
Em carta ao teólogo Hans Kung, datada de 24 de janeiro e
publicada pelo jornal italiano “La Repubblica”, Bento XVI afirmou ser
grato pela grande semelhança de visões e pela amizade que o une ao Papa
Francisco. O Papa emérito afirma que seu único e último dever é
encorajar o atual Pontificado com a oração.
Um ano após sua renúncia, que surpreendeu o mundo, a atitude de Bento
XVI é, hoje, vista como um ato de coragem, que abriu a Igreja para uma
“primavera”. Na ocasião, o Prefeito da Congregação para os Institutos de
Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, Cardeal João Braz
de Aviz, disse esperar para a Igreja o melhor Pontífice naquele momento.
Entrevistado pela Rádio Vaticano, naquela mesma manhã,
Dom João contou que a sua primeira reação ao ouvir a notícia da renúncia
do Papa foi consultar o cardeal que estava ao seu lado para ter certeza
de que tinha entendido direito.
“Foi uma surpresa para todos nós, porque esta atitude da renúncia não
é muito comum na Igreja. É um ato de extrema humildade por parte do
Papa, de extremo amor à Igreja e que nos colheu muito de surpresa; a
gente via na própria sala esta surpresa. Não sabíamos de nada, só da
questão do Consistório para os santos e não de sua renúncia”.
Dom Cláudio Hummes, que foi colaborador direto de Bento
XVI como Prefeito da Congregação para o Clero, no Vaticano, foi
surpreendido, em São Paulo, com a notícia. Em exclusiva ao Programa
Brasileiro, em sua chegada a Roma para o Conclave, Dom Cláudio ressaltou
a humildade de Joseph Ratzinger, um homem “que não se agarrou ao poder e
ao prestígio”:
“A grandeza dele está em sua humildade, no despojamento. O Papa é um
homem que não se aferra ao poder e ao prestígio, mas como ele mesmo
dizia: eu vejo que não tenho mais suficientes forças humanas para
continuar neste encargo, então para o bem da Igreja, eu renuncio. Ficou
claro que o fez para o bem da Igreja”.
Fonte: Canção Nova
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