terça-feira, 19 de novembro de 2013

Papa contesta globalização do 'pensamento único'


Cidade do Vaticano  – O papa manifestou-se nessa segunda-feira no Vaticano contra o que considerou como “globalização da uniformidade hegemônica” que pretende promover um “pensamento único” e relativiza o valor das pessoas e da fé.
"Não é a linda globalização da unidade de todas as nações – cada uma com os seus próprios costumes, mas unidas -, mas é a globalização da uniformidade hegemônica, é mesmo o pensamento único. E este pensamento único é fruto da mundanidade", disse, na homilia da missa a que presidiu na capela da Casa da Santa Marta.

Francisco falou numa sociedade em que existe a pressão de “ser como todos” para se ser “normal”, numa espécie de "progressismo adolescente". O papa partiu de uma passagem do livro dos Macabeus (Antigo Testamento) para abordar a "raiz perversa" da mundanidade que levou a "sacrifícios humanos". "Vós pensais que hoje não se fazem sacrifícios humanos? Fazem-se muitos, muitos, e há leis que os protegem", disse aos presentes.

A homilia insistiu na necessidade de recursar a mundanidade que faz renunciar à “fidelidade” a Deus, que exalta “apostasia” negociando não só de alguns valores mas do “essencial do ser”. “Não negociamos os valores, mas a fidelidade. Isto é fruto do demônio, do príncipe deste mundo”, alertou.
Em conclusão, o papa rezou para que Deus livre os cristãos "deste espírito mundano que negocia tudo". "Que (Deus) nos proteja e nos faça seguir em frente, como fez avançar o seu povo no deserto, levando-o pela mão, como um pai leva o seu filho. Pela mão do Senhor caminharemos seguros", declarou. Com o papa esteve o padre Renato Chiera, fundador da ´Casa do Menor´ do Rio de Janeiro, que há 40 anos ajuda os meninos de rua no Brasil.
SIR

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