sexta-feira, 18 de abril de 2014

Liturgia Diária

Dia 19 de Abril - Sábado

VIGÍLIA PASCAL
(Branco, Glória, Prefácio da Páscoa I – Ofício Próprio)

Antífona da entrada: (A celebração da Vigília Pascal inicia com a saudação do Presidente, diante da Igreja, em torno do fogo aceso)
Oração do dia
Ó Deus, que pelo vosso Filho trouxestes àqueles que crêem o clarão da vossa luz, santificai + este novo fogo. Concedei que a festa da Páscoa acenda em nós tal desejo do céu, que possamos chegar purificados à festa da luz eterna. Por Cristo, nosso Senhor.
Leitura (Gênesis 1,1.26-31)
Leitura do livro do Gênesis.
1 1 No princípio, Deus criou os céus e a terra.
26 Então Deus disse: "Façamos o homem à nossa imagem e semelhança. Que ele reine sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos e sobre toda a terra, e sobre todos os répteis que se arrastem sobre a terra."
27 Deus criou o homem à sua imagem; criou-o à imagem de Deus, criou o homem e a mulher.
28 Deus os abençoou: "Frutificai, disse ele, e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a. Dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todos os animais que se arrastam sobre a terra."
29 Deus disse: "Eis que eu vos dou toda a erva que dá semente sobre a terra, e todas as árvores frutíferas que contêm em si mesmas a sua semente, para que vos sirvam de alimento. 30 E a todos os animais da terra, a todas as aves dos céus, a tudo o que se arrasta sobre a terra, e em que haja sopro de vida, eu dou toda erva verde por alimento." E assim se fez. 31 Deus contemplou toda a sua obra, e viu que tudo era muito bom.
Sobreveio a tarde e depois a manhã: foi o sexto dia.
Palavra do Senhor.
Salmo responsorial 103/104
Enviai o vosso Espírito, Senhor,
e da terra toda a face renovai.


Bendize, ó minha alma, ao Senhor!
Ó meu Deus e meu Senhor, como sois grande!
De majestade e esplendor vos revestir
e de luz vos envolveis como num manto.

A terra vós firmastes em suas bases,
ficará firme pelos séculos sem fim;
os mares a cobriam como um manto,
e as águas envolviam as montanhas.

Fazeis brotar em meio aos vales as nascentes
que passam serpeando entre as montanhas;
às suas margens vêm morar os passarinhos,
entre os ramos eles erguem o seu canto.

De vossa casa as montanhas irrigais,
com vossos frutos saciais a terra inteira;
fazeis crescer os verdes pastos para o gado
e as plantas que são úteis para o homem.

Quão numerosas, ó Senhor, são vossas obras,
e que sabedoria em todas elas!
Encheu-se a terra com as vossas criaturas!
Bendize, ó minha alma, ao Senhor!
Leitura (Romanos 6,3-11)
Leitura da carta de são Paulo aos Romanos.
Irmãos, 6 3 ou ignorais que todos os que fomos batizados em Jesus Cristo, fomos batizados na sua morte?
4 Fomos, pois, sepultados com ele na sua morte pelo batismo para que, como Cristo ressurgiu dos mortos pela glória do Pai, assim nós também vivamos uma vida nova.
5 Se fomos feitos o mesmo ser com ele por uma morte semelhante à sua, sê-lo-emos igualmente por uma comum ressurreição.
6 Sabemos que o nosso velho homem foi crucificado com ele, para que seja reduzido à impotência o corpo (outrora) subjugado ao pecado, e já não sejamos escravos do pecado.
7 (Pois quem morreu, libertado está do pecado.)
8 Ora, se morremos com Cristo, cremos que viveremos também com ele,
9 pois sabemos que Cristo, tendo ressurgido dos mortos, já não morre, nem a morte terá mais domínio sobre ele.
10 Morto, ele o foi uma vez por todas pelo pecado; porém, está vivo, continua vivo para Deus!
11 Portanto, vós também considerai-vos mortos ao pecado, porém vivos para Deus, em Cristo Jesus.
Palavra do Senhor.
Evangelho (Mateus 28,1-10)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos.
28 1 Depois do sábado, quando amanhecia o primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o túmulo.
2 E eis que houve um violento tremor de terra: um anjo do Senhor desceu do céu, rolou a pedra e sentou-se sobre ela.
3 Resplandecia como relâmpago e suas vestes eram brancas como a neve.
4 Vendo isto, os guardas pensaram que morreriam de pavor.
5 Mas o anjo disse às mulheres: "Não temais! Sei que procurais Jesus, que foi crucificado.
6 Não está aqui: ressuscitou como disse. Vinde e vede o lugar em que ele repousou.
7 Ide depressa e dizei aos discípulos que ele ressuscitou dos mortos. Ele vos precede na Galiléia. Lá o haveis de rever, eu vo-lo disse".
8 Elas se afastaram prontamente do túmulo com certo receio, mas ao mesmo tempo com alegria, e correram a dar a boa nova aos discípulos.
9 Nesse momento, Jesus apresentou-se diante delas e disse-lhes: "Salve!" Aproximaram-se elas e, prostradas diante dele, beijaram-lhe os pés.
10 Disse-lhes Jesus: "Não temais! Ide dizer aos meus irmãos que se dirijam à Galiléia, pois é lá que eles me verão".
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
TEMPO DE DESOLAÇÃO
A morte de cruz mergulhou os discípulos numa profunda desolação. Os ideais cultivados na convivência com o Mestre esvaíram-se. Seu poder, sobejamente demonstrado nos milagres que realizou, diluiu-se na impotência a que fora reduzido ao ser pregado na cruz, sem ter como se defender. Sua autoridade, manifestada no modo de falar e ensinar, pareceu desacreditada, ao ser Jesus reduzido à condição de maldito. Sua intimidade com o Pai pareceu ter sido de pouca valia, pois não se observou nenhuma manifestação divina a seu favor, quando se viu entregue nas mãos de seus algozes. O projeto de Reino, formidável na sua formulação, foi de água abaixo. Era insensato falar de justiça, fraternidade, partilha, num mundo onde o pecado brutalizara o coração humano, e a injustiça, a maldade e a prepotência pareciam ter a primazia.
A desolação impedia os discípulos de considerar com clareza a morte de Jesus e de entendê-la em conexão com sua vida. O olhar obnubilado impedia-os de pensar diversamente e de considerar a possibilidade da intervenção do Pai na vida de Jesus. Afinal, não mostrara-se o Filho, de mil maneiras, absolutamente fiel a ele?
A ressurreição abriu os olhos dos discípulos, permitindo-lhes reinterpretar a morte de Jesus sob nova luz. Então, o humanamente insensato tomou um sentido novo, na perspectiva de Deus. Por isso, urgia não se deixar abater pela desolação, mas olhar para além da cruz.

Oração
Pai, que eu não me deixe abater pela desolação provocada pela cruz, pois a vida do Filho Jesus está toda colocada em tuas mãos. Creio que não a deixaste perder, mas a ressuscitaste da morte.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês).
Sobre as oferendas
Acolhei, ó Deus, com estas oferendas as preces do vosso povo, para que a nova vida, que brota do mistério pascal, seja por vossa graça penhor da eternidade. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: Cristo, nossa páscoa, foi imolado; celebremos a festa com o pão sem fermento, o pão da retidão e da verdade, aleluia! (1cor 5,7s).
Depois da comunhão
Ó Deus, derramai em nós o vosso espírito de caridade, para que, saciados pelos sacramentos pascais, permaneçamos unidos no vosso amor. Por Cristo, nosso Senhor.

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