quarta-feira, 10 de outubro de 2012

AGRADECIMENTO

“Ai de mim se eu não pregar o Evangelho”. 1Cor. 9,16

Vossa Reverendíssima Mons. Paulo Sérgio Vieira Leite, benemérito Vigário Episcopal da Região Recife Sul II e  pároco desta paróquia,  que, sob a égide da Excelsa Senhora das Candeias, glorifica o nome de Deus e espera, na fé, a salvação dos homens e mulheres de boa vontade. Em sua pessoa, saúdo os demais irmãos no sacerdócio, que ora se alegram com minha alegria e, comigo, agradecem a Deus por este primeiro ano de sacerdócio. Menção especial faço ao Pe. Rivadávio, ordenado no mesmo dia que eu. Mais que um irmão no presbitério, um amigo de todos os dias. Amados irmãos e irmãs, ‘ graça e paz a vós da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo’! 2Cor. 1,2
Sem mérito algum de minha parte, quis Deus Nosso Senhor, em sua infinita bondade, chamar-me ao ministério sacerdotal. Assim, passado um ano de minha ordenação, uma indizível alegria toma todo meu ser, quando, com vocês, unidos na mesma fé, em torno do mesmo Altar, venho proclamar as misericórdias de Deus.
Quiseram os desígnios divinos que minha ordenação ocorresse no dia de Santa Teresinha do Menino Jesus, a padroeira das Missões.
 Configurado a Cristo pelo Batismo e também pelo Sacramento da ordem, todo sacerdote é um missionário. A Missão não é elemento acidental do sacerdócio e sim um constitutivo do ser presbítero.
E qual a missão primeira de um padre? Pregar o Evangelho, ensina-nos a Presbyterorum Ordinis. Da pregação do Evangelho é que nasce a fé (Rm. 10,14), dessa fé, a comunidade cristã que louva e agradece a Deus por seus dons, sendo o maior deles Jesus Cristo, que por meio do Espírito Santo permanece entre nós e conduz-nos ao Pai.
Assim, que por intercessão de Santa Teresinha, encontre eu sempre alegria em pregar o Evangelho. Que em tudo resplandeça o amor, pois, como dizia a mesma Santa, “minha vocação é o amor”. E mais: “No coração da Igreja, minha mãe, serei tudo, serei o amor”.
É-se padre sempre a partir de um presbitério. Esse, por sua vez, acentuava Santo Inácio de Antioquia, não tem legitimidade senão em comunhão com seu Bispo. Portanto, minha profunda gratidão ao meu Bispo, Dom Antônio Fernando Saburido.
  Louvo a Deus pela presença dos meus irmãos no presbitério: ... A participação de vocês nesta Comunhão é um sinal de Deus dizendo-me que nunca estou só. Por meio de vocês, Deus me visita e me abençoa copiosamente. Estas palavras se estendem igualmente ao Pe. Antônio Junior, da Arquidiocese da Paraíba. Embora de outro presbitério, brinda-nos com sua amizade e suas orações, testemunhando a unidade da Igreja de Cristo, que não conhece fronteira, porquanto unida pelo Amor. Que o Evangelho e a Eucaristia mantenham-nos unidos rumo à pátria celeste!
Mas eu não faria parte de um presbitério se antes não contasse com uma família. Por isso, muito obrigado, Senhor, pela que me concedeste. Minha gratidão a minha querida mãe, Maria do Carmo. Que ela continue a abençoar-me, pois a oração e a bênção maternas são um eficaz canal da graça divina. Deus não resiste a uma mãe que ora por seu filho. Meu pai já se encontra na glória dos santos, intercedendo por nós. Portanto, é na pessoa de minha mãe que agradeço a Deus por meus irmãos, sobrinhas, cunhadas e também amigos, vindos das mais diversas localidades, pois estes, se não são irmãos biológicos, são sem dúvidas na fé em Cristo, que a todos quer salvar.
Nenhum padre é para si mesmo. Ele é constituído para amar e servir o povo de Deus, povo que não é seu, mas posto aos seus cuidados, de modo que ele deve prestar contas no dia da colheita. A ele compete a tarefa de regar bem, pastorear e não permitir que nenhuma ovelha se extravie.
Dom Juan Maria Uriarte diz em seu livro Servir como Pastores: chaves para a espiritualidade sacerdotal: “A ordenação faz sacramentalmente o padre. A vida é que faz existencialmente o padre”. Deste modo, amada porção do povo de Deus, o que lhes dizer eu a partir desse pensamento de Dom Uriarte? A resposta não poderia ser outra: são vocês que me têm ensinado o que é ser padre. São vocês que me têm feito ser padre na prática. Depois da pregação do Evangelho e da celebração dos Sacramentos, vocês são minha maior alegria nesta paróquia.
Santo Agostinho dizia: “para vocês, sou Bispo. Com vocês, sou cristão. Parafraseando-o, digo-lhes: para vocês, sou padre. Com vocês, sou cristão. O primeiro talvez nos distancie algumas vezes. O segundo, graças a Deus, une-nos para a vida eterna. Portanto, meus amados, não tenham medo de se aproximar de mim! Antes de ser padre de vocês, sou irmão de todos. Demo-nos as mãos para que, juntos, possamos contribuir na construção do Reino de Deus.
Como padre, precisarei, muitas vezes, corrigi-los. Mas, quando o fizer, será porque o meu amor por vocês não quer que ninguém se perca. Peço-lhes que rezem por mim, mas também me corrijam na caridade quando eu me equivocar.
Estamos aos pés da Senhora das Candeias e sob sua materna intercessão. Que ela me ajude, junto com todos vocês, a semear o Evangelho, para que caminhemos na luz que é Cristo e tornemo-nos também luz, de modo que  cresça vigorosamente a Palavra de Deus nos corações dos homens e mulheres desta paróquia.
Obrigado ao Pe. José Augusto. Ele, abrindo os lábios para que Deus falasse, aproximou-nos mais do Altíssimo Senhor, fazendo com que as graças do Céu se derramassem entre nós.
Meu sincero agradecimento a todas as comunidades... Rezem por mim para que eu me mantenha firme na fé, perseverante nas tribulações (Rm. 12,12) e seja um fiel ministro da Palavra de Deus, pois “ai de mim se não pregar o Evangelho.
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo! N. S. das Candeias, Rogai por nós!

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