quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Cáritas prorroga inscrições para III Prêmio Odair Firmino de Solidariedade



A Cáritas Brasileira informa que as inscrições para o III Prêmio Odair Firmino de Solidariedade foram prorrogadas até a próxima segunda-feira, 17 de setembro. Devido à grande procura por parte dos interessados, a entidade receberá por mais uma semana projetos que estão relacionados com a temática Juventude, Desenvolvimento e Solidariedade: semeando direitos, colhendo vidas.

Até momento, a expectativa com relação ao número de inscritos já foi superada. De acordo com a comissão organizadora do Prêmio, projetos de todas as regiões do país se inscreveram, com destaque para a região Sudeste. Ao todo, 19 estados estão representados.

Para fazer a inscrição, clique aqui.

O III Prêmio Odair Firmino de Solidariedade selecionará experiências que possuam como uma das características, a inclusão digital, a inclusão social, o combate a violência e extermínio de jovens, ações produtivas, geração de trabalho e renda por meio da Economia Solidária, formação de jovens, participação da juventude na construção de políticas públicas, entre outras características, segundo o regulamento.

Este ano os três primeiros colocados irão receber, além de um troféu e um certificado, um prêmio em dinheiro de R$ 10 mil para o primeiro lugar, R$ 5 mil para o segundo e um prêmio de R$ 3 mil para o terceiro.

Promovido pela Cáritas Brasileira, o Prêmio Odair Firmino faz parte da Semana de Solidariedade, que ocorre todos os anos de 5 a 12 de novembro.
Fonte: CNBB

SETEMBRO É O MÊS DA BÍBLIA



“Coragem! Levanta-te! Ele te chama!” (Mc 10,49)


Findo o mês vocacional, e tendo refletido sobre o chamamento do Senhor para o seu seguimento, iniciamos o MÊS DA BÍBLIA e somos convidados a voltar nossa mente e coração para a Palavra de Deus, o alimento que estimula a prática da fé, através da imitação de Jesus Cristo, o enviado do Pai.

O Mês da Bíblia teve início em 1971, por ocasião do cinquentenário da Arquidiocese de Belo Horizonte – MG, por sugestão e coordenação das Irmãs Paulinas, Pe. Antônio Gonçalves e outras pessoas. Mais adiante, foi assumido pelo Regional Leste 2 e outras dioceses e, finalmente, em 1985 pelo país inteiro, com a coordenação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, atualmente, tendo à frente a Comissão Episcopal Pastoral para Animação Bíblico-Catequética, cujo atual Presidente é Dom Jacinto Bergmann – Bispo de Pelotas – RS. A exemplo dos anos anteriores, desde sua criação, a CNBB está propondo o estudo do Evangelho segundo São Marcos com o tema: “Discípulos Missionários a partir do Evangelho de Marcos” e o lema: “Coragem! Levanta-te! Ele te chama”.

A Sagrada Escritura deve ser o livro de cabeceira de todo cristão, pois, somente sua leitura assídua e meditativa poderá renovar o nosso entusiasmo no seguimento de Jesus Cristo e nos tornará verdadeiros “Discípulos Missionários”, como nos pede Aparecida, na V Conferência do Episcopado Latino-Americano e Caribenho.

O Evangelho de São Marcos, fonte para os sinóticos, foi escrito de maneira pedagógica e com a finalidade precisa de responder à pergunta: Quem é Jesus? O evangelista, porém não responde diretamente à questão, mas, conduz o leitor a dar sua resposta e tirar as suas próprias conclusões.

Conforme assegura a citada Comissão Bíblico-Catequética o Evangelho de Marcos foi escolhido em sintonia com o ano litúrgico “B” que estamos vivenciando, o qual, juntamente com o Projeto Nacional de Evangelização, nos ajudará a revisitar os escritos da comunidade de Marcos, percorrendo os cinco aspectos fundamentais do processo de formação do discípulo missionário: o encontro com Jesus Cristo, a conversão, o discipulado, a comunhão fraterna e a missão. “Com esse projeto da CNBB e o aprofundamento do Mês da Bíblia, damos um novo passo na nossa ação evangelizadora, em continuidade com as ricas experiências e conquistas da Animação Bíblica no Brasil, que tem por objetivo proporcionar a todos os batizados uma experiência mais profunda da fé cristã, possibilitando um encontro pessoal com Jesus Cristo vivo e, por Ele, com o Pai, no Espírito Santo”, é o que assegura o subsídio do mês da Bíblia/2012.

A Igreja celebra no dia 30 de setembro, memória de São Jerônimo, aquele que se imortalizou pela tradução da Bíblia para o latim, denominada Vulgata, e pelos muitos comentários bíblicos que legou à Igreja. É lembrado como o Doutor Máximo das Sagradas Escrituras. Nasceu na primeira metade do século IV e faleceu em Belém, onde viveu como monge, rigidamente penitente, no ano de 420. Em sua homenagem foi escolhido o mês de setembro para o mês da Bíblia. Foi exatamente no dia 30 de setembro de 2010 que o Santo Padre – Papa Bento XVI assinou a Exortação Apostólica Pós-Sinodal “Verbum Domini” sobre a Palavra de Deus na Vida e na Missão da Igreja. Este importante documento motivou a CNBB a aprofundar o tema, colocando, inclusive, como Tema Central de duas Assembléias Gerais e, finalmente, neste ano de 2012 aprovou o documento verde que se encontra a disposição nas livrarias católicas.

Sugerimos, portanto, um estudo pessoal e ou comunitário, a exemplo dos círculos bíblicos, durante todo o mês, para descobrir as riquezas da Palavra de Deus, contidas, especialmente, no Evangelho de São Marcos.
Dom Antônio Fernando Saburido
Arcebispo de Olinda e Recife

Candidatos: defendam a vida!



Em atenção à saúde da gestante e do nascituro, o Sistema Único de Saúde (SUS) garante atendimento pré-natal e assistência para o parto às gestantes. A estimativa do MS é que ainda em 2012 um milhão de gestantes (40% das usuárias do SUS) receberá atendimento, incluindo o apoio de até R$ 50,00 para seu deslocamento. Em 2013 estima-se o benefício para 2,4 milhões de gestantes. Por meio de voluntárias que visitam regularmente as gestantes, a Pastoral da Criança (PC) tem larga experiência nesse campo. As gestantes são acompanhadas (ao menos) por 3 visitas pré-natais. As atividades características e essenciais utilizadas pela PC evitam uma série de doenças para a gestante e para o nascituro, inclusive evita-se o risco do abortamento.

É oportuno que os governos municipais cadastrem-se no MS pelo programa Rede Cegonha, garantindo recursos para as gestantes carentes. A maioria delas não consegue um acompanhamento adequado no delicado período da gestação. É preciso orientá-las e incentivá-las para que tenham acesso aos alimentos nutrientes, evitando desnutrição delas e do bebê ou a tendência à obesidade. Uma e outra prejudicam a gestante e o nascituro. Há outro fator lamentável a ser evitado a todo custo: a droga que chegou às gestantes. Não são poucos os casos de bebês que sofrem convulsões devido à síndrome da abstinência, nascidos de mães adictas. A droga causa até essa desgraça!

Outra esfera a ser combatida pelos poderes públicos é a disseminação proposital da pedofilia. O abuso sexual de crianças tornou-se expediente cotidiano. Dados recentes revelam que a cada oito minutos uma criança é abusada sexualmente no Brasil! Pior, a cada dez horas uma criança é assassinada! Em seis anos foram 5.049 homicídios de brasileiros com idade até 14 anos. São crimes que não raro ficam impunes. Isso indica a ausência de valores éticos e princípios morais na sociedade de consumo. A notícia tornou-se corriqueira: pais, padrastos e companheiros que abusam de filhas e enteadas. É um desvio ou tara doentia que separa a sexualidade da afetividade. Ora, pedofilia é tendência doentia. Não pode ficar impune. A impunidade é estratégia de pusilânimes e coniventes com o crime. Quem não toma posição por medo ou esperteza ajuda a desconstruir os valores éticos e morais. Cristãos não se omitam. Devem se comprometer com a defesa da dignidade da vida humana. Isso deve estar clarificado na mente do eleitor temente a Deus, pois as lições do Evangelho de Jesus nos ensinam a prática do amor a Deus e o serviço aos semelhantes, vivenciado no seio familiar e na sociedade que construímos como missão permanentemente voltada para o bem de todos.


Dom Aldo Di Cillo Pagotto é Arcebispo da Arquidiocese da Paraíba.

Arcebispo de Olinda e Recife faz visita Pastoral e reacende o ardor missionário da Paróquia do Cordeiro



O feriadão foi de grandes encontros e muita emoção para a Paróquia de São Sebastião, no Cordeiro. Dom Fernando Saburido e a comitiva arquidiocesana realizaram, no último sábado (08), a tão aguardada Visita Pastoral à igreja. Foi um dia inteiro de reuniões que reavivou o espírito missionário das centenas de paroquianos. Para o pastor a oportunidade de escutar suas ovelhas, para os fiéis o privilégio de serem acolhidos por aquele que foi escolhido para conduzí-los.

O sábado ensolarado parecia denunciar a alegria dos paroquianos do Cordeiro, que fizeram festa para receber o arcebispo, com faixas, sorrisos e música. Dom Fernando rezou com os presentes a Oração das Laudes, e em seguida participou de um café da manhã no salão paroquial. Antes de começar as reuniões, uma pausa para assistir a apresentação da banda marcial do 11º Grupo de Escoteiros Baden Powell. O entrosamento dos jovens componentes chamaram a atenção de dom Fernando, que parabenizou o “show”.

Passado o momento de acolhida era hora de conhecer as atividades da Igreja de São Sebastião. Coordenadores de movimentos e pastorais mostraram ao arcebispo um mapeamento de tudo que é feito dentro da paróquia pelos grupos e pelo pároco, padre Oscar Martins. E logo as dificuldades e desafios começaram a ser discutidos. “Vejo que estão muito bem organizados, entretanto é preciso trabalhar na construção de capelas nas comunidades que formam a paróquia, para que o Evangelho possa chegar com mais eficácia em toda a região”, pontuou dom Saburido.

Responsável pelo Vicariato Recife Sul 1, padre Sérgio Pereira, reforçou a necessidade de prioriza a missão nas atividades pastorais. “Não estamos mais no tempo de tocar o sino e esperar as pessoas. Temos que ir até elas, sensibilizá-las, descobrir realidades para que não prendamos Jesus nos nossos corações, e assim possamos romper as fronteiras”, declarou o vigário episcopal.

Ao final da reunião o arcebispo e a comitiva da Visita Pastoral, foram conhecer de perto as comunidades. “Instituir o Conselho Missionário Paroquial é uma urgência para a Paróquia do Cordeiro. Existe muito chão para ser percorrido e nós não podemos cair na burocracia, nem nos fecharmos dentro de nós mesmos”, afirmou o coordenador arquidiocesano de pastorais, padre Josenildo Tavares.

Ainda pela manhã aconteceram reuniões com as comissões de Liturgia, Comunicação, Catequese e Educação; Houve ainda encontro do Conselho Econômico e da Chancelaria.

Fonte: Pascom da Arquidiocese de Olinda e Recife 

Simpósio Vaticano II e Direito Canônico na Unicap



A Universidade Católica de Pernambuco promove Simpósio comemorativo dos 50 anos do Consílio do Vaticano II e do Ensino de Direito Canônico na Unicap em seu curso de Direito. O bispo de Garanhuns, Dom Fernando Guimarães participa da noite de abertura com o tema "Poder judiciário na Igreja". Dom Fernando José Monteiro Guimarães, Mestre em direito canônico (PU da Santa Cruz/Roma), doutor em teologia moral (PULateraense/Roma) e integrante do Supremo Tribunal da Assinatura Apostólica/Vaticano. 


Programação - 18 a 20 de setembro

18.09, 3ª feira

7h50 - Abertura
Pe. Pedro Rubens Ferreira de Oliveira, SJ, Doutor em teologia pelo Centro de Estudos e Pesquisas da Companhia de Jesus/Paris e reitor da Universidade Católica de Pernambuco

8 h - Repercussão do Concílio Vaticano II no direito canônico
Pe. Jesús Hortal, S. J, Doutor em direito canônico (PUGregoriana/Roma), comentador do código de direito canônico e professor (PUC-RJ)

9h30 - Poder judiciário na Igreja
Dom Fernando José Monteiro Guimarães, Mestre em direito canônico (PU da Santa Cruz/Roma), doutor em teologia moral (PULateraense/Roma), bispo de Garanhuns e integrante do Supremo Tribunal da Assinatura Apostólica/Vaticano
Comparativo entre o poder judiciário brasileiro e o poder judiciário eclesial. Ubiratan de Couto Maurício, Mestre em direito (PUC/SP), professor (UNICAP) e juiz federal

17 h - Chancelaria da diocese. 
Pe. Cícero Ferreira de Paula, Mestre em direito canônico (PU da Santa Cruz/Roma) e chanceler da Arquidiocese de Olinda e Recife

19.09, 4ª feira
7h45 - Ações matrimoniais no processo canônico Ofício de advogado. 
José Maria Alves da Silva, Especialista em direito e processo matrimonial canônico (UNICAP) e advogado nos foros canônico e civil
Ofício de defensor do vínculo. Pe. Valdir Manuel dos Santos Filho, Mestre em direito canônico (PULateranense/Roma), professor (UNICAP) e defensor do vínculo no Tribunal Eclesiástico Regional e de Apelação do Nordeste II/CNBB

9h30 - Tópicos comparativos de direito matrimonial Direito canônico. 
Pe. Valdir Manuel dos Santos Filho, Mestre em direito canônico (PULateranense/Roma), professor (UNICAP) e defensor do vínculo no Tribunal Eclesiástico Regional e de Apelação do Nordeste II/CNBB
Direito civil. José Maria Silva, Mestre em direito (PUC/SP), professor (UNICAP) e advogado

17 h  - Tribunais eclesiásticos de primeira e segunda instâncias. 
Mons. José Heleno dos Santos, Doutor em direito canônico (PULateranense/Roma) e vigário judicial adjunto do Tribunal Eclesiástico Regional e de Apelação do Nordeste II/CNBB

20.09, 5ª feira
17 h - Seções de instrução dos tribunais eclesiásticos nas dioceses. Pe. Christiano de Souza e Silva, Doutor em direito canônico (PULateranense/Roma) e vigário judicial da Diocese de Nazaré-PE

Noite
18h45  - Origens canônicas do direito processual. 
Pe. Francisco Caetano Pereira, Doutor em direito (Universidade de Deusto) e professor (UNICAP)
20h30 - Tribunal Apostólico da Rota Romana e sua competência. 
Mons. Enrico Adriano Rosa
Doutor em direito canônico (PUUrbaniana/Roma) e defensor do vínculo no Tribunal Apostólico da Rota Romana/Vaticano

Serviços: 

Coordenação acadêmica: Prof. Ubiratan de Couto Maurício
Inscrições, a partir de 18 de agosto, exclusivamente pelo site http://www.unicap.br/MinicursosCCJ/, para fins de expedição do correspondente certificado de participação (com 16 horas utilizáveis como atividade complementar de formação acadêmica): R$ 20,00
Locais das palestras:
Matinais e noturna: Auditório Anchieta (G1: Bloco G, 1º andar)
Vespertinas: Espaço Cultural do Centro de Teologia e Ciências Humanas (Bloco B, 1º andar, sala 110)

Fonte: Assessoria de Comunicação Unicap

Arcebispo de Olinda e Recife leva palavra de fé e conforto aos pacientes do HGV



Na tarde do sábado (08), dando continuidade à Vista Pastoral do Cordeiro, o arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido visitou o Hospital Getúlio Vargas (HGV). Acompanhado do pároco, padre Oscar Martins, e dos membros da Pastoral da Saúde de São Sebastião, o arcebispo foi recebido pelo diretor da unidade, Roberto Cruz.

Em uma breve conversa, o diretor do HGV falou do atendimento realizado na unidade, que tem como especialidade cuidar de pacientes graves vítimas de acidentes de trânsito e demais ocorrências que resultem em traumas. Durante o diálogo, o médico Roberto Cruz explicou a dom Saburido e à Pastoral da Saúde o porquê de ter desativado a capela que existia no hospital. “Recebemos 26 pedidos de outras denominações pedindo um espaço semelhante, sem poder atender a todos, resolvemos limitar a ação religiosa às visitas dos grupos, por isso não existe mais espaço para celebrações”, resumiu.

O tempo era curto, então, logo o grupo subiu para visitar as enfermarias do HGV. Nos quartos, sinais claros do abandono em que está a saúde por parte do poder público. Além da lotação dos leitos, armários quebrados dividiam espaço com as camas e com os acompanhantes. O cenário tornava ainda mais urgentes as ações de conforto e de resgate da dignidade dos pacientes, que a Pastoral da Saúde desenvolve.

As ovelhas estavam ansiosas. O jovem Leandro Neves, 28 anos, estava em outro quarto quando soube da presença de dom Fernando. Ao ver o arcebispo, Leandro não conteve a emoção, saltou da cadeira de rodas e pediu: “dom Fernando me dê uma bênção!” Internado há quatro meses, vítima de uma colisão com um caminhão o rapaz disse nunca ter ficado tão feliz. “Muito bom o senhor vir nos visitar, e renovar a nossa fé, que vamos sair logo daqui”, declarou.

A visita prosseguiu e em cada quarto, dom Fernando Saburido conversava com os pacientes e tirava fotografias. Depois de perguntar a religião, convidava-os a rezar um Pai Nosso. O arcebispo finalizava dando uma bênção especial. Impossível não se emocionar com os semblantes de gratidão.

Na despedida do HGV o arcebispo pediu que a Pastoral da Saúde continue se empenhando na missão, pois “os pacientes precisam muito da presença de Deus”.

Fonte: Pascom da Arquidiocese de Olinda e Recife 

Oficinas temáticas marcarão o 2º Encontro Brasileiro de Universitários Cristãos



ebruc_lema_2012Com o tema “Educação e Cultura: areópagos da missão”, e o lema “Falamos daquilo que sabemos, testemunhamos o que vimos” (Jo 3, 11), o 2º Encontro Brasileiro de Universitários Cristãos (EBRUC), que acontece de 12 a 14 de outubro, em Curitiba (PR), será marcado pela realização de oficinas interativas que possibilitem a construção de novos saberes. Pautadas pelo tema e lema, todas as oficinas serão espaços de cocriação onde a vivência pessoal de cada indivíduo será valorizada para a construção de um projeto coletivo.
Os participantes poderão escolher entre 12 oficinas de temáticas diferentes: Ecumenismo e Diálogo das Religiões na universidade, A Missão Continental vivida na atualidade universitária: Experiências de sucesso na Argentina e no Chile, Desenvolvimento Sustentável Meio Ambiente e Amazônia, Culturas Africanas, Movimento Estudantil na contemporaneidade, Núcleo Estudantes Internacionais e Encontro de Culturas, Oficina de Mídia Digital e Evangelização, Juventude e Afetividade, O que o mercado de trabalho espera do Jovem Universitário?, Políticas Públicas para a Juventude, Oficina de Criação Cênica, Juventude e participação.
Mais informações sobre cada uma das oficinas e a programação completa do 2º EBRUC já estão disponíveis no site www.ebruc.setoruniversidades.org.br. As inscrições para o 2º EBRUC estão abertas e podem ser feitas até o dia 19 de setembro. O investimento é de R$ 75,00.
Espaço para cocriação e construção de novos saberes
Segundo colaborador do Setor Universidades, Leonardo Cortes Cavalcante, o objetivo da realização de oficinas no EBRUC é valorizar cada um dos participantes, e possibilitar que todos interajam uns com os outros e com tudo o que for resultado das atividades, evidenciando que algo novo realmente pode ser feito durante o encontro. "Afinal, serão centenas de universitários cristãos de todas as regiões do país reunidos em um ambiente propício para intercâmbio de experiências e nascimento de novos saberes", pondera o estudante de Engenharia, vislumbrando as possibilidades da segunda edição do encontro nacional.
"Todos os participantes terão, sem dúvida, muito a agregar. Em virtude disso, as oficinas abrirão espaço para que os jovens realmente possam se expressar e atuar como cocriadores da atividade", ressalta Leonardo. “Precisamos falar com os outros universitários e pensar com eles sobre o contexto em que vivemos, onde os deveres de progredir na carreira e ser destaque na universidade muitas vezes nos afastam das oportunidades de colaborar com a Igreja. Ter bons amigos com quem se possa partilhar a mesma fé, e ter formação, é uma oportunidade preciosa que deve ser aproveitada ao máximo durante o EBRUC para ser consolidada e repetida quando voltamos para casa e onde quer que estejamos", declara o jovem paulistano.
O 2º EBRUC é uma realização da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), por meio do Setor Universidades da Comissão Episcopal Pastoral para Educação Cultura, e da Associação Nacional de Educação Católica do Brasil (Anec), tem o apoio do Grupo Marista, Pastoral da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), arquidiocese de Curitiba e Pastoral Juvenil Marista.

Hebreus, cristãos, islâmicos: oração para abrir o céu à esperança

Sarajevo, Bósnia-Herzegovina, 12 set (SIR) – Divididos em lugares de culto diferentes, mas unidos na intenção de oração: a paz no mundo.
Os muçulmanos na mesquita, os hebreus na antiga sinagoga, os cristãos diante da catedral católica realizaram uma oração ecumênica. Realizaram-se em Sarajevo as orações pela paz de acordo com as diferentes tradições religiosas. “Que a nossa invocação concorde – afirmou o arcebispo católico, card. Vinko Puljic – afaste as trevas da violência e abra os céus à esperança”.
A dom Vincenzo Paglia, presidente do Pontifício Conselho para a Família, a sua beatitude Chrysostomos II, primaz da Igreja ortodoxa de Chipre, e ao pastore luterano norueguês Olav Fykse-Tveit, secretário geral do Conselho Mundial das Igrejas, foram confiadas as três meditações que acompanharam a vigília ecumênica dos cristãos. “Elevamos a Ti nossas mãos suplicantes – afirmou Chrysostomos II – para que seja encurtado o tempo de dor dos povos do Médio Oriente e do mundo inteiro. Ilumina os que estão no poder e que provocam sofrimentos a seus povos para que se interessem pelo bem de seus Países”.
Após a oração das diferentes tradições religiosas, às 18h30 locais, os sinos das igrejas de Sarajevo tocaram festivamente e todos os fiéis das diferentes religiões se uniram em procissão pelas ruas da cidade até chegar à praça Dom Armije, no centro da capital bósnia, onde aconteceu a cerimônia final com a leitura do “Apelo da Paz”.

Papa envia mensagem à Pastoral da Rua

Dar es Salaam, 12 set (SIR) – Começou na noite dessa terça-feira, indo até o próximo dia 15, em Dar es Salaam, Tanzânia, o Primeiro Encontro de Pastoral da Rua para África e Madagascar.
O evento é promovido pelo Pontifício Conselho da Pastoral para os Migrantes e os Itinerantes, em colaboração com a Comissão Episcopal para os Migrantes e os Itinerantes da Tanzânia. Na sessão inaugural, foi lida uma Carta que o Cardeal Tarcisio Bertone, Secretário de Estado, enviou aos participantes, em nome do Papa.
Em sua mensagem, Bento XVI faz referência ao tema geral do encontro: “Jesus aproximou-se e caminhou com eles” (Lc 24,15), que evoca a presença consoladora do Ressuscitado aos discípulos de Emaus. Também hoje o Salvador continua a caminhar com a sua Igreja: por meio dela, Ele caminha com toda a humanidade ao longo da estrada da vida e da história. Desta forma, afirma o Papa, o Senhor abre as mentes e os corações à verdade salvadora do Evangelho e proporciona paz e coragem a todos os que se sentem confundidos, perdidos ou feridos durante sua viagem terrena.
E recordou: “A solicitude da Igreja pelo desenvolvimento de cada pessoa, especialmente os mais pobres e abandonados, está ao centro da missão evangelizadora da Igreja na Africa” (Ecclesia in África). O Santo Padre faz votos de que este encontro possa levar a uma maior cooperação e coordenação de esforços entre as Igrejas particulares, a fim de proteger toda vida em perigo nas ruas e estradas da África.
Por outro lado, pede também para dispensar mais atenção às necessidades pastorais das mulheres e crianças, que vivem nas ruas, por causa dos fatores sociais, econômicos e políticos, vítimas da exploração nacional e internacional. Bento XVI conclui sua Mensagem expressando sua esperança de que o Encontro de Pastoral da Rua possa enfrentar as questões que incidem na vida daqueles que viajam a trabalho, de modo especial em relação à insegurança nas ruas e estradas, que ameaça a vida de milhões de pessoas em terras africanas.

Bem-aventuranças e maldições. Evangelho do Dia

"Meus discípulos, alegrai-vos, exultai de alegria, pois grande é a recompensa que nos céus tereis um dia!" (Lc 6,23).


"Alegrai-vos naquele dia e exultai, porque grande é o vosso prêmio no céu." (Foto: )
Lucas 6,20-26
A postura diante de Deus e de seu Reino gerava um nítido contraste mesmo entre os discípulos de Jesus. De um lado, estavam os declarados bem-aventurados. Do outro, os que se tornaram objeto de maldição. Os primeiros eram os que viviam na pobreza, padeciam fome e choravam e eram odiados por causa de Jesus. Sua opção pelo Reino não lhes permitia pactuar com a maldade do mundo, nem os deixava cair na tentação de serem aliciados por suas falsas promessas de riqueza e bem-estar. Sua recompensa só podia vir do Pai. Assim, era possível rejubilar e saltar de alegria, mesmo padecendo privações.

No polo oposto, estavam os que não contavam efetivamente com Deus e julgavam poder construir sua salvação com as próprias mãos. Confiavam na riqueza e viviam na fartura. Sua vida era feita de alegrias efêmeras. Cuidavam de ser louvados e bem-vistos por todos. Este projeto de vida, a longo prazo, se mostraria inconsistente e seu resultado, desolador. A riqueza transformar-se-ia em privação, a fartura em fome, a alegria em luto e pranto, a fama em opróbrio. Trata-se, portanto, de um projeto de vida do qual o discípulo deve precaver-se.

Tanto as bem-aventuranças quanto as maldições referem-se aos discípulos de Jesus. Ou seja, o seguimento do Mestre nem sempre os levava a comungarem efetivamente com o projeto de Jesus. As palavras dele, pois, funcionavam como um forte alerta.

 Oração

Senhor Jesus, faze-me sempre trilhar o caminho das bem-aventuranças, colocando toda minha vida e minha esperança nas mãos do Pai.

 (O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)

Desesperar-se é mais fácil

A análise é de Gianfranco Ravasi, cardeal presidente do Pontifício Conselho para a Cultura.

É frequentemente citada a imagem que Péguy no seu Pórtico do mistério da segunda virtude (1911) aplica à virtude teologal da esperança: é a "irmã mais nova" com relação à Fé e a Caridade, mas é ela que as toma pela mão e as puxa para a frente no caminho da vida.
Pois bem, a essa virtude – que teve secularmente uma apoteose sua na monumental trilogia O Princípio Esperança, elaborada por Ernst Bloch, entre 1954 e 1959 – havia sido dedicado um ensaio em 1964 por um dos maiores teólogos vivos, Jürgen Moltmann, nascido em Hamburgo em 1926 e professor em Tübingen em 1967, depois de ter ensinado em outras universidades alemães e na norte-americana Duke University. Esse texto o tornou conhecido não só no mundo acadêmico, mas fez com que ele se tornasse também um interlocutor privilegiado em vários âmbitos da cultura contemporânea.
Um dos pontos desse texto – que provocou vastas reações, a tal ponto de forçar o autor a compor em 1967 uma réplica sob o título Discussão sobre a ´Teologia da Esperança´ – era, de fato, o do cruzamento entre história (presente) e escatologia (futuro). Uma das acusações que lhe foram dirigidas se referia justamente a esse nexo que a muitos parecia frágil, sendo o peso maior deslocado para a plenitude futura, almejada e esperada. Seria precisamente por isso que, pouco depois, em 1972, Moltmann publicaria O Deus crucificado, uma obra em que se torna central o Cristo cravado com a cruz no terreno árido e rochoso da história. O equilíbrio a ser encontrado devia justamente manter juntas a cruz e a ressurreição, história e escatologia, salvação operada e plenitude esperada, de modo a evitar toda alienação religiosa e evasão futurológica.
Eis por que era indispensável enunciar a virtude da esperança também na existência moral. Explica-se assim o aparecimento, mesmo a longa distância do projeto inicial que o próprio teólogo já coloca na publicação do volume sobre a "teologia da esperança", de um ensaio explicitamente consagrado à “Ética da esperança”. É 2010 e agora a editora Queriniana, que já tinha no catálogo as principais obras moltmannianas, o propõe ao público italiano na versão de Carlo Danna, que é um dos nossos melhores tradutores de textos teológicos alemães. O texto também revela os interesses que, nesse meio tempo, o autor cultivou com paixão particular, interesses que marcam justamente o desejo de conduzir a esperança novamente para a concretude magmática do presente histórico, impedindo-a de decolar rumo aos céus míticos e transcendentais da apocalíptica (a esta última, precisamente, foi reservado um pequeno capítulo).
Era ainda Péguy que escrevia no seu poeminha que "esperar é difícil – / à voz baixa e vergonhosamente. / E fácil é desesperar / e é a grande tentação". Assim, Moltmann nessas páginas aponta decisivamente para três metas ardentes dos nossos tempos, metas que exigem um compromisso paciente, laborioso, constante. Acima de tudo, a ética da vida contra uma cultura de morte incumbente, e aqui o teólogo não hesita em se interrogar sobre a bioética, naturalmente segundo uma abordagem protestante (e, portanto, com algumas ideias polêmicas com relação à sistematização católica sobre o aborto, o controle de natalidade e a eutanásia) , mas pondo sobre a mesa com honestidade as questões e as suas convicções pessoais.
Procede-se, em segundo lugar, à ética da terra, que atrai para si um enxame de questões, da ecologia à evolução, das doutrinas da criação à solidariedade, do estilo de vida à teoria de Gaia, e assim por diante.
A trilogia das metas que Moltmann se prefixa no seu tratado concluiu com a "ética da paz justa", onde domina o tema da justiça e dos direitos humanos, que se ergue contra os dragões do poder, da guerra, da violência e das várias injustiças. No fim, porém, essa esperança que se ramifica no presente concreto se irradia ainda a partir da sua luz escatológica. É aquele sábado simbólico perfeito que sela e dá sentido aos seis dias da criação, é aquele domingo pascal que marca a aurora de um dia perfeito, sem pôr-do-sol e escuridão.
Sob essa luz, é sugestiva a visão que os olhos judeus de Franz Rosenzweig tiveram do cristão autêntico na sua famosa “Estrela da redenção” e que Moltmann cita no fim do seu itinerário teórico-prático: "O cristão é eternamente um ser humano que começa. Realizar e terminar não é tarefa sua: se o início é bom, tudo é bom. Essa é a eterna juventude do cristão; Na verdade, todo cristão vive ainda hoje o seu cristianismo como se fosse o primeiro cristão".
Duas notas em apêndice à leitura desse livro cheio de sugestões. A primeira surpreenderá todos os leitores e demonstrará como Moltmann se dirige também ao mundo "secular". Os três núcleos temáticos da vida, da terra e da paz-justiça – justamente por estarmos em um âmbito prático, ético, existencial – são documentados com uma rica série de referências a dados, eventos, análises da publicística, da sociologia, da cultura e até da crônica contemporânea.
Por exemplo, a citada teoria de Gaia, formulada por James E. Lovelock no seu já aclamado (e criticado) livro homônimo de 1979, é acuradamente avaliada, assim como a "política da terra", a Erdpolitik do livro de Ernst von Weizsäcker. Entram em cena até Ahmadinejad, Reagan, o mulá Omar, Indira Gandhi, o Clube de Roma, os Médicos Sem Fronteiras, a Eufor e assim por diante, demonstrando desse modo que a teologia não é uma abstração etérea que veleja somente sobre temas celestiais.
A outra pequena observação se refere a uma nota de pé de página. Como se sabe, em 2007, Bento XVI emitiu uma encíclica sua, a Spe salvi, focada justamente nessa virtude teologal. Não queremos ser defensores de ofício desse texto e do seu autor, mas é bastante surpreendente, para não dizer desconcertante, que Moltmann dedique a ela apenas uma notinha de duas linhas na página 294, de conteúdo paradoxal, isto é, com a acusação de heterodoxia ou, melhor, de heresia gnóstica dirigida ao pontífice: "Na encíclica Spe Salvi de Bento XVI, fala-se da alma e do seu futuro na vida eterna. A afinidade com a religiosidade gnóstica da redenção é evidente!".
Artigo publicado no jornal Il Sole 24 Ore, 09-08-2012.

Um sonho estranho e penetrante de uma Igreja diferente

A análise é do bispo francês Jean-Charles Thomas. Nascido em 1929, tornou-se bispo auxiliar de Versalhes no dia 23 de dezembro de 1986. Tornou-se bispo titular no dia 4 de junho de 1988 e aposentou-se de suas funções no dia 11 de janeiro de 2011, por razões de idade.


"...reconfortar, curar e pôr em comunhão os irmãos e as irmãs de todas as Igrejas cristãs, libertados das suas diferenças separadoras..." (Foto: )
No dia 1º de maio de 2012, eu festejei em uma solidão livremente escolhida o 40º aniversário da minha ordenação episcopal, passando uma boa parte do dia rendendo graças. E na noite seguinte eu tive um sonho...
Um papa (qual? Quando? Não sei...) decidia chamar de Congregação Romana para a Revelação Cristã a antiga Congregação para a Doutrina da Fé, que havia sucedido o Santo Ofício, que por sua vez havia substituído a Santa Inquisição. Ele lhe confiava a função primordial de vigiar para que toda doutrina ou decisão fosse examinada, julgada, mantida ou rejeitada segundo a fidelidade de sua relação com a Revelação cristã, essencialmente expressa na Bíblia.
A intenção do papa foi claramente percebida: o anúncio da Boa Nova devia retomar o primeiro lugar na Mensagem, na Missão e na organização da Igreja Católica.
Seguiu-se um grande fervor entre os cristãos para ler e meditar as Sagradas Escrituras. Em todos os continentes, os grupos de lectio divina se multiplicavam. Os diálogos sobre o sentido da Vida se espalhavam na internet. Pastores, teólogos e filósofos se uniam para fazer resplandecer as harmonias da Sabedoria revelada. Um Sopro de primavera, oferecido a todos os seres humanos, fazia nascer iniciativas para esclarecer, reconfortar, curar e pôr em comunhão os irmãos e as irmãs de todas as Igrejas cristãs, libertados das suas diferenças separadoras. Juntos, eles dialogavam com os crentes monoteístas do mundo, prioritariamente com os judeus, "nossos irmãos mais velhos na fé".
Observando esse novo Sopro que dinamizava os cristãos, multidões de pessoas recomeçavam a se interessar pelos valores espirituais, pela humanização da Humanidade e pelas suas instituições sociais, políticas, econômicas, intergeracionais, familiares e mundiais. Essas multidões, cansadas dos conflitos gerados por pessoas que, apresentando-se como crentes, impunham os seus integralismos, recomeçavam a escutar o murmúrio dos convites à Paz, à reconciliação e ao perdão pronunciados por Jesus de Nazaré, que tinham encontrado um grande eco nos séculos passados e em todas as latitudes.
Convencido pelos milagres gerados pela Palavra de Deus, reconhecida como Fonte de Luz, o papa (qual? quando? não sei...) se comportava como servo dos servos de Deus. Ele reivindicava, como Simão Pedro, ser considerado como coancião, sumpresbuteros, um dos Doze, encarregado de presidir a comunhão. Os seus Dicastérios estavam comprometidos em assegurar prioritariamente um ministério de serviço e não de autoridade suprema. Ele usava a internet para consultar periodicamente todos os bispos do mundo sobre as melhores formas de viver a colegialidade, de responder aos problemas que os seus antecessores haviam se reservado recentemente, notavelmente sobre certos elementos da vida dos casais, sobre o lugar das mulheres nas responsabilidades e nos ministérios, sobre o papel dos idosos na evangelização e nas comunidades cristãs, sobre o lugar decisivo da consciência no juízo moral, sobre a justa relação entre o magistério e o sensus fidelium e sobre os novos problemas postos pelas evoluções do mundo...
Ele pediu até que se voltasse ao vocabulário respeitado pela Tradição dos dez primeiros séculos, evitando chamar de padres aqueles que Cristo jamais havia chamado assim, tendo-os considerado sempre como seus Enviados: Missionários ou Apóstolos escolhidos entre os Discípulos, que tinham dentre outras coisas a possibilidade de viver em casal segundo o pensamento do Criador expresso no início da Bíblia.
Consequentemente, a vocação cristã e a missão de todos os fiéis de Cristo foram apresentadas de forma mais conforme às cartas de Paulo, de Pedro, de Tiago, de João, aos Atos dos Apóstolos.
Retomou-se o uso de textos que haviam se perdido um pouco de vista: eles haviam sido redigidos por um Concílio realizado nos anos 1962-1965. A sua redescoberta favoreceu uma melhor conformidade dos múltiplos hábitos, tradições, interpretações e prescrições impostas na Igreja Romana ao longo da história – junto com a grande Tradição Revelada.
Um dia (quando? não sei...) esse papa providencial proibiu os títulos de Santíssimo Padre, de Soberano Pontífice, explicando que eles deviam ser reservados a Deus. Propôs uma reflexão para saber se era oportuno distinguir a Missão de Bispo de Roma, primus inter pares, da função de Chefe de Estado do Vaticano, porque essa segunda função muitas vezes criava confusão quando o papa viajava para fora do Vaticano para visitar pastoralmente e encorajar os fiéis de Cristo.
Ele voltou à antiga Tradição no que se refere à nomeação dos bispos, constatando que a centralização nesse âmbito havia se tornado ingerível, apesar da presença de Núncios que se comprometiam a encontrar novos bispos, embora continuando a exercer as suas funções oficiais de Diplomatas do Estado de Vaticano...
O amanhecer nascente interrompeu esse sonho.
Eu me despertei.
Chovia lá fora. Um tempo realmente feio.
O artigo foi publicado no sítio Garrigues et Sentiers, 03-09-2012, reproduzido pelo IHU-Unisinos.

Evangelho do dia

Ano B - Dia: 12/09/2012



Felizes são vocês...
Leitura Orante


Lc 6,20-26

Jesus olhou para os seus discípulos e disse:
- Felizes são vocês, os pobres, pois o Reino de Deus é de vocês.
- Felizes são vocês que agora têm fome, pois vão ter fartura.
- Felizes são vocês que agora choram, pois vão rir.
- Felizes são vocês quando os odiarem, rejeitarem, insultarem e disserem que vocês são maus por serem seguidores do Filho do Homem. Fiquem felizes e muito alegres quando isso acontecer, pois uma grande recompensa está guardada no céu para vocês. Pois os antepassados dessas pessoas fizeram essas mesmas coisas com os profetas.
- Mas ai de vocês que agora são ricos, pois já tiveram a sua vida boa.
- Ai de vocês que agora têm tudo, pois vão passar fome.
- Ai de vocês que agora estão rindo, pois vão chorar e se lamentar.
- Ai de vocês quando todos os elogiarem, pois os antepassados dessas pessoas também elogiaram os falsos profetas.


Leitura Orante

- A nós, a paz de Deus, nosso Pai,
a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo,
no amor e na comunhão do Espírito Santo.
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!
Preparo-me para a Leitura, rezando:
Jesus Mestre, que dissestes:
"Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome,
eu aí estarei no meio deles",
ficai conosco,
aqui reunidos (pela grande rede da internet),
para melhor meditar
e comungar com a vossa Palavra.
Sois o Mestre e a Verdade:
iluminai-nos, para que melhor compreendamos
as Sagradas Escrituras.
Sois o Guia e o Caminho:
fazei-nos dóceis ao vosso seguimento.
Sois a Vida:
transformai nosso coração em terra boa,
onde a Palavra de Deus produza frutos
abundantes de santidade e missão.
(Bv. Alberione)

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia, o texto: Lc 6,20-26, e observo pessoas, palavras, relações, lugares.
Este é um solene discurso de Jesus que abre um discurso maior. É como um eco daquele primeiro na sinagoga de Nazaré. Também Lucas fala da "boa nova" para os pobres: o Reino de Deus, a sua justiça para os pobres, os famintos, os que sofrem e que são rejeitados. Para compreender o texto do Evangelho de hoje, precisamos nos perguntar: Qual a finalidade das bem-aventuranças? Quem são os pobres e os ricos? O que é o Reino de Deus? As bem-aventuranças , aqui expressas na palavra "felizes" é um estilo literário da Bíblia, usado pelos sábios e profetas para anunciar a alegria que relaciona o presente com uma promessa futura. Os destinatários destas promessas são os pobres, ditos também os "anawim", ou seja, aqueles que dependem dos outros, privados de segurança material e social: os famintos, aflitos, oprimidos. Neste anúncio Jesus não está dizendo que os pobres são felizes pela sua condição carente, mas porque Deus toma a defesa do pobre. Também não é porque o pobre é melhor do que o rico, mas porque Deus é justo, misericordioso e Pai que "faz nascer o sol sobre justos e injustos". Na verdade as bem-aventuranças de Jesus não significam que ele ratifica, abençoa a situação dos pobres, famintos, aflitos. Isto seria a consagração da injustiça, das diferenças e da prepotência humana,que na verdade, são denunciadas nos "ai de vós". Nesta narrativa de Lucas, as bem-aventuranças são dirigidas aos discípulos que pelo Reino partilham a condição dos pobres e da rejeição: "felizes são vocês quando os odiarem, rejeitarem, insultarem e disserem que vocês são maus por serem seguidores do Filho do Homem".

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje? Qual palavra mais me toca o coração?
Entro em diálogo com o texto. Reflito e atualizo.
Recordo as palavras dos nossos pastores, em Aparecida, palavras que repercutem as de Jesus: "No fiel cumprimento de sua vocação batismal, o discípulo deve levar em consideração os desafios que o mundo de hoje apresenta à Igreja de Jesus, entre outros: (...) a mudança de paradigmas culturais; o fenômeno da globalização e a secularização; os graves problemas de violência, pobreza e injustiça; a crescente cultura da morte que afeta a vida em todas as suas formas."(DAp 185)
Como enfrento estes e outros desafios?
O meu Projeto de vida é o do Mestre Jesus Cristo?

3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo com o bem-aventurado Alberione:
Jesus Mestre, disseste que a vida eterna consiste em conhecer a ti e ao Pai.
Derrama sobre nós, a abundância do Espírito Santo!
Que ele nos ilumine, guie e fortaleça no teu seguimento, porque és o único caminho para o Pai.
Faze-nos crescer no teu amor, para que sejamos, como o apóstolo Paulo
testemunhas vivas do teu Evangelho.
Com Maria, Mãe Mestra e Rainha dos Apóstolos, guardaremos tua Palavra, meditando-a no coração.
Jesus Mestre, Caminho, Verdade e Vida, tem piedade de nós.

4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Vou olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus.
Escolho uma frase ou palavra para memorizar. Vou lembrá-la durante o dia. Esta Palavra vai fazendo parte da minha vida, da minha mente, como a chuva.

Santo do dia

12 de setembro

São Guido de Anderlecht
Guido de Anderlecht viveu entre os séculos X e XI, tendo nascido em Brabante, Bélgica. Desde a infância, já demonstrava seu desapego pelos bens terrenos, tanto que, na juventude, distribuiu aos pobres tudo o que possuía e ganhava. Na ânsia de viver uma vida ascética, Guido abandonou a casa dos pais, que eram bondosos cristãos camponeses, e foi ser sacristão do vigário de Laken, perto de Bruxelas, pois assim poderia ser mais útil às pessoas carentes e também dedicar-se às orações e à penitência.

Quando ficou órfão, decidiu ser comerciante, pois teria mais recursos para auxiliar e socorrer os pobres e doentes. Mas seu navio repleto de mercadorias afundou nas águas do Sena. Então, o comerciante Guido teve a certeza de que tinha escolhido o caminho errado. De modo que se convenceu do equívoco cometido ao abandonar sua vocação religiosa para trabalhar no comércio, mesmo que sua intenção fosse apenas ajudar os mais necessitados.

Sendo assim, Guido deixou a vida de comerciante, vestiu o hábito de peregrino e pôs-se novamente no caminho da religiosidade, da peregrinação e assistência aos pobres e doentes. Percorreu durante sete anos as inseguras e longas estradas da Europa para visitar os maiores santuários da cristandade.

Depois da longa peregrinação, que incluiu a Terra Santa, Guido voltou para o seu país de origem, já fraco e cansado. Ficou hospedado na casa de um sacerdote na cidade de Anderlecht, perto de Bruxelas, de onde herdou o sobrenome. Pouco tempo depois, morreu, com fama de santidade. Foi sepultado naquela cidade e sua sepultura tornou-se um pólo de peregrinação. Assim, com o passar do tempo, foi erguida uma igreja dedicada a ele, para guardar suas relíquias.

Ao longo dos séculos, a devoção a são Guido de Anderlecht cresceu, principalmente entre os sacristãos, trabalhadores da lavoura, camponeses e cocheiros. Aliás, ele é tido como protetor das cocheiras, em especial dos cavalos. Diz a tradição que Guido não resistiu a uma infecção que lhe provocou forte desarranjo intestinal, muito comum naquela época pelos poucos recursos de saneamento e higiene das cidades. Seu nome até hoje é invocado pelos fiéis para a cura desse mal.

A sua festa litúrgica, tradicionalmente celebrada no dia 12 de setembro, traz uma carga de devoção popular muito intensa. Na cidade de Anderlecht, ela é precedida por uma procissão e finalizada com uma benção especial, concedida aos cavalos e seus cavaleiros.

Mensagens

Novos céus e terra nova...

Novos céus e terra nova...
Ainda será possível tal novidade,
no final de um novo milênio,
se o ser humano parece ter perdido a capacidade de sonhar,
de olhar para o alto e de acreditar no Outro?

Na alma de todo homem e de toda mulher, campo fértil onde o criador semeia o céu, habita há séculos a novidade que todo povo, geração, raça, cultura ou sabedoria procura desde sempre.

Filhos do homem somos, a novidade da criação.
Somos a diferença que ama e convite com os oceanos, as baleias, as árvores e os rios,
as flores e o ser humano...

Olhar para o alto significará "sair" de dentro de si até perder de vista a terra, brincar de esconder como o menino com a lua, sem medo do lume das estrelas, que desenham no firmamento de nossa história
uma eterna constelação de amor: o ser humano, sonho e terra do Deus da vida.

Louvar a tolerância é aceitar sair do próprio universo, para partir, como um navegador, em busca de mundos e céus novos e desconhecidos; como um apóstolo, anunciar que somente do outro despontará a fraternidade.

A você, criatura humana, tão igual e diferente, desejo boa viagem na "nova" vida, que o sonho torna-se, assim, real e possível nessa sua terra.


Pe. Rui da Silva Pedro
Do livro: Elogio da Tolerância - Paulinas