quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Confraternização/2014


Projeto quer unir um milhão de crianças em oração do Rosário



criancas-rezandoCom a iniciativa de unir um milhão de crianças para rezar o rosário, o Conselho Nacional de Leigos da Venezuela convida meninos e meninas do mundo inteiro a se unirem em oração.
Como acontece há nove anos, o dia marcado será 18 de outubro e o horário escolhido para a oração simultânea em todo o mundo é às 9h.
Segundo os organizadores,  para participar da iniciativa não é preciso mobilizações, nem gastos, apenas rezar o rosário no dia e horário indicado, no lugar onde a criança estiver, seja na escola, no hospital, na creche, na Igreja, e assim por diante.
“O objetivo é penetrar no coração das crianças, a ideia de rezar pela paz interior de cada ser humano, assim como também pela paz e união das famílias, do país e de todo o mundo”, explica o site oficial da campanha – www.milliondetei.ru.
O Rosário tem sido proposto como uma oração pela paz. São João Paulo II afirmou certa vez: “Hoje desejo confiar à eficácia desta oração, a causa pela paz no mundo e nas famílias”. Também São Pio de Pietrelcina afirma: “E pensar que se um milhão de crianças rezassem o Rosário o mundo mudaria”.
Fonte: Canção Nova

Paz nas regiões mais afetadas pela guerra nas intenções do Papa para outubro




FranciscoOracionNas intenções do Papa Francisco para este mês de outubro está a paz para as regiões mais afetadas pela guerra e o Dia Mundial das Missões para que desperte o zelo por levar o Evangelho a todo o mundo.
A intenção universal do apostolado da oração do Santo Padre para o mês de outubro de 2014 é: “Para que o Senhor conceda a paz às regiões do mundo mais afetadas pela guerra e pela violência”.
Sua intenção evangelizadora é: “Para que o Dia Mundial das Missões desperte em cada cristão a paixão e o zelo por levar o Evangelho a todo o mundo”.

Fonte: ACI Digital

Presidência da CNBB entrega documentos da 52ª Assembleia ao papa Francisco



papafcnbbA Presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) foi recebida pelo papa Francisco, no último dia 30, em audiência no Vaticano. Estiveram com o papa o arcebispo de Aparecida (SP) e presidente da Conferência, cardeal Raymundo Damasceno Assis; o arcebispo de São Luís (MA) e vice-presidente, dom José Belisário da Silva; e o secretário geral e bispo auxiliar de Brasília, dom Leonardo Ulrich Steiner.
Em entrevista à Rádio Vaticano, o cardeal Damasceno explicou que apesar da proximidade com o Sínodo dos Bispos, esta foi uma visita normal, feita anualmente pela presidência ao pontífice, para informa-lo a respeito das atividades da Conferência no Brasil.
Entre os assuntos abordados na audiência, esteve o debate promovido pela CNBB com os candidatos à presidência da República. “Falamos com ele sobre o debate político, que se realizou em Aparecida, com muito êxito, muita repercussão, que ajuda o nosso eleitor a discernir melhor no momento de votar”, declarou.
Os documentos aprovados durante a 52ª Assembleia Geral da CNBB também foram entregues ao papa. “O primeiro deles foi ‘Comunidade de comunidades: uma nova paróquia’, muito importante por se referir a pequenas comunidades que rodeiam as grandes paróquias e matrizes, em que procuramos atingir justamente os mais afastados, esquecidos, na periferia”, explicou dom Damasceno.
Também foram entregues a Francisco o documento que trata sobre a questão agrária no Brasil, o  Estudo 107 sobre a missão dos leigos na igreja e na sociedade  e também a mensagem “Pensando o Brasil”, com orientações para aos eleitores em relação ao escrutínio presidencial, em outubro. A Presidência entregou ainda o texto-base da Campanha da Fraternidade 2015, que  abordará a Igreja e sua relação com a sociedade.
De acordo com dom Damasceno, o papa Francisco recomendou à Igreja no Brasil para que continue dando especial atenção à Amazônia.  “Nós voltamos dessa visita muito encorajados e animados, muito fortalecidos por essa comunhão com o papa”, disse.
Ao final, dom Damasceno afirmou que eles colocarão o papa Francisco entre as intenções de suas orações. “Que Deus o conserve por muitos anos, para que ele continue servindo a Igreja com esse espírito de simplicidade, proximidade do povo e com esse grande zelo missionário que tem em seu coração”, pediu o cardeal.
Fonte: CNBB

Qual é nossa missão em vida?


É preciso estarmos atentos à nossa caminhada. Caso contrário, gastamos nosso tempo fora do trilho.
Por Dom José Alberto Moura*

Tudo o que há na natureza tem razão de ser. Até os mosquitos! A fé em Deus, com maior razão tem sua finalidade. Aliás, sem Ele, o ser humano se coloca no pedestal de seu orgulho e arruína a si mesmo, o semelhante, a natureza, a política, a economia, a ciência e tudo o mais!

Isaías faz a comparação do povo hebreu com uma vinha. Mas ela, mesmo bem cultivada, não deu frutas boas. Cometeu barbaridades, contrariamente ao cultivo do amor que o Criador lhe tinha devotado. Por isso, foi arrancada para um plantio de melhor qualidade (Isaias 5,1-7). Na parábola dos vinhateiros Jesus nos apresenta semelhante comparação e nos adverte sobre a necessidade de cumprirmos a missão que Deus nos dá (Cf. Mateus 21,33-43). Ele nos deu o tesouro da vida para o cultivarmos em bem nosso e do semelhante, dentro dos critérios da vida apresentado pelo Senhor. É preciso estarmos atentos ao sentido da mesma em nossa caminhada, tendo em vista seu objetivo. Caso contrário, gastamos nosso tempo fora do trilho e não nos realizamos como pessoas humanas. Sem assumir os critérios ou valores naturais e sobrenaturais que Deus nos outorga, desperdiçamos a oportunidade de ganharmos tentos para uma recompensa satisfatória e sermos felizes de verdade. Fora do caminho da vida de sentido, nós nos arruinamos. Nosso ganho de mérito na existência é proporcional ao bem que realizamos às pessoas e a toda a comunidade.

É inerente à razão de ser de cada instituição, comunidade e religião a missão a cumprir. Desde o início de cada uma é preciso saber sua finalidade e seu sentido. Quanto menor for seu objetivo será pequeno seu papel. A grandeza da missão da Igreja instituída por Jesus é imensurável. Ele a quis para ser grande luz para a sociedade enxergar o caminho que leva à sua plena realização. A convivência na justiça e promoção da dignidade humana é sua verdadeira vocação. A história presente tem de ser construída com a construção da vida no planeta que honre o Criador. Imagem e semelhança de Deus, o ser humano é uma pérola escolhida pelo amor divino. Deve ser burilada e protegida para glorificar seu Criador, a ponto de se parecer com Ele na convivência de um amor sem medida. A missão a ele dada é a de ajudar a criar uma convivência de tal ordem a que cada um tenha todo o necessário para viver respaldado em sua dignidade. Enquanto isso não acontecer, é preciso cada um fazer a doação de si pelo bem do outro, mesmo com o sacrifício da própria vida, como fez exemplarmente o Filho de Deus. Mais: a finalidade de tudo vai além da história presente. O já da história deve levar o ser humano a projetar-se para o infinito da vida eterna nos amplexos divinos. Isso se consegue no impulso da vida presente para se conseguir tal objetivo. A mediação é o amor vivenciado. Eis o grande porquê da vida humana!

Nosso desafio em vista disso é esmerar-nos para acertar nossos passos com os de Deus, colocando nossa vida, com todos os talentos individuais, a serviço dessa causa. Enquanto não o conseguirmos, nossa ascese e exercitação boa vontade são exigidas a cada momento. Precisamos de ajuda, uns dos outros e de Deus, bem como de usar os meios por Ele deixamos na humanidade, na natureza e, privilegiadamente, em sua Igreja, para nos sustentarmos nesse nosso esforço. Jesus mesmo lembra a necessidade de contarmos com Ele e orarmos sem cessar. A Palavra dele nos anima e fortifica. Nosso emprenho evangelizador e missionário não nos deixam sem motivo para também encantarmos os outros com o projeto de Jesus, para termos vida plenamente realizada já na terra.

Nossa missão, em ordem à realização vocacional e à da Igreja, tem pleno sentido para tornarmos o mundo mais irmão, com os valores do Reino de Deus e sua justiça!
CNBB, 01-10-2014.
*Dom José Alberto Moura é arcebispo de Montes Claros (MG).

O crucifixo sem um dos cravos


Nós também queremos despregar Jesus da cruz.
Em uma igreja da Itália, há um crucifixo belo e artístico, mas com uma das mãos solta, sem o cravo. Diz a lenda que, quando o crucifixo estava ainda no chão, para os últimos retoques, o escultor saiu um pouco, e seu filhinho foi ao atelier.
Ao ver o corpo de Jesus todo dilacerado, ficou com dó, pegou a torquesa e arrancou o cravo de uma das mãos. Ao voltar e ver o gesto de misericórdia da criança, o pai achou que tinha sentido deixar aquela mão despregada.
Nós também queremos despregar Jesus da cruz. Esse Jesus que passa fome, que está sem agasalho nem casa para morar. Ele foi crucificado por nós mesmos, pois é a sociedade que vai fabricando ricos cada vez mais ricos, às custas dos pobres, que vão ficando cada vez mais pobres. Mãe de misericórdia, ajudai-nos.
A12, 30-09-2014.

São Cosme e São Damião, cuidadores da alma


Rio de Janeiro presta homenagem aos patronos dos médicos e cirurgiões
Por Igor Marques

Entre tantos festejos e solenidades, a celebração da memória dos irmãos Cosme e Damião é uma tradição no calendário de muitos brasileiros. Mais especificamente no Rio de Janeiro, a devoção aos santos é uma marca muito expressiva na vida dos fiéis. Seja presente nas missas votivas ou nos eventos sociais, centenas de pessoas participam da programação da Paróquia São Cosme e São Damião, no bairro do Andaraí, na Zona Norte da cidade.

A comunidade, que se prepara para celebrar em 2015 seus 70 anos de fundação, fica localizada na Rua Leopoldo, 434, e tem como pároco o padre Lincoln de Almeida Gonçalves, que desde 2009 desenvolve seu trabalho pastoral no local.

"A paróquia surgiu para atender as famílias que moravam e trabalhavam nas fábricas de tecido da região. A comunidade foi fundada em 1945 pelo padre Olivério Kraemer, que também foi responsável pelo início da sua construção em 1944. Depois da sua morte, assumiu Dom Romeu Brighenti, que terminou a obra de seu antecessor e promoveu também uma mudança na estrutura social da paróquia com a criação de uma creche que existe até hoje para 94 crianças", contou.

Atualmente, a comunidade conta com 31 grupos de pastorais, movimentos e associações, que se mobilizam para organizar os festejos dos padroeiros.

Mártires da fé

Os santos gêmeos Cosme e Damião nasceram em Egeia (agora Ayas, no Golfo do İskenderun, Cilícia, Ásia Menor), e tinham outros três irmãos. O pai foi mártir durante a perseguição dos cristãos na era de Diocleciano. Cosme e Damião eram médicos que curavam os enfermos não só com seu saber, mas através de milagres propiciados por suas orações.

Os dois irmãos praticavam a medicina e não aceitavam nenhum pagamento por seus serviços. Dessa forma, trouxeram muitos novos adeptos para a fé católica. Quando a perseguição de Diocleciano começou, o prefeito Lísias mandou prender Cosme e Damião e ordenou-lhes que se retratassem. Eles se mantiveram constantes sob tortura, e de forma milagrosa não sofriam nenhum ferimento por água, fogo, ar, nem mesmo na cruz, até que foram decapitados por uma espada. Seus três irmãos, Antimo, Leôncio e Euprepio também morreram como mártires com eles.

Cosme e Damião são considerados os patronos dos médicos e cirurgiões e, por vezes, são representados por emblemas médicos. Além disso, os irmãos são invocados no Cânon da Missa e na Ladainha de Todos os Santos.

A data

A Igreja Católica Apostólica Romana, desde tempos imemoráveis até o Calendário Romano de 1962, que vigorou até 1969, celebrava a festa dos santos Cosme e Damião no dia 27 de setembro. Porém, em 1969, com a reforma litúrgica, o Calendário Romano passou a comemorá-los no dia 26, pois considerada a importância de São Vicente de Paulo, também celebrado no dia 27, preferiram não pôr as duas memórias na mesma data. São Vicente ficou com o dia 27, já que era a data sabida de sua morte; já os santos Cosme e Damião, como não se sabe a data precisa da morte deles, tiveram sua memória movida para o dia 26 de setembro.

“Respeitando as diferentes crenças, celebramos aqui na comunidade o dia dos santos padroeiros nas duas datas: 26 e 27 de setembro. Percebemos que a presença do povo é grande nos dois dias”, afirmou padre Lincoln. Todo mês no dia 27 acontece na paróquia uma missa em homenagem aos santos Cosme e Damião. Se a data cair durante a semana, a missa é celebrada às 16h, e quando é final de semana, às 18h.

“A missão da paróquia é resgatar no coração das pessoas o espírito de coragem de assumir a sua fé, como fez os dois irmãos que hoje são santos. Em nossa comunidade, temos uma relíquia de Cosme e Damião, com documento autenticado pela Santa Sé”, disse.
Doces

Como uma forma de devoção e agradecimento, durante os dias de festa, muitos devotos distribuem doces para as crianças. Levando alegria a muitas pessoas, os saquinhos de doces também são entregues em diversas obras sociais, especialmente em orfanatos e asilos.

“Muitas vezes o ato de dar doces está alinhado à questão de promessas feitas pelo povo e pelo simples desejo de agradar as crianças. Essa distribuição de doces já é uma tradição antiga”, explicou.

Espaço para devoção

Padre Lincoln conta que, quando chegou à comunidade, sentia falta de um “espaço para devoção”, onde os fiéis pudessem depositar objetos devocionais, velas e outros ex-votos.

"Em 2012, fizemos uma sala dos milagres onde as pessoas podem guardar suas promessas e devoções. Além de também fazer o relato e registro das graças alcançadas. Tivemos há pouco tempo uma pessoa que fez sua tese de mestrado sobre São Cosme e Damião e que utilizou em seus estudos esses registros feitos e colocados na sala. O amor dos fiéis por São Cosme e Damião faz toda diferença", salientou.

Exemplo para os cristãos

“Hoje em dia as pessoas dão desculpas de não renovarem ou viverem sua fé devido ao trabalho, sua família e problemas pessoais. Porém, São Cosme e Damião nos deixam um grande exemplo, pois em seu ambiente de trabalho souberam viver sua fé. Em qualquer situação experimentada, o povo tem condições de viver sua fé nos mais diversos ambientes”, frisou.
Arquidiocese do Rio

Liturgia Diária

DIA 2 DE OUTUBRO - QUINTA-FEIRA

SANTOS ANJOS DA GUARDA
(BRANCO, PREFÁCIO DOS ANJOS – OFÍCIO DA MEMÓRIA)

Antífona da entrada: Anjos todos do Senhor, bendizei o Senhor; cantai a sua glória, louvai-o eternamente (Dn 3,58).
Oração do dia
Ó Deus, que na vossa misteriosa providência mandais os vossos anjos para guardar-nos, concedei que nos defendam de todos os perigos e gozemos eternamente do seu convívio. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Êxodo 23,20-23)
Leitura do livro do Êxodo.
Assim diz o Senhor: 23 20 “Vou enviar um anjo adiante de ti para te proteger no caminho e para te conduzir ao lugar que te preparei.
21 Está de sobreaviso em sua presença, e ouve o que ele te diz. Não lhe resistas, pois ele não te perdoaria tua falta, porque meu nome está nele.
22 Mas, se lhe obedeceres pontualmente, se fizeres tudo o que eu te disser, serei o inimigo dos teus inimigos, e o adversário dos teus adversários.
23 Porque meu anjo marchará adiante de ti e te conduzirá entre os amorreus, os hiteus, os ferezeus, os cananeus, os heveus e os jebuseus, que exterminarei”.
Palavra do Senhor.
Salmo responsorial 90/91
O Senhor deu uma ordem aos seus anjos
para em todos os caminhos te guardarem.

Quem habita ao abrigo do altíssimo
e vive à sombra do Senhor onipotente
diz ao Senhor: “Sois meu refúgio e proteção,
sois o meu Deus, no qual confio inteiramente”.

Do caçador e do seu laço ele te livra.
Ele te salva da palavra que destrói.
Com suas asas haverá de proteger-te,
com seu escudo e suas armas, defender-te.

Não temerás terror algum durante a noite
nem a flecha disparada em pleno dia;
nem a peste que caminha pelo escuro
nem a desgraça que devasta ao meio-dia.

Nenhum mal há de chegar perto de ti,
nem a desgraça baterá à tua porta;
pois o Senhor deu uma ordem a seus anjos
para em todos os caminhos te guardarem.
Evangelho (Mateus 18,1-5.10)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Bendizei ao Senhor Deus, os seus poderes, seus ministros que fazeis suas vontade! (Sl 102,21).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
18 1 Neste momento os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram-lhe: “Quem é o maior no Reino dos céus?”
2 Jesus chamou uma criancinha, colocou-a no meio deles e disse:
3 “Em verdade vos declaro: se não vos transformardes e vos tornardes como criancinhas, não entrareis no Reino dos céus.
4 Aquele que se fizer humilde como esta criança será maior no Reino dos céus.
5 E o que recebe em meu nome a um menino como este, é a mim que recebe.
10 Guardai-vos de menosprezar um só destes pequenos, porque eu vos digo que seus anjos no céu contemplam sem cessar a face de meu Pai que está nos céus”.
Palavra da Salvação.

 
Comentário ao Evangelho
AMAR OS PEQUENINOS
O amor aos pequeninos deve ser um ponto de honra para a comunidade cristã. Trata-se, aqui, de atitudes concretas de apreço, incentivo e estima, mormente em relação a quem está dando os primeiros passos na fé, uma vez que, nem sempre, é capaz de superar os obstáculos com que se defronta. Corre-se o grande perigo de assumir, diante desses pequeninos, uma atitude farisaica de rigorismo, apresentando-lhes exigências descabidas, a ponto de jogá-los fora da comunidade cristã e afastá-los da salvação.
A exortação de Jesus - "Cuidem de não desprezar um só destes pequeninos" - revela que a fé é uma dinâmica, cujos passos vão sendo dados pouco a pouco. É inútil querer impor-se aos demais, e determinar o ritmo que devem seguir.
Quem está dando os primeiros passos deve ser objeto de especial atenção. O abandono de certos hábitos e a acolhida do modo de ser próprio do discípulo do Reino, muitas vezes, é muito penoso. A simples força de vontade ou a firme decisão de ser diferente podem mostrar-se insuficientes quando se trata de mudar de vida. O efetivamente conseguido não corresponde àquilo que se deseja. Nem por isso, a comunidade tem o direito de desfazer-se de quem vai caminhando com dificuldade. Pelo contrário, este deve ser objeto de atenção redobrada, para não vir a esmorecer na sua opção pelo Reino.
Oração
            Espírito de apreço e estimulo, torna-me especialmente atento em relação a quem dá os primeiros passos na fé, buscando, penosamente, trilhar os caminhos da fidelidade ao Reino.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Sobre as oferendas
Acolhei, ó Deus, as nossas oferendas em honra dos santos anjos e fazei que, velando sempre ao nosso lado, nos guardem dos perigos desta vida nos levem à vida eterna. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: Na presença dos anjos eu vos louvo, Senhor meu Deus (Sl 137,1).
Depois da comunhão
Ó Deus, que alimentais com tão grande sacramento a nossa peregrinação para a vida eterna, guiai-nos, por meio dos vossos anjos, no caminho da salvação e da paz. Por Cristo, nosso Senhor.
Santo do Dia / Comemoração (SANTOS ANJOS DA GUARDA)
Santo Anjo da Guarda
Deus, que criou todas as coisas, criou também os anjos, para que o louvem, obedeçam e atendam. Criou-os para serem eternamente felizes e para que nos ajudem e guiem, especialmente toda a sua Igreja. Entretanto uma grande parte desses anjos cometeu o grave pecado da soberba, desejando tornar-se iguais ao próprio Criador. Por isso Deus os condenou e os precipitou no inferno, onde permanecerão para todo o sempre. Esses anjos rebeldes são chamados espíritos maus, diabos ou demônios, e têm como chefe Satanás.

Os anjos que ficaram fiéis a Deus são os chamados anjos bons ou simplesmente: anjos. Dentre esses é que Deus escolhe nosso Anjo da Guarda, que é pessoal e exclusivo, cuja função é proteger-nos até o retorno da nossa alma à eternidade. Ele nos ampara e nos defende dos perigos com que os espíritos maus nos tentam, na nossa vida terrena. "Porque aos seus anjos ele mandou que te guardem em todos os teus caminhos, eles te sustentarão em suas mãos, para que não tropeces em alguma pedra" (Sl 90,11-12).

Os Anjos da Guarda estão repletos de dons e privilégios especiais, com uma missão insubstituível ao longo da criação. Eles possuem a natureza angélica espiritual, que é a síntese de toda a beleza e de todas as virtudes de Deus, por isso impossível de ser representada.

Em um dos seus textos, são Francisco de Sales esclarece que a tarefa dos anjos é levar as nossas orações à bondade misericordiosa do Altíssimo e de informar-nos se elas foram atendidas. Assim sendo, as graças que recebemos nos são dadas por Deus, que é o princípio e o fim de nossa vida, através da intercessão de nosso Anjo Bom.

Deus confiou cada criatura a um Anjo da Guarda. Esta é uma verdade que está em várias páginas da Sagrada Escritura e na história das tradições da humanidade, sendo um dogma da Igreja Católica, atualmente também confirmado pelos teólogos. A devoção dos anjos é mais antiga até que a dos próprios santos, ganhando maior vigor na Idade Média, quando os monges solitários receberam a companhia dessas invisíveis criaturas, cuja presença era sentida nas suas vidas de silenciosa contemplação e íntima comunhão espiritual com Deus-Pai.

Todavia o Eterno Guardião, como o Anjo da Guarda também é chamado, tão solicitado e cuidado durante a infância, está totalmente esquecido no cotidiano do adulto, que, descuidando de sua exclusiva e própria companhia, não se apercebe mais de sua angélica presença. Mas este espírito puro continua vigilante, constante dos pensamentos e de todas as ações humanas.

O Anjo da Guarda é um ser mais perfeito e digno do que nós, criaturas humanas. Não podemos ignorá-lo. Devemos amá-lo, respeitá-lo e segui-lo, pois está sempre pronto a proteger-nos, animar e orientar, para cumprirmos a missão da vida terrena, trilhando o caminho de Cristo e, assim, ingressarmos na glória eterna.

A celebração especialmente dedicada aos Anjos da Guarda começou na Espanha, no final do ano 400, propagando-se por toda a Europa em poucos séculos. Antes, ela ocorria no dia 29 de setembro, junto com a do arcanjo Miguel, guardião e protetor por excelência. O dia 2 de outubro foi fixado em 1670, pelo papa Clemente X, para celebrar separadamente o nosso santo Anjo da Guarda. E para ele a Igreja ditou uma das mais belas orações, que diz: "Santo Anjo do Senhor, meu zeloso guardador, já que a ti me confiou a Piedade Divina, sempre me rege, me guarda, me governa e ilumina, agora e sempre. Assim seja".

Evangelho do Dia

Ano A - 02 de outubro de 2014

Mateus 18,1-5.10

Aleluia, aleluia, aleluia.
Bendizei ao Senhor Deus, os seus poderes, seus ministros que fazeis suas vontade! (Sl 102,21).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
18 1 Neste momento os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram-lhe: “Quem é o maior no Reino dos céus?”
2 Jesus chamou uma criancinha, colocou-a no meio deles e disse:
3 “Em verdade vos declaro: se não vos transformardes e vos tornardes como criancinhas, não entrareis no Reino dos céus.
4 Aquele que se fizer humilde como esta criança será maior no Reino dos céus.
5 E o que recebe em meu nome a um menino como este, é a mim que recebe.
10 Guardai-vos de menosprezar um só destes pequenos, porque eu vos digo que seus anjos no céu contemplam sem cessar a face de meu Pai que está nos céus”.
Palavra da Salvação.

 

Comentário do Evangelho
AMAR OS PEQUENINOS
O amor aos pequeninos deve ser um ponto de honra para a comunidade cristã. Trata-se, aqui, de atitudes concretas de apreço, incentivo e estima, mormente em relação a quem está dando os primeiros passos na fé, uma vez que, nem sempre, é capaz de superar os obstáculos com que se defronta. Corre-se o grande perigo de assumir, diante desses pequeninos, uma atitude farisaica de rigorismo, apresentando-lhes exigências descabidas, a ponto de jogá-los fora da comunidade cristã e afastá-los da salvação.
A exortação de Jesus - "Cuidem de não desprezar um só destes pequeninos" - revela que a fé é uma dinâmica, cujos passos vão sendo dados pouco a pouco. É inútil querer impor-se aos demais, e determinar o ritmo que devem seguir.
Quem está dando os primeiros passos deve ser objeto de especial atenção. O abandono de certos hábitos e a acolhida do modo de ser próprio do discípulo do Reino, muitas vezes, é muito penoso. A simples força de vontade ou a firme decisão de ser diferente podem mostrar-se insuficientes quando se trata de mudar de vida. O efetivamente conseguido não corresponde àquilo que se deseja. Nem por isso, a comunidade tem o direito de desfazer-se de quem vai caminhando com dificuldade. Pelo contrário, este deve ser objeto de atenção redobrada, para não vir a esmorecer na sua opção pelo Reino.
Oração
            Espírito de apreço e estimulo, torna-me especialmente atento em relação a quem dá os primeiros passos na fé, buscando, penosamente, trilhar os caminhos da fidelidade ao Reino.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Leitura
Êxodo 23,20-23
Leitura do livro do Êxodo.
Assim diz o Senhor: 23 20 “Vou enviar um anjo adiante de ti para te proteger no caminho e para te conduzir ao lugar que te preparei.
21 Está de sobreaviso em sua presença, e ouve o que ele te diz. Não lhe resistas, pois ele não te perdoaria tua falta, porque meu nome está nele.
22 Mas, se lhe obedeceres pontualmente, se fizeres tudo o que eu te disser, serei o inimigo dos teus inimigos, e o adversário dos teus adversários.
23 Porque meu anjo marchará adiante de ti e te conduzirá entre os amorreus, os hiteus, os ferezeus, os cananeus, os heveus e os jebuseus, que exterminarei”.
Palavra do Senhor.
Salmo 90/91
O Senhor deu uma ordem aos seus anjos
para em todos os caminhos te guardarem.

Quem habita ao abrigo do altíssimo
e vive à sombra do Senhor onipotente
diz ao Senhor: “Sois meu refúgio e proteção,
sois o meu Deus, no qual confio inteiramente”.

Do caçador e do seu laço ele te livra.
Ele te salva da palavra que destrói.
Com suas asas haverá de proteger-te,
com seu escudo e suas armas, defender-te.

Não temerás terror algum durante a noite
nem a flecha disparada em pleno dia;
nem a peste que caminha pelo escuro
nem a desgraça que devasta ao meio-dia.

Nenhum mal há de chegar perto de ti,
nem a desgraça baterá à tua porta;
pois o Senhor deu uma ordem a seus anjos
para em todos os caminhos te guardarem.
Oração
Ó Deus, que na vossa misteriosa providência mandais os vossos anjos para guardar-nos, concedei que nos defendam de todos os perigos e gozemos eternamente do seu convívio. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Papa Francisco emociona, inspira e é inspirador


'Estejam próximos aos seus sacerdotes, zelem pela vida religiosa, amem os pobres', lembrou o pontífice na Albânia.
Por Geovane Saraiva*

"Concede-me, Senhor meu Deus, uma inteligência que Te conheça, uma angústia que Te procure, uma sabedoria que Te encontre, uma vida que Te agrade, uma perseverança e uma confiança que enfim Te possua” (Dom Helder Câmara).

O pensamento do pastor dos empobrecidos faz-nos recordar a singular figura de João Batista, que recebeu o enorme encargo e missão de testemunhar o Salvador da humanidade, como luz redentora, preparando assim um povo bem disposto a acolhê-Lo. Revelou-nos assim que para vivermos bem e realizados, é indispensável seguir Jesus de Nazaré, exigência esta que tem origem no seu projeto de amor para conosco e encerra-se na obediência ao projeto do Pai em favor da humanidade, a exemplo do papa Francisco, ao condenar qualquer forma de tortura e aqui recordo a assertiva do Apóstolo Paulo: “Vós participastes, com efeito, do sofrimento dos prisioneiros e aceitastes com alegria a espoliação dos vossos bens, certos de possuir uma fortuna melhor e durável. Não percais, pois, a vossa segurança, que tamanha esperança merece” (cf. Hb 10, 34-35).

Um dos momentos mais emocionantes da viagem do papa Francisco à Albânia aconteceu na oração das vésperas na catedral de São Paulo, com os sacerdotes, religiosos, seminaristas e movimentos leigos. O papa comoveu-se ao escutar o testemunho de um sacerdote e de uma religiosa que sobreviveram à perseguição comunista. Padre Ernest narrou os 18 anos em que foi prisioneiro do regime comunista ateu, as torturas, os 10 anos de trabalhos forçados. Irmã Maria disse: “Não sei como conseguimos suportar tanto, mas Deus nos deu forças, paciência e esperança”.

Diante dos testemunhos, o papa Francisco deixou de lado o discurso que tivera preparado e falou com o coração: “Nestes dois meses me preparei para esta visita lendo a história da Igreja na Albânia e para mim foi uma surpresa, eu não sabia que este povo tinha sofrido tanto. Depois, hoje no caminho do aeroporto com todas as fotografias dos mártires, pensei: apesar de tanto sofrimento, este povo mantém viva a memória dos mártires”, em 21/09/2014.

O Sumo Pontífice disse que pensava em Pedro acorrentado. “Toda a Igreja rezava por ele. e o Senhor consolou Pedro e os mártires e a estes dois que hoje ouvimos. O povo de Deus, as santas anciãs e as monjas de clausura que rezavam por eles. Este é o mistério da Igreja: Deus consola seu povo de maneira escondida, na intimidade do coração da fortaleza”. Simão, o pescador de peixes que se tornou pescador de homens, seguidor e discípulo do Mestre, tem muito a nos ensinar, a partir de sua experiência com Jesus: “Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não jamais poderão vencê-la” (cf. Mt 16,18).

Segundo a Tradição Cristã, Pedro foi preso nos primeiros meses de 67, como cúmplice do incêndio da cidade de Roma. Assim, foi condenado à morte de cruz, sob a ordem do Imperador Nero.  Mas no momento da execução, Pedro pediu para ser crucificado de cabeça para baixo, porque não se sentia digno de morrer na cruz, como morreu seu Mestre e Senhor, Nosso Senhor Jesus Cristo.

No pronunciamento do papa Francisco, no dia 20/09/2014 aos novos bispos reunidos em Roma: “Estejam próximos aos seus sacerdotes, zelem pela vida religiosa, amem os pobres”. E disse com veemência que a Igreja precisa de Pastores, ou seja, de servidores; de bispos que saibam ajoelhar-se diante dos outros e lavar seus pés; de pastores que estejam ao lado das pessoas; que sejam pais e irmãos, mansos, pacientes e misericordiosos; que amem a pobreza; que vigiem incessantemente o rebanho, mantendo-o estreitamente unido a Deus, através do estudo do Evangelho, da Santa Eucaristia e do exemplo cotidiano, como luz a iluminar os passos da humanidade, como tão bem nos assegura o Livro Sagrado: “Que as palavras da Escritura estejam sempre em teus lábios, para que, meditando-as dia e noite, te esforces para realizar tudo aquilo que ensinam, e terá sentido e valor a tua vida (cf. Js 1,8), numa demonstração de que nosso agir está na direção do projeto do Pai, quando buscamos  a justiça do Seu reino.

É claro que o Romano Pontífice fala à humanidade do mundo inteiro, sensibilizando-a com uma didática e pedagogia inigualável, no sentido de se criar um clima que favoreça uma maior intimidade com Deus, e ao mesmo tempo, incendiando os corações dos cristãos, com o ardor missionário, reacendendo o fogo do amor de Deus, no alegre sonho da feliz esperança e da glória futura. Bendito seja Deus por suas santas criaturas!
*Geovane Saraiva é padre da Arquidiocese de Fortaleza, escritor, membro da Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza, da Academia de Letras dos Municípios do Estado Ceará (ALMECE) e Vice-Presidente da Previdência Sacerdotal - Pároco de Santo Afonso. É autor dos livros “O peregrino da Paz”, “Nascido Para as Coisas Maiores”, “A Ternura de um Pastor”, “A Esperança Tem Nome”, "Dom Helder: sonhos e utopias" e "25 Anos sobre Águas Sagradas”.