sábado, 7 de junho de 2014

Jornada Arquidiocesana da Juventude e Festa de Pentecostes serão realizadas neste domingo

 

  
Bote Fé RecifeO próximo domingo, dia 8, será marcado por uma série de atividades religiosas na Arquidiocese de Olinda e Recife. As celebrações começarão às 9h com a terceira edição da Jornada Arquidiocesana da Juventude (JAJ) e terminarão por volta das 19h, com o encerramento da Missa de Pentecostes. Para a Igreja, a data remete à passagem bíblica onde os apóstolos estavam reunidos com medo dos judeus, e o Espírito Santo se manifestou como línguas de fogo e eles então passam a anunciar o cristianismo. O episódio marca, também, o fim do período pascal e o início do tempo litúrgico comum para os católicos.

Neste ano, os jovens iniciarão a jornada arquidiocesana em sete locais do bairro da Boa Vista, simultaneamente. Os chamados pontos de reflexão inter-expressões que devem reunir integrantes de pastorais, movimentos, congregações e novas comunidades serão realizados na Matriz do Santíssimo Sacramento; Igreja Nossa Senhora do Rosário; Igreja da Santa Cruz; Convento das Irmãs da Glória; Faculdade Frassinetti do Recife; Colégio São José e Matriz da Soledade.

A partir das 10h, terá início uma caminhada do primeiro ao sétimo ponto. Em seguida, a juventude seguirá para o Santuário de Nossa Senhora de Fátima, também na Boa Vista, onde deverão se encontrar com o arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido. O religioso participará da apresentação do Plano de Evangelização da Juventude e do lançamento do projeto “Bote fé com esperança na juventude”.

Pentecostes 2011

Depois de uma pausa para o almoço, um trio elétrico arrastará a multidão de jovens pelas ruas do Centro do Recife até o Pátio da Basílica de Nossa Senhora do Carmo, no bairro de Santo Antônio. No local, a juventude se encontrará com pessoas de todas as idades e de diversas paróquias da arquidiocese que estarão reunidas para celebrar a Festa de Pentecostes 2014.

Com o tema “Evangelizar com esperança na alegria do Espírito”, a tarde será de muito louvor com o frei Damião Silva, Zé Vicente, padre João Carlos, Cristina Amaral, Comunidade Boa Nova e Dudu do Acordeon. Ainda durante o evento será divulgado o roteiro de peregrinação das relíquias dos santos João XXIII e João Paulo II, que passarão, juntamente com as réplicas da cruz missionária e o ícone da Mãe de Deus, por todos os vicariatos da arquidiocese. O primeiro vicariato a receber as relíquias será o Recife Norte 1. Dom Saburido preside a missa de encerramento a partir das 17h.

Da Assessoria de Comunicação AOR

Em clima fraterno, arcebispo recebe pastores anglicanos

 

  

DSCN0065Na Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, o arcebispo de Olinda e Recife recebeu, na manhã desta sexta-feira (06), na Cúria Metropolitana, bairro das Graças, a visita de três pastores da Igreja Anglicana Missionária do Redentor (Rito Católico). O encontro fraterno entre dom Fernando Saburido e o bispo primaz dos anglicanos, dom Marcos Fradique Bezerra, foi acompanhado pelos franciscanos, dom Antônio Pessoa Leite, OFS e dom Carlos Augusto Alves de Souza, OFS.

“Esta visita foi para firmarmos um diálogo que queremos que seja permanente com a Igreja Católica Romana. Nosso intuito é estar cada vez mais perto da Arquidiocese de Olinda e Recife, na pessoa de dom Fernando, para no futuro realizarmos boas parcerias”, afirmou dom Marcos Fradique, que foi padre da Congregação dos Missionários Oblatos de Maria Imaculada, ordenado em 1987, pelo então arcebispo de Olinda e Recife, dom Helder Camara.

A Igreja Anglicana Missionária do Redentor (Rito Católico) tem sede no bairro de Pau Amarelo, na cidade do Paulista, Região Metropolitana do Recife. Segundo dom Antônio Pessoa, a comunidade foi fundada em 1991 por missionários franciscanos anglicanos.

Para dom Fernando o encontro com os irmãos anglicanos foi muito agradável e certamente ajudará a aproximar as igrejas. O arcebispo agradeceu a visita e disse que espera novos momentos fraternos.

Celebrações

As comemorações da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos na arquidiocese seguem até sábado (07). Nesta sexta-feira, haverá encontro na Paróquia Anglicana Jardim das Oliveiras, no bairro de Setúbal, Zona Sul do Recife. Amanhã, a última celebração será no bairro de Rio Doce, em Olinda, na Capela Espírito Santo, a partir das 19h.

O presidente da Comissão Arquidiocesana de Pastoral para o Ecumenismo e Diálogo Inter-religioso, frei Tito Figueirôa, solicita que as paróquias, comunidades e instituições religiosas rezem durante este período a Oração pela Semana de Unidade. A prece deve ser rezada no final da Missa ou de outra celebração.

Oração para a Semana de Orações pela Unidade dos Cristãos

Ó Eterno Pai, nas divisões entre nós, cristãos, damos a impressão de que “o Cristo Jesus está dividido”, como reclamou o apóstolo São Paulo, a respeito do comportamento da comunidade de Corinto. Por isso vos pedimos perdão, Senhor Deus, e a graça de nos motivarmos a sempre construir a unidade e a tolerância fraterna, entre nós e nossos irmãos, e deste modo sermos sinal de esperança e compromisso, sob a força transformadora do Espírito Santo. Amém.

Da Assessoria de Comunicação AOR
cartaz-pentecostes-2014

Após vencer The Voice Itália, Irmã Cristina reza Pai Nosso

 

                 

irma-cristina-the-voice

Na noite dessa quinta-feira, 5, a religiosa italiana Irmã Cristina Scuccia, 25 anos, venceu a final do “The Voice Itália”.

A freira, que entrou na competição cantando “No One”, de Alicia Keys, superou os outros competidores depois de cantar as músicas “Beautiful That Way”, “Girls just want to have a fun”, “Lungo La Riva”, “Livin’ on a prayer”, “Uno su mille”, “Gli Anni”, e “Flashdance… What a Feeling”.

O grande destaque da final foi o momento em que ela cantou de forma inédita a música “Lungo La Riva”. Após a apresentação, seguiu-se a votação. Ela venceu com 62,30% dos votos e convidou todos a rezarem o Pai-Nosso, em agradecimento Àquele que a ajudou do Alto.

O cantor J-Ax, que a acompanhou durante toda a competição, disse: “Foi uma experiência extraordinária. O meu conselho é que você possa mudar as coisas e dar um exemplo aqui fora. Digo isso como ateu”.

Uma freira e um ateu cantando juntos, momento emocionante e muito significativo do programa:

http://www.arquidioceseolindarecife.org/2014/06/apos-vencer-the-voice-italia-irma-cristina-reza-pai-nosso/



Fonte: Canção Nova

Liturgia Diária

Dia 7 de Junho - Sábado


VII SEMANA DA PÁSCOA
(Branco, Prefácio da Ascensão – Ofício do dia)


Antífona da entrada: Os discípulos unidos perseveravam em oração com algumas mulheres, entre as quais Maria, a mãe de Jesus, e os irmãos dele, aleluia! (At 1,14).

Oração do dia

Concedei-nos, Deus todo-poderoso, conservar sempre em nossa vida e nossas ações a alegria das festas pascais que estamos para encerrar. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Leitura (Atos 28,16-20.30-31)

Leitura dos Atos dos Apóstolos.
28 16 Chegados que fomos a Roma, foi concedida licença a Paulo para que ficasse em casa própria com um soldado que o guardava.
17 Três dias depois, Paulo convocou os judeus mais notáveis. Estando reunidos, disse-lhes: “Irmãos, sem cometer nada contra o povo nem contra os costumes de nossos pais, fui preso em Jerusalém e entregue nas mãos dos romanos.
18 Estes, depois de terem instruído o meu processo, quiseram soltar-me, visto não achar em mim crime algum que merecesse morte.
19 Mas, opondo-se a isso os judeus, vi-me obrigado a apelar para César, sem intentar contudo acusar de alguma coisa a minha nação.
20 Por esse motivo, mandei chamar-vos, para vos ver e falar convosco. Porquanto, pela esperança de Israel, é que estou preso com esta corrente”.
30 Paulo permaneceu por dois anos inteiros no aposento alugado, e recebia a todos os que vinham procurá-lo.
31 Pregava o Reino de Deus e ensinava as coisas a respeito do Senhor Jesus Cristo, com toda a liberdade e sem proibição.
Palavra do Senhor.

Salmo responsorial 10/11

Ó Senhor, quem tem reto coração
há de ver a vossa face.


Deus está no templo santo
e no céu tem o seu trono;
volta os olhos para o mundo,
seu olhar penetra os homens.

Examina o justo e o ímpio
e detesta o que ama o mal.
Porque justo é nosso Deus,
o Senhor ama a justiça.
Quem tem reto coração
há de ver a sua face.

Evangelho (João 21,20-25)

Aleluia, aleluia, aleluia.
Eu hei de enviar-vos o Espírito da verdade; ele vos conduzirá a toda a verdade (Jo 16,7.13)

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos.
21 20 Voltando-se Pedro, viu que o seguia aquele discípulo que Jesus amava (aquele que estivera reclinado sobre o seu peito, durante a ceia, e lhe perguntara: “Senhor, quem é que te há de trair?”).
21 Vendo-o, Pedro perguntou a Jesus: “Senhor, e este? Que será dele?”
22 Respondeu-lhe Jesus: “Que te importa se eu quero que ele fique até que eu venha? Segue-me tu”.
23 Correu por isso o boato entre os irmãos de que aquele discípulo não morreria. Mas Jesus não lhe disse: “Não morrerá, mas: Que te importa se quero que ele fique assim até que eu venha?”
24 Este é o discípulo que dá testemunho de todas essas coisas, e as escreveu. E sabemos que é digno de fé o seu testemunho.
25 Jesus fez ainda muitas outras coisas. Se fossem escritas uma por uma, penso que nem o mundo inteiro poderia conter os livros que se deveriam escrever.
Palavra da Salvação.

Comentário ao Evangelho

NAS MÃOS DO SENHOR
A profissão de fé no Ressuscitado exige do discípulo entregar-se totalmente em suas mãos. Este não se julga dono da própria vida. Ela pertence ao Senhor, a quem compete determinar-lhe os rumos. Pode-se definir o discípulo como aquele que coloca toda a sua existência nas mãos do Senhor, deixando-se guiar por ele com total docilidade, e buscando, em tudo, realizar o seu projeto. O querer do discípulo confunde-se com o querer do Senhor, não lhe sendo pesado carregar este fardo.
A experiência de Pedro e do discípulo amado ilustram muito bem este tema. O impulsivo Pedro queria conhecer o destino reservado ao discípulo amado. E foi recriminado pelo Senhor: "Não lhe interessa saber o que reservei para ele; cuide você de fazer o que ordenei". A Pedro caberia uma sorte diferente. Bastava-lhe confiar ao Senhor os rumos de sua vida, e pôr-se a segui-lo.
Depois de optar pelo Mestre Jesus, o discípulo torna-se dócil e se deixa guiar por ele, quanto aos caminhos a serem trilhados, as tarefas a serem cumpridas, o Evangelho a ser proclamado, o testemunho a ser dado, as batalhas a serem travadas. O Senhor garante o destino do discípulo, junto do Pai, e, para lá, o conduz. E tudo isto o discípulo acolhe com alegria, feliz por estar em boas mãos.

Oração
Espírito que me conduz, quebra todas as resistências que me impedem de ser guiado pelo Senhor, tornando-me dócil a seu amor benevolente.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)

Sobre as oferendas

Ó Deus, nós vos pedimos: a vinda do Espírito Santo, ele que é o próprio perdão dos pecados, prepare os nossos corações para os vossos sacramentos. Por Cristo, nosso Senhor.

Antífona da comunhão: O Espírito Santo virá glorificar-me, pois receberá do que é meu para comunicar-vos, diz o Senhor, aleluia! (Jo 16,14)

Depois da comunhão

Ó Deus, atendei compassivo as nossas preces e, como passamos dos antigos aos novos sacramentos, renovai as nossas almas, dotando-nos de uma nova juventude. Por Cristo, nosso Senhor.

Evangelho do Dia

Ano A - 07 de junho de 2014

João 21,20-25


Aleluia, aleluia, aleluia.
Eu hei de enviar-vos o Espírito da verdade; ele vos conduzirá a toda a verdade (Jo 16,7.13)

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos.
21 20 Voltando-se Pedro, viu que o seguia aquele discípulo que Jesus amava (aquele que estivera reclinado sobre o seu peito, durante a ceia, e lhe perguntara: “Senhor, quem é que te há de trair?”).
21 Vendo-o, Pedro perguntou a Jesus: “Senhor, e este? Que será dele?”
22 Respondeu-lhe Jesus: “Que te importa se eu quero que ele fique até que eu venha? Segue-me tu”.
23 Correu por isso o boato entre os irmãos de que aquele discípulo não morreria. Mas Jesus não lhe disse: “Não morrerá, mas: Que te importa se quero que ele fique assim até que eu venha?”
24 Este é o discípulo que dá testemunho de todas essas coisas, e as escreveu. E sabemos que é digno de fé o seu testemunho.
25 Jesus fez ainda muitas outras coisas. Se fossem escritas uma por uma, penso que nem o mundo inteiro poderia conter os livros que se deveriam escrever.
Palavra da Salvação.



Comentário do Evangelho
NAS MÃOS DO SENHOR
A profissão de fé no Ressuscitado exige do discípulo entregar-se totalmente em suas mãos. Este não se julga dono da própria vida. Ela pertence ao Senhor, a quem compete determinar-lhe os rumos. Pode-se definir o discípulo como aquele que coloca toda a sua existência nas mãos do Senhor, deixando-se guiar por ele com total docilidade, e buscando, em tudo, realizar o seu projeto. O querer do discípulo confunde-se com o querer do Senhor, não lhe sendo pesado carregar este fardo.
A experiência de Pedro e do discípulo amado ilustram muito bem este tema. O impulsivo Pedro queria conhecer o destino reservado ao discípulo amado. E foi recriminado pelo Senhor: "Não lhe interessa saber o que reservei para ele; cuide você de fazer o que ordenei". A Pedro caberia uma sorte diferente. Bastava-lhe confiar ao Senhor os rumos de sua vida, e pôr-se a segui-lo.
Depois de optar pelo Mestre Jesus, o discípulo torna-se dócil e se deixa guiar por ele, quanto aos caminhos a serem trilhados, as tarefas a serem cumpridas, o Evangelho a ser proclamado, o testemunho a ser dado, as batalhas a serem travadas. O Senhor garante o destino do discípulo, junto do Pai, e, para lá, o conduz. E tudo isto o discípulo acolhe com alegria, feliz por estar em boas mãos.

Oração
Espírito que me conduz, quebra todas as resistências que me impedem de ser guiado pelo Senhor, tornando-me dócil a seu amor benevolente.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Leitura
Atos 28,16-20.30-31
Leitura dos Atos dos Apóstolos.
28 16 Chegados que fomos a Roma, foi concedida licença a Paulo para que ficasse em casa própria com um soldado que o guardava.
17 Três dias depois, Paulo convocou os judeus mais notáveis. Estando reunidos, disse-lhes: “Irmãos, sem cometer nada contra o povo nem contra os costumes de nossos pais, fui preso em Jerusalém e entregue nas mãos dos romanos.
18 Estes, depois de terem instruído o meu processo, quiseram soltar-me, visto não achar em mim crime algum que merecesse morte.
19 Mas, opondo-se a isso os judeus, vi-me obrigado a apelar para César, sem intentar contudo acusar de alguma coisa a minha nação.
20 Por esse motivo, mandei chamar-vos, para vos ver e falar convosco. Porquanto, pela esperança de Israel, é que estou preso com esta corrente”.
30 Paulo permaneceu por dois anos inteiros no aposento alugado, e recebia a todos os que vinham procurá-lo.
31 Pregava o Reino de Deus e ensinava as coisas a respeito do Senhor Jesus Cristo, com toda a liberdade e sem proibição.
Palavra do Senhor.
Salmo 10/11
Ó Senhor, quem tem reto coração
há de ver a vossa face.


Deus está no templo santo
e no céu tem o seu trono;
volta os olhos para o mundo,
seu olhar penetra os homens.

Examina o justo e o ímpio
e detesta o que ama o mal.
Porque justo é nosso Deus,
o Senhor ama a justiça.
Quem tem reto coração
há de ver a sua face.

Oração
Concedei-nos, Deus todo-poderoso, conservar sempre em nossa vida e nossas ações a alegria das festas pascais que estamos para encerrar. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Pentecostes, o perdão para recriar o mundo

 


Esta é a festa do Senhor ressuscitado que dá aos discípulos o Espírito de Deus Pai.


Por Raymond Gravel*
O Pentecostes é uma festa pascal; ela é o desenvolvimento do mistério da Páscoa. Não é uma festa independente do Espírito Santo; é a festa do Senhor ressuscitado que dá aos discípulos o seu Espírito, que é o Espírito de Deus Pai. É por isso que esta festa se situa, ao mesmo tempo, na noite da Páscoa no evangelho de São João, e 50 dias depois da Páscoa no livro dos Atos dos Apóstolos, inclusive na cruz da Sexta-Feira Santa em todos os evangelistas, em particular em João: “Tudo está realizado. E inclinando a cabeça, entregou o espírito” (Jo 19,30).
No mistério pascal, todos os elementos desse mistério – a Morte, a Ressurreição, a Ascensão e o Pentecostes – são tão importantes que os primeiros cristãos fizeram deles acontecimentos distintos separados no tempo: três dias para a Ressurreição, 40 dias para a Ascensão e 50 dias para o Pentecostes. Mas, na realidade, trata-se de um mesmo e único acontecimento teológico que nos fala simultaneamente de Deus, do homem, de Cristo e da Igreja. Não há, portanto, contradições entre os escritos e seus autores; encontramos simplesmente maneiras diferentes de descrever a riqueza do mistério cristão.
Desde o início do tempo pascal, nós lemos os relatos da Páscoa e da Ascensão. Hoje, celebramos o Pentecostes, a festa do Espírito de Cristo, o Espírito de Deus, a festa da Igreja. O que nos dizem os textos bíblicos que a Igreja nos propõe hoje?
1. Atos dos Apóstolos 2,1-11
Neste texto de Lucas, sobre o dom do Espírito Santo dado aos apóstolos reunidos, o autor não procura descrever um acontecimento material e histórico que aconteceu num dado momento da história da Igreja nascente. O fato de que Lucas tenha escolhido compor seu relato por meio de uma série de alusões ao Antigo Testamento, pode desviar a nossa atenção para uma leitura de tipo histórico, que procurasse determinar como as coisas se passaram. Devemos, ao contrário, compreender as mensagens que Lucas quer dar à sua comunidade sobre o papel e a força do Espírito:
1) O Pentecostes judaico celebrava o dom da Lei ao Povo de Israel, o povo da antiga Aliança. O Pentecostes cristão celebra o dom do Espírito ao novo Povo de Deus, a Igreja, o povo da nova Aliança.
2) Assim como Moisés subiu ao Sinai para dar ao povo a Lei de Deus, Cristo subiu ao céu para derramar o Espírito de Deus, o Espírito da nova Aliança.
3) Assim como para Moisés o barulho do trovão e o fogo das luzes acompanham o dom da Lei de Deus, aqui o barulho, o vento e o fogo acompanham a vinda do Espírito Santo.
4) No Sinai, de acordo com tradições judaicas, Deus propôs os mandamentos nas diversas línguas do mundo, mas apenas Israel os aceitou. No livro dos Atos dos Apóstolos, Deus repara esse fracasso: todas as nações compreendem a linguagem do Espírito: “Cheios de espanto e de admiração, diziam: ‘Esses homens que estão falando não são todos galileus? Como é que nós os escutamos na nossa própria língua?’” (At 2,7-8)
5) No Antigo Testamento, as 12 tribos de Israel estão reunidas para ouvir Moisés. Aqui, os 12 povos são chamados para ouvir os 12 apóstolos investidos pelo Espírito do Cristo, proclamar as maravilhas de Deus: “todos nós os escutamos anunciarem as maravilhas de Deus na nossa própria língua!” (At 2,11b)
Em suma, este relato de Lucas é o inverso de Babel, é a abertura à universalidade e o sopro do Espírito da nova Aliança que abole as fronteiras; não há mais exclusão nem rejeição.
2. 1 Cor 12,3b-7.12-13
Os coríntios acreditavam que o dom do Espírito Santo estava reservado a uma elite. Eles só reconheciam sua presença no sensacional, nos cristãos que tinham o dom de falar em línguas e, particularmente, naqueles que eram eloquentes na animação das assembleias. Paulo quer, aqui, restabelecer a realidade do Espírito Santo:
1) Todo fiel que proclamar que “Jesus é o Senhor” (1 Cor 12,3), é habitado pelo Espírito Santo. Portanto, o mais humilde e o menor dos batizados também recebeu o Espírito Santo.
2) O Espírito, o Senhor e Deus são inseparáveis. Sem mesmo chamá-lo pelo nome, Paulo nos fala da Trindade que se dispensa em carismas: dons da graça, mas o Espírito é o mesmo (v. 4), dons dos serviços na Igreja, mas o Senhor é o mesmo (v. 5) e dons das atividades, mas é o mesmo Deus que as realiza (v. 6). O Espírito põe, portanto, todos os fiéis a agir, cada um segundo seus carismas, em vista do bem de todos (v. 7).
3) Esta unidade na diversidade Paulo a exprime através de uma fábula, conhecida na sua época, sobre o corpo e seus membros, para significar que todos os cristãos, em sua diversidade, pertencem ao mesmo corpo, o Corpo do Cristo ressuscitado. Esta pertença transcende as clivagens étnicas: “De fato, todos nós, judeus ou gregos, escravos ou livres, fomos batizados num único Espírito, para formarmos um único corpo, e todos nós bebemos de um único Espírito” (1 Cor 12,13).
3. João 20,19-23
Para João, é na noite da Páscoa que o Espírito Santo é dado aos discípulos reunidos. Que mensagens podemos tirar dessa passagem bíblica?
1) O medo: os discípulos têm medo, eles são fracos, eles se sentem abandonados. As portas estão trancadas. Apesar disso, Jesus se apresenta a eles (v. 19). É, portanto, na humanidade dos discípulos que Cristo se faz presente.
2) A Paz: duas vezes Cristo oferece a sua paz (vv. 19.21). Mas, por que esta insistência? O sentido bíblico da palavra paz não é a ausência de guerra ou de conflitos; é a plenitude de vida que lembra a presença do Ressuscitado (cf. TOB, Lc 1,79 nota J). É, portanto, a sua Vida de Ressuscitado que Cristo dá aos seus discípulos. É uma promessa de Ressurreição também para eles.
3) A Alegria: João sublinha que o Ressuscitado da Páscoa é o Crucificado da Sexta-Feira Santa: “mostrou-lhes as mãos e o lado” (Jo 20,20a). O evangelista não quer dizer que se trata do cadáver de Jesus reanimado; o Ressuscitado se apresenta como aquele que fica para sempre marcado por sua humanidade, aquele que, pela cruz, testemunhou o Amor infinito de Deus. Do seu lado aberto nasceu a Igreja, ápice do sangue da Vida nova e da água viva do Espírito. Esta é a Alegria pascal experimentada pelos discípulos reunidos na noite da Páscoa.
4) O perdão: o sopro do Cristo sobre os seus discípulos nos remete ao sopro de Deus no Gênesis, sopro que dá a vida ao ser humano. Aqui, o sopro de Cristo significa a Vida nova dada aos discípulos, pelo dom do Espírito Santo, para que advenha um mundo novo. Entretanto, uma coisa é essencial para que nasça esse mundo novo: é o perdão. Deus deve, em primeiro lugar, apagar a nossa história passada, derramando sobre nós o sopro do perdão dos pecados: “A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados; a quem os não perdoardes, eles lhes serão retidos” (Jo 20,23). Cabe a nós, portanto, fazer nascer esse mundo novo e é com toda a liberdade que nós podemos fazê-lo ou recusá-lo. Que responsabilidade!
Para terminar, é uma missão que nos é confiada: nós temos a responsabilidade de fazer nascer o mundo novo desejado pelo Cristo da Páscoa. Esta missão é confiada a todos os cristãos em geral e, em particular, aos padres no ministério do perdão. É, portanto, pela nossa abertura ao outro, pela nossa acolhida da sua diferença que nós testemunhamos o Cristo ressuscitado e que nós trabalhamos para fazer nascer esse mundo novo. O Espírito que nos habita não é um Espírito de medo que recusaria a novidade; é um Espírito que nos torna capazes de inventar, criar, decifrar, abrir novos caminhos, a fim de permitir às mulheres e aos homens de hoje encontrar e reconhecer o Cristo sempre vivo através dos seus discípulos. O perdão é fundamental para a recriação do mundo, e o Espírito nos dá a possibilidade de dá-lo ao outro e de recebê-lo do outro, a fim de que nasça esse mundo novo desejado pelo Cristo da Páscoa.

Réflexions de Raymond Gravel

*Raymond Gravel é padre da Diocese de Joliette, Canadá. O texto é baseado nas leituras do Domingo de Pentecostes – Ciclo A do Ano Litúrgico (08 de junho de 2014). A tradução é de André Langer.

"Quem fala?"

 



Estou cansado de ouvir, ao telefone: “Quem fala?”. Geralmente respondo: “Com quem o senhor quer falar?” Talvez um pouco grosseiro, mas serve para conscientizar o outro de que sua pergunta soa estranha, como se quisesse descobrir quem está no meu gabinete. Ou como se estivesse preparando um assalto ou um sequestro. Normalmente, quem liga diz o nome do destinatário da chamada e, se for solicitado, seu próprio nome. Ou se autoapresenta e logo diz com quem deseja falar.
Outra pergunta: “Que é que senhor vai fazer no fim de semana?” Acho tal pergunta muito indiscreta, pois não preciso dizer a todo mundo o que vou fazer no fim de semana. Respondo: “Que é que a senhora deseja?”
Uma funcionária me pergunta: “O senhor vai fazer o que hoje?”. Respondo que isso não lhe diz respeito. Depois vem a explicação da pergunta: “A portaria telefonou para dizer que o táxi chegou para alguém que pediu para ir ao aeroporto. Não é o senhor?” “A portaria não disse o nome?” “Sim, mas o senhor Beltrano não atende ao telefone. Pensei que talvez fosse o senhor que pediu.” “Não me chamo Beltrano.” “Então vou ligar para ele novamente.” “Faça isso”.
Se eu me desse o tempo de lembrar, poderia escrever toda uma crônica a respeito desse jeito desajeitado de se comunicar. O famoso “De onde fala?”, como se o telefone hoje ainda tivesse manivela...
Mas o que quero dizer, mesmo, é que está na hora de que se aprenda a telefonar na escola. Afinal, não foi ontem ou anteontem que o telefone foi inventado. E não só telefonar, mas o modo de se apresentar, de tratar as pessoas, de se comportar na rua, como pedestre, como ciclista, como motoqueiro... E não faria mal se as autoescolas ensinassem aos condutores as devidas maneiras de se comportar no volante.
A cultura da pessoa no cotidiano, é disso que se trata. Cultura não são em primeiro lugar shows, eventos ou exposições. Sem o cultivo pessoal dos visitantes – por exemplo, uma turma de escolares –, as exposições se tornam cenário de invasão dos bárbaros... Quanto aos shows, esses geralmente não exigem muita cultura pessoal: os visitantes podem conversar à vontade, gritar até, pois os megawatts do som achatam tudo. Não é por nada que se fala em “som” em vez de “música”, pois nenhuma musa aguentaria.
Não estou pleiteando a favor de “maneirinhas burguesas”, passadas sobre as pessoas como um verniz. Encontra-se muita delicadeza genuína em pessoas bem simples, quando estão num afazer que lhes é familiar. Mas elas perdem o jeito certo quando devem agir em contextos um pouco mais complicados, como, por exemplo, passar um recado de telefone... (complicado, né?). Esse jeito desajeitado poderia ser evitado com um quê de instrução escolar. Vale a pena investir nisso.
Formas de tratamento adequadas. Palavras acertadas, sem delongas ou floreios, mas suficientes para criar e manter uma atmosfera de discreta presença e comunicação mútua, tanto na família como no escritório. Bom trato não é cerimônia excessiva, sufocante, mas objetividade acertada: não demais, não de menos. São coisas que se aprendem, talvez até na escola...



Johan Konings Johan Konings nasceu na Bélgica em 1941, onde se tornou Doutor em Teologia pela Universidade Católica de Lovaina, ligado ao Colegio para a América Latina (Fidei Donum). Veio ao Brasil, como sacerdote diocesano, em 1972. Foi professor de exegese bíblica na Pontifícia Universidade Católica de Porto Alegre (1972-82) e na do Rio de Janeiro (1984). Em 1985 entrou na Companhia de Jesus (jesuítas) e, desde 1986, atua como professor de exegese bíblica na FAJE - Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia, em Belo Horizonte, onde recebeu o título de Professor Emérito em 2011. Participou da fundação da Escola Superior Dom Helder Câmara.

Dois muros e o caminho para a paz

 



Os olhos do mundo se voltaram na última semana para a Terra Santa. A viagem do Papa Francisco, há muito planejada, era de suma importância. A agenda muito delicada. Tratava-se de dirigir-se ao território onde habitam israelenses e palestinos, e, ao mesmo tempo, o lugar sagrado dos cristãos por haver sido o lugar onde Jesus de Nazaré nasceu, viveu, morreu e ressuscitou.
Para deixar bem clara a motivação religiosa e pastoral de sua viagem, o pontífice viajou acompanhado por duas pessoas cuja presença amiga falava alto simbolicamente: o rabino Abraham Skorka, seu interlocutor muito próximo desde os tempos da Argentina, e o líder muçulmano Omar Abboud, presidente do Instituto para o Diálogo Inter-religioso de Buenos Aires. A postura do papa, de abertura e diálogo, já estava portanto patente em sua pessoa e em sua comitiva.
Já o início da viagem chamou a atenção pela escolha original do itinerário. Francisco chegou à Terra Santa pela Palestina, sem passar por Israel. Voou de helicóptero a Belém da Jordânia, onde começou sua viagem no sábado, tornando-se o primeiro pontífice a viajar diretamente à Cisjordânia em vez de entrar por Israel, outro aceno às aspirações palestinas. Enfrentou corajosamente o mal estar que isso poderia provocar na comunidade israelense para fazer um gesto de convocação à paz.
Em seguida, Francisco fez parada não programada - quebrando o protocolo - no Muro de Belém, visto pelos palestinos como um símbolo de repressão e separação. Ali rezou e fez um apelo à paz. Declarou claramente que era preciso acabar com a separação que tanto sofrimento traz a ambos os povos. E encantou seus ouvintes palestinos ao reivindicar um "Estado Palestino" como meta necessária das negociações de paz. Embora acrescentando que tal meta deveria ser alcançada por um diálogo e cuidadosa negociação, o papa deixou bem clara sua convicção de que os dois povos precisam ver reconhecida sua soberania e autonomia para poder viver em paz.
Inspiradamente, convidou os mandatários de Israel e da Palestina à oração em comum pela paz: "Aqui, no local de nascimento do Príncipe da Paz, eu gostaria de convidá-lo, Presidente Mahmoud Abbas, junto com o Presidente Shimon Peres, a se juntarem a mim em uma sincera oração a Deus pelo dom da paz".
Em Jerusalém, outro muro esperava por Francisco: o muro das lamentações frente ao qual seguramente Jesus de Nazaré e seus discípulos rezaram repetidas vezes e onde todo judeu piedoso encosta as mãos, o rosto, os lábios. Ali o Papa rezou em silêncio por vários minutos e, tal como fazem seus irmãos judeus, inseriu uma mensagem entre as pedras. Segundo o porta-voz do Vaticano, Pe. Federico Lombardi, tratava-se do Pai-Nosso em espanhol. Em meio às orações e mensagens várias ao Deus de Abraão, Isaac e Jacó, a oração de Jesus foi acrescentada por seu vigário na terra.
Com a visita e a oração feita frente a este segundo muro, o Papa já se aproximava do fim de sua peregrinação na Terra Santa. No Yad Vashem, construído em homenagem aos seis milhões de judeus mortos no genocídio nazista da Segunda Guerra Mundial, o Papa usou linguagem emocionada e forte. Falou na necessidade de toda a humanidade envergonhar-se dos crimes cometidos na Shoa contra tantas pessoas humanas pelo simples fato de sua identidade judaica.
Após beijar as mãos de seis sobreviventes da Shoa, Francisco simulou um diálogo entre Deus e Adão, onde o Criador repreende amargamente sua criatura pela monstruosidade cometida. A isto Adão responde implorando misericórdia e pedindo a graça de envergonhar-se do imenso pecado que foi capaz de cometer: destruir sua própria carne. A esta oração do primeiro homem criado, o pontífice deu voz em primeira pessoa.
Era a culminância de uma peregrinação no encalço da paz tão desejada e que parece tão distante. Com o habitual tom positivo e esperançoso que tem marcado todo o seu pontificado, Francisco quis fazer um forte apelo para um compromisso entre as três religiões monoteístas em favor da paz.
Mas não apenas quis fazê-lo em forma de apelo. Quis desde o início dizer: é possível. Assim se pode e se deve interpretar seu gesto de levar um judeu e um muçulmano consigo na viagem. Assim é permitido interpretar sua fervorosa oração diante dos dois muros: o de Belém e o de Jerusalém. Assim se ousa entender seu discurso pedindo misericórdia pelo holocausto nazista que pode estender-se a todos os outros holocaustos que uma humanidade violenta insiste em continuar cometendo.
Após esta peregrinação, as atitudes, os gestos e as palavras do Papa serão referência obrigatória para todas as iniciativas de diálogo, superação de conflitos e construção da paz. Os muros podem ser referências religiosas fundamentais para uma tradição, como é o caso do Muro das Lamentações. Mas não podem nem devem ser barreira de cruel separação entre povos, religiões e pessoas, como é tristemente o caso do Muro de Belém.



Maria Clara Bingemer é teóloga, professora e decana do Centro de Teologia e Ciências Humanas da PUC-Rio. É autora de diversos livros, entre eles, ¿Un rostro para Dios?, de 2008, e A globalização e os jesuítas, de 2007. Escreveu também vários artigos no campo da Teologia.

A cultura do encontro

 



A sociedade contemporânea, mesmo diante dos muitos recursos existentes e oportunidades disponíveis, particularmente pelos avanços tecnológicos, continua marcada por grandes desencontros. É verdade que se testemunha, com frequência, a partir dos atuais instrumentos, experiências bem-sucedidas de encontros, desdobrando-se em cooperação, concretização de projetos sociais, políticos e humanitários. No entanto, causa perplexidade, outros tantos exemplos de descompassos da sociedade moderna, que a colocam na contramão de grandes oportunidades. Há de se perguntar, permanentemente, a razão desses desencontros, para impulsionar a busca por soluções diante de cenários desanimadores.

Esse quadro desolador é facilmente verificado quando são submetidos a avaliações a atuação de governos, a grave realidade do descrédito aos políticos e o êxodo prejudicial das esferas de participação cidadã responsável. Uma triste realidade que enjaula a cidadania numa esfera de privatização individualista, instaurando um “pé de guerra” entre grupos, povo e governos, dirigentes e operários. É estabelecido, assim, um caos que desassossega homens e mulheres de boa vontade. De fato, quando se analisa o desânimo dos cidadãos na avaliação de governos, ou quando emitem juízos a respeito do esperado legado da Copa, compreende-se que falam mais forte os desencontros e os descompassos. Assim não pode ser e permanecer.

Urge uma reação cidadã, com incidências transformadoras em vários níveis, sem mesmo poder eximir desse processo de mudança a vida pessoal e familiar. Na contramão desse caminho, será fortalecida uma cultura de tecido duvidoso e prejudicial para o sentido autêntico de liberdade e autonomia. Crescerá a violência e o desrespeito à dignidade. A civilização estará ainda mais distante do indispensável sentido de altruísmo, de patriotismo e de pertença cidadã à nação. A “pátria de chuteiras”, pensando o Brasil apaixonado pelo futebol, às vésperas do início da Copa do Mundo, está decidida a pisar forte sobre tudo o que está comprometendo essa possibilidade, tão esperada, de um legado maior, global e capaz de colocar o Brasil, de fato, numa nova etapa política e social.

Sofre-se pela falta de lideranças com estatura, em diferentes níveis. Encontra-se, com mais facilidade, quem engrossa a voz dos coros de lamentação ou das ações vandálicas. Há uma carência de pessoas que se dedicam a uma atuação mais criativa, corajosamente inovadora e cidadã, especialmente no âmbito governamental, primeiro responsável pelo bem comum. Os descompassos produzidos por tantos desencontros, explicados por erros de estratégia na atuação, por equívocos nas escolhas das prioridades sociais, por falta de competência humanística e ajustada visão antropológica de muitos profissionais da política; por falta de sensibilidade humanitária e visão mesquinha do dinheiro, resultam na incapacidade para gerar redes de solidariedade.

Torna-se urgente investir, permanentemente, na cultura do encontro, indicação prioritária no ensinamento e no testemunho do Papa Francisco. A propósito da celebração anual do Dia Mundial das Comunicações Sociais, o Papa trata o tema central da comunicação a serviço de uma autêntica cultura do encontro. Não há outro caminho em busca da superação das divisões muito acentuadas na humanidade, responsáveis por abominações que pesam sobre as sociedades, sacrificando mais os pobres, inocentes e indefesos. O diagnóstico do cenário mundial comprova o quanto o mundo sofre com os conflitos advindos de exclusão, marginalização e pobreza, como também pelas razões econômicas, políticas, ideológicas e até religiosas.

É hora, pois, de uma ação transformadora, aproveitando os meios de comunicação, os megaeventos mundiais como a Copa do Mundo, e tantos outros de maior ou menor alcance e relevância, para recuperar o sentido perdido do outro, particularmente dos pobres, excluídos e vítimas dessas dinâmicas perversas alimentadas pela corrupção, pelas opções governamentais equivocadas, pela burocracia repugnante que retarda urgências, pela mesquinhez do individualismo exacerbado, sempre seguindo o princípio do “salve-se quem puder”. A comunicação produzida pela mídia no decorrer da Copa do Mundo não pode ser apenas estimuladora da euforia. É prioritário alimentar a sensibilidade social e política, em ano eleitoral, para fomentar discussões e posicionamentos em torno das questões mais urgentes que estão afligindo a vida do povo brasileiro.

Essa oportunidade não pode ser perdida, nem mal usada, sob pena de serem retardadas as respostas urgentes, de se impulsionar a violência nascida de revoltas desajuizadas, de se conviver com o inadequado desempenho de políticos. A sociedade brasileira está sinalizando que o esperado legado da Copa, razão de descontentamento geral, não pode ficar diluído nos estádios bilionários construídos.  Um evento da magnitude de uma Copa do Mundo não pode ser apenas mais um carnaval que passou. Por princípios cidadãos e irrefutável força da fé, pelos debates e gestos concretos, agora é hora de recomposição do tecido social e político, no caminho da cooperação e proximidade, transformando o país a partir da cultura do encontro.



Dom Walmor Oliveira de Azevedo O arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, Dom Walmor Oliveira de Azevedo, é doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma (Itália) e mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico, em Roma (Itália). Membro da Congregação do Vaticano para a Doutrina da Fé. Dom Walmor presidiu a Comissão para Doutrina da Fé da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), durante os exercícios de 2003 a 2007 e de 2007 a 2011. Também exerceu a presidência do Regional Leste II da CNBB - Minas Gerais e Espírito Santo. É o Ordinário para fiéis do Rito Oriental residentes no Brasil e desprovidos de Ordinário do próprio rito. Autor de numerosos livros e artigos. Membro da Academia Mineira de Letras. Grão-chanceler da PUC-Minas.

PROCLAMAS MATRIMONIAIS


PARÓQUIA NOSSA SENHORA DAS CANDEIAS
ARQUIDIOCESE DE OLINDA E RECIFE


 07 e 08 de junho de 2014


 

COM O FAVOR DE DEUS E DA SANTA MÃE A IGREJA, QUEREM SE CASAR:

                                                                                  

 

 

 

·         ERIVALDO GALDINO LINS

E

DANILA NERI DA SILVA

 

 

·         LUCIANO PEREIRA DA SILVA FILHO

E

ELIZANGELA MARIA DA SILVA

 

 

·         WILSON JOSÉ DA SILVA

E

MIRIAN SILVANIA DE SOUZA

 

 

·         EMANUEL MARQUES PATRÍCIO

E

DELMA QUINTINO DE LIRA

 

 

·         GABRIEL DE OLIVEIRA BEZERRA

E

MARILIA MORATO DA COSTA RIBEIRO

 

 

·         THIAGO DE SOUZA VILLELA

E

EDUARDA DE OLIVEIRA GUERRA DE LIMA

 

 

 

 

 

 

 

                       Quem souber algum impedimento que obste à celebração destes casamentos está obrigado em     consciência a declarar.