quinta-feira, 14 de março de 2013

INFORMATIVO

 
 
Todas as terceiras sextas-feiras de cada mês, a missa será celebrada no calçadão beira mar Candeias, nas proximidades dos restaurantes Jangadeiro e Du Maranhão, às 19h30, celebrada pelo Monsenhor Paulo Sérgio.
Amanhã 15, haverá confissões na Matriz das 08h30 às 11h30.

Evangelho do dia

Ano C - DIA 14/03


O Pai dá testemunho em favor do Filho - Jo 5,31-47

"Se eu dou testemunho de mim, o meu testemunho não é verdadeiro. Um outro é quem dá testemunho de mim, e eu sei que o testemunho que ele dá é verdadeiro. Vós mandastes perguntar a João, e ele deu testemunho da verdade. Ora, eu não recebo testemunho da parte de um ser humano, mas digo isso para a vossa salvação. João era a lâmpada que iluminava com sua chama ardente, e vós gostastes, por um tempo, de alegrar-vos com a sua luz. Mas eu tenho um testemunho maior que o de João: as obras que o Pai me concedeu realizar. As obras que eu faço dão testemunho de mim, pois mostram que o Pai me enviou. O Pai que me enviou dá testemunho a meu favor. Mas vós nunca ouvistes sua voz, nem vistes a sua face, e não tendes a sua palavra morando em vós, pois não acreditais naquele que ele enviou. Examinais as Escrituras, pensando ter nelas a vida eterna, e são elas que dão testemunho de mim. Vós não quereis vir a mim para terdes a vida! Eu não recebo glória que venha dos homens. Pelo contrário, eu vos conheço: não tendes em vós o amor de Deus. Eu vim em nome do meu Pai, e vós não me recebeis. Mas, se um outro viesse em seu próprio nome, a esse receberíeis. Como podereis acreditar, vós que recebeis glória uns dos outros e não buscais a glória que vem do Deus único? Não penseis que eu vos acusarei diante do Pai. Há alguém que vos acusa: Moisés, no qual colocais a vossa esperança. Se acreditásseis em Moisés, também acreditaríeis em mim, pois foi a meu respeito que ele escreveu. Mas, se não acreditais nos seus escritos, como podereis crer nas minhas palavras?"
Leitura Orante

Oração Inicial

Preparo-me para a Leitura Orante, rezando com todos os que navegam pela rede da internet:

Espírito santificador,a ti consagro a minha vontade:
ajuda-me a dizer sim ao Projeto de Deus para a minha vida.

1- Leitura (Verdade)

- O que a Palavra diz?
Leio com atenção, na Bíblia, o Evangelho de hoje: Jo 5,31-47.
Neste texto predomina a palavra testemunho. São três testemunhas:
1ª João Batista deu testemunho da verdade.
2ª O Pai dá testemunho de Jesus.
3ª As Sagradas Escrituras que dão testemunho de Jesus.

Essas três testemunhas a favor de Jesus foram recusadas pelas autoridades religiosas que utilizavam a religião e a Bíblia para manter seus privilégios e prestígio.

2- Meditação (Caminho)

- O que a Palavra diz para mim?
Como me coloco diante destas testemunhas?
Acolho-as ou rejeito porque são exigentes suas propostas e prefiro os privilégios, a vida mais fácil, menos austera? Os bispos, em Aparecida, nos ajudaram a refletir sobre o tema de hoje: "Os cristãos precisam recomeçar a partir de Cristo, a partir da contemplação de quem nos revelou em seu mistério a plenitude do cumprimento da vocação humana e de seu sentido. Necessitamos nos fazer discípulos dóceis, para aprende d'Ele, em seu seguimento, a dignidade e a plenitude de vida. E necessitamos, ao mesmo tempo, que o zelo missionário nos consuma para levar ao coração da cultura de nosso tempo aquele sentido unitário e completo da vida humana que nem a ciência, nem a política, nem a economia nem os meios de comunicação poderão proporcionar. Em Cristo Palavra, Sabedoria de Deus (cf. 1 Cor 1,30), a cultura pode voltar a encontrar seu centro e sua profundidade, a partir de onde é possível olhar a realidade no conjunto de todos seus fatores, discernindo-os à luz do Evangelho e dando a cada um seu lugar e sua dimensão adequada." (DAp 41).

3- Oração (Vida)

- O que a Palavra me leva a dizer a Deus?
Rezo com toda Igreja,

Oração oficial da CF 2013
Pai santo, vosso Filho Jesus,
conduzido pelo Espírito
e obediente à vossa vontade,
aceitou a cruz como prova de amor à humanidade.
Convertei-nos e, nos desafios deste mundo,
tornai-nos missionários
a serviço da juventude.
Para anunciar o Evangelho como projeto de vida,
enviai-nos, Senhor;
para ser presença geradora de fraternidade,
enviai-nos, Senhor;
para ser profetas em tempo de mudança,
enviai-nos, Senhor;
para promover a sociedade da não violência,
enviai-nos, Senhor;
para salvar a quem perdeu a esperança,
enviai-nos, Senhor;
para...

4- Contemplação (Vida e Missão)

Quero olhar o mundo, as pessoas, a vida com o olhar de Jesus, o coração de Jesus, seus gestos e palavras. Com minhas atitudes darei testemunho de Jesus.

Bênção

- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

Santo do dia



    

Santa Matilde
895-968

14 de Março - Santa Matilde

Matilde era filha de nobres saxões. Nasceu em Westfalia, por volta do ano 895 e foi educada pela avó, também Matilde, abadessa de um convento de beneditinas em Herford. Por isso, aprendeu a ler, a escrever e estudou teologia e filosofia, fato pouco comum para as nobres da época, inclusive gostava de assuntos políticos. Constatamos nos registros da época que associada à brilhante inteligência estava uma impressionante beleza física e de alma. Casou-se aos catorze anos com Henrique, duque da Saxônia, que em pouco tempo se tornou Henrique I, rei da Alemanha, com o qual viveu um matrimônio feliz por vinte anos.

Foi um reinado justo e feliz também para o povo. Segundo os relatos, muito dessa justiça recheada de bondade se deveu à rainha que, desde o início, mostrou-se extremamente generosa com os súditos pobres e doentes. Enquanto a ela assistia à população e erguia conventos, escolas e hospitais, o rei tornava a Alemanha líder da Europa, salvando-a da invasão dos húngaros, regularizando a situação de seu país com a Itália e a França e exercendo ainda domínio sobre os eslavos e dinamarqueses. Havia paz em sua nação, graças à rainha, e por isso, ele podia se dedicar aos problemas externos, fortalecendo cada vez mais o seu reinado.

Mas essa bonança chegou ao fim. Henrique I faleceu e começou o sofrimento de Matilde. Antes de morrer, o rei indicou para o trono seu primogênito Oton, mas seu irmão Henrique queria o trono para si. As forças aliadas de cada um dos príncipes entraram em guerra, para desgosto de sua mãe. O exército do príncipe Henrique foi derrotado e Oton foi coroado rei assumindo o trono. Em seguida, os filhos se voltaram contra a mãe, alegando que ela esbanjava os bens da coroa, com a Igreja e os pobres. Tiraram toda sua fortuna e ordenaram que deixasse a corte, exilando-a.

Matilde, triste, infeliz e sofrendo muito, retirou-se para o convento de Engerm. Contudo, muitos anos mais tarde, Oton e Henrique se arrependeram do gesto terrível de ingratidão e devolveram à mãe tudo o que lhe pertencia. De posse dos seus bens, Matilde distribuiu tudo o que tinha para os pobres.

Preferindo continuar sua vida como religiosa permaneceu no convento onde, depois de muitas penitências e orações, desenvolveu o dom das profecias. Matilde faleceu em 968, sendo sepultada ao lado do marido, no convento de Quedlinburgo. Logo foi venerada como Santa pelo povo que propagou rapidamente a fama de sua santidade por todo mundo católico do Ocidente ao Oriente. Especialmente na Alemanha, Itália e Mônaco ainda hoje sua festa, autorizada pela Igreja, é largamente celebrada no dia 14 de março.

Mensagens



    



 Vida, um grande mistério
Um grande segredo, um grande amor!
Sonhos, jogados ao vento
Perdidos no tempo, não dá pra esquecer

Portas, nem sempre se abrem
Às vezes se fecham e, então, que fazer?
Trilhas mal sinalizadas
O fim do caminho. o grito de dor!

Quem leva no peito a grande certeza
Que Deus o mantém, que Deus o conduz
E estende a mão!
Há sempre uma luz, há sempre uma luz

Roubos, injustos projetos
Exploram a vida do trabalhador
Gestos tão interesseiros
Amores traídos, prazer sem amor
Brigas por mesquinharias
Se for pra lutar é em nome da paz
Vamos lançar a semente
Porque quem é gente nasceu pra brilhar

Jorge Mario Bergoglio, novo João XXIII?

Jovem, com boa saúde e reformador. Até agora, essas pareciam ser as premissas inevitáveis para começar a buscar o novo papa. Mas, no fim, a primeira condição parece ter perdido importância e ganhou pontos a tríade de reformador, mais velho e com poucos defeitos. Busca-se um novo Roncalli, papel que pode ser encarnado pelo novo papa, Francisco, o argentino Jorge Mario Bergoglio, arcebispo de Buenos Aires, que se assemelha em muitas coisas ao Papa Bom, menos na aparência.
Mais alto e menos gordo do que João XXIII, o papa platense não saiu nas loterias em torno dos papáveis. Mas, devido ao bloqueio entre o "partido romano" dos curiais e o "partido reformista" dos estrangeiros, especialmente norte-americanos e alemães, a opção pelo argentino parece ter se revelado providencial.
Bergoglio já havia conquistado muitos votos no conclave anterior e se converteu no favorito do setor moderado-progressista e, portanto, no principal rival de Ratzinger. Tanto que, segundo algumas indiscrições, o purpurado jesuíta havia se levantado no conclave para pedir que os cardeais, entre lágrimas, não seguissem votando nele.
À época, o argentino tinha 70 anos. Passados quase oito anos, Bergoglio completou 77 anos e se encaixa perfeitamente no clichê de papa mais velho e de transição. Ele também não conhece graves doenças e pode assumir perfeitamente o papel de papa reformador pelo qual suspira a grande maioria do conclave... e do povo de Deus.
Ninguém duvida de que o purpurado argentino tem caráter. Como diz o irmão Ricardo Corleto, agostiniano recoleto de passagem por Roma, "é um homem tão honrado e tão íntegro que nem sequer o governo Kirchner pôde encontrar mancha alguma em sua vida, apesar de tê-la procurado com grande diligência".

A prioridade: mudar a Cúria
Jesuíta reto, dialogante, simples e sumamente austero, ele viaja de metrô ou de ônibus por Buenos Aires e não gosta de que lhe chamem de eminência. Quando lhe perguntam sobre como devem se dirigir a ele, ele sempre responde dizendo: padre Bergoglio.
Capaz, inteligente, profundamente espiritual e homem de uma sólida personalidade, ele não recuaria no momento de pôr a Cúria Romana na linha ou de reformá-la profundamente. Uma das tarefas que todos os cardeais parecem considerar como prioridade no trabalho do novo papa. A Igreja joga nisso a sua credibilidade social tão danificada ultimamente por todos os escândalos do Vatileaks.
Uma reforma de fundo, que busque uma maior colegialidade e resgate do ostracismo a sinodalidade já apontada no Vaticano II. Como diz o cardeal Kasper, outro emérito de prestígio, "a Igreja precisa de transparência e de colegialidade. É preciso sair do cerco do centralismo romano". E acrescenta: "Mudar a Curia é uma prioridade".
Com Bergoglio no sólio pontifício, a Igreja não só poderia ganhar um novo Roncalli, mas também daria um salto epocal para o outro lado do Atlântico. Isto é, nas mãos de um papável confiável, com experiência, decidido, daqueles que não tremem o pulso, "limpo" e com audácia para terminar a limpeza que Bento XVI não pôde ou não o deixaram fazer: o IOR, o Banco do Vaticano e a Cúria. Um novo Roncalli do Cone Sul com raízes turinenses. Um jesuíta para reformar a Igreja.
A reportagem é de José Manuel Vidal, Religión Digital, 13-03-2013.

“Venho quase do fim do mundo”

Jesuíta, filho de um casal de piemonteses, viveu em Buenos Aires, trabalha nas favelas (foto: celebração na periferia de Buenos Aires), usa ônibus, metrô e mora em apartamento pobre da periferia.


Por Andres Tornielli

O jesuíta Jorge Mario Bergoglio, Francisco, o primeiro Papa latino-americano da história, é um bispo sem carro oficial que na sua Buenos Aires se locomove através do metrô, evita os encontros mundanos, e na cúria vivia num pequeno apartamento. Um bispo que prefere passar seu tempo nas «villas miserias», as favelas da capital argentina.
É um bispo humilde e profundamente espiritual, que quando saúda pede sempre que se reze por ele e que nestes anos na grande metrópole argentina continuou repetindo que a Igreja deve mostrar o rosto da misericórdia de Deus. «Procuremos ser uma Igreja que sai de si mesma e que vai ao encontro dos homens e das mulheres que não a frequentam, que não a conhecem, que saíram, que são indiferentes...».

Nascido 76 anos atrás em Buenos Aires, filho de uma família de Portacomaro, na região de Asti (noroeste da Itália) que chegou à Argentina numa abafada manhã de janeiro de 1929, Jorge é o quarto dos cinco filhos. O pai, contábil, no novo mundo deixa de lado toda saudade e com os filhos não fala italianos. «A avó Rosa vinha me pegar, me levava até sua casa... Meus avós falavam piemontês entre si e assim o aprendi».

Com o pai jogava baralho e seguia os jogos de basquete, com a mãe ouvia música. «Todo sábado, às duas da tarde, ouvíamos óperas líricas que eram transmitidas pelo Rádio estatal. Antes que começasse, a mamãe nos explicava a ópera, nos alertava quando começava a ária mais importante e conhecida... Era uma beleza para mim, apreciar a música». Junto com os irmãos, o novo Papa aprendeu a cozinhar:
«Minha mãe – contou no livro entrevista “El Jesuita” publicado três anos atrás – ficou paralítica após ter dado à luz o último filho, o quinto. Quando voltávamos da escola, a encontrávamos sentada descascando batatas, com todos os outros ingredientes para o almoço já preparados. Dizia-nos que devíamos misturá-los e cozinhá-los». Uma vez sacerdote e professor, Bergoglio continuou com este hobby: «No Colégio Máximo, no domingo, não havia cozinheira, e então eu mesmo preparava o almoço para os meus estudantes». Ao jornalista que lhe perguntou se era um bom cozinheiro, respondeu: «Bom, não matei ninguém co minha comida...».

A família Bergoglio era povera. «Não nos sobrava nada, não tínhamos carro, nem íamos passar férias no verão, mas não nos faltava nada». Aos 13 anos, quando iniciou as escolas de 2º grau, frequentando um instituto industrial especializado em química, Jorge começou a trabalhar. O pai quis que o filho conhecesse o cansaço do trabalho. Assim o futuro Papa Francisco, antes das limpezas numa fábrica de meias, após dois anos passa para o setor administrativo e, por fim, trabalha num laboratório de análise da produção. No final da manhã, tem menos de uma hora para o almoço; em seguida segue as aulas até às 20h. «Agradeço tanto meu pai porque me mandou trabalhar. O trabalho foi uma das coisas que melhor me fizeram na vida e, em particular, no laboratório aprendi o bem e o mal de toda atividade humana... O meu chefe era uma mulher extraordinária». 

O futuro Papa quando adolescente fica gravemente doente e corre o risco de morrer de pneumonia. «Lembro o momento em que, com a febre altíssima, abracei minha mãe e lhe perguntei: “Diga-me o que está acontecendo!” Ela não sabia o que responder, porque os médicos estavam desanimados». Jorge sofreu uma cirurgia que lhe tirou a parte superior do pulmão direito. Meses de recuperação como dores terríveis. Ao jovem Bergoglio faziam raiva as palavras de circunstância que muitas pessoas lhe diziam nas visitas ao hospital, quando para animá-lo falavam: «Vai passar». Até que foi visitá-lo irmã Dolores, a religiosa que o preparou para a primeira comunhão. «Disse-me algo que me atingiu muito e que me deu muita paz: “Estás imitando Jesus”». «A dor – disse o novo Papa – não é uma virtude por si mesma, porém, sim, pode se tornar virtude a maneira como é vivida. A nossa vocação é a plenitude e a felicidade, e nesta busca a dor é um limite. Por isso, o sentido da dor alguém o entende de verdade através da dor do Deus que se fez homem, Jesus Cristo». 

A vocação, para papa Francisco, não veio cedo. É 21 de setembro de 1953, tinha 17 anos, se prepara para festejar o Dia do Estudante com seus colegas. Entra a igreja de San José de Flores. Aí encontra um sacerdote que não conhece e decide se confessar. Aquela confissão teria mudado sua vida. Não volta mais para a estação ferroviária para encontrar os amigos porque decidira se tornar sacerdotes. «Aconteceu algo raro, a maravilha de um encontro. Tomei consciência que alguém estava me esperando. Esta é a experiência religiosa: a maravilha de encontrar alguém que está te esperando. Daquele momento para mim Deus tornou-se aquele que te antecede Alguém está de procurando, Ele te procura por primeiro». 

O pai aceita bem a decisão de Jorge. A mãe não muito. «Disse: não sei, não te vejo... Deverias esperar um pouco, continuar a trabalhar... terminar a universidade. A verdade é que minha mãe não gostou muito. Meu pai me entendeu muito mais». Aos 21 anos o novo papa entra no noviciado dos jesuítas. «Fui atraído por eles ser uma força de primeira linha na Igreja, porque na Companhia se usava uma linguagem militar, porque havia clima de obediência e disciplina. E porque era voltada para a tarefa missionária. Nasceu o desejo de ser missionário no Japão. Por causa do sério problema de saúde que carregava comigo, não foi autorizado». A história dele, a partir daquele momento em diante, é a de um sacerdote jesuíta. Estudos humanistas no Chile e depois na Argentina, diploma em filosofia e teologia. Professor, reitor de colégios e faculdades, mas ao mesmo tempo também pároco na igreja do Patriarca San José, na diocese de San Miguel. Vive os anos tristes da ditadura e como arcebispo pedirá perdão pelos laços da Igreja argentina com a junta militar. Completa na Alemanha a tese de doutorado, depois volta para a Argentina, em Córdoba, para ser diretor espiritual e confessor.

Em 1992, Papa Wojtyla o nomeia arcebispo auxiliar de Buenos Aires, cinco anos depois torna-se arcebispo coadjutor e em 1998 titular da Arquidiocese substituindo o card. Antonio Quarracino. Em 2001 João Paulo II o cria cardeal. Dedica uma linha de telefone só para os seus sacerdotes, para que possam chamá-lo a qualquer hora por qualquer problema. Ele mesmo marca sua agenda e os compromissos. Quem uma Igreja de «proximidade», próxima das pessoas e de seus sofrimentos. Mantém um diálogo estreito com a comunidade hebraica – publicou um livro de diálogos com o rabino Abraham Skorka –, mas também com as igrejas evangélicas. Confessa muito, quis que houvesse sacerdotes que cuidassem das prostitutas nas ruas de Buenos Aires. Ataca publicamente o projeto de lei que reconhece os casais gay porque contrário ao «projeto divino», mas quer que todas as pessoas sintam que são amadas por Deus.

Papa Francisco tem um filme preferido, «O almoço de Babette». «Vive-se aí - explicou Bergoglio - um caso típico de exagero de limites e proibições. Os protagonistas são pessoas que vivem num calvinismo puritano exagerado, ao ponto que a redenção de Cristo é vivida como uma negação das coisas deste mundo. Quando chega o ar puro da liberdade, um jantar estragado, todos acabam transformados. Na verdade, esta comunidade não sabia o que fosse a felicidade. Vivia esmagada pela dor... tinha medo do amor». Ele, que quando era professor mandava ler Jorge Luis Borges a seus alunos, afirma que é preciso passar de uma Igreja «reguladora da fé» a uma Igreja «que transmite e facilita a fé».
Vatican Insider, 14-03-13.

Padre jesuíta destaca quebra de paradigma na escolha de Bergoglio como papa

 

Jorge Mario Bergoglio foi eleito e escolheu o nome de Francisco
Por Mariana Tokarnia

Brasília - A eleição do arcebispo de Buenos Aires, Jorge Mario Bergoglio, como sucessor de Bento XVI representa mais uma quebra de paradigmas da Igreja Católica, disse o coordenador do Centro Cultural de Brasília dos Jesuítas (CCB), padre Ramón Cigoña. Segundo ele, é o primeiro papa não europeu e o primeiro jesuíta. Além de ser o único pertencente à ordem no conclave. Cigoña acredita que ao longo do pontificado outros padrões sejam quebrados.

"O novo papa escolheu o nome Francisco, de Francisco de Assis, conhecido com o Pobrezinho de Assis. Isso indica como será o papado. Acho que ele vai representar o contrário de todos os luxos do Vaticano", disse. O padre destacou ainda o fato de o novo papa ter feito a sua primeira aparição pública com um crucifixo de madeira, simbolizando a simplicidade da ordem dos jesuítas. "O papa é quem abençoa, ele fez uma oração pedindo para que ele mesmo fosse abençoado junto com os fiés", complementou.

A Companhia de Jesus, cujos membros são chamados de jesuítas, foi fundada em 1534, por Inácio de Loyola, santo católico. Na época, a Igreja Católica passava pela Contrarreforma, uma resposta à Reforma Protestante, de Lutero, que atraía fiés na Europa. Cigoña compara a missão do papa Francisco à de Inácio de Loyola, servir à Igreja.

Em relação à questões polêmicas como o aborto e a homossexualidade, Cigoña disse que os jesuítas têm uma formação ecumênica e que são "abertos às diferenças". No entanto, como papa, "são impostos certos condicionamentos. Não sei como ele agirá", declarou.

Em nota, a Aquidiocese de Brasília diz que "se alegra com a eleição do novo papa. Certamente nossas orações contribuíram para este momento de alegria. Em Cristo". Nesta quinta (14), o arcebispo de Brasília, dom Sergio da Rocha, fará a saudação oficial ao novo papa, na Cúria Metropolitana de Brasília, na Esplanada dos Ministérios.

Confira os vídeos:
Um papa cheio de surpresas
Fiéis latinos comemoram eleição do papa Francisco
Bispos brasileiros aprovam escolha de Jorge Mario Bergoglio
Agência Brasil

ESCOLA TEOLÓGICA

 
Informo aos alunos da Escola Teológica que hoje 5ª feira (14/03/2013) não haverá aula de Pneumatologia  como estava previsto, e transferido para a próxima 5ª feira, dia (21/03/2013).

Carlos Queiroz