sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Liturgia Diária

DIA 24 DE OUTUBRO - SEXTA-FEIRA

XXIX SEMANA DO TEMPO COMUM *
(VERDE – OFÍCIO DO DIA)

Antífona da entrada: Clamo por vós, meu Deus, porque me atendestes; inclinai vosso ouvido e escutai-me. Guardai-me como a pupila dos olhos, à sombra das vossas asas abrigai-me (Sl 16,6.8).
Oração do dia
Deus eterno e todo-poderoso, dai-nos a graça de estar sempre ao vosso dispor e vos servir de todo o coração. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Efésios 4,1-6)
Leitura da carta de são Paulo aos Efésios.
 4 1 Exorto-vos, pois, - prisioneiro que sou pela causa do Senhor -, que leveis uma vida digna da vocação à qual fostes chamados, 2 com toda a humildade e amabilidade, com grandeza de alma, suportando-vos mutuamente com caridade.3 Sede solícitos em conservar a unidade do Espírito no vínculo da paz. 4 Sede um só corpo e um só espírito, assim como fostes chamados pela vossa vocação a uma só esperança. 5 Há um só Senhor, uma só fé, um só batismo. 6 Há um só Deus e Pai de todos, que atua acima de todos, por todos e em todos. Palavra do Senhor.
Salmo responsorial 23/24
É assim a geração dos que buscam vossa face, ó Senhor, Deus de Israel.
Ao Senhor pertence a terra e o que ela encerra,
o mundo inteiro com os seres que o povoam;
porque ele a tornou firme sobre os mares
e, sobre as águas, a mantém inabalável.

“Quem subirá até o monte do Senhor,
quem ficará em sua santa habitação?”
 “Quem tem mãos puras e inocente coração,
quem não dirige sua mente para o crime.

 “Sobre este desce a bênção do Senhor
 e a recompensa de seu Deus e salvador”.
 “É assim a geração dos que o procuram
e do Deus de Israel buscam a face”.
Evangelho (Lucas 12,54-59)
Aleluia, aleluia, aleluia.Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, pois revelaste os mistérios do teu reino aos pequeninos, escondendo-os aos doutores! (Mt 11,25)

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
Naquele tempo, 12 54 Jesus ainda dizia ao povo: “Quando vedes levantar-se uma nuvem no poente, logo dizeis: ‘Aí vem chuva’. E assim sucede. 55 Quando vedes soprar o vento do sul, dizeis: ‘Haverá calor’. E assim acontece. 56 Hipócritas! Sabeis distinguir os aspectos do céu e da terra; como, pois, não sabeis reconhecer o tempo presente? 57 Por que também não julgais por vós mesmos o que é justo? 58 Ora, quando fores com o teu adversário ao magistrado, faze o possível para entrar em acordo com ele pelo caminho, a fim de que ele te não arraste ao juiz, e o juiz te entregue ao executor, e o executor te ponha na prisão. 59 Digo-te: não sairás dali, até pagares o último centavo”.
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
O DISCERNIMENTO URGENTEA sabedoria cristã aconselha os discípulos do Reino a se colocarem numa situação de discernimento urgente e contínuo. E mais: a tirar dele conseqüências práticas. Certo de que o Senhor vem, o cristão jamais se deixará levar pela loucura de entregar-se a um projeto de vida mundano, que lhe oferece prazeres efêmeros. Antes, será perseverante no caminho do amor, seguro do fim que lhe espera.A exigência de discernimento indica que o Senhor não aceitará falsas desculpas de quem for excluído do Reino. Quem não se decide seriamente, não terá como se justificar diante do Senhor. É sempre possível saber o que é justo e corresponde ao projeto do Reino. Basta que o cristão, com a graça de Deus, se empenhe.A parábola da reconciliação, antes do processo, alude à urgência do discernimento e da decisão. Se não se chega a um acordo, enquanto os adversários estão a caminho do tribunal, o culpado será punido na certa. O bom senso recomenda não perder a chance. O discípulo de Jesus vê-se como se estivesse sempre diante da última oportunidade de aderir integralmente ao Reino e conformar sua vida com ele. Adiar esta decisão pode ser fatal. O tempo urge e o cristão não pode se dar ao luxo de agir como se tivesse um longo tempo pela frente. A prudência recomenda decidir-se já.

OraçãoSenhor Jesus, faze-me viver consciente de que urge entregar-me integralmente ao Reino e conformar minha vida com ele.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Sobre as oferendas
Dai-nos, ó Deus, usar os vossos dons servindo-vos com liberdade, para que, purificados pela vossa graça, sejamos renovados pelos mistérios que celebramos em vossa honra. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: O Filho do Homem veio dar a sua vida para a salvação dos homens (Mc 10,45).
Depois da comunhão
Dai-nos, ó Deus, colher os frutos da nossa participação na eucaristia para que, auxiliados pelos bens terrenos, possamos conhecer os valores eternos. Por Cristo, nosso Senhor.


MEMÓRIA FACULTATIVA

SANTO ANTÔNIO MARIA CLARET
(BRANCO – OFÍCIO DA MEMÓRIA)

Oração do dia: Ó Deus, que fortalecestes o bispo santo Antônio Maria Claret com caridade e paciência admirável para propagar o evangelho entre os povos, dai que, por sua intercessão, busquemos o que é vosso e nos apliquemos com todo empenho em conquista nossos irmãos para Cristo. Que convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo.
Sobre as oferendas: Recebei, ó Pai, na festa de santo Antônio Maria Claret, as oferendas de vosso povo para que nos façam sentir, como esperamos, vossa paternal proteção. Por Cristo, nosso Senhor.
Depois da comunhão: Alimentados pelo Corpo e Sangue de Cristo, nós vos pedimos, ó Deus, que desabroche em plena redenção a ação que praticamos na fé. Por Cristo, nosso Senhor.
Santo do Dia / Comemoração (SANTO ANTÔNIO MARIA CLARET):
O quinto dos onze filhos de Antônio Claret e Josefa Clara nasceu em 23 de dezembro de 1807, no povoado de Sallent, diocese de Vic, Barcelona, Espanha. Foi batizado no dia de Natal e recebeu o nome de Antônio Claret y Clara. Na família, aprendeu o caminho do seguimento de Cristo, a devoção a Maria e o profundo amor à eucaristia. Cedo aprendeu a profissão do pai e depois a de tipógrafo. Na adolescência, ouviu o chamado para servir a Deus. Assim, acrescentou o nome de "Maria" ao seu, para dar testemunho de que a ela dedicaria sua vida de religioso. E foi uma vida extraordinária dedicada ao próximo. Antônio Maria Claret trabalhou com o pai numa fábrica de tecidos e, aos vinte e um anos, depois de ter recusado empregos bem vantajosos, ingressou no Seminário de Vic, pois queria ser monge cartuxo. Mas lá percebeu sua vocação de padre missionário. Em 1835, recebeu a ordenação sacerdotal e foi nomeado pároco de sua cidade natal. Quatro anos depois, foi para Roma e dirigiu-se à Propaganda Fides, onde se apresentou para ser missionário apostólico. Foram anos de trabalho árduo e totalmente dedicado ao ministério pastoral na Espanha, que muitos frutos trouxeram para a Igreja. Em 1948, foi enviado para a difícil região das Ilhas Canárias. No entanto ansiava por uma obra mais ampla e assim, em 1849, na companhia de outros cinco jovens sacerdotes, fundou a Congregação dos Missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria, ou Padres Claretianos. Entretanto, nessa ocasião, a Igreja vivia um momento de grande dificuldade na distante diocese de Cuba, que estava vaga havia quatorze anos. No mesmo ano, o fundador foi nomeado arcebispo de lá. E mais uma vez pôde constatar que Maria jamais o abandonava. Era uma vítima constante de todo tipo de pressão das lojas maçônicas, que faziam oposição violenta contra o clero, além dos muitos atentados que sofreu contra a sua vida. Incendiaram uma casa que se hospedava, colocaram veneno em sua comida e bebida, assaltaram-no à mão armada e o feriram várias vezes. Mas monsenhor Claret sempre escapou ileso e continuou seu trabalho, sem nunca recuar. Restaurou o antigo seminário cubano, deu apoio aos negros e índios, escravos Em 1855, junto com madre Antônia Paris, fundou outra congregação religiosa, a das Irmãs de Ensino Maria Imaculada, ou Irmãs Claretianas. Fez visitas pastorais a todas as dioceses, levando nova força e ânimo, para o chamado ao trabalho cada vez mais difícil e cada vez mais necessário. Quando voltou a Madri em 1857, deixou a Igreja de Cuba mais unida, mais forte e resistente. Voltou à Espanha porque a rainha Isabel II o chamou para ser seu confessor. Mesmo contrariado, aceitou. Nesse período, sua obra escrita cresceu muito, enriquecida com seus inúmeros sermões. Em 1868, solidário com a soberana, seguiu-a no exílio na França, onde permaneceu ao lado da família real. Contudo não parou seu trabalho de apostolado e de escritor por excelência. Encontrou, ainda, tempo e forças para fundar uma academia para os artistas, que colocou sob a proteção de são Miguel. Morreu com sessenta e três anos, no dia 24 de outubro de 1870, no Mosteiro de Fontfroide, França, deixando-nos uma importante e numerosa obra escrita. Beatificado pelo papa Pio XI, que o chamou de "precursor da Ação Católica do mundo moderno", foi canonizado em 1950 por Pio XII. Santo Antônio Maria Claret é festejando no dia de sua morte.

Nenhum comentário:

Postar um comentário