sexta-feira, 2 de agosto de 2013

“Enchei-vos” será realizado no dia 25 de agosto


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O movimento Renovação Carismática da Arquidiocese de Olinda e Recife promove no dia 25 de agosto o encontro “Enchei-vos do Espírito de Deus”. O evento será realizado no Chevrolet Hall, em Olinda.  O tema a ser refletido pelos fiéis  ”Esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé” (1 Jo 5, 48).
O “Enchei-vos” será realizado no período da tarde. A abertura da casa de shows será às 12h. Quando será iniciada a programação com a meditação do Terço. Em seguida, haverá momento de louvor. A Missa será celebrada às 13h.
Os participantes assistirão a palestra “Enchei-vos de uma fé viva” ministrada pelo fundador da Fraternidade O Caminho, padre Gilson Sobreiro. Está previsto também um Momento Mariano com a Consagração a Nossa Senhora. A Adoração ao Santíssimo Sacramento começará às 19h e será conduzida pelo padre Gilson e pelo presidente da Comissão Arquidiocesana de Pastoral para a Liturgia, padre Nilson Lourenço.
O encontro será transmitido ao vivo através do Twitter do movimento (RCCOlinda). Há ainda uma página no Facebook dedicada ao evento.
1012906_558957890835330_1621153544_nAs camisas já estão sendo vendidas e podem ser adquiridas no escritório da Renovação Carismática, no centro do Recife, ou nos grupos de oração das paróquias. O valor das camisas é R$ 20,00. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 3423-3459 ou pelo e-mail: comunicacaorccolindaerecife@gmail.com .
Escritório da Renovação Carismática
Rua do Riachuelo, 105 – 3º andar – Boa Vista – Recife
Fone: 3423-3459
Da Assessoria de Comunicação AOR

Dom Fernando celebra Missa de Lançamento do XVI Congresso da Região Nordeste do ECC


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A Arquidiocese de Olinda e Recife sediará em agosto de 2014 o XVI Congresso da Região Nordeste do Encontro de Casais com Cristo (ECC). Para marcar a preparação e contagem regressiva para o evento, o arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, preside Missa de Lançamento no dia 3 de agosto. A celebração será às 19h, no Convento São Félix de Cantalice no bairro do Pina.
O congresso deverá reunirá cerca de 500 participantes entre diretores espirituais,  casais (arqui)diocesanos e regionais do ECC dos nove estados e de 62 dioceses do Nordeste. O evento terá como sede o Teatro Tabocas e alguns espaços do Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda. Serão realizados 15 painéis, 3 palestras e  15 círculos de estudos.
Realizado a cada dois ano, o congresso regional já teve o Recife como sede em 1988. O encontro, que será realizado entre os dias 29 e 31 de agosto de 2014, tem como tema “Família: Berço para a vida, protagonista da fé”. O lema é bíblico e foi escolhido a partir do livro de Felipenses: “Lutando juntos numa só alma pela fé do Evangelho”.
O casal coordenador regional Nordeste 2 do ECC, Marcelino e Eliane ressalta que o encontro segue os pilares deste Serviço-Escola da Igreja Católica. “Envolvidos no Espírito de Comunhão e tendo como base os princípios da Doação, Pobreza, Simplicidade, Alegria e Oração, o evento proporcionará momentos de evangelização, formação e reflexão, contribuindo no crescimento espiritual e humano”, afirmaram os coordenadores.

Missa de Lançamento do XVI Congresso da Região Nordeste do Encontro de Casais com Cristo (ECC)
Local: Convento São Felix de Cantalice
Rua Elias Gomes, 72 – Pina – Recife
Dia: 3 de agosto de 2013
Horário: 19h
Da Assessoria de Comunicação AOR

Diocese de Pesqueira celebrará 95 anos com missa presidida por Dom Fernando Saburido


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Para celebrar 95 anos, a Diocese de Pesqueira (PE) prepara programação especial nesta sexta-feira, 2 de agosto. Pela manhã, sacerdotes da região participam de encontro de convivência e confraternização ao lado do bispo diocesano, Dom José Luiz.
O arcebispo metropolitano de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, foi convidado e preside Concelebração Eucarística na Catedral Diocesana Santa Águeda a partir das 19h. Sacerdotes, religiosas, seminaristas, leigos e leigas de toda a diocese participarão da Missa .
A celebração dos 95 anos da Diocese de Pesqueira faz parte do projeto “Vida e Missão Rumo ao Centenário”. O evento é preparatório para celebração dos 100 anos da diocese que ocorrerá no dia 2 de agosto de 1918.franquia

Com informações da Pascom – Diocese de Pesqueira

Jovens enviam ao Papa seu compromisso de vida 'pós-JMJ'


Rio de Janeiro - Durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ Rio 2013), o papa Francisco pediu que todos os jovens sejam protagonistas de suas vidas e não fiquem parados na varanda da história. Milhões de jovens voltaram para casa com um compromisso para o seu futuro: envolver-se, doar-se inteiramente pelo Evangelho e por Jesus Cristo.
Para reunir o compromisso dos jovens, o Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais lança uma iniciativa através do site Pope2You (www.pope2you.net).  Além de textos, os jovens poderão enviar fotos e vídeos partilhando com o mundo e o Papa Francisco o seu próprio compromisso de vida depois da JMJ Rio2013.
Para participar, os jovens podem entrar no site e fazer o envio direto. Também é possível através das redes sociais, como o Facebook e o Twitter, utilizando uma hashtag especial. Para os jovens de língua portuguesa, a hashtag é #MinhaVidaSerá. Em espanhol, será # MiVidaSerà, os jovens de língua inglesa utilizarão # MyLifeWillBe e os franceses, # MaVieSera.
SIR/Arquidiocese do Rio

Ricos em celeiros ou de coração?


Somos livres diante do dinheiro que temos ou que queremos adquirir? Essa é uma das questões que devemos responder, como cristãos, como discípulos de Cristo.

Por Raymond Gravel
No caminho para Jerusalém, por entre incidentes, encontros e palavras que pontuam a viagem, Lucas nos ensina como tornar-se discípulos do Jesus ressuscitado. No domingo passado, aprendemos a rezar; no próximo domingo, aprenderemos a vigilância nas responsabilidades que nos são confiadas; hoje, aprendemos como nos guardar das falsas seguranças, que consistem em acumular sempre mais bens materiais para si mesmos em vez de buscar partilhá-los com os outros. A questão que nos é colocada é a seguinte: queremos nos tornar ricos de celeiros ou de coração? Que mensagens podemos tirar da Palavra de Deus de hoje?

1. O dinheiro

Qual é a nossa atitude em relação ao dinheiro? Queremos sempre mais dinheiro para garantir o nosso futuro? Como nós o ganhamos? Somos livres diante do dinheiro que temos ou que queremos adquirir? Estas são as questões que devemos responder, como cristãos, como discípulos de Cristo.

O teólogo francês Michel Hubaut escreve: “Alguns arruínam sua saúde em horas extras para poder pagar uma segunda casa, outros se indispõem para sempre com sua própria família por brigas de herança ou perdem o sono e o apetite seguindo as flutuações das bolsas de valores. Uns e outros sacrificam tudo, descanso, equilíbrio pessoal, vida familiar, os simples prazeres do presente para se prepararem para o futuro! Aumentar sua fortuna, construir, ampliar, tornar-se rico, sempre mais rico... para desfrutar da sua aposentadoria! Assim, o homem é capaz de prever tudo, exceto o infarto e o acidente que, esta mesma noite, o levará brutalmente!”.

Este é o sentido do evangelho de hoje... Não que o dinheiro seja ruim, mas ele não deve ser o objetivo último da nossa vida. Há ricos que são livres em relação ao dinheiro e há pobres que são escravos dele. Podemos mesmo dizer que a riqueza material deve ser diretamente proporcional à riqueza do coração, para alcançar um melhor equilíbrio. Por quê? Lucas escreve: “Tenham cuidado com qualquer tipo de ganância. Porque, mesmo que alguém tenha muitas coisas, a sua vida não depende de seus bens” (Lc 12, 15). E é verdade, pois sendo ricos ou pobres, todos morreremos! A parábola que Lucas é o único a contar quer ilustrar perfeitamente esta dura realidade.

2. Ricos em celeiros

No sistema capitalista que é o nosso, devemos ser vigilantes. Em nome do lucro, os dirigentes de empresas muitas vezes estão dispostos a sacrificar a segurança das pessoas para obter mais dinheiro. Temos o exemplo do que aconteceu há três semanas em Lac Mégantic [Referência ao acidente de trem ocorrido no começo de julho no centro desta cidade. O trem transportava derivados de petróleo. Com o descarrilamento, vários tanques pegaram fogo e explodiram, causando a morte de quase 50 pessoas e a destruição de cerca de 30 edifícios. (Nota do tradutor)]. Um desastre humano e ecológico ocorreu e pode ocorrer em outros lugares também, caso não fizermos nada para mudar a situação. Em nome do capital econômico e do lucro, as pessoas são capazes de destruir o planeta. É assim em todos os lugares onde o capitalismo é visto como um deus. Tomemos como exemplo as comunidades religiosas missionárias da América do Sul que há muitos anos denunciam a atitude das empresas mineradoras canadenses que exploram os pobres e que destroem o ambiente.

Recordemos também a última grande crise econômica nos Estados Unidos, onde pudemos ver a irresponsabilidade e a imoralidade de alguns dirigentes de empresas ou de bancos que se concederam bônus exorbitantes e injustificados, de sorte que o presidente Obama se viu obrigado a intervir para parar este flagelo. O afã do ganho espreita a todas e todos. Neste campo, o ser humano é capaz das piores injustiças e das piores atrocidades para poder enriquecer. O homem rico da parábola diz a si mesmo: “Então resolveu: ‘Já sei o que fazer! Vou derrubar meus celeiros e construir outros maiores; e neles vou guardar todo o meu trigo, junto com os meus bens. Então poderei dizer a mim mesmo: meu caro, você possui um bom estoque, uma reserva para muitos anos; descanse, coma e beba, alegre-se!’” (Lc 12, 18-19).

Por outro lado, pode acontecer o que os ricos não podem prever: “Mas Deus lhe disse: ‘Louco! Nesta mesma noite você vai ter que devolver a sua vida. E as coisas que você preparou, para quem vão ficar?’” (Lc 12, 20). Isso não significa que não devemos ser previdentes em relação ao nosso futuro, mas que devemos amontoar, não egoisticamente para nós mesmos, mas em vista de compartilhar suas riquezas com os outros, sobretudo os mais pobres. Lucas acrescenta: “Assim acontece com quem ajunta tesouros para si mesmo, mas não é rico para Deus”. Este é o mesmo sentido que encontramos na primeira leitura de hoje do livro do Eclesiastes: “Vaidade das vaidades, dizia o Eclesiastes. Vaidade das vaidades, tudo é vaidade!” (Ecl 1, 2).

3. Ricos de coração

Como tornar-se rico de coração? Quando se sabe que a vida é efêmera, que acreditamos na vida após a morte, que temos a profunda convicção de que somos filhas e filhos de Deus por causa do Cristo da Páscoa e que já somos ressuscitados com ele, devemos desenvolver a riqueza do coração. Na segunda leitura de hoje, o autor da carta aos Colossenses escreve: “Se vocês foram ressuscitados com Cristo, procurem as coisas do alto, onde Cristo está sentado à direita de Deus” (Cl 3, 1).

Sabendo disso, a nossa atitude e os nossos comportamentos em relação aos bens materiais não são mais os mesmos: “Façam morrer aquilo que em vocês pertence à terra: fornicação, impureza, paixão, desejos maus e a cobiça de possuir, que é uma idolatria” (Cl 3, 5). Isso não significa que devemos viver como seres desencarnados, mas aspirar a mais espiritualidade, mais partilha, mais generosidade, mais justiça e mais dignidade. O autor de Colossenses acrescenta: “Não mintam uns aos outros. De fato, vocês foram despojados do homem velho e de suas ações, e se revestiram do homem novo que, através do conhecimento, vai se renovando à imagem do seu Criador” (Cl 3, 9-10). No fundo, a Palavra de hoje nos convida a nos tornarmos ricos de coração!
Para terminar, gostaria de partilhar com vocês esta bela reflexão do teólogo francês Marcel Metzger: “Renovar: Que maravilha esse transplante: para substituir um coração quase parado, um fígado cansado ou um rim desgastado, o cirurgião transplanta um outro em bom estado. Mas para isso foi preciso a morte de uma outra pessoa, um doador. No mistério cristão, vivemos uma realidade semelhante, que São Paulo exprime através de diferentes comparações: vocês foram enxertados, revestidos com uma nova humanidade, mergulhados na morte e na ressurreição. Porque foi preciso uma morte para permitir isto. No entanto, foi uma Ressurreição. O batismo e a confirmação operaram o transplante. Mas cada domingo, a Eucaristia renova nossos tecidos, irrigando nosso espírito pela Palavra de Deus, ao renovar o nosso ser pelo alimento divino”.
Se Cristo nos deu sua vida, é para que déssemos a nossa aos outros. Esta é a riqueza do coração!
Réflexions de Raymond Gravel

'Não julguem, e vocês não serão julgados'


Francisco leva mais a sério o que disse Jesus do que aquilo que as normas vaticanas impõem.

Jesus dá o exemplo: 'Não nos cansemos de ser boas pessoas'
Por José María Castillo
Se algo está ficando evidente em relação ao papa Francisco, cada dia mais evidente, é que se trata de um papa que acredita mais no Evangelho do que no papado, que leva mais a sério o que disse Jesus do que aquilo que as normas vaticanas impõem. Não pretendo discutir agora, nem sequer insinuar que haja, ou possa haver, contradições entre o Evangelho e o Vaticano. Refiro-me ao que é a “convicção determinante” na vida.
Essa convicção pode ser a bondade ou pode ser o poder. Existiram papas cuja convicção determinante foi a bondade, assim como papas cuja convicção determinante foi o poder. Pois bem, o mecanismo que faz funcionar a bondade é o respeito a todos, ao passo que o mecanismo que faz funcionar o poder é o julgamento. Isto ficou claro no princípio satânico que a serpente pronunciou, no mito do paraíso, quando disse para Eva: “Vocês se tornarão como deuses, conhecedores do bem e do mal” (Gn 3, 5).
O que define Deus, segundo o demônio, é o poder que delimita o que está bem e o que está mal. E para isto, muitas vezes, os chamados “representantes de Deus” na terra se dedicaram. Por isso, sem dúvida, o papa Francisco se dedicou, em seu ainda curto pontificado, a atiçar fortemente os clérigos, começando por ele mesmo, pelos papas, os cardeais, os bispos, os padres, os freis... Os clérigos, disse Francisco, tem distanciado os jovens da Igreja. Uma Igreja que se dedicou em julgar a bons e maus. Uma Igreja que se dedicou a se “fazer de Deus”, a produzir a impressão de que tem a última palavra, como se fosse Deus.
Por isso, em poucos minutos, a resposta que Francisco deu a um jornalista no avião, em seu retorno do Rio de Janeiro para Roma, circulou o mundo: “Se uma pessoa gay busca ao Senhor, quem sou eu para julgá-la?”. Francisco tem consciência de sua responsabilidade. Contudo, também sabe que esta responsabilidade está limitada por sua condição humana. Uma condição e sua conseguinte limitação, que o Papa sempre leva consigo, por mais papa que seja. Jesus proibiu seus operários de arrancar a cizânia do mundo porque – tenham a tarefa que tiverem – podem se equivocar. E pode muito bem acontecer que ao invés de arrancarem a erva daninha, passem a vida por este mundo arrancando o trigo de Deus (Mt 13, 24-30. 36-43). Apenas os anjos de Deus, em definitivo, somente Deus pode saber e pode decidir o que está bom e o que está ruim.
E para terminar, um critério que o papa Francisco deixou muito claro: “Os pecados se perdoam, os crimes não”. O problema é que abundam os clérigos (com seus coroinhas) que, caso seja preciso, atiram-se na rua para pedir que, enquanto for possível, algumas coisas que o Catecismo diz sejam copiadas no Código Penal. Já é ruim pecar e ter que se confessar, entretanto, se acima disto, você precisa passar pelo juizado para acabar na prisão... não é isso pretender que o nacional-catolicismo retorne?
Santo Deus! Não nos cansemos de ser boas pessoas. Porque apenas a bondade – e sempre a bondade – tem força para mudar o mundo. E até para dar uma nova virada na história.
Teología Sin Censura, 30-07-2013.

Francisco começou a reforma pelo papado, diz cardeal Hummes


Papa Francisco, ao lado do cardeal Cláudio Hummes (à dir.)
Por José Manuel Vidal
Sentado ao lado de Bergoglio, o cardeal Claudio Hummes teve a inspiração de sussurrar-lhe, quando foi eleito papa, o já famoso “não se esqueça dos pobres”. Quatro meses depois do conclave, o prefeito emérito do Clero esteve na Jornada Mundial da Juventude do Rio de Janeiro, feliz e radiante. Pela Igreja, que “antes estava triste e, agora, feliz e com a cabeça erguida”. E por seu amigo Francisco, “a surpresa do Espírito” e o Papa que irá reformar a Cúria. Cumprimenta o padre Ángel, que conhece de ouvir falar, e diz que é “um admirador de sua obra”.

Confira a entrevista:

Está aqui “seu” papa, a quem você propôs o nome e disse-lhe “não se esqueça dos pobres”.

Sim. Estou muito feliz com a estadia do papa, e por tudo o que ele é e representa. Porque realmente o papa Francisco é um grande dom, um dom extraordinário que o Espírito Santo concede à Igreja. Seu nome já é todo um programa pastoral, porque ele será exatamente o papa que conduzirá a Igreja para este novo milênio. E fará isto de uma forma nova.

Francisco levará adiante uma “revolução tranquila”?

Acredito que sim, com uma forma nova de fazer as coisas, com a qual, principalmente, está apontando o essencial, o importante, aquilo para o qual devemos estar abertos. Particularmente, ele é um homem que pensa muito nas periferias, nos pobres. Carrega em seu coração os esquecidos.

Aqueles que precisam voltar a ser os preferidos?

Claro. Isso é o que ele está demonstrando, não apenas com palavras, mas muito mais ainda com gestos, com sua forma de ser e de fazer, de se relacionar com as pessoas. Para todos nós está sendo uma luz que nos indica novos caminhos.
Souberam escolher bem!
Acredito que o Espírito Santo conduziu o coração dos cardeais para escolher muito bem, e eu estou feliz. Acredito que foi uma coisa extraordinária e inesperada.

Pode-se dizer que começou uma primavera na Igreja?

Sim. Percebe-se que o povo católico está feliz novamente, está com a cabeça erguida de novo. Antes estava meio triste, preocupado em razão de todas as crises que estavam sendo descobertas no seio da Igreja. E hoje o povo está com esperança novamente. Claro que os problemas continuam aí e ainda precisam ser solucionados, mas o Papa já começou com as soluções, e o povo tem esperança de que os problemas serão corrigidos.

Você acredita que ele irá fazer a reforma da Cúria?

Sim, fará. E começou pela reforma da figura do Papa. Agora reformará a Cúria e, depois, também terá que enfrentar assuntos que tem a ver com toda a Igreja.

Será capaz de contagiar a sociedade civil desiludida, especialmente na Europa, com esta esperança?

Claro que sim, com toda segurança. Tanto assim, que na Europa já se ouve governantes que se perguntam: “Como pode ser que a Igreja em um dia e meio de conclave produza uma nova Igreja, e nós não consigamos fazer isso em nossos países e com nossos governos?”. Também se vê, de fato, uma apreciação mundial muito positiva do Papa, inclusive por parte dos governos.

Você temeu que pudesse ocorrer algo com o papa no Brasil?

Não, não. Sempre esteve bem protegido, especialmente pelo carinho do povo.

Os protestos não são contra o papa?

Não. E depois de tudo, acabarão sendo controlados. Às vezes, as forças de segurança contam com um pouco de falta de prática para lidar com este tipo de novas manifestações, mas pouco a pouco se nota que tudo vai sendo normalmente controlado. É claro que está havendo atos de vandalismo e de violência, mas estão sendo isolados e controlados.

O que você considera que ficará da passagem do papa pelo Rio de Janeiro? Qual foi a principal mensagem que ele deixou?

Sobretudo, a partir daqui, o Papa pensa em dar força à Igreja, especialmente na direção que o encontro de Aparecida, do qual ele participou, já havia destacado. Ele tem as orientações de Aparecida gravadas muito fortemente em seu interior. E, ao mesmo tempo, o que está nos apontando, com sua mensagem e com seu exemplo, é a forma como devemos viver Aparecida. E aí, em primeiro lugar, entram os pobres, a nova evangelização, e a proposta de uma Igreja mais aberta, mais misericordiosa, mais próxima do povo e de todas as pessoas. E, especialmente, daqueles que sofrem, dos pobres.

Foi proposto que o papa visitasse Casaldáliga. Você teria gostado de um gesto assim?

Com certeza, teria ficado encantado. Agradar-me-ia se ele o tivesse visitado, mas sei que era impossível.

Não podia?
Não. Não teve como fazer isto.
Por motivos de segurança?

Claro. Era irrealizável.

E Casaldáliga também não conseguiria vir ao Rio de Janeiro?

Não sei, mas talvez já não possa se deslocar numa viagem tão longa.
Religión Digital, 30-07-2013.