.  ”A Lei das Eleições Limpas é uma tentativa da OAB junto com outras entidades com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) de contribuir para tentar melhorar a qualidade da representação política que nós temos hoje no Brasil. Ela tem vários artigos que tentam criar formas de combater a corrupção, diminuir o déficit de legitimidade democrática, a distância que existe entre eleitos e eleitores e tentar combater o ‘caixa 2′ em campanha. Então, é uma série de medidas que tentam tornar as eleições mais limpas”, revelou Pessoa.
Assista a reportagem exibida na Rede Vida sobre a Campanha Eleições Limpas
Dom Fernando acredita que por ser uma ideia que partiu de organizações populares a campanha alcançará o objetivo. “É uma parceria importante porque o projeto de Reforma Política sendo de iniciativa popular terá mais aceitação pelo povo conforme já foi comprovado pelas pesquisas. Estamos torcendo para que, de fato, este  projeto vá para frente para que nas eleições do próximo ano já possa entrar em ação”, afirmou o arcebispo metropolitano, Dom Fernando Saburido.
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O pároco da Paróquia São Sebastião, no Vasco da Gama, padre Amaurílio Machado, acredita que o projeto vai proporcionar melhorias ao país. “Os padre são lideres. Eles vão assinar e pedir que os fiéis assinem. Afinal, quem é que não quer um Brasil melhor? Um Brasil com mais educação, com mais saúde. É através da pressão popular e organizada como aconteceu com a Ficha Limpa que nós chegaremos lá”, disse.
Cerca de 150 kits com formulários foram entregues aos padres. Os formulários podem reproduzidos através de fotocópias e entregues na Cúria Metropolitana, no bairro das Graças, Zona Norte do Recife. Quem quiser obter os materiais da campanha (cartilha, logomarca e formulário) ou fazer a assinatura eletrônica de adesão, pode acessar o site https://eleicoeslimpas.org.br .

Da Assessoria de Comunicação AOR

Evangelho do dia

Ano C - 21 de agosto de 2013

Mateus 20,1-6

Aleluia, aleluia, aleluia.
A palavra do Senhor é viva e eficaz: ela julga os pensamentos e as intenções do coração (Hb 4,12). 


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
20 1 Disse Jesus: “O Reino dos céus é semelhante a um pai de família que saiu ao romper da manhã, a fim de contratar operários para sua vinha.
2 Ajustou com eles um denário por dia e enviou-os para sua vinha.
3 Cerca da terceira hora, saiu ainda e viu alguns que estavam na praça sem fazer nada”.
4 Disse-lhes ele: ‘Ide também vós para minha vinha e vos darei o justo salário’.
5 Eles foram. À sexta hora saiu de novo e igualmente pela nona hora, e fez o mesmo.
6 Finalmente, pela undécima hora, encontrou ainda outros na praça e perguntou-lhes: ‘Por que estais todo o dia sem fazer nada?’
7 Eles responderam: ‘É porque ninguém nos contratou’. Disse-lhes ele, então: ‘Ide vós também para minha vinha’.
8 Ao cair da tarde, o senhor da vinha disse a seu feitor: ‘Chama os operários e paga-lhes, começando pelos últimos até os primeiros’.
9 Vieram aqueles da undécima hora e receberam cada qual um denário.
10 Chegando por sua vez os primeiros, julgavam que haviam de receber mais. Mas só receberam cada qual um denário.
11 Ao receberem, murmuravam contra o pai de família, dizendo:
12 ‘Os últimos só trabalharam uma hora e deste-lhes tanto como a nós, que suportamos o peso do dia e do calor’.
13 O senhor, porém, observou a um deles: ‘Meu amigo, não te faço injustiça. Não contrataste comigo um denário?
14 Toma o que é teu e vai-te. Eu quero dar a este último tanto quanto a ti.
15 Ou não me é permitido fazer dos meus bens o que me apraz? Porventura vês com maus olhos que eu seja bom?’
16 Assim, pois, os últimos serão os primeiros e os primeiros serão os últimos”.
Palavra da Salvação.

Comentário do Evangelho
OPERÁRIOS DA ÚLTIMA HORA
Os adversários de Jesus irritavam-se com a acolhida que ele dispensava a todos quantos eram vítimas da marginalização social e religiosa de sua época. Sua extraordinária misericórdia levava-o a fazer-se solidário das vítimas do desprezo e da arrogância. Todos, sem distinção, tinham lugar no seu coração.
A parábola do proprietário de uma plantação de uvas ilustra esta sua disposição interior. A bondade do vinhateiro levou-o a sair sucessivas vezes para contratar operários para sua plantação, de modo a não haver indivíduos ociosos na praça. Até mesmo uma hora antes de terminar o expediente diário, ele saiu à procura de desocupados para lhes dar trabalho. Surpreendente é que, na hora de acertar as contas, os da última hora receberam tanto quanto os da primeira hora. Isto foi motivo de protesto para estes últimos, que consideraram injustiça receber salário idêntico aos que trabalharam pouco.
O dono da vinha - imagem de Deus - age com misericórdia e bondade. E se recusa a fazer discriminações indevidas entre os seus diaristas. Uma justiça, falsamente entendida, tê-lo-ia levado a pagar aos últimos uma quantia bem inferior do que aquela paga aos primeiros. No caso de Deus, consistiria em conceder salvação abundante a uns, e relegar os demais a uma espécie de desprezo. Entretanto, como o modo divino de agir vai na direção contrária, a justiça é superada pela misericórdia. E todos são, igualmente, objetos de seu amor.

Oração
Espírito de bondade misericordiosa, que minha vida seja pautada pelo modo divino de agir, porque manifesta sua preferência por quem é vítima da marginalização.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Leitura
Juízes 9,6-15
Leitura do livro dos Juízes.
Naquele tempo, 9 6 juntaram-se então todos os siquemitas com todos os de Bet-Melo, e vieram junto do terebinto da estela que havia em Siquém, onde proclamaram rei Abimelec.
7 Sabendo disso, subiu Joatão ao cimo do monte Garizim e exclamou: "Ouvi-me, homens de Siquém, para que Deus vos ouça!
8 As árvores resolveram um dia eleger um rei para governá-las e disseram à oliveira: ‘reina sobre nós!’
9 Mas ela respondeu: ‘renunciarei, porventura, ao meu óleo que constitui minha glória aos olhos de Deus e dos homens, para colocar-me acima das outras árvores?’
10 E as árvores disseram à figueira: ‘vem tu, e reina sobre nós!’
11 Mas a figueira disse-lhes: ‘poderia eu, porventura, renunciar à doçura de meu delicioso fruto, para colocar-me acima das outras árvores?’
12 E as árvores disseram à videira: ‘vem tu, reina sobre nós!’
13 Mas a videira respondeu: ‘poderia eu renunciar ao meu vinho que faz a alegria de Deus e dos homens, para colocar-me acima das outras árvores?’
14 E todas as árvores disseram ao espinheiro: ‘vem tu, reina sobre nós!’
15 E o espinheiro respondeu: ‘se realmente me quereis escolher para reinar sobre vós, vinde e abrigai-vos debaixo de minha sombra; mas, se não o quereis, saia fogo do espinheiro e devore os cedros do Líbano!’
Palavra do Senhor.
Salmo 20/21
Ó Senhor, em vossa força o rei se alegra.
Ó Senhor, em vossa força o rei se alegra;
quanto exulta de alegria em vosso auxílio!
O que sonhou seu coração, lhe concedestes;
não recusastes os pedidos de seus lábios.

Com bênção generosa o preparastes;
de ouro puro coroastes sua fronte.
A vida ele pediu e vós lhe destes,
longos dias, vida longa pelos séculos.

É grande a sua glória em vosso auxílio;
de esplendor e majestade o revestistes.
Transformastes o seu nome numa bênção
e o cobristes de alegria em vossa face.
Oração
Ó Deus, que, para defender a fé católica e restaurar todas as coisas em Cristo, cumulastes o papa são Pio 10º de sabedoria divina e coragem apostólica, fazei-nos alcançar o prêmio eterno, dóceis às suas instruções e seus exemplos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Bento XVI fala sobre renúncia: 'foi vontade de Deus'


Cidade do Vaticano - O papa emérito Bento XVI afirmou que foi Deus quem lhe disse para renunciar a seu pontificado. Durante uma das poucas visitas privadas concedidas após a renúncia, Bento XVI, ao ser perguntado por um dos presentes pelas razões de sua decisão, respondeu: "Deus me disse".
O papa emérito explicou que não se tratou "de nenhum tipo de aparição ou nenhum fenômeno deste tipo, mas foi uma experiência mística" na qual o Senhor fez crescer em seu coração "um desejo absoluto de permanecer a sós com ele, recolhido na oração".
Além disso, Bento XVI comentou que, à medida que observa o carisma do papa Francisco, se dá mais conta que sua escolha de renunciar ao pontificado foi "a vontade de Deus".
Durante o encontro com a imprensa, o papa emérito afirmou que prefere "não comentar ou revelar segredos, além de não concedre declarações que poderiam pesar como as palavras ditas pelo outro papa, mas mantém a discrição que sempre o caracterizou". Bento XVI finalizou dizendo que "observa satisfeito as maravilhas que o Espírito Santo está fazendo com seu sucessor, e como sua decisão de renunciar foi uma inspiração recebida Dele".
SIR

Maria Victoria e a vitória da vida sobre o Kronos


Bebê recém-nascido: verdadeira aula de teologia.
Quem disse que a vida se resume ao tempo cronológico e se submete a seus limites e padrões?  Quem pensa que há ocasiões em que já passou da hora, já é tarde, não é mais tempo para certas coisas?  Quem não acredita que o tempo de Deus independe da sucessão dos dias e da caducidade dos seres criados?

Maria Victoria, nascida no último dia 19 de julho, responde a todas essas perguntas.  Chegou com mais de quatro quilos e muito mais de 50 centímetros.  Linda, rosada, bochechuda. Chegou quando todos pensavam que já estava encerrado o capítulo dos nascimentos na família.  Chegou surpreendendo, espantando, trazendo o novo e o imprevisível para dentro do previsível e do provável.  E lá estávamos nós todos que achávamos que já tínhamos vivido todas as emoções ligadas a nascimentos, partos e gestações, ansiosos e emocionados à espera do anúncio de sua vinda ao mundo.

Quando a cortina se abriu, e ela apareceu atrás do vidro, chorando valentemente e fazendo biquinho, o mundo voltou a começar, em clima de estreia, novinho em folha e cheio de frescor.  Para nós, irmãos, avós, tios e tias, primos e primas, era novamente uma experiência única, a de ver seu rostinho e com sua pessoinha travar conhecimento.

A rotina que se seguiu, qual seja, fraldas, banhos, leite, chorinho, etc. parecia ser vivida como por vez primeira.  Porque sua protagonista era única e nunca havia antes experimentado essa louca aventura antes.  Sua irmã de seis anos, que antes, naquele mesmo hospital, também cometia a audácia de nascer, agora a carregava no colo, cheia de cuidados e desvelos.  A irmã maior tirava fotos sobre fotos e mandava para todos no celular.  E mãe e pai trocavam olhares carinhosos, se davam as mãos e contemplavam o fruto bendito de suas entranhas como se fosse a primeira vez. 

Maria Victoria chegou desmentindo estatísticas e prognósticos que marcam limites para a vida acontecer. Chegou depois, posterior.  E, no entanto com sabor de primeira. De única.  De primogênita. Assim, dissolveu preocupações e temores com seu primeiro choro e seu rostinho redondo.  Instalou-se na vida com uma naturalidade de fazer gosto.  E ali segue.  Mamando, dormindo, sorrindo para os anjos enquanto sonha.  E fazendo a casa gravitar em torno de sua pessoinha.

Já participa da família que se tornou maior com sua chegada.  No Dia dos Pais teve até o pezinho pintado de “guache” vermelho para ser “impresso” na cartolina onde os outros irmãos registraram as palmas das mãos e escreveram declarações de amor ao paizão orgulhoso.  Já não se imagina a família sem ela.  Já é membro pleno e integral desse grupo humano que se pergunta como conseguiu viver até agora sem sua presença adorável.

Sem nem desconfiar disso, nossa mais nova bebezinha está nos dando uma aula de teologia.  Ela nos ensina que no âmbito da fé as leis do kronos (do tempo submetido à caducidade e que se esvai e é contado em dias, horas e minutos) é substituído pelo kairós, tempo de Deus, que só em Deus encontra sua unidade de medida.  Não se trata mais, pois, de um tempo submetido à erosão, à decadência e à caducidade, mas um tempo onde as coisas são permanentemente renovadas, feitas novas, pelo Espírito que a tudo recria e renova. 

É isso que diz São Paulo em sua segunda carta aos cristãos de Corinto.  Somos todos novas criaturas, novas “crianças”.  Pois em Cristo as coisas velhas passaram e tudo se fez novo.  E por isso, as coisas não mais podem ser medidas com os parâmetros temporais de antes.  O cristão não apenas espera um novo céu e uma nova terra, mas já vive de fato, agora, uma nova ordem de coisas, uma nova criação.

E embora esta novidade esteja ainda sendo parida, às vezes dolorosamente, na verdade já está acontecendo plenamente para todos aqueles que vivem em Cristo.  Para eles e elas, para nós, já chegou a plenitude dos tempos.  E é o Espírito Santo, Espírito Criador e vivificador quem realiza e atesta todo este novo, essas coisas tornadas novas, fazendo de todos novas criaturas.

Maria Victoria, minha quinta neta, com seu menos de um mês de idade, revela isso de maneira esplendida e bela.   É só olhar para ela que não se pode deixar de crer que em Deus tudo é renovado e as coisas antigas passam, assim como a figura deste mundo.  É só vê-la dormir, mamar, mexer as perninhas que é fácil crer na lufada de ar fresco que o Espírito envia sobre toda a humanidade a cada momento e a cada minuto.

Resta pedir a Deus que a partir dela e de todas as demonstrações de beleza e fidelidade que o Criador não para de derramar sobre nós, possamos igualmente perceber sua novidade, que não passa mesmo quando esta não apresentar o rostinho redondo, rosado e lindo de Maria Victoria.  Pois a primeira coisa que o Espírito renova, se nós assim o consentirmos humildemente, é nosso olhar, que passa a ver tudo de uma nova maneira e em nova perspectiva.

Querida Vicky – Maria Victoria nossa – seja bem-vinda!  E continue a dar-nos essas maravilhosas aulas de teologia com o simples fato de sua existência.  Nós te amamos muito!

Maria Clara Bingemer é teóloga, professora e decana do Centro de Teologia e Ciências Humanas da PUC-Rio. É autora de diversos livros, entre eles, ¿Un rostro para Dios?, de 2008, e A globalização e os jesuítas, de 2007. Escreveu também vários artigos no campo da Teologia.