quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Santo Afonso Rodrigues

 
O irmão leigo Afonso Rodrigues, natural de Segóvia, Espanha, nasceu em 25 de julho de 1532, e pertencia a uma família pobre e profundamente cristã. Após viver uma sucessão de fatalidades pessoais, Afonso encontrou seu caminho na fé.


Tudo começou quando Afonso tinha dezesseis anos. Seu pai, um simples comerciante de tecidos, morreu de repente. Vendo a difícil situação de sua mãe, sozinha para sustentar os onze filhos, parou de estudar. Para manter a casa, passou a vender tecidos, aproveitando a clientela que seu pai deixara.
Em 1555, aconselhado por sua mãe, casou e teve dois filhos. Mas novamente a fatalidade fez-se presente no seu lar. Primeiro, foi a jovem esposa que adoeceu e logo morreu; em seguida, faleceram os dois filhos, um após o outro. Abatido pelas perdas, descuidou dos negócios, perdeu o pouco que tinha e, para piorar, ficou sem crédito.
Sem rumo, tentou voltar aos estudos, mas não se saiu bem nas provas e não pôde cursar a Faculdade de Valência.
Afonso entrou, então, numa profunda crise espiritual. Retirado na própria casa, rezou, meditou muito e resolveu dedicar sua vida completamente a serviço de Deus, servindo aos semelhantes. Ingressou como irmão leigo na Companhia de Jesus em 1571. E foi um noviciado de sucesso, pois foi enviado para trabalhar no colégio de formação de padres jesuítas em Palma, na ilha de Maiorca, onde encontrou a plena realização da vida e terminou seus dias.
No colégio, exerceu somente a simples e humilde função de porteiro, por quarenta e seis anos. Se materialmente não ocupava posição de destaque, espiritualmente era dos mais engrandecidos entre os irmãos. Recebera dons especiais e muitas manifestações místicas o cercavam, como visões, previsões, prodígios e cura.
E assim, apesar de porteiro, foi orientador espiritual de muitos religiosos e leigos, que buscavam sua sabedoria e conselho. Mas um se destacava. Era Pedro Claver, um dos maiores missionários da Ordem, que jamais abandonou os seus ensinamentos e também ganhou a santidade. Outro foi o missionário Jerônimo Moranto, martirizado no México, que seguiu, sempre, sua orientação.
Afonso sofreu de fortes dores físicas durante dois anos, antes de morrer em 31 de outubro de 1617, lá mesmo no colégio. Foi canonizado em 1888, pelo papa Leão XIII, junto com são Pedro Claver, seu discípulo, conhecido como o Apostolo dos Escravos. Santo Afonso Rodrigues deixou uma obra escrita resumida em três volumes, mas de grande valor teológico, onde relatou com detalhes a riqueza de sua espiritualidade mística. A sua festa litúrgica é comemorada no dia de sua morte.
A Igreja também celebra hoje a memória dos santos: Antônio de Milão e Foilano.

Homilia do Papa: S. Paulo, exemplo de amor a Cristo



Cidade do Vaticano (RV) – Papa Francisco celebrou uma Santa Missa, na manhã desta quinta-feira, na Capela São Sebastião, no interior da Basílica Vaticana, onde está sepultado o bem-aventurado João Paulo II.

Todas as quintas-feiras, um grupo de fiéis poloneses participa da celebração Eucarística, na Capela São Sebastião, onde descansam os restos mortais de seu compatriota Karol Wojtyla. Mas, hoje, a celebração foi presidida pelo Papa Francisco, que pronunciou uma homilia, partindo das leituras da Liturgia do dia.

Em sua reflexão, o Santo Padre destacou dois aspectos principais: a “segurança de São Paulo”, em relação ao amor a Cristo, e a “tristeza de Jesus” em relação a Jerusalém.

A respeito da “segurança de Paulo”, o Bispo de Roma citou as palavras do próprio Apóstolo: “Ninguém poderá me separar do amor de Cristo”, Com efeito, Paulo amava tanto o Senhor, porque o havia visto, encontrado e mudado a sua vida por ele, a ponto de declarar este seu amor inseparável a Cristo.

Por causa deste amor, o Senhor tornou-se o centro da sua vida; nada o separou do amor a Cristo: nem as perseguições, as enfermidades, as traições, todas as vicissitudes da sua vida. O amor a Cristo era seu ponto de referência. E o Papa acrescentou:

Sem o amor de Cristo, sem viver este amor, sem reconhecê-lo, nutrir-nos deste amor, não podemos ser cristãos. O cristão é aquele que se sente atraído pelo olhar do Senhor, se sente amado e salvo pelo Senhor até o fim”.

Depois desta relação de amor de Paulo com Cristo, o Pontífice citou um segundo aspecto, extraído da Liturgia da Palavra de hoje: a “tristeza de Jesus” ao olhar Jerusalém e ao chorar por ela. Jerusalém não havia entendido o amor e a ternura de Deus. Ela não soube ser fiel a Jesus, não se deixou amar e tampouco amou o Senhor. Aliás, o rejeitou. E o Papa explicou:

Estes dois ícones de hoje: por um lado, Paulo, que permaneceu fiel ao amor de Jesus, até o fim, suportando tudo por amor. Não obstante, sentia-se pecador, mas, ao mesmo tempo amado pelo Senhor. Por outro, a cidade e o povo infiel, que não aceita o amor de Jesus ou o aceita à metade, segundo a própria conveniência”.

Por isso, o Bispo de Roma exortou os fiéis presentes na celebração Eucarística, a imitarem a figura de São Paulo, a sua coragem, que vem do amor a Jesus; a contemplarem a fidelidade do Apóstolo e a infidelidade de Jerusalém. E concluiu: que o bem-aventurado João Paulo II nos ajude a imitar o amor que o Apóstolo Paulo nutria por Jesus. (Sedoc-MT)


Texto proveniente da página do site da Rádio Vaticano

A Igreja no Brasil não pode perder a Amazônia: a gratidão ao Papa Francisco



  Manaus (RV) - O programa de trabalhos desta quarta-feira, 30, no I Encontro da Igreja Católica na Amazônia Legal se encerrou com uma missa presidida por Dom Cláudio Hummes, Presidente da Comissão Episcopal para a Amazônia, e concelebrada por todos os bispos e sacerdotes participantes do Encontro, na Catedral de Manaus.

A missa foi bastante animada por cantos e teve um momento sugestivo quando os bispos passaram pela nave da Catedral e acenderam as velas que os fiéis tinham em suas mãos. Com muito entusiasmo, o Cardeal Hummes fez uma homilia centrada no papel da Igreja junto ao povo para reivindicar seu direito de voz.

Referindo-se aos grandes projetos do Governo que agridem o meio ambiente sem que as populações locais sejam ouvidas, Dom Cláudio lançou o desafio: “Como fazer de Jesus Cristo uma notícia que transforme o coração e as mentes daqueles que impõem estes projetos?”. A resposta, indicou, está no novo tempo de luz e graça para a Igreja que chegou com o Papa Francisco.

Partindo do desejo do Papa de uma Igreja pobre para os pobres, que abata os muros e chegue às pessoas, o cardeal frisou o significado do verbo “ir”: “É preciso abrir as portas, como faz Jesus, que bate à portas para entrar em nossas vidas e fazer a Ceia conosco. Não há fé sem caridade”, clamou, terminando: “O Papa tem um grande amor pela Amazônia e por vocês!”.

Este tema já havia sido tocado durante a pauta da manhã, no Auditório da Maromba. “A Igreja no Brasil não pode perder a Amazônia” foi a frase do dia.

Depois do almoço, a programação prosseguiu de forma diferente, com os bispos divididos em grupos de discussões em salas da faculdade de Filosofia e Teologia, situada ao lado do Centro de Estudos.

Dom Leonardo Steiner, Secretário-Geral da CNBB, falou com a RV sobre os trabalhos da tarde desta quarta-feira, 30, e da iniciativa dos participantes de escreverem uma carta de agradecimento ao Pontífice. Para ouvir, clique acima.

De Manaus, Cristiane Murray



Texto proveniente da página  do site da Rádio Vaticano
http://pt.radiovaticana.va/news/2013/10/31/a_igreja_no_brasil_n%C3%A3o_pode_perder_a_amaz%C3%B4nia:_a_gratid%C3%A3o_ao_papa/bra-742299

Periferias existenciais e família: a mensagem do Papa à Assembleia do Conselho Mundial de Igrejas



Busan (RV) – Teve início esta quarta-feira em Busan, na Coreia do Sul, a X Assembleia Geral do Conselho Mundial de Igrejas (CMI).

Até o dia 8 de outubro, os membros do Conselho debaterão o tema “Deus da Vida, leva-nos à justiça e à paz”. A Assembleia é o órgão de gestão mais importante do CMI e é convocada a cada sete anos. Participam mais de três mil representantes de 345 Igrejas e comunidades eclesiais. A Assembleia precedente foi realizada em 2006 em Porto Alegre (RS).

O Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, Card. Kurt Koch, leu esta manhã a mensagem do Papa Francisco, em que reitera o empenho da Igreja Católica a continuar a cooperação de longa data com o Conselho. O Pontífice destaca que “o mundo globalizado requer dos cristãos o testemunho do valor da dignidade da pessoa que vem de Deus”, defendendo a educação integral dos jovens e uma promoção da pessoa que permita aos indivíduos e às comunidades crescerem em liberdade.

O Papa Francisco pede apoio às famílias, célula fundamental da sociedade, e garantias para que não seja impedido o exercício da liberdade religiosa.

“Em fidelidade ao Evangelho – explica o Francisco – somos chamados a alcançar todos os que se encontram nas periferias existenciais da sociedade e a levar solidariedade aos irmãos e às irmãs mais vulneráveis”. E o Papa cita nomeadamente “os pobres, os deficientes, os nascituros e os doentes, os migrantes e os refugiados, os idosos e os jovens sem emprego”.

Por fim, o Pontífice garante a sua oração para que a “Assembleia contribua a dar novo impulso vital e nova visão a todos os que estão empenhados na causa sagrada da unidade dos cristãos”.

O Secretário do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, Dom Brian Farrell, guia a delegação oficial católica, composta por 25 pessoas. A Igreja Católica, mesmo não sendo membro do CMI, colabora ativamente com o organismo, através principalmente do “Grupo Misto de Trabalho”, instituído em 1965. A Rádio Vaticano acompanha os trabalhos da Assembleia com a enviada, Philippa Hitchen.

(BF)



Texto proveniente da página  do site da Rádio Vaticano
http://pt.radiovaticana.va/news/2013/10/30/periferias_existenciais_e_fam%C3%ADlia:_a_mensagem_do_papa_%C3%A0_assembleia_do/bra-742027

Consistório para criação de novos Cardeais é marcado para fevereiro de 2014

De acordo com a agência católica francesa “I-Media”, a Santa Sé está se preparando para realizar um Consistório para a criação de novos Cardeais em fevereiro de 2014.
Apesar de já ter data marcada para o Consistório, dias 19 e 20 de fevereiro, a lista dos novos Cardeais ainda não está preparada, mas os nomes de Dom Gerhard Ludwig Müller, Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé; Dom Beniamino Stella, novo Prefeito da Congregação para o Clero; e Dom Pietro Parolin, Secretário de Estado, são cotados, pois atualmente estes prelados estão à frente de postos normalmente ocupados por Cardeais.Até a ocasião, 14 vagas estarão disponíveis, devido o limite de idade de oitenta anos para participar da votação em um eventual Conclave.
Nomes de Arcebispos de sedes consideradas tradicionalmente de “cardinalícias”, como Turin e Veneza, também são falados. Além de Dom Orani João Tempesta, Arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro, que por ocasião da Jornada Mundial da Juventude, foi chamado de Cardeal pelo Papa Francisco durante seu pronunciamento no final da missa de envio, indicando o possível título a ser recebido pelo prelado brasileiro.
Fonte: Gaudium Press

Arquidiocese abre inscrições para o I Seminário de bens culturais da Igreja

cartaz-seminario-culturalEstão abertas as inscrições para o primeiro Seminário Arquidiocesano de bens culturais da Igreja, que acontecerá nos dias 26 e 27 de novembro. Os interessados podem pegar o folder com a ficha de inscrição na Paróquia São Paulo Apóstolo, em Jardim São Paulo, ou na sede da Cúria Metropolitana, nas Graças. O seminário será promovido pela Arquidiocese de Olinda e Recife, por meio da Comissão Arquidiocesana de Pastoral para a Cultura com o apoio da Livraria Jaqueira.
São apenas 200 vagas e as inscrições seguirão até o dia 20 de novembro. O investimento é de R$ 100 para profissionais e de R$ 50 para estudantes. A taxa dá direito a dois almoços e dois coffee breaks, ônibus e acesso aos locais para as visitas técnicas. A ficha deve ser preenchida e enviada juntamente com o comprovante de pagamento para capcultura@aor-pe.org.br ou bensculturaisdaigreja@gmail.com.
O seminário que será realizado no auditório da Faculdade Frassinetti do Recife (Fafire) terá como público-alvo, além de religiosos, irmandades e confrarias arquidiocesanas, ordens seculares, secretários paroquiais, arquitetos, museólogos, historiadores e demais profissionais de áreas afins, bem como estudantes.
A programação do primeiro Seminário Arquidiocesano de bens culturais da Igreja terá não só palestras ministradas por profissionais reconhecidos na área em todo o Brasil, mas também visitas técnicas a locais de preservação em Olinda e Recife. O objetivo do evento é a partilha de experiências e parcerias entre a Igreja e outras instituições que se dedicam à defesa e conservação dos bens culturais.
Outras informações
PARÓQUIA SÃO PAULO APÓSTOLO
Praça de Jardim São Paulo, 45 – JARDIM SÃO PAULO
Tel.: 3455.8767
Da Assessoria de Comunicação AOR

Arquidiocese sediará Curso de comunicação para os bispos da Igreja no Brasil

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O Nordeste sediará pela primeira vez o Curso de Comunicação para os bispos da Igreja no Brasil e será a Arquidiocese de Olinda e Recife a anfitriã desse evento. Entre os dias 4 e 8 de novembro, cerca de 60 epíscopos participarão de palestras, debates e oficinas práticas de comunicação. O encontro acontecerá na Colônia Salesiana, em Jaboatão dos Guararapes e contará com a presença do cardeal prefeito do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais, no Vaticano, Dom Claudio Maria Celli. A abertura será às 16h, na ocasião, o cardeal será recebido por Dom Fernando Saburido e autoridades civis do Estado.
O curso terá como tema “Comunicação e evangelização na era digital: uma abordagem teórico-prática”. O objetivo é oferecer aos bispos espaços de reflexão e debate sobre a comunicação, a natureza de suas práticas e os desafios da evangelização da Igreja no Brasil no contexto da cultura gerada pelas novas tecnologias. Dentre os participantes, estará presente o presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e arcebispo de Aparecida do Norte (SP), o cardeal Dom Raymundo Damasceno.
Para uma maior eficiência do curso serão unidas as teorias e práticas da comunicação. Pela manhã, serão exibidos painéis que favoreçam a reflexão e o diálogo voltados para a revisão das teorias comunicacionais na era digital. Já na parte da tarde, os bispos participarão de laboratórios onde terão a oportunidade de conhecer e manipular técnicas e linguagens da televisão, oratória, mídia training, produção de jornal impresso e online, programas de rádio, internet e mídias sociais digitais.
“Serão dias extremamente ricos. Onde, nós como pastores, poderemos nos atualizar sobre as diversas plataformas de comunicação, especialmente, as que estão presentes na mídia digital”, afirmou o arcebispo de Olinda e Recife, que também participará do curso. “A Igreja está atenta às mudanças do tempo e não pretende ficar de fora da evolução. Nossa arquidiocese tem a comunicação como um dos pilares do seu projeto de renovação pastoral”, acrescentou Dom Saburido.

Da Assessoria de Comunicação AOR

Evangelho do dia

Ano C - 31 de outubro de 2013

Lucas 13,31-35

Aleluia, aleluia, aleluia.
Bendito é o rei que vem em nome do Senhor! Glória a Deus nos altos céus e na terra paz aos homens! (Lc 19,38;2,14)


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
13 31 No mesmo dia chegaram alguns dos fariseus, dizendo a Jesus: “Sai e vai-te daqui, porque Herodes te quer matar”.
32 Disse-lhes ele: “Ide dizer a essa raposa: eis que expulso demônios e faço curas hoje e amanhã; e ao terceiro dia terminarei a minha vida.
33 É necessário, todavia, que eu caminhe hoje, amanhã e depois de amanhã, porque não é admissível que um profeta morra fora de Jerusalém.
34 Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os enviados de Deus, quantas vezes quis ajuntar os teus filhos, como a galinha abriga a sua ninhada debaixo das asas, mas não o quiseste!
35 Eis que vos ficará deserta a vossa casa. Digo-vos, porém, que não me vereis até que venha o dia em que digais: ‘Bendito o que vem em nome do Senhor!’”
Palavra da Salvação.

Comentário do Evangelho
SEM MEDO DOS PREPOTENTES
É interessante notar como alguns fariseus tenham ido avisar Jesus a respeito das intenções assassinas de Herodes. A hostilidade deles contra o Mestre, e as contínuas controvérsias entre eles, leva-nos a suspeitar de suas reais intenções. À primeira vista, tem-se a impressão de que os fariseus queriam proteger Jesus das tramas do facínora Herodes. Este já havia eliminado João Batista. Agora, queria eliminar também Jesus. Quiçá desejassem evitar complicações com os romanos, supondo-se ser Jesus deveras um revolucionário, um sublevador da ordem. Contudo, a notória hipocrisia dos fariseus recomendava pôr em xeque suas boas intenções. Não conseguiram, porém, enredar o Mestre nesta trama.
Jesus sabia serem eles emissários de Herodes, com quem pactuavam. Por isso, mandou-os de volta com um recado para aquela "raposa" política.
Apesar das ameaças, o Mestre levaria em frente sua missão, sem se intimidar com a prepotência e a arrogância de Herodes. O conselho mal-intencionado dos fariseus jamais haveria de demovê-lo do caminho traçado pelo Pai. Sua missão só chegaria ao fim, quando o Pai assim o determinasse. Seria inútil querer detê-lo, servindo-se de malícia ou de astúcia.
Foi vão o projeto assassino de Herodes contra Jesus. Este "privilégio" caberia a Jerusalém, a Cidade Santa, que se tornou assassina dos enviados de Deus. A morte de Jesus seria mais uma demonstração da vocação desta cidade: ser assassina dos profetas.

Oração
Espírito de firmeza e determinação, fortalece minha fé, de modo a predispor-me para enfrentar e vencer todas as forças contrárias à minha decisão de ser fiel ao projeto do Pai.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Leitura
Romanos 8,31-39
Leitura da carta de são Paulo aos Romanos.
8 31 Que diremos depois disso? Se Deus é por nós, quem será contra nós?
32 Aquele que não poupou seu próprio Filho, mas que por todos nós o entregou, como não nos dará também com ele todas as coisas?
33 Quem poderia acusar os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica.
34 Quem os condenará? Cristo Jesus, que morreu, ou melhor, que ressuscitou, que está à mão direita de Deus, é quem intercede por nós!
35 Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação? A angústia? A perseguição? A fome? A nudez? O perigo? A espada?
36 Realmente, está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte o dia inteiro; somos tratados como gado destinado ao matadouro.
37 Mas, em todas essas coisas, somos mais que vencedores pela virtude daquele que nos amou.
38 Pois estou persuadido de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem o presente, nem o futuro, nem as potestades,
39 nem as alturas, nem os abismos, nem outra qualquer criatura nos poderá apartar do amor que Deus nos testemunha em Cristo Jesus, nosso Senhor.
Palavra do Senhor.
Salmo 108/109
Salvai-me, Senhor, segundo a vossa bondade!

Agi a meu favor, ó Senhor Deus,
por amor do vosso nome, libertai-me,
pois vossa lealdade é benfazeja!
Necessitado e infeliz, eis o que sou,
dentro de mim meu coração está ferido!

Senhor, meu Deus, vinde ajudar-me e salvar-me
segundo vosso amor e compaixão.
Para que nisso reconheçam vossa mão
e saibam que sois vós que o fizestes!

Celebrarei o meu Senhor em alta voz,
em meio à multidão hei de louvá-lo.
Pois ele defende o indigente e o salva
daqueles que condenam sua alma.
Oração
Deus eterno e todo-poderoso, aumentai em nós a fé, a esperança e a caridade e dai-nos amar o que ordenais para conseguirmos o que prometeis. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Apresentar Maria como garantia da grandeza feminina

A Mãe de Jesus nos mostra um Deus capaz de manifestar o seu modo de ser feminino e masculino.

Devotos rezam a Maria: contato pessoal com Deus.
Por Irmã Lina Boff*
A grandeza feminina se expressa, sobretudo, na sua vocação de ser mulher, a de ser mãe, promotora e defensora da Nova Criação. Esta penetra a feminilidade, redime-a e exalta-a. Foi o modo de ser mulher de Maria. Como mãe ela testemunha sua vocação de ser a alma dos fatos da história da salvação de seu povo, pois ela encarna o espírito desses fatos, identifica Deus e seu mistério na história de milhões de mulheres, sobretudo dos meios populares de todos os Continentes, quando afirma um Deus histórico, porque intervém com sua justiça, um Deus ético porque liberta. Daí nasce a identificação de tantas mulheres pobres com Maria de Nazaré.

Maria nos dá a conhecer o modo de ser feminino e o modo de ser masculino do Deus Comunidade relacionada com a pessoa humana. Ela nos mostra um Deus que irrompe como um Deus pessoal, capaz de entrar em relação com as pessoas, capaz de manifestar o seu modo de ser feminino e o seu modo de ser masculino como caminho novo a ser feito pela mulher e pelo homem, juntos, ombro-a-ombro, na promoção e na defesa da Nova Criação, para que o Projeto da Comunidade divina, chegue à sua plenitude em Jesus Cristo.

O ser mulher e o ser homem tem, agora, um novo conteúdo: o de viver o Novo céu e a Nova terra ainda encobertos, evocando o mistério de Deus que transcende o masculino e o feminino, mistério que está além, e acima das imagens, dos nomes que lhe atribuímos, e ultrapassar as experiências de fé que fazemos a partir do nosso contexto. Deste modo, Maria garante a prática solidária da mulher de hoje.

O Espírito que fecundou Maria de Nazaré protagoniza a solidariedade concreta de todas as pessoas de boa vontade; resgata a presença de Maria na promoção da vida; garante a palavra do Espírito na boca de profetas e profetisas, sejam estas e estes, menores e maiores, mesmo que sejam rechaçados antes que acolhidos. A Mulher de Nazaré dá testemunho destas qualidades humanas e divinas doadas pelo Espírito. Dá provas deste testemunho quando Lucas nos apresenta Maria que se dá pressa em ajudar Isabel que necessita de seu serviço para acolher o filho prestes a nascer, João Batista. Neste momento histórico Maria prorrompe, sem meias medidas, com o Cântico da libertação salvadora, o Magníficat. O Evangelho, defronte às múltiplas servidões do mundo moderno e pós-moderno, terá uma das suas fortes expressões no testemunho fraterno e sororal de todas as comprometidas com a causa dos povos excluídos, para garantir a presença da mulher promotora da vida. Defronte a tal realidade, homem e mulher, precisam alimentar-se de uma mística, intimamente, ligada à espiritualidade que nasce da fé-vida para se abrirem ao Espírito que dá sentido a toda a ação evangelizadora.

Apresentar Maria como garantia da grandeza feminina nos dá uma visão global conhecida como o Retorno do Feminino, que não é referente somente à mulher, mas ao homem e à mulher juntos. É o retorno da outra metade da humanidade que espera ser libertada da servidão da modernidade e da violência. É o retorno da espiritualidade que irrompe do Espírito que vem em socorro da nossa fraqueza e intercede por nós com gemidos inexprimíveis (cf. Rom 8).
A12, 11-10-2013.
* Irmã Lina Boff é teóloga e professora da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.

A Igreja e a questão social

A Igreja sabe que o homem é o caminho e a meta da salvação anunciada por Cristo.

Madre Teresa de Calcutá: 'A fé em ação se chama caridade e a caridade em ação se chama serviço'.
Por Dom Roberto Francisco Ferreria Paz
Vigora no seio da nossa cultura cosmopolita mundial, que se conhece com o nome de globalização, a tendência de desconhecer e até contestar o direito da Igreja em tratar a questão social. O velho laicismo liberal queria excluí-la do espaço público e o novo laicismo de corte ateu e materialista a condenar a irrelevância e a insignificância. No entanto a Igreja é portadora de uma Boa Nova para a sociedade. O Reino de Jesus não está só dentro de nós, mas no meio de nós, gera a esperança de fazer acontecer cada momento de muitas relações mais plenamente humanas.

A Igreja, mestra em humanidade e peregrina, sabe que o homem é o caminho e a meta da salvação anunciada por Cristo. Salvação integral que envolve toda a pessoa e todas as pessoas. Por isso, a evangelização está intrinsecamente ligada a justiça, a promoção da dignidade da pessoa humana e a defesa de seus direitos fundamentais.

A fé em ação se chama caridade e a caridade em ação se chama serviço, sempre afirmava a Bem Aventurada Teresa de Calcutá. Uma fé sem obras, sem compromisso, sem superação das injustiças é uma fé morta. A vida cristã é fermento transformador, catalisador de mudanças na linha da plenitude e da libertação da pessoa humana, senão seria um embuste e uma piedosa alienação.

Com isso, não esquecemos a perspectiva escatológica, a abertura para a consumação da história na parusia; mas deve ficar claro que a vida eterna, plena e abundante já começou e tem que se verificar em sinais visíveis e transparentes da ressurreição, da fraternidade e amor reconciliado na justiça e no perdão.

Por isso, os cristãos vão ao encontro dos pobres para com eles e como eles, construir uma humanidade nova, sem excluídos, para celebrar integralmente com todos(as) o banquete do Reino. A questão social hoje, interliga três agendas: a agenda azul da paz e do diálogo, a agenda marrom da pobreza e da miséria e a agenda verde da preservação do planeta. Somos desafiados a uma justiça maior que a espécie humana, uma justiça ambiental e climática, que garanta a todos os seres vivos a conviviabilidade harmônica na casa comum da Mãe Terra.

Caberá aos cristãos e, em especial, a Igreja Católica, serva e mestra da humanidade, anunciar uma globalização alternativa: a globalização da esperança e da solidariedade. Neste momento crucial da história humana não há mais possibilidade para uma nova arca de Noé, ou somos capazes de derrotar a barbárie e a violência com a civilização do amor, da simplicidade e da partilha ou sucumbiremos todos. Somos convidados a converter-nos a uma vida mais simples e equitativa que espelhe as bem aventuranças, que nos ajude a instaurar na terra a cultura do bem viver e do bem conviver, onde caibam todos os povos e nações, e toda a vida seja sagrada e respeitada. Deus seja louvado!
A12, 28-10-2013.
*Dom Roberto Francisco Ferreria Paz é Bispo de Campos (RJ).

'Eu também tive dúvidas de fé', diz papa Francisco

Apesar dos momentos de desorientação, pontífice convida fieis a confiarem na ajuda de Deus.

Francisco: 'Quem de nós não experimentou inseguranças?'
Por Domenico Agasso Jr.
O amor de Deus queima inclusive os pecados. Se os homens estão unidos, a fé se fortalece. Todos, inclusive o papa Francisco, viveram ou vivem desorientações e dúvidas no caminho da fé. A afirmação é do Pontífice e foi feita durante a audiência geral desta quarta-feira (30) na Praça São Pedro, durante a qual refletiu sobre “uma realidade muito singela da nossa fé, ou seja, a comunhão dos santos”. Francisco recordou que “o Catecismo da Igreja Católica nos recorda que com esta expressão” indicam-se duas realidades: “a comunhão com as coisas santas e a comunhão entre as pessoas santas” (n. 948).
O papa deteve-se sobre o “segundo significado: trata-se de uma das mais consolidadas verdades da nossa fé, porque nos recorda que não estamos sozinhos, mas que existe uma comunhão de vida entre todos os que pertencem à Igreja. Uma comunhão que nasce da fé”. De fato, “o termo ‘santos’ refere-se aos que creem no Senhor Jesus e se incorporaram a Ele na Igreja mediante o Batismo. Por isso, os primeiros cristãos eram chamados de ‘santos’ (cf. At 9,13.32.41; Rm 8,27; 1 Cor 6,1)”.
"O Evangelho de João – continuou – demonstra que, antes da sua Paixão, Jesus rezou ao Pai pela comunhão entre os discípulos com estas palavras: ´Que todos sejam um: assim como tu, Pai, estás em mim e eu em ti, que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste´ (17,21). A Igreja – explicou Francisco –, em sua verdade mais profunda, é comunhão com Deus, familiaridade com Deus, comunhão de amor com Cristo e com o Pai no Espírito Santo, que se alarga em uma comunidade fraterna".
É por isso que “esta relação entre Jesus e o Pai é a ´matriz´ do vínculo entre nós cristãos: se estamos intimamente incluídos na ‘matriz’, nesta fornalha ardente de amor que é a Trindade, então podemos nos converter em um só coração e uma só alma, porque o amor de Deus queima os nossos egoísmos, os nossos prejuízos, as nossas divisões interiores e exteriores. O amor de Deus queima inclusive os nossos pecados".
O papa destacou que "se existe esta firmeza na fonte do Amor, que é Deus, então se verifica também o movimento recíproco: dos irmãos a Deus; a experiência da comunhão fraterna me conduz à comunhão com Deus". "Estar unidos entre nós – disse – nos conduz a estar unidos com Deus, a este vínculo com Deus que é nosso Pai. Nossa fé necessita do apoio dos outros, especialmente nos momentos difíceis. E se nós permanecemos unidos, a fé se fortalece. Que bonito é apoiarmo-nos uns aos outros na maravilhosa aventura da fé!".

O pontífice indicou que existe uma tendência de "fechar-se no privado" que influenciou inclusive "o âmbito religioso. Por esta razão, em muitas ocasiões, custa-nos pedir a ajuda espiritual daqueles que compartilham conosco a experiência cristã".

"Quem de nós (todos, todos!), quem de nós não experimentou inseguranças, desorientações e inclusive dúvidas no caminho da fé? Todos! Todos experimentamos isto, inclusive eu – revelou. Todos. Faz parte do caminho da fé, faz parte da nossa vida. Tudo isto não nos deve surpreender, porque somos seres humanos, marcados pela fragilidade e pelos limites. Todos somos frágeis, todos temos limites, não se espantem. Todos os temos!"

"No entanto – acrescentou Francisco –, nestes tempos difíceis é necessário confiar na ajuda de Deus, mediante a oração filial e, ao mesmo tempo, é importante encontrar a coragem e a humildade para nos abrir aos outros para pedir ajuda, para pedir uma mão. ‘Dá-me a tua mão, tenho este problema´". O papa se perguntou: "´Quantas vezes fizemos isto?’ E depois conseguimos superar o problema e encontrar a Deus novamente. Nesta comunhão (comunhão que quer dizer ‘comum união’, todos unidos, comum união), nesta comunhão somos uma grande família, todos nós, onde todos os elementos se ajudam e se apóiam entre si”.

O Bispo de Roma culminou sua audiência geral, reiterando sua preocupação e proximidade com o sofrimento da querida nação iraquiana. O papa Francisco convidou para rezar para que cesse a trágica e constante violência, se impulsione a reconciliação e se afiance a paz: “Ao final da audiência saudarei uma delegação de superintendentes iraquianos, acompanhada pelo cardeal Tauran, Presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso. Convido-os a rezar pela querida nação do Iraque, lamentavelmente atingida, diariamente, pelos trágicos episódios de violência, para que encontre o caminho da reconciliação, da paz, da unidade e da estabilidade”.
Vatican Insider, 30-10-2013.

A imparcialidade de Dom Helder e do Papa Francisco



Dom Helder Câmara e papa Francisco: bispos próximos dos sacerdotes. (Foto: Arquivo)
Padre Geovane Saraiva*

Talhado para coisas mais elevadas, Dom Helder Câmara jamais se acostumou com a miséria, a dor e o sofrimento humano; não os via como normal e natural esse estado de coisas, porque machuca o rosto amoroso de Deus e contraria sua santa vontade. Por isso mesmo decidiu, com grande obstinação, ternura e a coragem de pastor, levantar sua voz e lutar contra essa realidade da mais alta relevância, até então vista com a maior naturalidade, num ardente desejo de minimizá-la e mesmo derrotá-la.

Quanta simplicidade, humildade e abertura, ao elevar seus louvores, preces e clamores ao Deus Criador e Pai! Sempre à luz da palavra divina, na mais absoluta confiança, sem se afastar da pedagogia de que lhe era peculiar, na mais profunda atitude de imparcialidade, voltava-se para um Deus justo, acolhedor e terno, no dizer do Livro Sagrado: “Senhor é um juiz que não faz discriminação de pessoas. Ele não é parcial em prejuízo do pobre, mas escuta, sim, as súplicas dos oprimidos; jamais despreza a súplica do órfão, nem da viúva, quando desabafa suas mágoas” (Eclo 35, 15-17).

Ao assumir a Arquidiocese de Olinda e Recife em abril de 1964, na sua mensagem, na tomada de posse, estas foram, entre outras, as palavras do pastor dos empobrecidos: "Quem estiver sofrendo, no corpo ou na alma; quem, pobre ou rico, estiver desesperado, terá lugar especial no coração do bispo". O anúncio do Evangelho foi para ele, ao mesmo tempo, candente e misericordioso, apaixonada sensata. Na hipótese de usar de parcialidade, sempre era no sentido de favorecer os menos favorecidos, os "sem voz e sem vez".

Não posso jamais me esquecer do que está na minha mente e no coração, no sentido de enriquecer este nosso texto, a sensibilidade e o não indiferentismo, na paixão de muitos irmãos e mesmo do planeta, bem como as palavras encantadoras do querido Papa Francisco, do dia 16 de setembro de 2013, no encontro com clero de Roma, sua diocese, porque o Papa é o bispo de Roma, ao afirmar: “Nós, bispos, devemos está próximos dos sacerdotes, devemos ser caridosos com o próximo e os mais próximos são os sacerdotes. Os mais próximos do bispo são os sacerdotes (aplausos)! Vale também o contrário (risos e aplausos)! O mais próximo dos padres deve ser o bispo. A caridade para com o próximo, o mais próximo é o meu bispo. O bispo deve dizer: os mais próximos são os meus padres (...)”.

Ao celebrar 25 anos de ministério sacerdotal (14/08/2013), motivo de agradecimento ao bom Deus pelo nosso humilde trabalho e realizações em favor do Reino de Deus, na nossa Arquidiocese de Fortaleza, coloquei também como algo relevante, a exemplo de Dom Helder e agora de Francisco, o Sumo Pontífice, nossa humilde lavra literária, nos livros já publicados e, como colunista do Jornal O Povo de Fortaleza, além de ser articulista das revistas digitais: www.domtotal.com, www.revistamissoes.org.br , www.catolicanet.com.br , entre outras.

Não posso deixar de registrar uma especial mensagem, que muito me honrou, entre muitas, do querido Arcebispo Metropolitano de Brasília, Dom Sergio da Rocha, na sua incomensurável generosidade, ao dizer-me: "Caro Padre Geovane Saraiva, estive rezando especialmente por você, por ocasião do seu Jubileu Sacerdotal. Porém, naquele dia não consegui me comunicar por telefone com você. Somente nestes dias, consegui novamente o seu e-mail com Dona Geralda, pois mudanças no provedor me fizeram perder a lista de contatos. Desejo que você, pela graça de Deus, seja sempre fiel e, por isso, feliz, em sua vida e ministério sacerdotal. Deus o abençoe sempre. Abraço! +Sergio da Rocha".

Diversos amigos e colegas, tendo por base a comunhão afetiva e efetiva, perguntaram-me pela presença do nosso Arcebispo de Fortaleza, Dom José Antônio e, se ele tinha enviado uma mensagem alusiva ao meu jubileu, para que fosse lida no final da celebração, dentre os quais, Padre José Maria Cavalcante Costa, Padre Evaristo Marcos, Padre José Fernandes de Oliveira, Padre Francisco de Assis Apolônio. Compreendi essa preocupação como um gesto grandioso e inenarrável, desejando eles enaltecer ainda mais a celebração eucarística dos meus 25 anos de vida e ministério sacerdotal, na palavra do pastor desta Igreja de Fortaleza. Aprendamos irmãos e irmãs, do cidadão planetário e artesão da paz, Dom Helder Câmara, com sua voz profética quanto imparcial, consciente de que a prece do humilde atravessa as nuvens e chega aos céus; também do papa Francisco, na sua assertiva: “Nós, bispos, devemos está próximos dos sacerdotes”.

Concluo nosso pequeno artigo com as palavras citadas pelo Romano Pontífice, sobre a mulher servidora e imparcial por excelência, Maria Mãe de Deus e Senhora Nossa, no dia 16 de maio de 2013: “Mãe da beleza, que floresce da fidelidade ao trabalho cotidiano, despertai-nos da inércia e da indolência, da mesquinhez e do derrotismo. Reveste os Pastores daquela compaixão que unifica e integra: descobriremos a alegria de uma Igreja serva, humilde e fraterna”. Assim seja!
* Padre da Arquidiocese de Fortaleza, escritor, membro da Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza, da Academia de Letras dos Municípios do Estado Ceará (ALMECE) e Vice-Presidente da Previdência Sacerdotal - Pároco de Santo Afonso. É autor dos livros “O peregrino da Paz”, “Nascido Para as Coisas Maiores”, “A Ternura de um Pastor”, “A Esperança Tem Nome”, "Dom Helder: sonhos e utopias" e "25 Anos sobre Águas Sagradas”.

EUA espionou Bergoglio durante o Conclave


EUA espionou Bergoglio, que se tornaria papa, durante o Conclave
A Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos (NSA) espionou as conversas telefônicas na Cidade do Vaticano e também as que ocorreram na residência onde se hospedou o cardeal argentino Jorge Bergoglio (foto), antes do Conclave que o elegeu Papa, segundo o próximo número do semanário italiano “Panorama”.

Segundo o semanário, que cita documentos que teriam sido acessados pelos ex-técnico da CIA, Edward Snowden, entre as 46 milhões de conversas telefônicas que se diz que a NSA interceptou na Itália, muitas delas se localizavam na Cidade do Vaticano.

O semanário “Panorama”, que adiantou uma parte da informação que publicará em seu número à venda na próxima sexta-feira, fala de um período de 10 de dezembro de 2012 a 8 de janeiro de 2013, mas “que se suspeita” que a espionagem continuou após ser conhecido o anúncio da renúncia ao pontificado do papa Bento XVI, que se efetivou no dia 28 de fevereiro.

O semanário de informação geral acrescenta que a espionagem ocorreu durante todo o Conclave para escolher o novo Papa.

EUA nega

A NSA, responsável pela espionagem eletrônica dos EUA, disse nesta quarta-feira que não espionou o Vaticano e considerou falsa a reportagem de uma revista italiana que acusou a agência de ter conduzido a atividade.

"A Agência de Segurança Nacional não alveja o Vaticano. Afirmações de que a NSA alvejou o Vaticano, publicadas na revista italiana Panorama, não são verdadeiras", afirmou a porta-voz da agência, Vanee Vines, em comunicado.

A revista informou nesta quarta-feira que a NSA escutou telefonemas do Vaticano, incluindo possivelmente quando o sucessor do ex-papa Bento 16 estava em discussão, mas a Santa Sé disse que não tinha conhecimento de qualquer atividade.

A Panorama afirmou que entre os 46 milhões de telefonemas acompanhados pela agência na Itália, de 10 de dezembro de 2012 a 08 de janeiro de 2013, estavam conversas de e para o Vaticano.

Em um comunicado à imprensa antes da publicação completa na quinta-feira, a Panorama afirmou que a "NSA grampeou o papa". A publicação não citou nenhuma fonte de suas informações.

Questionado sobre a reportagem, o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, disse: "Nós não temos conhecimento de nada sobre esta questão e, em todo caso, não temos preocupação com isso."

Reportagens com base em revelações de Edward Snowden, ex-agente de inteligência dos EUA considerado fugitivo em seu país natal e que recebeu asilo na Rússia, disseram que a NSA espionou cidadãos franceses no mesmo período.

Angela Merkel

Na semana passada, o governo alemão pareceu ter confirmado que o telefone celular da chanceler Angela Merkel foi monitorado por espiões norte-americanos. A questão também tem causado problemas de Washington com Brasil e China.

A Panorama disse que os telefonemas gravados do Vaticano foram catalogados pela NSA em quatro categorias: intenções de liderança, ameaças ao sistema financeiro, objetivos da política externa e direitos humanos.

Bento 16 renunciou em 28 de fevereiro e seu sucessor, o papa Francisco, foi eleito em 13 de março.

"Teme-se" que as chamadas telefônicas tenham sido ouvidas até o início do conclave que elegeu Francisco, o ex-cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio, segundo a revista Panorama.

A revista informou que também havia a suspeita de que a residência de Roma, onde alguns cardeais viveram antes do conclave, incluindo o futuro papa, foi monitorada.
Reuters