sábado, 28 de março de 2015

VIA SACRA NA LAGOA DO ARAÇÁ

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Meu Dia com Deus

DIA 28 DE MARÇO - SÁBADO

Ouça: 
Evangelho do Dia: (João 11,45-56)
Salve, ó Cristo, imagem do Pai, a plena verdade nos comunicai!
Lançai para bem longe toda a vossa iniqüidade! Criai em vós um novo espírito e um novo coração! (Ez 18,31)


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
Naquele tempo, 11 45 muitos dos judeus, que tinham vindo a Marta e Maria e viram o que Jesus fizera, creram nele.
46 Alguns deles, porém, foram aos fariseus e lhes contaram o que Jesus realizara.
47 Os pontífices e os fariseus convocaram o conselho e disseram: "Que faremos? Esse homem multiplica os milagres.
48 Se o deixarmos proceder assim, todos crerão nele, e os romanos virão e arruinarão a nossa cidade e toda a nação".
49 Um deles, chamado Caifás, que era o sumo sacerdote daquele ano, disse-lhes: "Vós não entendeis nada!
50 Nem considerais que vos convém que morra um só homem pelo povo, e que não pereça toda a nação".
51 E ele não disse isso por si mesmo, mas, como era o sumo sacerdote daquele ano, profetizava que Jesus havia de morrer pela nação,
52 e não somente pela nação, mas também para que fossem reconduzidos à unidade os filhos de Deus dispersos.
53 E desde aquele momento resolveram tirar-lhe a vida.
54 Em conseqüência disso, Jesus já não andava em público entre os judeus. Retirou-se para uma região vizinha do deserto, a uma cidade chamada Efraim, e ali se detinha com seus discípulos.
55 Estava próxima a Páscoa dos judeus, e muita gente de todo o país subia a Jerusalém antes da Páscoa para se purificar.
56 Procuravam Jesus e falavam uns com os outros no templo: "Que vos parece? Achais que ele não virá à festa?"
Palavra da Salvação.


 
Meditando o Evangelho
JESUS CONDENADO À MORTE
            A existência de Jesus foi cercada de elementos contraditórios: fé e incredulidade, vida e morte, luz e trevas. A oposição entre estes elementos foi se acirrando cada vez mais, na medida em que a hora de Jesus se aproximava.
            O Mestre não se rendeu às investidas dos adversários, mas seguiu, corajosamente o seu caminho. Os adversários, por sua vez, não estavam dispostos a capitular diante dos questionamentos levantados pela prática de Jesus. Por isso, insistiam em acusá-lo de blasfemo e em exigir sua morte.
            Um autêntico processo se instaurou contra Jesus e um tribunal foi convocado  para tratar do caso. O núcleo da acusação centrava-se nos milagres realizados por Jesus e no conseqüente perigo de muita gente acabar acreditando nele. O medo da reação dos romanos era secundário. Sob este aspecto, havia gente muito mais perigosa do que Jesus. Um argumento convenceu a todos: era preferível o sacrifício de um só do que a destruição de toda a nação. Por unanimidade, Jesus foi condenado à morte e passou a ser procurado como um malfeitor.
            Este foi o verdadeiro julgamento de Jesus. Aquele realizado posteriormente foi apenas uma farsa.  Enfim, para condenar Jesus à morte, a justiça foi atropelada.

 
Oração
            Senhor Jesus, tua morte resultou da trama injusta de teus inimigos. Que eu seja solidário com todas as vítimas da injustiça, também condenada à morte.
 

Bendito o que vem em nome do Senhor!


Liturgia do domingo de Ramos celebra a entrada de Jesus Cristo em Jerusalém.
Por Marcel Domergue*
"Hosana!" Grita a multidão, expressando a sua alegria ao ver Jesus entrar em Jerusalém. Este, no entanto, o Messias, vem montado num jumentinho, porque veio para servir e não para ser servido.
Referências bíblicas:
Procissão dos Ramos - Evangelho: "Bendito o que vem em nome do Senhor!" (Marcos 11,1-10)
1ª leitura: "Não desviei o rosto dos bofetões... sei que não serei humilhado" (3º canto do Servo de Javé) (Isaías 50,4-7)
Salmo: 21(22) - R/ Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes?
2ª leitura: "Ele se humilhou... por isso, Deus o exaltou" (Filipenses 2,6-11)
Evangelho: Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo (Marcos 14,1-15,47)
Jesus entra em Jerusalém
Jesus chega ao final da sua estrada, ao final da sua vida. Chega ao final da "Encarnação", que não é apenas a passagem pela natureza humana (ter e ser um corpo portador de um "espírito"), mas também assumir a condição humana: nascer, crescer, aprender, escolher, agir, morrer. "No começo", movido pela suspeita de que Deus não é amor, o homem quis libertar-se dele, ocupando o seu lugar: o lugar de um Deus que o homem, no entanto, considerava perverso (Gênesis 3). Negação do amor e negação da vida, a história humana começa com o assassinato (Gênesis 4) que vai se reproduzir por toda a Bíblia. A hostilidade dos "irmãos inimigos" acabará por se concretizar no conflito entre o Judeu e o pagão. Estes só irão reconciliar-se na decisão de levar o Cristo à morte. E Jesus, deste modo, vai assumir tudo o que o homem pode conhecer. Toma o lugar do irmão inimigo e o seu sangue grita mais forte do que o sangue de Abel, o justo (ver Mateus 23,35 e Hebreus 12,24). Diante do homem que se quer fazer "como Deus", Deus vem fazer-se como homem: foi preciso que Deus, porque é amor, viesse a se colocar o mais baixo a que o homem pode descer. Tomou, então, a dianteira à nossa última aflição. E, deste modo, jamais estaremos sós: por Cristo e em Cristo, Deus será sempre o "Deus conosco". Foi a tudo isso que Jesus se voltou, quando entrava triunfalmente em Jerusalém, a cidade da residência de Deus. Ele jamais será tão Deus quanto ao morrer como o último dos homens.
Rumo à morte da morte
Na Cruz, se viverá e se manifestará de fato a plenitude do amor: um amor que vai até a esposar a plenitude da injustiça dos homens, do não-amor. Aquelas pessoas têm razão em aclamá-lo e acompanhá-lo, mas estão enganadas a respeito da natureza do "triunfo" que se anuncia e se prepara. Talvez se lembrassem de Zacarias 9,9: "Eis que o teu rei vem a ti (…); ele é humilde, montado sobre um jumentinho (…). Ele eliminará os carros de Efraim e os cavalos de Jerusalém…" Mas Jesus não veio libertar Israel e restituir-lhe os seus poderes e domínios, conforme acreditavam. Ele veio abrir uma passagem entre a terra e Deus: a passagem que foi obstruída pela hostilidade que os homens mantêm entre si. E esta hostilidade, sobre a qual a crucifixão de Jesus é o triunfo e a revelação, vai destruir-se a si mesma: a violência vai destruir a violência. Em 1 Coríntios 15,54-55, parafraseando Isaías 25,8 e Oséias 13,14, Paulo escreve: "A morte foi absorvida na vitória. Morte, onde está a tua vitória?" Por certo, é impossível separar a crucifixão da ressurreição. Pela esperança, no entanto, é que hoje temos acesso à ressurreição. Enquanto esperamos, vamos ladeando a morte todos os dias. Temos de viver de qualquer forma para o nosso próximo sumiço*, nos três dias simbólicos do túmulo, esperando a nossa vez. Não esqueçamos a aflição e o terror de Jesus no Getsêmani. Sejamos indulgentes, portanto com os nossos eclipses de esperança.
A vitória do amor
Em todo lugar, por todo o tempo e das mais diversas formas, os homens têm levantado cruzes para os seus semelhantes. Populações inteiras são impingidas a passarem fome, a fim de que produzam dinheiro. Povos inteiros são condenados à incultura e à miséria. Massacres horrendos são perpetrados, a fim de se conquistar ou manter o poder. As maneiras humanas de crucificar são inumeráveis. "Quando comem o seu pão, é ao meu povo que estão devorando…" (Salmo 14,4). O Cristo vem se (re)unir, em plena liberdade, a estes que são feitos de comida. Deus não quis nos deixar a sós, sem Ele, em nossas provações. Por isso percorreu o caminho da vida. Sabemos disto, mas não nos pode servir de consolação. Nem mesmo Jesus foi consolado. Ou não foi dele de quem ouvimos dizer: "Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes?". O Cristo veio, pois, fazer-se um só conosco até nos nossos maiores sofrimentos, tendo ao termo uma morte ignominiosa. Resulta daí que todas as nossas misérias e todas as nossas mortes se juntam à dele e se tornam sofrimento e morte do Filho de Deus. Como Deus não pode permanecer na morte, abrem-se então diante de nós as portas da vida. A fé cristã já foi muitas vezes acusada, e por vezes a justo título, de colocar em primeiro plano o culto ao sofrimento e à morte. Mas é o contrário: proclamamos ao mundo inteiro que os sofrimentos e a morte estão condenados (por fim) finalmente a produzirem vida, assim como o nascimento e as alegrias que nos vêm visitar. A cruz do Cristo proclama que o amor supera o ódio; é exatamente o que faz o Cristo ao dar a sua vida aos que querem prendê-lo. Ao ordenar ao discípulo que guardasse a espada que desembainhara para defendê-lo, no momento da sua prisão, ele nos ensina que resistir à violência com a violência só faz redobrar a violência.
Instituto Humanitas/Unisinos
*Marcel Domergue - sacerdote jesuíta francês

Dom Fernando participa de ato no Recife em apoio a cristãos perseguidos




11051178_831973736869003_1937350217_n#EuMeImporto quer levantar o debate sobre a liberdade de religião entre pessoas de diversas crenças
A cada cinco minutos um cristão é vítima de violência por causa de sua fé. Isso representa, segundo o último relatório da Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre, a morte de 160 mil cristãos, causada por intolerância religiosa. Para chamar a atenção para o direito à liberdade de religiosa, a Comunidade dos Viventes realizará o ato #EuMeImporto, no dia próximo sábado, 28 de março, das 16h30 às 19h, no Parque da Jaqueira no Recife.
O arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido, participará do evento. “Esse é um gesto de solidariedade para com os irmãos perseguidos no Oriente. Eu estarei presente e convido a todos, que puderem participar desse momento, para que se unam a nós e juntos possamos rezar por essa intenção e colaborarmos concretamente com nossos irmãos”, convocou o religioso.
A iniciativa surgiu da inquietação após a divulgação, em fevereiro deste ano, do assassinato de 21 egípcios decapitados pelos jihadistas do Estado Islâmico (EI) na Líbia, pelo fato de serem cristãos. A ideia é proporcionar uma tarde de vigília inter-religiosa na qual os cristãos, mas também pessoas com outras convicções religiosas ou sem uma convicção religiosa, poderão se informar melhor sobre o assunto e, juntas, dar uma resposta a esse clima de ódio que se alastrou principalmente no Oriente.
Desde o ano passado, devido às ações de um grupo terrorista Estado Islâmico (EI), as denúncias de violações contra a vida dos cristãos tomaram repercussão ainda maior, com as execuções filmadas e disseminadas pela internet, com métodos bárbaros, como crucificações, decapitações e esquartejamentos.
Além disso, aumentou significativamente a quantidade de cristãos que precisam se refugiar em outros países. Para se ter uma ideia do enorme problema, desde 1945, 10 milhões de cristãos emigraram por causa de perseguições, o que representa obviamente uma dificuldade para aqueles que saem de suas casas, mas também um desafio para as nações que os recebem.
InformaçõesDia do Ato: 28.03.2015
Local: Parque da Jaqueira
Horário: 16h30h às 19h

Fonte: Assessoria de Comunicação da Comunidade dos Viventes

Vaticano envia carta à Arquidiocese afirmando ter recebido o pedido de abertura do processo de beatificação de dom Helder Câmara


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Menos de um ano depois do pedido de abertura do processo de beatificação do ex-arcebispo de Olinda e Recife, dom Helder Camara, a Cúria Romana enviou carta à Arquidiocese de Olinda e Recife afirmando ter recebido a solicitação. Segundo correspondência expedida pelo prefeito da Congregação para a Causa dos Santos, cardeal dom Angelo Amato S.D.B., ele aguarda o posicionamento de diferentes dicastérios (departamentos do governo da Igreja Católica que compõem a Cúria Romana) para poder emitir o seu parecer.
Caso o Nihil Obstat (Nada Consta) seja emitido pelo Vaticano, a Igreja Particular de Olinda e Recife terá autorização para iniciar o processo em nível diocesano. Com o aval do Vaticano, dom Helder poderá então ser nomeado Servo do Senhor. A etapa seguinte consiste em reconhecer suas “virtudes heróicas”. Para isso, uma comissão jurídica se reunirá para estudar os textos publicados em vida e analisar os testemunhos de pessoas que conheceram o Dom da Paz.
Em seguida, o relator do processo, nomeado pela Congregação para a Causa dos Santos, elabora um documento denominado “Positio”. Trata-se de um compêndio dos relatos e estudos realizados pela comissão. Assim que aprovado, o papa concede o título de Venerável Servo do Senhor.
O passo seguinte é o da beatificação. Ser beato, ou bem-aventurado, significa representar um modelo de vida para a comunidade e, além disso, que essa pessoa tem a capacidade de agir como intermediário entre os cristãos e Deus. Depois disso, ainda é preciso passar por mais uma fase: a canonização.
Para ser proclamado santo é imprescindível a comprovação de um milagre, que deve ocorrer após sua nomeação como beato.
Perfil
Dom Helder Camara nasceu em 7 de fevereiro de 1909, em Fortaleza, e  teve 12 irmãos. Após entrar muito jovem no Seminário da capital do Ceará, se tornou padre aos 22 anos.
O primeiro momento da vida religiosa de dom Helder foi marcado pela militância junto a instituições políticas conservadores, como a Ação Integralista Brasileira, entre 1932 e 1937. Mais tarde, o religioso considerou a participação como um erro da juventude. Já radicado no Rio de Janeiro desde 1936, passou a optar por um trabalho assistencialista, quando fundou departamentos da Igreja voltados para atender os mais necessitados.
Após longo período atuando na então capital do Brasil, dom Helder foi nomeado para o Maranhão. Com a morte do arcebispo de Olinda e Recife, é mandado para Pernambuco, onde desembarcou em 12 de abril de 1964, poucos dias após o golpe militar. Na capital pernambucana, o religioso desembarcou em meio a uma relação conturbada entre Governo do Estado e Igreja.
Dois dias após a posse, dom Helder lançaria, juntamente com outros 17 bispos nordestinos, um manifesto à Nação, pedindo liberdade das pessoas e da Igreja. O primeiro grande atrito, entretanto, ocorreu em agosto de 1969, quando o arcebispo foi acusado de demagogo e comunista, por ter criticado a situação de miséria dos agricultores do Nordeste.
A partir de então, dom Helder sofreu represálias, inclusive com sua casa metralhada, assessores presos e com a morte de Padre Antônio Henrique, que foi assassinado. Em 1970, quando dom Helder teve o nome lembrado para o Prêmio Nobel da Paz, o governo brasileiro promoveu uma campanha internacional para derrubar a indicação, já que ele denunciava a prática de tortura a presos políticos no Brasil. Também em 1970, os militares chegaram a proibir a imprensa de mencionar o nome do Arcebispo de Recife e Olinda.
Dom Helder comandou a Arquidiocese de Olinda e Recife até o dia 10 de abril de 1985, quando – por atingir a idade limite de 75 anos – foi substituído pelo arcebispo dom José Cardoso Sobrinho.  Ele morreu em sua casa, no Recife, em 27 de agosto de 1999, devido a uma insuficiência respiratória decorrente de uma pneumonia. Seus restos mortais estão sepultados na Igreja Catedral São Salvador do Mundo, em Olinda.
Pelo seu trabalho em defesa dos direitos humanos, dom Helder recebeu vários prêmios internacionais, como Martin Luther King, nos Estados Unidos, 1970, e o Prêmio Popular da Paz, na Noruega, 1974.  O religioso é autor de 22 livros, a maioria ensaios e reflexões sobre o terceiro mundo e a Igreja.
Da Assessoria de Comunicação AOR

Celebrações da Semana Santa iniciam neste domingo


DEFINIDO PANFLETO ARQUI
Momentos de celebração, recolhimento e reflexão sobre o maior ato de amor pela humanidade marcam o período mais importante para os cristãos: a Semana Santa. O Domingo de Ramos, 29 de março, abre a semana que será encerrada no Domingo de Páscoa, 5 de abril. O arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido, presidirá celebrações na Igreja Catedral – Sé de Olinda.
A Missa e procissão de Ramos serão realizadas no próximo domingo. A celebração eucarística terá início às 8h30 na Igreja da Misericórdia (ao lado da Academia Santa Gertrudes), no Alto da Sé. Após a proclamação do Evangelho, o arcebispo segue com os fiéis em procissão até a Igreja Catedral, onde dará continuidade à solenidade.
Na Quinta-feira Santa, 2 de abril, os ritos próprios do período serão intensificados. Às 9h, haverá a primeira missa do dia. A Missa dos Santos Óleos reúne todo o clero arquidiocesano – bispos, padres e diáconos. Durante a cerimônia, o arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, abençoa os óleos feitos de oliveira. Eles serão utilizados durante todo o ano nas 116 paróquias na administração dos Sacramentos do Batismo, Crisma e Unção dos Enfermos. Ainda na ocasião acontece a renovação dos votos sacerdotais.
Já à tarde, os fiéis participam da tradicional Missa da Ceia do Senhor – Lava Pés. A cerimônia faz memória ao momento em que Jesus estava reunido com os apóstolos antes de ser preso. Naquela ocasião foi instituída a Eucaristia e o ministério sacerdotal. Dom Fernando repetirá o gesto de humildade de Jesus, lavará e beijará os pés de doze pessoas.
“Este ano vou celebrar toda a Semana Santa na Catedral. Inclusive, a Missa de Lava Pés. Em função da Campanha da Fraternidade 2015, cujo tema é “Fraternidade: Igreja e Sociedade”, serão convidadas pessoas merecedoras de especial atenção da Igreja e das pastorais. Entre elas, crianças, idosos, deficientes físicos, morador de rua, dependente químico, gestante, ex-presidiário e soropositivo”, contou o arcebispo. Após a celebração, padres atenderão os fiéis em confissão.
Sexta-feira da Paixão, 3 de bril, é o único dia do ano em que não se realizam Missas em nenhuma igreja católica do mundo. Para marcar a crucificação e morte de Jesus às 15h, o arcebispo preside a Celebração da Paixão, na Igreja Catedral. O rito é composto por Celebração da Palavra (leitura de Salmos e do Evangelho da Paixão), Oração Universal da Igreja, Exaltação da Santa Cruz e Comunhão. Em seguida, os fiéis seguem a Procissão do Senhor Morto, que percorrerá as ruas do Sítio Histórico de Olinda.
?No Sábado de Aleluia, a Igreja vivencia a espera da ressurreição de Jesus. A partir das 20h, do dia 4 de abril, na Sé, os católicos participam da Vigília Pascal. A celebração começa pela bênção fogo e do Círio Pascal – grande vela que representa a luz do Cristo ressuscitado. Durante o ritual, os católicos renovam as promessas batismais. Em seguida, a Missa segue os ritos tradicionais.
Na alegria da ressurreição de Cristo, no Domingo de Páscoa, 5 de abril, Dom Saburido celebra missa a partir das 9h. A data marca o início do período Pascal para a Igreja. O tempo litúrgico tem duração de 50 dias, encerrando com a Festa de Pentecostes.
Na tarde do domingo, o arcebispo participa da Caminhada da Ressurreição no bairro de Beberibe, Zona Norte do Recife.  A concentração será às 15h, na Praça da Convenção. A caminhada seguirá por algumas ruas e retornará ao ponto de partida, onde acontece a Celebração Eucarística presidida por Dom Fernando.
Via-Sacra – Dom Fernando participará nesta sexta-feira, 27 de março, da Via -Sacra promovida pelo Vicariato Recife Sul 2, região da Arquidiocese formada por 18 paróquias das cidades do Recife e Jaboatão dos Guararapes. A caminhada tem início às 19h, às margens da Lagoa do Araçá, bairro da Imbiribeira, Zona Sul do Recife.
Na quarta-feira, 01 de abril, o arcebispo presidirá Missa de encerramento da Via Sacra da Fraternidade promovida pelo padre João Carlos Ribeiro. A Celebração Eucarística será às 11h na Basílica Nossa Senhora do Carmo, bairro de Santo Antônio, centro da capital pernambucana.
Paixão de Cristo –  O religioso assistirá duas encenações da Paixão de Cristo em paróquias da Arquidiocese. Na quarta-feira 01 de abril, o compromisso será na Macaxeira, onde receberá homenagem. Já na sexta-feira, 03, é a vez de participar da dramatização promovida pela comunidade católica deMaranguape 2.
Dom Fernando prestigiará a abertura do espetáculo da Paixão de Cristo de Casa Amarela, Zona Norte do Recife, na quarta-feira. A peça mudou de local este ano. Diferente das edições anteriores, ela não será realizada no Largo da Feira, no Alto Santa Isabel, e passará a ser encenada no Parque Urbano da Macaxeira. O início está previsto para as 21h. Na ocasião, os organizadores do evento homenagearão o arcebispo e o seminarista da Diocese de Afogados da Ingazeira, William Bezerra, morto em um acidente automobilístico no mês de janeiro. A temporada de apresentações seguirá até a sexta-feira, 03.
A tradicional Paixão de Cristo do bairro será encenada na sexta-feira, 3 de abril, partir das 19h. A apresentação terá como palco a Praça José Lopes de Araújo, que fica ao lado da Associação de Moradores do bairro. Esta é a 15ª edição do projeto e terá como presente a participação do arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido, que acompanhará a dramatização pela primeira vez. Promovida pelos jovens do Grupo de Arte e Cultura Unidos pela Fé (GACUF), membros da Capela Jesus Redentor, a peça tem a missão de evangelizar através dos ensinamentos de Jesus Cristo e da arte cênica. A capela faz parte da Paróquia Nossa Senhora dos Prazeres, cuja sede está localizada no centro da cidade do Paulista.
Paróquias – Em todas as 116 paróquias da arquidiocese haverá as celebrações próprias da Semana Santa.

Da Assessoria de Comunicação AOR

Evangelho do Dia

B - 28 de março de 2015

João 11,45-56

Salve, ó Cristo, imagem do Pai, a plena verdade nos comunicai!
Lançai para bem longe toda a vossa iniqüidade! Criai em vós um novo espírito e um novo coração! (Ez 18,31)


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
Naquele tempo, 11 45 muitos dos judeus, que tinham vindo a Marta e Maria e viram o que Jesus fizera, creram nele.
46 Alguns deles, porém, foram aos fariseus e lhes contaram o que Jesus realizara.
47 Os pontífices e os fariseus convocaram o conselho e disseram: "Que faremos? Esse homem multiplica os milagres.
48 Se o deixarmos proceder assim, todos crerão nele, e os romanos virão e arruinarão a nossa cidade e toda a nação".
49 Um deles, chamado Caifás, que era o sumo sacerdote daquele ano, disse-lhes: "Vós não entendeis nada!
50 Nem considerais que vos convém que morra um só homem pelo povo, e que não pereça toda a nação".
51 E ele não disse isso por si mesmo, mas, como era o sumo sacerdote daquele ano, profetizava que Jesus havia de morrer pela nação,
52 e não somente pela nação, mas também para que fossem reconduzidos à unidade os filhos de Deus dispersos.
53 E desde aquele momento resolveram tirar-lhe a vida.
54 Em conseqüência disso, Jesus já não andava em público entre os judeus. Retirou-se para uma região vizinha do deserto, a uma cidade chamada Efraim, e ali se detinha com seus discípulos.
55 Estava próxima a Páscoa dos judeus, e muita gente de todo o país subia a Jerusalém antes da Páscoa para se purificar.
56 Procuravam Jesus e falavam uns com os outros no templo: "Que vos parece? Achais que ele não virá à festa?"
Palavra da Salvação.


 

Comentário do Evangelho
JESUS CONDENADO À MORTE
            A existência de Jesus foi cercada de elementos contraditórios: fé e incredulidade, vida e morte, luz e trevas. A oposição entre estes elementos foi se acirrando cada vez mais, na medida em que a hora de Jesus se aproximava.
            O Mestre não se rendeu às investidas dos adversários, mas seguiu, corajosamente o seu caminho. Os adversários, por sua vez, não estavam dispostos a capitular diante dos questionamentos levantados pela prática de Jesus. Por isso, insistiam em acusá-lo de blasfemo e em exigir sua morte.
            Um autêntico processo se instaurou contra Jesus e um tribunal foi convocado  para tratar do caso. O núcleo da acusação centrava-se nos milagres realizados por Jesus e no conseqüente perigo de muita gente acabar acreditando nele. O medo da reação dos romanos era secundário. Sob este aspecto, havia gente muito mais perigosa do que Jesus. Um argumento convenceu a todos: era preferível o sacrifício de um só do que a destruição de toda a nação. Por unanimidade, Jesus foi condenado à morte e passou a ser procurado como um malfeitor.
            Este foi o verdadeiro julgamento de Jesus. Aquele realizado posteriormente foi apenas uma farsa.  Enfim, para condenar Jesus à morte, a justiça foi atropelada.

 
Leitura
Ezequiel 37,21-28
Leitura da profecia de Ezequiel.
37 21 E tu dirás: eis o que diz o Senhor Javé: "Vou recolher os israelitas de entre as nações onde se acham dispersos; vou congregá-los de toda parte e trazê-los para a sua terra.
22 Farei com que, em sua terra, sobre as montanhas de Israel, não formem mais do que uma só nação, que não possuam mais do que um rei. Não mais existirá a divisão em dois povos e em dois reinos.
23 Não mais se mancharão com seus ídolos nem cometerão infames abominações: libertá-los-ei de todas as transgressões de que se tornaram culpados e purificá-los-ei. Eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus.
24 Meu servo Davi será o seu rei; não terão todos senão um só pastor; obedecerão aos meus mandamentos, observarão as minhas leis e as porão em prática.
25 Habitarão a terra que concedi a meu servidor Jacó, aquela em que vossos pais residiram; eles aí permanecerão; eles, seus filhos e os filhos de seus filhos para sempre. Davi, meu servo, será para sempre o seu rei.
26 Concluirei com eles uma aliança de paz, um tratado eterno. Eu os plantarei e multiplicá-los-ei. Estabelecerei para sempre o meu santuário entre eles.
27 Minha residência será no meio deles. Eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.
28 E as nações saberão que sou eu, o Senhor, quem santifica Israel, quando o meu santuário se achar constituído para sempre no meio do (meu) povo".
Palavra do Senhor.

 
Salmo Jr 31
O Senhor nos guardará qual pastor a seu rebanho.

Ouvi, nações, a palavra do Senhor
e anunciai-a na ilhas mais distantes:
“Quem dispersou Israel vai congregá-lo
e o guardará qual pastor a seu rebanho!”

Pois, na verdade, o Senhor reuniu Jacó
e o libertou do poder do prepotente.
Voltarão para o monte de Sião,
entre brados e cantos de alegria
afluirão para as bênçãos do Senhor.

Então a virgem dançará alegremente,
também o jovem e o velho exultarão;
mudarei em alegria o seu luto,
serei consolo e conforto após a guerra.

 
Oração
Ó Deus, vós sempre cuidais da salvação dos homens e, nesta Quaresma, nos alegrais com graças mais copiosas. Considerai com bondade aqueles que escolhestes, para que a vossa proteção paterna acompanhe os que se preparam para o batismo e guarde os que já foram batizados. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Liturgia Diária

DIA 28 DE MARÇO - SÁBADO

V SEMANA DA QUARESMA
(ROXO, PREFÁCIO DA PAIXÃO I – OFÍCIO DO DIA)

Antífona de entrada:
Ó Senhor, não fiqueis longe de mim! Ó minha força, correi em meu socorro! Sou um verme, e não um homem, opróbrio dos homens e rebotalho da plebe (Sl 21,20.7).
Oração do dia
Ó Deus, vós sempre cuidais da salvação dos homens e, nesta Quaresma, nos alegrais com graças mais copiosas. Considerai com bondade aqueles que escolhestes, para que a vossa proteção paterna acompanhe os que se preparam para o batismo e guarde os que já foram batizados. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Ezequiel 37,21-28)
Leitura da profecia de Ezequiel.
37 21 E tu dirás: eis o que diz o Senhor Javé: "Vou recolher os israelitas de entre as nações onde se acham dispersos; vou congregá-los de toda parte e trazê-los para a sua terra.
22 Farei com que, em sua terra, sobre as montanhas de Israel, não formem mais do que uma só nação, que não possuam mais do que um rei. Não mais existirá a divisão em dois povos e em dois reinos.
23 Não mais se mancharão com seus ídolos nem cometerão infames abominações: libertá-los-ei de todas as transgressões de que se tornaram culpados e purificá-los-ei. Eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus.
24 Meu servo Davi será o seu rei; não terão todos senão um só pastor; obedecerão aos meus mandamentos, observarão as minhas leis e as porão em prática.
25 Habitarão a terra que concedi a meu servidor Jacó, aquela em que vossos pais residiram; eles aí permanecerão; eles, seus filhos e os filhos de seus filhos para sempre. Davi, meu servo, será para sempre o seu rei.
26 Concluirei com eles uma aliança de paz, um tratado eterno. Eu os plantarei e multiplicá-los-ei. Estabelecerei para sempre o meu santuário entre eles.
27 Minha residência será no meio deles. Eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.
28 E as nações saberão que sou eu, o Senhor, quem santifica Israel, quando o meu santuário se achar constituído para sempre no meio do (meu) povo".
Palavra do Senhor.

 
Salmo responsorial Jr 31
O Senhor nos guardará qual pastor a seu rebanho.

Ouvi, nações, a palavra do Senhor
e anunciai-a na ilhas mais distantes:
“Quem dispersou Israel vai congregá-lo
e o guardará qual pastor a seu rebanho!”

Pois, na verdade, o Senhor reuniu Jacó
e o libertou do poder do prepotente.
Voltarão para o monte de Sião,
entre brados e cantos de alegria
afluirão para as bênçãos do Senhor.

Então a virgem dançará alegremente,
também o jovem e o velho exultarão;
mudarei em alegria o seu luto,
serei consolo e conforto após a guerra.

 
Evangelho (João 11,45-56)
Salve, ó Cristo, imagem do Pai, a plena verdade nos comunicai!
Lançai para bem longe toda a vossa iniqüidade! Criai em vós um novo espírito e um novo coração! (Ez 18,31)


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
Naquele tempo, 11 45 muitos dos judeus, que tinham vindo a Marta e Maria e viram o que Jesus fizera, creram nele.
46 Alguns deles, porém, foram aos fariseus e lhes contaram o que Jesus realizara.
47 Os pontífices e os fariseus convocaram o conselho e disseram: "Que faremos? Esse homem multiplica os milagres.
48 Se o deixarmos proceder assim, todos crerão nele, e os romanos virão e arruinarão a nossa cidade e toda a nação".
49 Um deles, chamado Caifás, que era o sumo sacerdote daquele ano, disse-lhes: "Vós não entendeis nada!
50 Nem considerais que vos convém que morra um só homem pelo povo, e que não pereça toda a nação".
51 E ele não disse isso por si mesmo, mas, como era o sumo sacerdote daquele ano, profetizava que Jesus havia de morrer pela nação,
52 e não somente pela nação, mas também para que fossem reconduzidos à unidade os filhos de Deus dispersos.
53 E desde aquele momento resolveram tirar-lhe a vida.
54 Em conseqüência disso, Jesus já não andava em público entre os judeus. Retirou-se para uma região vizinha do deserto, a uma cidade chamada Efraim, e ali se detinha com seus discípulos.
55 Estava próxima a Páscoa dos judeus, e muita gente de todo o país subia a Jerusalém antes da Páscoa para se purificar.
56 Procuravam Jesus e falavam uns com os outros no templo: "Que vos parece? Achais que ele não virá à festa?"
Palavra da Salvação.


 
Comentário ao Evangelho
JESUS CONDENADO À MORTE
            A existência de Jesus foi cercada de elementos contraditórios: fé e incredulidade, vida e morte, luz e trevas. A oposição entre estes elementos foi se acirrando cada vez mais, na medida em que a hora de Jesus se aproximava.
            O Mestre não se rendeu às investidas dos adversários, mas seguiu, corajosamente o seu caminho. Os adversários, por sua vez, não estavam dispostos a capitular diante dos questionamentos levantados pela prática de Jesus. Por isso, insistiam em acusá-lo de blasfemo e em exigir sua morte.
            Um autêntico processo se instaurou contra Jesus e um tribunal foi convocado  para tratar do caso. O núcleo da acusação centrava-se nos milagres realizados por Jesus e no conseqüente perigo de muita gente acabar acreditando nele. O medo da reação dos romanos era secundário. Sob este aspecto, havia gente muito mais perigosa do que Jesus. Um argumento convenceu a todos: era preferível o sacrifício de um só do que a destruição de toda a nação. Por unanimidade, Jesus foi condenado à morte e passou a ser procurado como um malfeitor.
            Este foi o verdadeiro julgamento de Jesus. Aquele realizado posteriormente foi apenas uma farsa.  Enfim, para condenar Jesus à morte, a justiça foi atropelada.

 

Oração
            Senhor Jesus, tua morte resultou da trama injusta de teus inimigos. Que eu seja solidário com todas as vítimas da injustiça, também condenada à morte.
 

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês).
 
Sobre as oferendas
Ó Deus eterno e todo-poderoso, que, pela fé e pelo batismo, nos restaurais para a vida eterna, acolhei as oferendas e preces dos vossos filhos e filhas para que realizeis os desejos dos que em vós esperam e perdoeis os seus pecados. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão:
O Cristo foi entregue para reunir num só corpo os filhos de Deus, que andavam dispersos (Jo 11,52).
Depois da comunhão
Ó Deus de majestade, nós vos suplicamos humildemente: assim como nos alimentais com o Corpo e o Sangue de Cristo, dai-nos participar da natureza divina. Por Cristo, nosso Senhor.

A contribuição de Santa Teresa de Ávila


Para Santa Teresa, é na oração de recolhimento que a alma deve aprender a amar.
Por Dom Eurico dos Santos Veloso*
Teresa Sanchez Cepeda Davila y Ahumada nasceu em Ávila, Castela, em 28 de março de 1515. Era a terceira do casal Alonso Sanchez Cepeda e Beatriz Davila y Ahumada. Ela faleceu a 4 de outubro de 1542, mas por causa das reformas no calendário litúrgico, considera-se a data de sua morte 15 de outubro. Foi beatificada em 1614 pelo papa Paulo V e canonizada em 1622 por Gregório XV, com comemoração em 15 de outubro. Em 27 de setembro de 1970, foi proclamada Doutora da Igreja pelo papa Paulo VI.
Bem, o grande legado à Igreja dessa Santa mística foi a reforma do Carmelo e sua contribuição para a experiência metódica da oração pessoal na busca de uma intimidade maior com Deus.
Santa Teresa parte da oração vocal, que havia praticado com as irmãs agostinianas, mas tece-lhe críticas, pois no seu entendimento deve-se pensar no que se diz e não recitar muitas fórmulas e mexer com os lábios.
Segundo ela, o espírito deve esvaziar-se, a imaginação e o entendimento calar-se. É a oração de recolhimento, na qual a alma deve aprender a amar.
Ela se fixa nos mistérios da humanidade de Cristo, no seu sofrimento e pouco a pouco abandona o ser e o espírito, desinteressando-se de si mesmo. A alma vive e vê, numa palavra, contempla. É uma oração ativa, laboriosa, voluntária e perseverante.
Falando as irmãs do Carmelo diz: “Não sabeis o que é oração mental. Nem como se faz a vocal. Nem o que é contemplação... Comecemos por nos perguntar a quem vamos falar, e quem somos. Não podemos dirigir a um príncipe de modo tão informal quanto a um trabalhador ou a pobres criaturas como nós, a que se pode falar de qualquer jeito, e sempre está muito bem!” “Dirige a Deus cada um dos teus atos, oferece-os e pede-lhe que seja com grande fervor e desejo de Deus. Em todas as coisas, observa a providência de Deus e sua sabedoria. Em tudo, envia-lhe o teu louvor. Em tempo de tristeza e de inquietação, não abandones nem as boas obras de oração, nem a penitencia a que estás habituada. Antes as intensifica. E verás com que “prontidão o Senhor te sustenta.” “Que teu desejo seja ver Deus. Teu temor, perdê-lo. Tua dor, não te comprazeres na sua presença. Tua satisfação, o que pode conduzir-te a ele. E viverás numa grande paz.” “Quem verdadeiramente ama a Deus, ama tudo o que é bom, quer tudo o que é bom, favorece tudo o que é bom; louva todo o bem, com os bons se junta sempre, para apoiá-los e defendê-los. Em uma palavra, só ama a verdade e o que é digno de ser amado.” “Quando recito o pai-nosso, será um sinal de amor lembrar quem é esse Pai e também quem é o Mestre que nos ensinou essa oração. “Ò meu Senhor, como vos mostrais Pai de tal Filho, e como vosso Filho revela que veio de tal Pai. Bendito seja para sempre. Pai nosso, que estais no céu... Com quanta razão a alma estaria em si; poderia então elevar-se acima de si mesma e escutar o que lhe ensinaria o Filho bendito sobre o lugar em que – afirma ela – está o Pai. “Deixemos a terra, minhas filhas; não é justo que apreciemos tão mal um favor como esse, e que, depois de ter compreendido sua grandeza, continuemos sobre a terra.” (cf. Orações e recomendações de Santa Teresa, extraídas do livro: “Orar com Santa Teresa de Ávila – Edições Loyola – 1987.)
Assim, orar com os métodos de Santa Teresa de Ávila, nos leva ao encontro pessoal com nosso Deus e Pai, uma vez que a oração segundo nos ensina essa grande mística é um trato de amizade entre a alma e Deus. A oração vem as ser, assim, um caminho que nos leva à fonte de todo bem, Deus, e com a oração aprendemos a relação de dependência que nos faz viver as entranhas maternais desse Deus que vela por todos nós. Termino com a consagrada prece de entrega a Deus de nossas preocupações e inquietudes, pois, para quem encontra Deus nada lhe falta.

Papa abrirá V centenário de nascimento de Santa Teresa d'Ávila


A escultura "Êxtase de Santa Teresa" de Gian Lorenzo Bernini, está na Igreja de Santa Maria della Vittoria, em Roma - RV
28/01/2015 19:41
Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco abrirá em 28 de março, com uma Oração Mundial pela Paz, as celebrações dos 500 anos de nascimento de Santa Teresa de Jesus, que se prolongarão ao longo de todo o ano de 2015. O Santo Padre havia anunciado o início das celebrações dedicada à Santa - beatificada em 1614, canonizada em 1622 e proclamada Doutora da Igreja por Paulo VI em 1970 -, em carta enviada ao Bispo de Ávila, Dom Jesús Garcia Burrillo, quando proclamou o Ano Jubilar Teresiano.
“Ao aproximar-se o V centenário de seu nascimento – disse Bergoglio na mensagem, definindo Santa Teresa como a “Santa caminhante” – dirijo o meu olhar àquela cidade para dar graças a Deus pelo dom desta grande mulher e encorajar os fieis da amada Diocese de Ávila e todos os espanhóis a conhecer a história desta insígne fundadora, como também a ler os seus livros, que junto com as suas filhas nos numerosos conventos carmelitas espalhados no mundo, continuam a nos dizer quem é, como foi Madre Teresa e o que ela pode ensinar a nós homens e mulheres de hoje”. “É tempo de caminhar”, disse o Papa na carta, sintetizando a mensagem de Teresa com o convite para serem, nas suas pegadas, peregrinos na estrada da alegria, da oração, da fraternidade e do tempo vivido como graça.
Teresa foi proclamada Doutora da Igreja pelo Papa Paulo VI, em 1970,  junto com Santa Catarina de Sena, tornando-se assim a primeira mulher na história da Igreja a receber este título. Naquela ocasião, o Pontífice fez uma ligação entre a figura de Santa Teresa de Ávila e o grande esforço pelas reformas e pela renovação da oração litúrgica, o que ocorreu com o Concílio Vaticano II.
Bento XVI, na Audiência Geral de 2 de fevereiro de 2011, no ciclo dedicado às grandes figuras da Igreja, recordou aos peregrinos e fieis seus traços mais marcantes: “Em primeiro lugar, Santa Teresa propõe as virudes evangélicas como base de toda a vida cristã e humana. Em particular, o desapego dos bens ou pobreza evangélica, e isto diz respeito a todos nós: o amor de uns pelos outros como elemento essencial da vida comunitária e social; a humildade como amor à verdade; a determinação como fruto da audácia cristã; a esperança teologal, que descreve como sede de água viva. Sem esquecer as virtudes humanas: afabilidade, veracidade, modestia, cortesia, alegria, cultura”.
Na Audiência Geral da quarta-feira, em 11 de março próximo, o Papa Francisco receberá no Vaticano a relíquia “bastão do peregrino”, de Santa Teresa, apresentada no contexto de uma mostra intitulada “Caminho da Luz”, segundo um comunicado do Vigário Geral da Ordem dos Carmelitas Descalços, Padre Emilio Josè Martinez.
As diversas iniciativas a serem realizadas durante o V Centenário - Encontro Europeu de Jovens, congressos, exposições, concertos, entre tantas outras - envolvem de fato pessoas dos cinco continentes, desejosas de testemunhar a figura, o espírito inquieto e o temperamento ativo da mística tão cara à Igreja e ao Magistério dos Pontífices. (JE)

Teresa D'Ávila - Poema: "Nada te Perturbe"


"Nada te perturbe, Nada te espante.Tudo passa. Só Deus permanece.
A paciência tudo alcança.
Quem a Deus tem, nada lhe falta:
Só Deus basta.

Eleva o pensamento. Ao céu sobe.
Por nada te angusties. Nada te perturbe.
A Jesus Cristo segue, Com grande entrega,
E, venha o que vier, Nada te espante.
Vês a glória do mundo? É glória vã;
Nada tem de estável, Tudo passa.

Deseje as coisas celestes, Que sempre duram;
Fiel e rico em promessas, Deus não muda.
Ama-o como merece, Bondade Imensa;
Quem a Deus tem, Mesmo que passe por momentos difíceis;
Sendo Deus o seu tesouro, Nada lhe falta.
SÓ DEUS BASTA!"