sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Acaba de falecer o Jesuíta Cardeal de Milão



Martini: um dos maiores expoentes da Igreja progressista (Foto: )
Faleceu aos 85 anos após prolongada doença o arcebispo emérito de Milão, cardeal Carlo Maria Martini. Requiescat in pace!

Ingressou na Companhia de Jesus, em 25 de Setembro de 1944. Fez o noviciado em Cuneo; estudou na Faculdade de Filosofia Aloisianum, Gallarate, Milão; na Faculdade Teológica, de Chieri, em Turim; na Pontifícia Universidade Gregoriana, de Roma, onde fez o seu doutoramento em teologia fundamental com a tese: Il problema storico della Risurrezione negli studi recenti; e no Pontifício Instituto Bíblico, Roma.

Foi ordenado padre, em 13 de julho de 1952, em Chieri, Turim. Continuou seus estudos em Roma, de 1954 a 1958. Foi membro da Faculdade Teológica de Chieri; fez os últimos votos, em 2 de fevereiro de 1962. Continuou seus estudos em Roma, de 1962 a 1964. Trabalhou pastoralmente em Roma.
Era especialista em línguas antigas. Conhecia o aramaico e o acádio, além do grego, latim e hebraico. Falava fluentemente inglês, alemão, francês, português, grego moderno e árabe, além do italiano, sua língua materna.
Carlo Maria Martini é um dos protagonistas do livro "31 jesuites es confessen" (31 jesuítas se confessam), publicado em 2003 e escrito por Valentí Gómez e Josep María Benítez, que reflete o pensamento e a vida de alguns membros desta ordem por meio de entrevistas realizadas ao longo de dez anos.

Biblísta

Foi membro da faculdade, decano e reitor do Pontifício Instituto Bíblico, nomeado em 29 de setembro de 1969.

Nomeado reitor da Pontifícia Universidade Gregoriana, Roma, em 18 de julho de 1978. Único membro católico do Comité Ecuménico para a preparação da edição grega do Novo Testamento.

Pregador em 1978, dos exercícios espirituais de Quaresma no Vaticano, por convite de Paulo VI.

Episcopado

Foi eleito arcebispo de Milão, em 29 de dezembro de 1979. Ordenado bispo, em 6 de janeiro de1980, no Vaticano, pelo Papa João Paulo II. Membro da secretaria geral do Sínodo dos Bispos, por nomeação papal, de 1980 a 1983

Cardinalato

Foi criado cardeal presbítero, em 2 de fevereiro de 1983 tendo recebido o barrete cardinalício nessa mesma data com o título de Santa Cecília. Assistiu à VI Assembleia Ordinária do Sínodo dos Bispos, no Vaticano, de 29 de setembro a 28 de outubro de 1983; foi relator da mesma; membro da secretaria geral, de 1983 a 1986; estendido até 1987 na II Assembleia Extraordinária do Sínodo dos Bispos, no Vaticano, de 24 de novembro a 8 de dezembro de 1985.

Assistiu à VII Assembleia Ordinária do Sínodo dos Bispos, no Vaticano, de 1 a 30 de outubro de1987; membro da secretaria geral, de 1987 a 1990. Enviado especial do Papa à celebração do I centenário da evangelização de Zâmbia, de 29 de setembro a 2 de agosto de 1991.

Assistiu à I Assembleia Especial para a Europa do Sínodo dos Bispos, no Vaticano, de 28 de novembro a 14 de dezembro de 1991; à Quarta Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano, em Santo Domingo, na República Dominicana, de 12 a 28 de outubro de 1992; a IX Assembleia Ordinária do Sínodo dos Bispos, no Vaticano, de 2 a 29 de outubro de 1994; foi membro da secretaria geral, de 1994 a 1998. Assistiu à II Assembleia Especial para a Europa do Sínodo dos Bispos, no Vaticano, de 1 a 23 de outubro de 1999.

Desde 2002 é arcebispo emérito de Milão e retirou-se viver em Jerusalém havendo regressado a Milão devido ao seu estado de saúde com origem na doença de Parkinson.

Livros: Em novembro de 2007 lançou junto com o Pe. Georg Sporschill o livro "Diálogos Noturnos em Jerusalem" onde em forma de entrevista discute os temas mais relevantes da atualidade da fé e os desafios de chegar aos jovens e as suas questões tão conturbadas nos dias de hoje. 

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