quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Maria, glória do gênero humano


'A Virgem Maria ensina-nos o que significa viver no Espírito Santo', lembra o papa Francisco.
A Virgem Maria nos chama a acolher a Palavra de Deus.
Por Geovane Saraiva*

Nosso Senhor Jesus Cristo ofereceu à criatura humana a cruz e, ao mesmo tempo plantou-a no seio da humanidade, indicando que através dela se chega ao fim último e e feliz, a salvação. Jamais podemos perder de vista, tendo como pressuposto a fé, que no Filho de Deus, temos o domínio da história da humanidade, eis a grande verdade.  Não posso dizer igualmente, mas grande verdade é que na Santa Virgem Maria, de acordo com o projeto insondável de Deus Pai, encontra-se uma criatura humana, que junto de Deus, é a glória do gênero humano.

E aqui temos a visão gloriosa do evangelista João, segunda a qual uma mulher “apareceu no céu, vestida de sol, tendo a lua debaixo dos pés e sobre a cabeça uma coroa de doze estelas” (cf. Ap 12, 1), deixando bem claro que a figura de Maria é uma obra prima e imprescindível no mistério da inefável ação redentora de Jesus.  De modo que olhamos para Maria como a primeira a contemplar a cruz, mas de todo seu coração, de tal modo que a força salvadora de Jesus se expressasse e expandisse livremente, vinda de uma mulher que sabe recorrer a quem pode socorrer, diante da aflição, quando falta o vinho.

Maria, na expressão do Cardeal Aloísio Lorscheider, “É a toda bela, toda pura, toda santa, a glória de Jerusalém, a alegria de Israel, a honra do seu povo, a nossa honra, garantindo o pleno êxito da redenção pela sua íntima participação na obra redentora do seu Filho”. Tudo isto, evidentemente, pela força e ação do Espírito Santo de Deus, nas palavras do querido papa Francisco: “A Virgem Maria ensina-nos o que significa viver no Espírito Santo e o que significa acolher a novidade de Deus na nossa vida. Ela concebeu Jesus por obra do Espírito, e cada cristão, cada um de nós, está chamado a acolher a Palavra de Deus, a acolher Jesus dentro de si e depois levá-lo a todos. Maria invocou o Espírito com os Apóstolos no cenáculo: também nós, todas as vezes que nos reunimos em oração, somos amparados pela presença espiritual da Mãe de Jesus, para receber o dom do Espírito e ter a força de testemunhar Jesus ressuscitado” (28 de abril de 2013).

Quanta sorte porque do lado do bem se encontram mulheres fortes e sábias, como Maria e Ester, que em seu tempo tinham reduzido espaço de ação na sociedade, contando unicamente com  Bondade de Deus.  Neste sentido, relembremos a súplica da Rainha Ester no Antigo Testamento, pela vida ameaçada do povo de Israel (cf. Et 7, 3). Bondade também grandiosa é a do Sumo Pontífice, o papa Francisco: “A esperança é a virtude daqueles que, experimentando o conflito, a luta diária entre a vida e a morte, entre o bem e o mal, creem na Ressurreição de Cristo, na vitória do Amor. Escutemos o canto de Maria, o Magnificat: é o cântico da esperança, é o cântico do Povo de Deus no seu caminhar através da história. É o cântico de muitos santos e santas, alguns conhecidos, outros, muitíssimos, desconhecidos, mas bem conhecidos por Deus: mães, pais, catequistas, missionários, padres, freiras, jovens, e também crianças, avôs e avós; eles enfrentaram a luta da vida, levando no coração a esperança dos pequenos e dos humildes.” (Homilia de 15 de agosto de 2013).

Maria pede o vinho da nova aliança, expressando a vida completa, muito acima da nossa realidade, que numa só palavra quer falar da humanidade restaurada, voltada para Deus e liberta de todas as solicitações do mal. Em Maria, temos no dizer do Papa Francisco: “A Igreja, quando busca Cristo, bate sempre à casa da Mãe e pede: ‘Mostrai-nos Jesus’ de Maria que se aprende o verdadeiro discipulado. E, por isso, a Igreja sai em missão sempre na esteira de Maria. Queridos amigos, viemos bater à porta da casa de Maria. Ela abriu-nos, fez-nos entrar e nos aponta o seu Filho. Agora Ela nos pede: ‘Fazei o que Ele vos disser’ (Jo 2,5). Sim, Mãe, nos comprometemos a fazer o que Jesus nos disser! E o faremos com esperança, confiantes nas surpresas de Deus e cheios de alegria.” (Homilia de 24 de julho de 2013). Assim seja!
*Geovane Saraiva é padre da Arquidiocese de Fortaleza, escritor, membro da Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza, da Academia de Letras dos Municípios do Estado Ceará (ALMECE) e Vice-Presidente da Previdência Sacerdotal - Pároco de Santo Afonso. É autor dos livros “O peregrino da Paz”, “Nascido Para as Coisas Maiores”, “A Ternura de um Pastor”, “A Esperança Tem Nome”, "Dom Helder: sonhos e utopias" e "25 Anos sobre Águas Sagradas”.

A lembrança daqueles que nos precederam


O dia de Finados foi estabelecido pela Igreja para não deixarmos nossos falecidos no esquecimento.
Por Dom Fernando Arêas Rifan*

No próximo dia 2 celebraremos a memória dos fieis defuntos, dos nossos falecidos, daqueles que estiveram conosco e hoje estão na eternidade, os “finados”, aqueles que chegaram ao fim da vida terrena e já começaram a vida eterna. Portanto, não estão mortos, estão vivos, mais até do que nós, na vida que não tem fim, “vitam venturi saeculi”. Sua vida não foi tirada, mas transformada. Por isso, o povo costuma dizer dos falecidos: “passou desta para a melhor!” Olhemos, portanto, a morte com os olhos da fé e da esperança cristã, não com desespero, pensando que tudo acabou. Uma nova vida começou eternamente.

Para nosso consolo, ouçamos a Palavra de Deus: “Deus não criou a morte e a destruição dos vivos não lhe dá alegria alguma. Ele criou todas as coisas para existirem... e a morte não reina sobre a terra, porque a justiça é imortal” (Sb 1, 13-15).

Os pagãos chamavam o local onde colocavam os seus defuntos de necrópole, cidade dos mortos. Os cristãos inventaram outro nome, mais cheio de esperança, “cemitério”, lugar dos que dormem. É assim que rezamos por eles na liturgia: “Rezemos por aqueles que nos precederam com o sinal da fé e dormem no sono da paz”.

Os santos encaravam a morte com esse espírito de fé e esperança. Assim São Francisco de Assis, no cântico do Sol: “Louvado sejais, meu Senhor, pela nossa irmã, a morte corporal, da qual nenhum homem pode fugir. Ai daqueles que morrem em pecado mortal! Felizes dos que a morte encontra conformes à vossa santíssima vontade! A estes não fará mal a segunda morte”. “É morrendo que se vive para a vida eterna!”. S. Agostinho nos advertia, perguntando: “Fazes o impossível para morrer um pouco mais tarde, e nada fazes para não morrer para sempre?”

Quantas boas lições nos dá a morte. Assim nos aconselha São Paulo: “Enquanto temos tempo, façamos o bem a todos” (Gl 6, 10). “Para mim o viver é Cristo e o morrer é um lucro... Tenho o desejo de ser desatado e estar com Cristo” (Fl 1, 21.23). “Eis, pois, o que vos digo, irmãos: o tempo é breve; resta que os que têm mulheres, sejam como se as não tivessem; os que choram, como se não chorassem; os que se alegram, como se não se alegrassem; os que compram, como se não possuíssem; os que usam deste mundo, como se dele não usassem, porque a figura deste mundo passa” (1 Cor 7, 29-31). Diz A Imitação de Cristo que bem depressa se esquecem dos falecidos: “Que prudente e ditoso é aquele que se esforça por ser tal na vida qual deseja que a morte o encontre!... Melhor é fazeres oportunamente provisão de boas obras e enviá-las adiante de ti, do que esperar pelo socorro dos outros” (I, XXIII). O dia de Finados foi estabelecido pela Igreja para não deixarmos nossos falecidos no esquecimento.

Três coisas pedimos com a Igreja para os nossos falecidos: o descanso, a luz e a paz. Descanso é o prêmio para quem trabalhou. O reino da luz é o Céu, oposto ao reino das trevas que é o inferno. E a paz é a recompensa para quem lutou. Que todos os que nos precederam descansem em paz e a luz perpétua brilhe para eles. Amém
CNBB, 29-10-2014.
*Dom Fernando Arêas Rifan é bispo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney (RJ).

Igreja Católica pede políticas a favor do povo


Em entrevista, Dom Leonardo Steiner diz que o país não pode permanecer 'dividido em classes'.
Cidade do Vaticano – A Igreja Católica no Brasil espera que a presidente recentemente reeleita, Dilma Roussef, exerça o seu mandato “em benefício de todo o povo brasileiro” e ajude a esbater a diferença atual entre ricos e pobres. Em entrevista à Rádio Vaticano, o secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, Dom Leonardo Steiner, sublinha que o país não pode permanecer “dividido em classes”, umas com mais, umas com menos e outras praticamente sem nada.

O bispo auxiliar de Brasília recorda a situação das populações indígenas que hoje se estão a ver privadas das casas e terras, sem acesso à saúde, à educação ou sequer a água potável. Para aquele responsável, é urgente resolver a questão da “demarcação das terras indígenas, dos títulos de boa-fé que têm a ver com as terras indígenas, mas também a questão dos quilombolas”, dos territórios habitados por descendentes de escravos fugitivos.

Estes temas vão inclusivamente estar na base da campanha ecumênica dos bispos brasileiros em 2016. Depois de uma eleição muito dividida, com “um debate muito duro” e marcado por alguns “ataques pessoais” entre os candidatos, Dilma Rousseff é chamada a reunir o Brasil, a promover o “diálogo” e a “refazer alguns laços sociais”, aponta Dom Leonardo Steiner.

O porta-voz da CNBB aponta ainda como prioridades a inversão do atual “momento econômico” do Brasil, que é “bastante delicado” e o combate à “violência crescente”. Dilma Rousseff, do Partido dos Trabalhadores, foi reeleita para um novo mandato de quatro anos com apenas mais três pontos percentuais que o seu principal opositor, Aécio Neves, do Partido da Social Democracia Brasileira. O escrutínio ficou ainda marcado pela abstenção de mais de 21 por cento dos brasileiros, cerca de 30 milhões de pessoas.

Numa das suas primeiras entrevistas depois da reeleição, a presidente do Brasil mostrou-se disponível para ouvir todos os setores da sociedade, favoráveis ou não ao atual Governo. Disse ainda estar empenhada em definir as bases de uma reforma política, através de uma “consulta popular”, e em combater a corrupção e o clima de impunidade no país. Um dos casos mais em foco, durante a campanha presidencial, foi a suspeita de desvios financeiros na maior empresa estatal do país, a Petrobras. Dilma Rousseff assegurou que tudo vai fazer “para colocar às claras o que aconteceu neste e em qualquer outro que apareça”.
SIR

Evangelho do Dia

Ano A - 30 de outubro de 2014

Lucas 13,31-35

Aleluia, aleluia, aleluia.
Bendito é o rei que vem em nome do Senhor! Glória a Deus nos altos céus e na terra paz aos homens! (Lc 19,38;2,14)

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
13 31 No mesmo dia chegaram alguns dos fariseus, dizendo a Jesus: “Sai e vai-te daqui, porque Herodes te quer matar”.
32 Disse-lhes ele: “Ide dizer a essa raposa: eis que expulso demônios e faço curas hoje e amanhã; e ao terceiro dia terminarei a minha vida.
33 É necessário, todavia, que eu caminhe hoje, amanhã e depois de amanhã, porque não é admissível que um profeta morra fora de Jerusalém.
34 Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os enviados de Deus, quantas vezes quis ajuntar os teus filhos, como a galinha abriga a sua ninhada debaixo das asas, mas não o quiseste!
35 Eis que vos ficará deserta a vossa casa. Digo-vos, porém, que não me vereis até que venha o dia em que digais: ‘Bendito o que vem em nome do Senhor!’”
Palavra da Salvação.

Comentário do Evangelho
A CORAGEM DO PROFETA
É admirável que os fariseus, adversários confessos de Jesus, tivessem se preocupado com a sua segurança. Aparentemente, talvez quisessem protegê-lo contra a violência de Herodes que, já tendo eliminado João Batista, talvez quisesse fazer o mesmo com Jesus.
O Mestre, porém, não se deixou convencer pela boa intenção deles e os tratou como se fossem mensageiros de Herodes. Por meio dos próprios fariseus, Jesus enviou uma mensagem para o representante do poder romano, a quem chamou de raposa, de forma a desmascarar-lhe a astúcia: seu projeto missionário não seria modificado por medo de ninguém; ele seguiria o caminho traçado pelo Pai e não admitiria interferências no seu processo de obediência à vontade dele.
A atitude corajosa de Jesus fazia lembrar a dos antigos profetas de Israel, que não se deixavam demover por intimidação de espécie alguma. Uma vez conscientes de terem recebido de Deus uma missão, seguiam adiante, superando desprezos, perseguição, torturas e, até mesmo, a morte. A firmeza e a coragem dos profetas só encontram explicação na consciência que tinham de estarem a serviço de Deus.
Quanto a Jesus, nem o conselho hipócrita dos fariseus, nem as ameaças de Herodes haveriam de detê-lo no seu caminho. Todos eles desconheciam o quanto Jesus era fiel ao Pai.

Oração 
Senhor Jesus, que eu não perca a coragem diante das ameaças que deverei enfrentar no caminho de serviço ao Reino.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Leitura
Efésios 6,10-20
Leitura da carta de são Paulo aos Efésios.
6 10 Finalmente, irmãos, fortalecei-vos no Senhor, pelo seu soberano poder.
11 Revesti-vos da armadura de Deus, para que possais resistir às ciladas do demônio.
12 Pois não é contra homens de carne e sangue que temos de lutar, mas contra os principados e potestades, contra os príncipes deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal (espalhadas) nos ares.
13 Tomai, por tanto, a armadura de Deus, para que possais resistir nos dias maus e manter-vos inabaláveis no cumprimento do vosso dever.
14 Ficai alerta, à cintura cingidos com a verdade, o corpo vestido com a couraça da justiça,
15 e os pés calçados de prontidão para anunciar o Evangelho da paz.
16 Sobretudo, embraçai o escudo da fé, com que possais apagar todos os dardos inflamados do Maligno.
17 Tomai, enfim, o capacete da salvação e a espada do Espírito, isto é, a palavra de Deus.
18 Intensificai as vossas invocações e súplicas. Orai em toda circunstância, pelo Espírito, no qual perseverai em intensa vigília de súplica por todos os cristãos.
19 E orai também por mim, para que me seja dado anunciar corajosamente o mistério do Evangelho,
20 do qual eu sou embaixador, prisioneiro. E que eu saiba apregoá-lo publicamente, e com desassombro, como é meu dever!
Palavra do Senhor.
Salmo 143/144
Bendito seja o Senhor, meu rochedo! 

Bendito seja o Senhor, meu rochedo,
Que adestrou minhas mãos para a luta
E os meus dedos treinou para a guerra!

Ele é meu amor, meu refúgio,
Libertador, fortaleza e abrigo;
É meu escudo: é nele que espero,
Ele submete as nações a meus pés.

Um canto novo, meu Deus, vou cantar-vos,
Nas dez cordas da harpa louvar-vos,
A vós que dais a vitória aos reis
E salvais vosso servo Davi.
Oração
Deus eterno e todo-poderoso, aumentai em nós a fé, a esperança e a caridade e dai-nos amar o que ordenais para conseguirmos o que prometeis. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Liturgia Diária

DIA 30 DE OUTUBRO - QUINTA-FEIRA

XXX SEMANA DO TEMPO COMUM 
(VERDE – OFÍCIO DO DIA)

Antífona da entrada: Exulte o coração que buscam a Deus. Sim, buscai o Senhor e sua força, procurai sem cessar a sua face (Sl 104,3s).
Oração do dia
Deus eterno e todo-poderoso, aumentai em nós a fé, a esperança e a caridade e dai-nos amar o que ordenais para conseguirmos o que prometeis. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Efésios 6,10-20)
Leitura da carta de são Paulo aos Efésios. 
6 10 Finalmente, irmãos, fortalecei-vos no Senhor, pelo seu soberano poder. 
11 Revesti-vos da armadura de Deus, para que possais resistir às ciladas do demônio. 
12 Pois não é contra homens de carne e sangue que temos de lutar, mas contra os principados e potestades, contra os príncipes deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal (espalhadas) nos ares. 
13 Tomai, por tanto, a armadura de Deus, para que possais resistir nos dias maus e manter-vos inabaláveis no cumprimento do vosso dever. 
14 Ficai alerta, à cintura cingidos com a verdade, o corpo vestido com a couraça da justiça, 
15 e os pés calçados de prontidão para anunciar o Evangelho da paz. 
16 Sobretudo, embraçai o escudo da fé, com que possais apagar todos os dardos inflamados do Maligno. 
17 Tomai, enfim, o capacete da salvação e a espada do Espírito, isto é, a palavra de Deus. 
18 Intensificai as vossas invocações e súplicas. Orai em toda circunstância, pelo Espírito, no qual perseverai em intensa vigília de súplica por todos os cristãos. 
19 E orai também por mim, para que me seja dado anunciar corajosamente o mistério do Evangelho, 
20 do qual eu sou embaixador, prisioneiro. E que eu saiba apregoá-lo publicamente, e com desassombro, como é meu dever! 
Palavra do Senhor.
Salmo responsorial 143/144
Bendito seja o Senhor, meu rochedo! 

Bendito seja o Senhor, meu rochedo, 
Que adestrou minhas mãos para a luta 
E os meus dedos treinou para a guerra! 

Ele é meu amor, meu refúgio, 
Libertador, fortaleza e abrigo; 
É meu escudo: é nele que espero, 
Ele submete as nações a meus pés. 

Um canto novo, meu Deus, vou cantar-vos, 
Nas dez cordas da harpa louvar-vos, 
A vós que dais a vitória aos reis 
E salvais vosso servo Davi.
Evangelho (Lucas 13,31-35)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Bendito é o rei que vem em nome do Senhor! Glória a Deus nos altos céus e na terra paz aos homens! (Lc 19,38;2,14)

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas. 
13 31 No mesmo dia chegaram alguns dos fariseus, dizendo a Jesus: “Sai e vai-te daqui, porque Herodes te quer matar”. 
32 Disse-lhes ele: “Ide dizer a essa raposa: eis que expulso demônios e faço curas hoje e amanhã; e ao terceiro dia terminarei a minha vida. 
33 É necessário, todavia, que eu caminhe hoje, amanhã e depois de amanhã, porque não é admissível que um profeta morra fora de Jerusalém. 
34 Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os enviados de Deus, quantas vezes quis ajuntar os teus filhos, como a galinha abriga a sua ninhada debaixo das asas, mas não o quiseste! 
35 Eis que vos ficará deserta a vossa casa. Digo-vos, porém, que não me vereis até que venha o dia em que digais: ‘Bendito o que vem em nome do Senhor!’”
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
A CORAGEM DO PROFETA
É admirável que os fariseus, adversários confessos de Jesus, tivessem se preocupado com a sua segurança. Aparentemente, talvez quisessem protegê-lo contra a violência de Herodes que, já tendo eliminado João Batista, talvez quisesse fazer o mesmo com Jesus. 
O Mestre, porém, não se deixou convencer pela boa intenção deles e os tratou como se fossem mensageiros de Herodes. Por meio dos próprios fariseus, Jesus enviou uma mensagem para o representante do poder romano, a quem chamou de raposa, de forma a desmascarar-lhe a astúcia: seu projeto missionário não seria modificado por medo de ninguém; ele seguiria o caminho traçado pelo Pai e não admitiria interferências no seu processo de obediência à vontade dele.
A atitude corajosa de Jesus fazia lembrar a dos antigos profetas de Israel, que não se deixavam demover por intimidação de espécie alguma. Uma vez conscientes de terem recebido de Deus uma missão, seguiam adiante, superando desprezos, perseguição, torturas e, até mesmo, a morte. A firmeza e a coragem dos profetas só encontram explicação na consciência que tinham de estarem a serviço de Deus.
Quanto a Jesus, nem o conselho hipócrita dos fariseus, nem as ameaças de Herodes haveriam de detê-lo no seu caminho. Todos eles desconheciam o quanto Jesus era fiel ao Pai.

Oração 
Senhor Jesus, que eu não perca a coragem diante das ameaças que deverei enfrentar no caminho de serviço ao Reino.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Sobre as oferendas
Olhai, ó Deus, com bondade, as oferendas que colocamos diante de vós, e seja para vossa glória a celebração que realizamos. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: O Cristo nos amou e por nós se entregou a Deus como oferenda e sacrifício santo (Ef 5,2).
Depois da comunhão
Ó Deus, que os vossos sacramentos produzam em nós o que significam, a fim de que um dia entremos em plena posse do mistério que agora celebramos. Por Cristo, nosso Senhor.

Vaticano: «Nenhuma família sem casa, nenhum camponês sem terra, nenhum trabalhador sem direitos»

http://movimientospopulares.org/
http://movimientospopulares.org/

Francisco lembra quem o acusa de ser «comunista» por dar voz aos pobres


Cidade do Vaticano, 28 out 2014 (Ecclesia) - O Papa Francisco apelou hoje à defesa dos direitos dos trabalhadores e das suas famílias, durante um encontro com os participantes no primeiro encontro mundial de Movimentos Populares.
“Digamos juntos, de coração: nenhuma família sem casa, nenhum camponês sem terra, nenhum trabalhador sem direitos, nenhuma pessoa sem a dignidade que o trabalho dá”, declarou, perante trabalhadores precários e da economia informal, migrantes, indígenas, sem-terra e pessoas que perderam a sua habitação.
O encontro é promovido até quarta-feira pelo Conselho Pontifício Justiça e Paz (Santa Sé), em colaboração com a Academia Pontifícia das Ciências Sociais.
“Não existe pior pobreza material do que aquela que não permite ganhar o pão e priva da dignidade do trabalho. O desemprego juvenil, a informalidade e a falta de direitos laborais não são inevitáveis, são o resultado de opção social prévia, de um sistema económico que coloca os lucros acima do homem”, defendeu o Papa.
A intervenção alertou para o “escândalo da fome” e as consequências da “cultura do descartável”, condenando os “eufemismos” que se utilizam para falar do “mundo das injustiças”.
“Este sistema já não se consegue aguentar. Temos de mudá-lo, temos de voltar a levar a dignidade humana para o centro: que sobre esse pilar se construam as estruturas sociais alternativas de que precisamos”, explicou.
Francisco criticou o “império do dinheiro” que exige a “guerra”, o comércio de armamentos, para a sobrevivência de “sistemas económicos”.
O Papa agradeceu aos participantes pela sua presença no Vaticano para “debater tantos graves problemas sociais que afetam o mundo de hoje” desde a perspetiva de quem sofre a desigualdade e a exclusão “na sua própria carne”.
“Terra, teto e trabalho. É estranho, mas se falar disto, para alguns parece que o Papa é comunista”, começou por referir, antes de recordar que “o amor pelos pobres está no centro do Evangelho”.
"Terra, teto e trabalho, aquilo por que lutam, são direitos sagrados. Reclamar isso não é nada de estranho, é a Doutrina Social da Igreja", assinalou.
O Papa pediu que se mantenha viva a vontade de construir um mundo melhor, “porque o mundo se esqueceu de Deus, que é Pai, ficou órfão porque deixou Deus de lado”.
Num discurso de cerca de meia hora, Francisco referiu que a presença dos Movimentos Populares é um “grande sinal”, porque estão no Vaticano para “pôr na presença de Deus, da Igreja, uma realidade muitas vezes silenciada”.
“Os pobres não só sofrem a injustiça mas também lutam contra ela”, precisou.
Jesus, acrescentou, chamaria “hipócritas” aos que abordam o “escândalo da pobreza promovendo estratégias de contenção” para procurar fazer dos pobres “seres domesticados e inofensivos”.
O discurso papal abordou ainda os temas da paz e da ecologia, para além das questões centrais do emprego e da habitação.
“São respostas a um anseio muito concreto, algo que qualquer pai, qualquer mãe quer para os seus filhos. Um anseio que deveria estar ao alcance de todos, mas que hoje vemos com tristeza que está cada vez mais longe da maioria”, sublinhou Francisco.
O Papa convidou os participantes a prosseguirem com a sua luta, “que faz bem a todos”, e deu-lhes como presente uns terços fabricados por artesãos, ‘cartoneros’ e trabalhadores da economia popular na América Latina.
OC
Notícia atualizada às 13h30

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Informação

                  Comunidade Católica Timóteo

Endereço: Rua Major Médico Vicente Fonsêca de Matos, 109, Candeias - Jaboatão dos Guararapes - PE 
 
Atividades:
 
segunda -
Terço da misericórdia - 15h
Terço - 18h
 
Curso de violão (gratuito) - 20:00h
Curso de Direito para consursos públicos (gratuito) - 19:30h
 
terça-
Terço da misericórdia - 15h
Terço - 18h
Evangelização nas residências - 19:30h
 
quarta-
Terço da misericórdia - 15h
Terço- 18h
Grupo de oração na Capela de Santo Antônio - 19:30h
 
quinta - 
Terço da misericórdia - 15h
Terço- 18h
Curso de português (gratuito) - 20h
 
sexta - 

Terço da misericórdia - 15h
Terço- 18h
Ofício de N. Sra. - 18:30h
Jantar comunitário - 19:30h
 
sábado- 
Curso de Raciocínio Lógico (gratuito) - 15h
Curso de francê (gratuito) - 17h
Grupo de estudo do YOUCAT - 18h
Reuniões com os membros - 19:30h
 
domingo - 
Grupo jovem na Matriz - 17h
Participação na Santa Missa

A solidariedade com os irmãos finados


A morte não nos separa daqueles que morrem em Cristo. Ao contrário, os ganhamos para sempre.
A morte, na perspectiva cristã, é apenas uma passagem.
Por Dom Roberto Francisco Ferreria Paz*

No próximo domingo, 2 de novembro, oficiamos em todas as Igrejas a Comemoração anual de todos os fiéis finados. Celebração da saudade e da esperança cristã que nos torna conscientes da misteriosa comunhão dos santos que conecta a Igreja peregrinante, com a padecente e a triunfante.

Essa liturgia apresenta desde suas origens, no Mosteiro de Cluny, a importância de aplicar missas em sufrágio dos falecidos e de rezar pelo seu descanso. A morte, na perspectiva cristã, embora tenha um aspecto doloroso de desmontar a tenda do corpo na nossa travessia terrestre e signifique a separação física dos seres queridos e dos amigos, é apenas um passamento, uma passagem para a vida eterna de felicidade que nos aguarda na Casa do Pai, se formos justos e misericordiosos.

Como nem todos alcançam a perfeição evangélica em vida, a doutrina católica fundamentada na solidariedade da comunhão dos santos e no tesouro infinito da paixão e morte do Redentor, socorre com orações, indulgências e as intenções das missas pelos irmãos que precisam de purificação e limpar seu coração para entrar no paraíso.

A morte não nos separa daqueles que morrem em Cristo, ao contrário os ganhamos para sempre porque ao lado de nosso Advogado e Mediador operam pelai ntercessão, graças e dons para nossa salvação. Mas também a morte dos outros nos leva a pensar na própria, eu gostaria ou não de rever meus seres queridos e amados, vale pena ou não, pensar no céu, neste estado maravilhoso de comunhão total com Deus, os irmãos e o universo inteiro?

Isto significa que devemos estar vigilantes e preparados, que onde a morte nos encontrar e possamos oferecer sempre um coração cheio de amor, ternura, perdão e misericórdia, e que nossas mãos estejam gastas de dar e servir aos outros. Só assim compreenderemos que a morte é como São Francisco a chamou: uma irmã, pois vem para nos levar ao Pai, encerrando de forma serena e plácida a nossa caminhada terrestre.

Que Nossa Senhora da Boa Morte e São José, o patrono dos moribundos, nos ajude a bem morrer nas mãos do Senhor Jesus Cristo, nosso querido Irmão e. Salvador. Deus seja louvado!
CNBB, 28-10-2014.
*Dom Roberto Francisco Ferreria Paz é bispo de Campos (RJ).

Padre, servidor do povo


A conversão pastoral da paróquia depende muito da postura do presbítero na comunidade.
É fundamental que o presbítero acolha bem as pessoas.
Por Almir Magalhães*

O recente documento da CNBB, nº. 100, "Comunidade de comunidades: uma nova paróquia – A conversão pastoral da paróquia", em seu capítulo 5, tem como título "Sujeitos e tarefas da conversão pastoral". Elenca quais são os sujeitos da referida conversão (Bispos, presbíteros, diáconos permanentes, os consagrados e os leigos). Deter-me-ei nos sete números que fazem alusão à figura do presbítero. (nn.199-205).

Esta parte começa afirmando que o presbítero é chamado a ser padre-pastor, colocando quais as características do mesmo: dedicado, generoso, acolhedor e aberto ao serviço da comunidade; faz referência ao excesso de atividades como um sinal preocupante que pode prejudicar o equilíbrio pessoal do padre (cf.n. 199).

Em algumas comunidades, encontram-se presbíteros desencantados, cansados. Neste momento, o documento em apreço chama a atenção para algo que é muito grave e que merece de nós presbíteros, em especial aos Párocos, a atenção:

"A sobrecarga de trabalhos pode dificultar a capacidade de relacionamento dos presbíteros, tornando-os apáticos aos sofrimentos dos outros, insensíveis aos pobres, rude no tratamento de seus paroquianos e incapazes de manifestar a misericórdia e a bondade de Cristo do qual são ministros. Eles precisam ser ajudados". (n.200).

Vivemos numa sociedade do vazio, da superficialidade e, neste contexto, nós somos, entre outras realidades, formadores de opinião, com um papel importante na sociedade de fazer o contraponto de tudo aquilo que pode ser considerado manipulação das consciências. O documento também dá a sua contribuição neste aspecto quando afirma que: “Outra preocupação se refere à atualização do padre diante das aceleradas mudanças que ocorrem na modernidade. 'Ele pode ficar atrasado no tempo e afastado da realidade. No ativismo pode ser que não se dedique ao estudo e não se prepare melhor para escutar e entender os anseios dos que o procuram.'” (n. 201). Afinal de contas, apesar do modelo eclesiológico do Vaticano II, ser trinitário, uma eclesiologia de comunhão, onde todos são responsáveis pela ação evangelizadora, “a conversão pastoral da paróquia depende muito da postura do presbítero na comunidade” (n. 202).

Para que boa parte destas realidades aconteçam, será de fundamental importância que o presbítero acolha bem as pessoas, exerça sua paternidade espiritual sem distinções, evitando postura seletiva de privilégios a grupos A ou B, renovando sua espiritualidade para ajudar tantos irmãos e irmãs que buscam a paróquia. (cf.n. 202), Identicamente se evite que paróquias possam projetar uma imagem contrária do que se falou até aqui: a imagem de uma Igreja distante, burocrática e sancionadora (cf.n. 37).

Devemos melhorar nosso atendimento e a paróquia há de fazer a diferença neste item começando pelo padre. Isto requer que o presbítero cultive uma profunda e nos experiência de Cristo vivo, com espírito missionário, coração paterno, que seja animador da vida espiritual e evangelizador, capaz de promover a participação” (n. 203).

Finalmente, o padre dever ser formado para ser servidor do seu povo. É por este motivo que deve existir uma preocupação com a formação permanente e da formação nos seminários de acordo com esta visão pastoral que considera a paróquia uma comunidade de comunidades, tal como tem insistido a Igreja no Brasil a respeito da formação presbiteral (n. 205 e Doc. 93 da CNBB).

A questão fundamental é: como superar o “modelo” atual de paróquia, muito mais voltada para a sacramentalização, conservação para o modelo apresentado no documento aqui refletido. “O ministério sacerdotal tem uma forma comunitária radical e só pode se desenvolver como tarefa coletiva” (n. 204).
A12, 27-10-2014.
*Almir Magalhães é padre da arquidiocese de Fortaleza.

´Cristo é nossa paz´ é lema de campanha


Material da Campanha de Evangelização já está disponível para download.
Brasília -  Os materiais para divulgação e vivência da Campanha para a Evangelização 2014 já estão disponíveis no site da CNBB, para download. É possível baixar o cartaz da campanha, oração, envelope da coleta, spots para rádio e TV, entre outros subsídios. O ponto alto da Campanha será a coleta realizada nas missas e celebrações do domingo, 14 de dezembro.

Este ano, a iniciativa completa 16 anos a serviço das atividades pastorais da Igreja. A mobilização nacional buscará promover iniciativas que visem superar a violência e edificar a paz, além de articular gestos concretos na sociedade por meio das ações evangelizadoras da Igreja.

Lema

“Cristo é nossa paz” é o lema da CE 2014, apropriado para o tempo litúrgico do Advento.  Neste período de preparação ao Natal, entre pessoas, famílias e na sociedade em geral, existe um clima de confraternização na busca pela paz. Criada em 1998 pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a iniciativa busca mobilizar os católicos a assumir a responsabilidade de participar na sustentação das atividades pastorais da Igreja.

A Campanha para a Evangelização (CE) tem o slogan “Evangeli.Já”, que faz referência à palavra evangelizar e mostra a urgência da evangelização e da cooperação de todos. A distribuição dos recursos é feita da seguinte forma: 45% permanecem na própria diocese; 20% são encaminhados para os regionais da CNBB; e os demais 35% para a CNBB Nacional. As doações, em caráter individual, também podem ser feitas pelo site www.evangelija.com.
SIR/CNBB

Liturgia Diária

DIA 29 DE OUTUBRO - QUARTA-FEIRA

XXX SEMANA DO TEMPO COMUM
(VERDE – OFÍCIO DO DIA)

Antífona da entrada: Exulte o coração que buscam a Deus. Sim, buscai o Senhor e sua força, procurai sem cessar a sua face (Sl 104,3s).
Oração do dia
Deus eterno e todo-poderoso, aumentai em nós a fé, a esperança e a caridade e dai-nos amar o que ordenais para conseguirmos o que prometeis. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Efésios 6,1-9)
Leitura da carta de são Paulo aos Efésios.
6 1 Filhos, obedecei a vossos pais segundo o Senhor; porque isto é justo.
2 O primeiro mandamento acompanhado de uma promessa é: “Honra teu pai e tua mãe,
3 para que sejas feliz e tenhas longa vida sobre a terra”.
4 Pais, não exaspereis vossos filhos. Pelo contrário, criai-os na educação e doutrina do Senhor.
5 Servos, obedecei aos vossos senhores temporais, com temor e solicitude, de coração sincero, como a Cristo,
6 não por mera ostentação, só para agradar aos homens, mas como servos de Cristo, que fazem de bom grado a vontade de Deus.
7 Servi com dedicação, como servos do Senhor e não dos homens.
8 E estai certos de que cada um receberá do Senhor a recompensa do bem que tiver feito, quer seja escravo quer livre.
9 Senhores, procedei também assim com os servos. Deixai as ameaças. E tende em conta que o Senhor está no céu, Senhor tanto deles como vosso, que não faz distinção de pessoas.
Palavra do Senhor.
Salmo responsorial 144/145
O Senhor cumpre sempre suas promessas! 

Que vossas obras, ó Senhor, vos glorifiquem,
e os vossos santos, com louvores, vos bendigam!
Narrem a glória e o esplendor do vosso reino
e saibam proclamar vosso poder!

Para espalhar vossos prodígios entre os homens
e o fulgor de vosso reino esplendoroso.
O vosso reino é um reino para sempre,
vosso poder, de geração em geração.

O Senhor é amor fiel em sua palavra,
é santidade em toda obra que ele faz.
Ele sustenta todo aquele que vacila
e levanta todo aquele que tombou.
Evangelho (Lucas 13,22-30)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Pelo evangelho o Pai nos chamou, a fim de alcançarmos a glória de nosso Senhor Jesus Cristo (2Ts 2,14)


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
Naquele tempo, 13 22 sempre em caminho para Jerusalém, Jesus ia atravessando cidades e aldeias e nelas ensinava.
23 Alguém lhe perguntou: “Senhor, são poucos os homens que se salvam?” Ele respondeu:
24 “Procurai entrar pela porta estreita; porque, digo-vos, muitos procurarão entrar e não o conseguirão.
25 Quando o pai de família tiver entrado e fechado a porta, e vós, de fora, começardes a bater à porta, dizendo: ‘Senhor, Senhor, abre-nos’, ele responderá: ‘Digo-vos que não sei de onde sois’.
26 Direis então: ‘Comemos e bebemos contigo e tu ensinaste em nossas praças’.
27 Ele, porém, vos dirá: ‘Não sei de onde sois; apartai-vos de mim todos vós que sois malfeitores’.
28 Ali haverá choro e ranger de dentes, quando virdes Abraão, Isaac, Jacó e todos os profetas no Reino de Deus, e vós serdes lançados para fora.
29 Virão do oriente e do ocidente, do norte e do sul, e sentar-se-ão à mesa no Reino de Deus.
30 Há últimos que serão os primeiros, e há primeiros que serão os últimos”.
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
QUEM SE SALVARÁ? 
As exigências do Reino apresentadas por Jesus levou os discípulos a se perguntarem pelo número dos que seriam salvos. Imaginavam serem poucas as pessoas predispostas e fiéis ao projeto apregoado pelo Mestre. A dinâmica do Reino, como Jesus a entendia, rompia com os esquemas mundanos e só podia ser vivida por quem, de fato, se predispunha a enfrentar a cruz, como caminho necessário para a glória.
A questão levantada pelos discípulos pareceu ser irrelevante para Jesus. Era inútil saber se os salvos seriam poucos ou muitos. Importava, sim, empenhar-se continuamente para, com a graça de Deus, entrar no Reino, através da porta estreita. Portanto, era tempo de refletir e tomar uma decisão sábia, para evitar o risco de ser deixado do lado de fora.
A exclusão do Reino poderá ser uma experiência trágica. O choro e ranger de dentes expressam o desespero de quem desperdiçou a chance que lhe fora oferecida. A segurança fundada em elementos inconsistentes frustrar-se-á quando o cristão comparecer diante do Senhor. Ter comido e bebido na presença de Jesus e tê-lo visto ensinar nas praças não será suficiente para garantir a salvação. Jesus só reconhecerá como discípulo e salvará quem, como ele, tiver sido capaz de colocar-se a serviço do próximo, sem medo de perder tudo por causa do Reino.

Oração 
Senhor Jesus, que eu me esforce sempre para entrar no Reino pela porta estreita do serviço ao próximo e da disposição de perder tudo por causa de ti.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Sobre as oferendas
Olhai, ó Deus, com bondade, as oferendas que colocamos diante de vós, e seja para vossa glória a celebração que realizamos. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: O Cristo nos amou e por nós se entregou a Deus como oferenda e sacrifício santo (Ef 5,2).
Depois da comunhão
Ó Deus, que os vossos sacramentos produzam em nós o que significam, a fim de que um dia entremos em plena posse do mistério que agora celebramos. Por Cristo, nosso Senhor.

Evangelho do Dia

Ano A - 29 de outubro de 2014

Lucas 13,22-30

Aleluia, aleluia, aleluia.
Pelo evangelho o Pai nos chamou, a fim de alcançarmos a glória de nosso Senhor Jesus Cristo (2Ts 2,14)


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
Naquele tempo, 13 22 sempre em caminho para Jerusalém, Jesus ia atravessando cidades e aldeias e nelas ensinava.
23 Alguém lhe perguntou: “Senhor, são poucos os homens que se salvam?” Ele respondeu:
24 “Procurai entrar pela porta estreita; porque, digo-vos, muitos procurarão entrar e não o conseguirão.
25 Quando o pai de família tiver entrado e fechado a porta, e vós, de fora, começardes a bater à porta, dizendo: ‘Senhor, Senhor, abre-nos’, ele responderá: ‘Digo-vos que não sei de onde sois’.
26 Direis então: ‘Comemos e bebemos contigo e tu ensinaste em nossas praças’.
27 Ele, porém, vos dirá: ‘Não sei de onde sois; apartai-vos de mim todos vós que sois malfeitores’.
28 Ali haverá choro e ranger de dentes, quando virdes Abraão, Isaac, Jacó e todos os profetas no Reino de Deus, e vós serdes lançados para fora.
29 Virão do oriente e do ocidente, do norte e do sul, e sentar-se-ão à mesa no Reino de Deus.
30 Há últimos que serão os primeiros, e há primeiros que serão os últimos”.
Palavra da Salvação.

Comentário do Evangelho
QUEM SE SALVARÁ? 
As exigências do Reino apresentadas por Jesus levou os discípulos a se perguntarem pelo número dos que seriam salvos. Imaginavam serem poucas as pessoas predispostas e fiéis ao projeto apregoado pelo Mestre. A dinâmica do Reino, como Jesus a entendia, rompia com os esquemas mundanos e só podia ser vivida por quem, de fato, se predispunha a enfrentar a cruz, como caminho necessário para a glória.
A questão levantada pelos discípulos pareceu ser irrelevante para Jesus. Era inútil saber se os salvos seriam poucos ou muitos. Importava, sim, empenhar-se continuamente para, com a graça de Deus, entrar no Reino, através da porta estreita. Portanto, era tempo de refletir e tomar uma decisão sábia, para evitar o risco de ser deixado do lado de fora.
A exclusão do Reino poderá ser uma experiência trágica. O choro e ranger de dentes expressam o desespero de quem desperdiçou a chance que lhe fora oferecida. A segurança fundada em elementos inconsistentes frustrar-se-á quando o cristão comparecer diante do Senhor. Ter comido e bebido na presença de Jesus e tê-lo visto ensinar nas praças não será suficiente para garantir a salvação. Jesus só reconhecerá como discípulo e salvará quem, como ele, tiver sido capaz de colocar-se a serviço do próximo, sem medo de perder tudo por causa do Reino.

Oração 
Senhor Jesus, que eu me esforce sempre para entrar no Reino pela porta estreita do serviço ao próximo e da disposição de perder tudo por causa de ti.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Leitura
Efésios 6,1-9
Leitura da carta de são Paulo aos Efésios.
6 1 Filhos, obedecei a vossos pais segundo o Senhor; porque isto é justo.
2 O primeiro mandamento acompanhado de uma promessa é: “Honra teu pai e tua mãe,
3 para que sejas feliz e tenhas longa vida sobre a terra”.
4 Pais, não exaspereis vossos filhos. Pelo contrário, criai-os na educação e doutrina do Senhor.
5 Servos, obedecei aos vossos senhores temporais, com temor e solicitude, de coração sincero, como a Cristo,
6 não por mera ostentação, só para agradar aos homens, mas como servos de Cristo, que fazem de bom grado a vontade de Deus.
7 Servi com dedicação, como servos do Senhor e não dos homens.
8 E estai certos de que cada um receberá do Senhor a recompensa do bem que tiver feito, quer seja escravo quer livre.
9 Senhores, procedei também assim com os servos. Deixai as ameaças. E tende em conta que o Senhor está no céu, Senhor tanto deles como vosso, que não faz distinção de pessoas.
Palavra do Senhor.
Salmo 144/145
O Senhor cumpre sempre suas promessas! 

Que vossas obras, ó Senhor, vos glorifiquem,
e os vossos santos, com louvores, vos bendigam!
Narrem a glória e o esplendor do vosso reino
e saibam proclamar vosso poder!

Para espalhar vossos prodígios entre os homens
e o fulgor de vosso reino esplendoroso.
O vosso reino é um reino para sempre,
vosso poder, de geração em geração.

O Senhor é amor fiel em sua palavra,
é santidade em toda obra que ele faz.
Ele sustenta todo aquele que vacila
e levanta todo aquele que tombou.
Oração
Deus eterno e todo-poderoso, aumentai em nós a fé, a esperança e a caridade e dai-nos amar o que ordenais para conseguirmos o que prometeis. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Endereços das Comunidades da Paróquia Nossa Senhora das Candeias

IGREJA DE SANTO ANTÔNIO
Rua Rio Pardo, Nº 25, Quadra 17 – Conj. Residencial Praia do Sol – Barra de Jangada
                                  Jaboatão dos Guararapes – PE - CEP 54470-290


IGREJA DE SÃO VICENTE DE PAULO
Rua do Campo, Nº130A – Novo Horizonte – Barra de Jangada- Jaboatão dos Guararapes–PE                                                                        CEP 54460-557



CAPELA DO CENTRO COMUNITÁRIO DE SÃO JOSÉ OPERÁRIO
              Rua Comendador Sá Barreto, Nº 275 – Candeias - Jaboatão dos Guararapes – PE                         CEP 54430-331


COMUNIDADE SENHORA RAINHA
Rua Prof. Sílvio Rabelo, Nº 1555A – Conjunto Catamarã – Candeias
              Jaboatão dos Guararapes – PE - CEP 54440-290


COMUNIDADE DE SANTA TEREZINHA
                          Rua Volta Redonda, S/N – Candeias - Jaboatão dos Guararapes – PE                                                    CEP 54450-380


COMUNIDADE SÃO PEDRO
Avenida Bernardo Vieira de Melo – em frente ao Posto Shell entrada em direção ao mar
– Missa no Calçadão –

COMUNIDADE NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS
Rua Campo Grande, nº 1300 – Barra de Jangada – Jaboatão dos Guararapes - PE

CEP 54.430-100

sábado, 25 de outubro de 2014

Qual é o maior mandamento?


São dois mandamentos com um verbo só: 'Amar'. E dois sujeitos a se amar: Deus e o próximo.
Por Marcel Domergue*

As diversas passagens do evangelho que, há alguns domingos, estamos lendo, estão situadas nos últimos tempos de Jesus: a paixão vai se aproximando. Podemos considerar estes textos como uma espécie de testamento; palavras que coroam e resumem o conjunto da mensagem. Notemos que nossa leitura de hoje guarda plena coerência com o "Discurso após a Ceia", do Evangelho de João: o convite ao amor mútuo, pelo qual passa o amor a Deus, é de qualquer forma a última palavra do nosso evangelho. É este o amor que Jesus vai agora afixar na cruz.

Lembremos que os dois mandamentos citados por Jesus não fazem parte do Decálogo. O primeiro encontra-se em Deuteronômio 6,5, no famoso "Escuta Israel", que é frequentemente recitado pelos judeus. O segundo vem do Levítico 19,18, capítulo no qual encontramos uma grande variedade de fórmulas a respeito do amor ao próximo. A novidade trazida pelo evangelho de hoje consiste em declarar "semelhantes" estes dois "mandamentos" tirados de dois livros diferentes. Para mim, aqui, este "semelhante" não significa somente "comparável", mas "idêntico". Em outras palavras, o nosso amor para com Deus só pode ganhar forma através do nosso amor para com os outros. Lembremos o que diz João, em sua primeira carta (4,20): "Quem não ama seu irmão, a quem vê, não poderá amar a Deus, a quem não vê".

A única relação ao Deus desconhecido

Uma questão se põe: pode alguém amar a Deus a quem não vê e em quem às vezes nem mesmo crê, simplesmente amando os outros e colocando-se a seu serviço? Pode-se amar a Deus sem saber? A resposta é sim. E é exatamente o que está dito em Mateus 25,21-45. O texto é célebre: "Tive fome e me destes de comer, tive sede e me destes de beber, era forasteiro e me acolhestes, estive nu e me vestistes, doente e me visitastes, preso e viestes ver-me". Quando fizemos tudo isto? Perguntam estupefatos os destinatários desta declaração, ou melhor, desta revelação. Conhecemos a resposta: "Cada vez que o fizestes a um desses meus irmãos mais pequeninos, a mim o fizestes".

Os interlocutores ficaram surpresos! Este é um convite para que olhemos com outros olhos a quantos, solitariamente ou no quadro de organismos diversos, consagram parte de suas vidas aos necessitados do Terceiro Mundo ou aos rejeitados e excluídos das nossas sociedades de consumo. O Cristo encontra-se, escondido, nos homens que a vida crucifica e, também, nos que lhes prestam socorro. O "Reino" já está aí. Jesus, no evangelho, diz que tudo o que está nas Escrituras, toda a Lei e os Profetas dependem destes dois mandamentos do amor, que são apenas um. Esta é uma das chaves que deve orientar a nossa leitura da Bíblia, submetendo-a à busca do amor.

O amor acima de tudo

Na versão paralela de Marcos (12,28-34), lemos que o duplo mandamento do amor não apenas recapitula o conjunto das Escrituras, mas também que vale mais do que todos os holocaustos e sacrifícios. O que equivale a dizer que o culto, o rito não serve para nada se não for a expressão e celebração de um amor que, além disso, no quotidiano, seja o motor da vida. Somos, no entanto, muito hábeis, até mesmo sutis, em nos esquivarmos, em encontrar sucedâneos a um amor que ama como o Cristo nos ama, ou seja, dando a nossa vida (ver João 15,13).

Confundimos com facilidade o amor a que se refere o Evangelho com um simples sentimento de afeto que frequentemente não sobrevive à prova, ou com uma atração física, psicológica ou mesmo sexual que com o tempo pode revelar-se o inverso do amor: a decisão do dom de si mesmo confunde-se então com o seu contrário, a vontade de possuir, de usufruir o outro e, até mesmo, de dominá-lo. Por isso devemos desconfiar quando vamos repetindo "amor,…amor", o que faço aliás neste momento, seguindo Jesus em seu discurso após a última Ceia, segundo João 13-17.

Para Paulo, o amor, a que chama preferentemente de «caridade» e que é o cumprimento da Lei (ler Romanos 13,6-10), está acima da fé, que um dia cederá lugar à visão; acima da esperança, que terá fim quando entrarmos na posse da vida que ela espera e que é o lugar de acesso ao amor integral (1 Coríntios 13). Não esqueçamos que Amor é o outro nome de Deus.
Croire
*Marcel Domergue é sacerdote jesuíta francês. O texto é baseado nas leituras do 30º Domingo do Tempo Comum (26 de outubro de 2014). A tradução é de Francisco O. Lara, João Bosco Lara, e José J. Lara.

Evangelho do Dia

Ano A - 25 de outubro de 2014

Lucas 13,1-9

Aleluia, aleluia, aleluia.
Não quero a morte do pecado, diz o Senhor, mas que ele volte, se converta e tenha vida (Ez 33,11).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
13 1 Neste mesmo tempo contavam alguns o que tinha acontecido a certos galileus, cujo sangue Pilatos misturara com os seus sacrifícios.
2 Jesus toma a palavra e lhes pergunta: “Pensais vós que estes galileus foram maiores pecadores do que todos os outros galileus, por terem sido tratados desse modo?
3 Não, digo-vos. Mas se não vos arrependerdes, perecereis todos do mesmo modo.
4 Ou cuidais que aqueles dezoito homens, sobre os quais caiu a torre de Siloé e os matou, foram mais culpados do que todos os demais habitantes de Jerusalém?
5 Não, digo-vos. Mas se não vos arrependerdes, perecereis todos do mesmo modo”.
6 Disse-lhes também esta comparação: “Um homem havia plantado uma figueira na sua vinha, e, indo buscar fruto, não o achou.
7 Disse ao viticultor: ‘Eis que três anos há que venho procurando fruto nesta figueira e não o acho. Corta-a; para que ainda ocupa inutilmente o terreno?’
8 Mas o viticultor respondeu: ‘Senhor, deixa-a ainda este ano; eu lhe cavarei em redor e lhe deitarei adubo.
9 Talvez depois disto dê frutos. Caso contrário, cortá-la-ás’”.
Palavra da Salvação.

Comentário do Evangelho
A PENITÊNCIA NECESSÁRIA
Baseado em fatos conhecidos dos discípulos, Jesus exortou-os a não se considerarem isentos da necessidade de fazer penitência. A condição de discípulos poderia dar-lhes uma falsa segurança e levá-los a se considerarem perfeitos. Portanto, com a salvação garantida.
Por mais decidida que seja a entrega do discípulo ao Reino, ela tenderá sempre a ser precária. Além disso, a linha que delimita as fronteiras entre a fidelidade e a infidelidade é muito tênue. A passagem de um lado para outro acontece com facilidade. Só o discípulo insensato tem a pretensão de se considerar plenamente fiel e senhor de uma decisão intocável pelo Reino. Por isso, recomenda-se não excluir a penitência, pois ela manifesta a disposição de não acomodar-se no empenho de ser sempre mais fiel ao Senhor.
A exclusão da penitência pode tornar estéril a vida do discípulo. Seu orgulho não lhe permitirá agir de forma compatível com o Reino. Ele não produzirá os frutos de amor e justiça esperados pelo Senhor. Não se sentido pecador, colocar-se-á na condição de juiz do próximo e será incapaz de reconhecer a malícia de sua ação.
Jesus age com paciência em relação aos discípulos que se julgam dispensados de fazer penitência. Entretanto, a paciência tem seus limites. Chegará a hora em que se confrontarão com o Senhor e não terão como se justificar.

OraçãoSenhor Jesus, que eu saiba reconhecer minha condição de pecador e expressar, pela penitência, minha disposição de ser fiel a ti.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Leitura
Efésios 4,7-16
Leitura da carta de são Paulo aos Efésios.
4 7 Mas a cada um de nós foi dada a graça, segundo a medida do dom de Cristo,
8 pelo que diz: “Quando subiu ao alto, levou muitos cativos, cumulou de dons os homens”.
9 Ora, que quer dizer “ele subiu”, senão que antes havia descido a esta terra?
10 Aquele que desceu é também o que subiu acima de todos os céus, para encher todas as coisas.
11 A uns ele constituiu apóstolos; a outros, profetas; a outros, evangelistas, pastores, doutores,
12 para o aperfeiçoamento dos cristãos, para o desempenho da tarefa que visa à construção do corpo de Cristo,
13 até que todos tenhamos chegado à unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, até atingirmos o estado de homem feito, a estatura da maturidade de Cristo.
14 Para que não continuemos crianças ao sabor das ondas, agitados por qualquer sopro de doutrina, ao capricho da malignidade dos homens e de seus artifícios enganadores.
15 Mas, pela prática sincera da caridade, cresçamos em todos os sentidos, naquele que é a cabeça, Cristo.
16 É por ele que todo o corpo - coordenado e unido por conexões que estão ao seu dispor, trabalhando cada um conforme a atividade que lhe é própria - efetua esse crescimento, visando a sua plena edificação na caridade.
Palavra do Senhor.
Salmo 121/122
Que alegria quando ouvi que me disseram:
“Vamos à casa do Senhor!” 

Que alegria quando ouvi que me disseram:
“Vamos à casa do Senhor!”
E agora nossos pés já se detêm,
Jerusalém, em tuas portas.

Jerusalém, cidade bem edificada
num conjunto harmonioso;
para lá sobem as tribos de Israel,
as tribos do Senhor.

Para louvar, segundo a lei de Israel,
o nome do Senhor.
A sede da justiça lá está
e o trono de Davi.
Oração
Ó Deus, Pai de misericórdia, que fizestes do santo Antônio de Santana Galvão um instrumento de caridade e de paz no meio dos irmãos, concedei-nos, pó sua intercessão, favorecer sempre a verdadeira concórdia.

Liturgia Diária

DIA 25 DE OUTUBRO - SÁBADO

SANTO ANTÔNIO GALVÃO
PRESBÍTERO 
(BRANCO, PREFÁCIO COMUM OU DOS PASTORES – OFÍCIO DA MEMÓRIA)

Antífona da entrada: Eu vos darei pastores segundo o meu coração, que vos conduzam com inteligência e sabedoria (Jr 3,15).
Oração do dia
Ó Deus, Pai de misericórdia, que fizestes do santo Antônio de Santana Galvão um instrumento de caridade e de paz no meio dos irmãos, concedei-nos, pó sua intercessão, favorecer sempre a verdadeira concórdia.
Leitura (Efésios 4,7-16)
Leitura da carta de são Paulo aos Efésios.
4 7 Mas a cada um de nós foi dada a graça, segundo a medida do dom de Cristo,
8 pelo que diz: “Quando subiu ao alto, levou muitos cativos, cumulou de dons os homens”.
9 Ora, que quer dizer “ele subiu”, senão que antes havia descido a esta terra?
10 Aquele que desceu é também o que subiu acima de todos os céus, para encher todas as coisas.
11 A uns ele constituiu apóstolos; a outros, profetas; a outros, evangelistas, pastores, doutores,
12 para o aperfeiçoamento dos cristãos, para o desempenho da tarefa que visa à construção do corpo de Cristo,
13 até que todos tenhamos chegado à unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, até atingirmos o estado de homem feito, a estatura da maturidade de Cristo.
14 Para que não continuemos crianças ao sabor das ondas, agitados por qualquer sopro de doutrina, ao capricho da malignidade dos homens e de seus artifícios enganadores.
15 Mas, pela prática sincera da caridade, cresçamos em todos os sentidos, naquele que é a cabeça, Cristo.
16 É por ele que todo o corpo - coordenado e unido por conexões que estão ao seu dispor, trabalhando cada um conforme a atividade que lhe é própria - efetua esse crescimento, visando a sua plena edificação na caridade.
Palavra do Senhor.
Salmo responsorial 121/122
Que alegria quando ouvi que me disseram:
“Vamos à casa do Senhor!” 

Que alegria quando ouvi que me disseram:
“Vamos à casa do Senhor!”
E agora nossos pés já se detêm,
Jerusalém, em tuas portas.

Jerusalém, cidade bem edificada
num conjunto harmonioso;
para lá sobem as tribos de Israel,
as tribos do Senhor.

Para louvar, segundo a lei de Israel,
o nome do Senhor.
A sede da justiça lá está
e o trono de Davi.
Evangelho (Lucas 13,1-9)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Não quero a morte do pecado, diz o Senhor, mas que ele volte, se converta e tenha vida (Ez 33,11).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
13 1 Neste mesmo tempo contavam alguns o que tinha acontecido a certos galileus, cujo sangue Pilatos misturara com os seus sacrifícios.
2 Jesus toma a palavra e lhes pergunta: “Pensais vós que estes galileus foram maiores pecadores do que todos os outros galileus, por terem sido tratados desse modo?
3 Não, digo-vos. Mas se não vos arrependerdes, perecereis todos do mesmo modo.
4 Ou cuidais que aqueles dezoito homens, sobre os quais caiu a torre de Siloé e os matou, foram mais culpados do que todos os demais habitantes de Jerusalém?
5 Não, digo-vos. Mas se não vos arrependerdes, perecereis todos do mesmo modo”.
6 Disse-lhes também esta comparação: “Um homem havia plantado uma figueira na sua vinha, e, indo buscar fruto, não o achou.
7 Disse ao viticultor: ‘Eis que três anos há que venho procurando fruto nesta figueira e não o acho. Corta-a; para que ainda ocupa inutilmente o terreno?’
8 Mas o viticultor respondeu: ‘Senhor, deixa-a ainda este ano; eu lhe cavarei em redor e lhe deitarei adubo.
9 Talvez depois disto dê frutos. Caso contrário, cortá-la-ás’”.
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
A PENITÊNCIA NECESSÁRIA
Baseado em fatos conhecidos dos discípulos, Jesus exortou-os a não se considerarem isentos da necessidade de fazer penitência. A condição de discípulos poderia dar-lhes uma falsa segurança e levá-los a se considerarem perfeitos. Portanto, com a salvação garantida.
Por mais decidida que seja a entrega do discípulo ao Reino, ela tenderá sempre a ser precária. Além disso, a linha que delimita as fronteiras entre a fidelidade e a infidelidade é muito tênue. A passagem de um lado para outro acontece com facilidade. Só o discípulo insensato tem a pretensão de se considerar plenamente fiel e senhor de uma decisão intocável pelo Reino. Por isso, recomenda-se não excluir a penitência, pois ela manifesta a disposição de não acomodar-se no empenho de ser sempre mais fiel ao Senhor.
A exclusão da penitência pode tornar estéril a vida do discípulo. Seu orgulho não lhe permitirá agir de forma compatível com o Reino. Ele não produzirá os frutos de amor e justiça esperados pelo Senhor. Não se sentido pecador, colocar-se-á na condição de juiz do próximo e será incapaz de reconhecer a malícia de sua ação.
Jesus age com paciência em relação aos discípulos que se julgam dispensados de fazer penitência. Entretanto, a paciência tem seus limites. Chegará a hora em que se confrontarão com o Senhor e não terão como se justificar.

OraçãoSenhor Jesus, que eu saiba reconhecer minha condição de pecador e expressar, pela penitência, minha disposição de ser fiel a ti.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Sobre as oferendas
Aceitai, ó Deus, as oferendas do vosso povo em honra de santo Antônio de Santana Galvão; e possamos receber a salvação pelo sacrifício que oferecemos em vossa honra. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: O Filho do homem veio não para ser servido, mas para servir e dar a sua vida para a salvação de todos (Mt 20,28)
Depois da comunhão
Recebemos, ó Deus, o vosso sacramento em memória do vosso santo Antônio de Santana Galvão; concedei que esta eucaristia se transforme para nós em alegria eterna. Por Cristo, nosso Senhor.
Santo do Dia / Comemoração (SANTO ANTÔNIO GALVÃO)
O brasileiro Antônio de Sant'Anna Galvão nasceu em 1739, em Guaratinguetá, São Paulo. Seu pai era Antônio Galvão de França, capitão-mor da província e terciário franciscano. Sua mãe era Isabel Leite de Barros, filha de fazendeiros de Pindamonhangaba. O casal teve onze filhos. Eram cristãos caridosos, exemplares e transmitiram esse legado ao filho.

Quando tinha treze anos, Antônio foi enviado para estudar com os jesuítas, ao lado do irmão José, que já estava no Seminário de Belém, na Bahia. Desse modo, na sua alma estava plantada a semente da vocação religiosa. Aos vinte e um anos, Antônio decidiu ingressar na Ordem franciscana, no Rio de Janeiro. Sua educação no seminário tinha sido tão esmerada que, após um ano, recebeu as ordens sacerdotais, em 1762. Uma deferência especial do papa, porque ele ainda não tinha completado a idade exigida.

Em 1768, foi nomeado pregador e confessor do Convento das Recolhidas de Santa Teresa, ouvindo e aconselhando a todos. Entre suas penitentes encontrou irmã Helena Maria do Sacramento, figura que exerceu papel muito importante em sua obra posterior.

Irmã Helena era uma mulher de muita oração e de virtudes notáveis. Ela relatava suas visões ao frei Galvão. Nelas, Jesus lhe pedia que fundasse um novo Recolhimento para jovens religiosas, o que era uma tarefa difícil devido à proibição imposta pelo marquês de Pombal em sua perseguição à Ordem dos jesuítas. Apesar disso, contrariando essa lei, frei Galvão, auxiliado pela irmã Helena, fundou, em fevereiro de 1774, o Recolhimento de Nossa Senhora da Conceição da Divina Providência.

No ano seguinte, morreu irmã Helena. E os problemas com a lei de Pombal não tardaram a aparecer. O convento foi fechado, mas frei Galvão manteve-se firme na decisão, mesmo desafiando a autoridade do marquês. Finalmente, devido à pressão popular, o convento foi reaberto e o frei ficou livre para continuar sua obra. Os seguintes quatorze anos foram dedicados à construção e ampliação do convento e também de sua igreja, inaugurada em 1802. Quase um século depois, essa obra tornar-se-ia um "patrimônio cultural da humanidade", por decisão da UNESCO.

Em 1811, a pedido do bispo de São Paulo, fundou o Recolhimento de Santa Clara, em Sorocaba. Lá, permaneceu onze meses para organizar a comunidade e dirigir os trabalhos da construção da Casa. Nesse meio tempo, ele recebeu diversas nomeações, até a de guardião do Convento de São Francisco, em São Paulo.

Com a saúde enfraquecida, recebeu autorização especial para residir no Recolhimento da Luz. Durante sua última enfermidade, frei Galvão foi morar num pequeno quarto, ajudado pelas religiosas que lhe prestavam algum alívio e conforto. Ele faleceu com fama de santidade em 23 de dezembro de 1822. Frei Galvão, a pedido das religiosas e do povo, foi sepultado na igreja do Recolhimento da Luz, que ele mesmo construíra.

Depois, o Recolhimento do frei Galvão tornou-se o conhecido Mosteiro da Luz, local de constantes peregrinações dos fiéis, que pedem e agradecem graças por sua intercessão. Frei Galvão foi beatificado pelo papa João Paulo II em 25 de outubro de 1998, e canonizado em 11 de maio de 2007 pelo papa Bento XVI, em São Paulo, Brasil.