quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Papa inicia ciclo de catequeses sobre a família


Durante audiência geral, Francisco também abordou o recente trabalho do Sínodo dos Bispos.
CIDADE DO VATICANO – O papa Francisco se encontrou na manhã dessa quarta-feira (10) com milhares de fiéis e peregrinos de todas as partes do mundo durante a audiência geral na Praça São Pedro. Na sua catequese, proferida em italiano, o Santo Padre recordou inicialmente que na semana passada ele concluiu o ciclo de catequeses dedicado à Igreja.

Nessa quarta-feira (10), portanto, Francisco deu início a uma nova série de catequeses, desta vez centralizada na família; um tema que se insere neste tempo intermédio entre duas Assembleias do Sínodo dedicadas a esta “realidade tão importante”. Antes de dar início a este importante percurso sobre os diversos aspectos da vida familiar, o Santo Padre voltou seu pensamento à Assembleia sinodal do último mês de outubro que teve como tema “Os desafios pastorais da família no contexto da nova evangelização”.

A transparência do Sínodo

Francisco recordou que, durante o Sínodo, os meios de comunicação fizeram o seu trabalho pois havia muita expectativa, muita atenção, e agradeceu-lhes porque o fizeram muito bem. E isso foi possível graças à Sala de Imprensa, que todos os dias realizou um "briefing". E o papa fez uma constatação: "Frequentemente, a visão da mídia era um pouco no estilo das crônicas esportivas, ou políticas: falava-se quase sempre de dois times, pró e contra, conservadores e progressistas, etc. Hoje gostaria brevemente de contar o que foi o Sínodo".

O papa recordou que pedira aos padres sinodais para falar com franqueza e coragem e ouvir com humildade. Após o relatório inicial do Cardeal Erdò – disse Francisco -, houve um momento fundamental, no qual todos os padres puderam falar e todos ouviram. Um momento de grande liberdade no qual cada um expôs o seu pensamento com parrésia e com confiança. O papa disse que na base dos discursos estava o “Instrumento de trabalho”, fruto de consultas precedentes de toda a Igreja.

A presença do papa

“Nenhum discurso colocou em discussão as verdades fundamentais do Sacramento do Matrimônio: a indissolubilidade, a unidade, a fidelidade e a abertura à vida”. Todos os pronunciamentos foram reunidos e assim – disse Francisco – se chegou ao segundo momento, isto é o Relatório após as discussões, também realizado pelo Cardeal Erdò. Era articulado em três pontos: a escuta do contexto e dos desafios da família; o olhar fixo em Cristo e o Evangelho da família; o confronto com as perspectivas pastorais.

Sobre esta primeira proposta, salientou Francisco, realizaram-se as discussões nos grupos, que foi o terceiro momento. Os grupos estavam divididos por línguas: italiano, inglês, espanhol e francês. Cada grupo apresentou depois um relatório e todos os relatórios depois foram publicados.

O quarto momento: uma comissão examinou todas as sugestões que surgiram nos grupos e foi redigido o Relatório final, que manteve o esquema precedente: “escuta da realidade, olhar ao Evangelho e compromisso pastoral”, procurando acolher o fruto das discussões de grupo.

O próximo passo

“Assim foi o desenvolvimento da Assembleia sinodal. Tudo ocorreu “cum Petro e sub Petro”, isto é com a presença do papa que é a garantia para todos de liberdade e de confiança, e garantia da ortodoxia”. Enfim, concluiu Francisco, os documentos finais que brotaram do Sínodo são três: a Mensagem final, o relatório final e o discurso final do papa.

O relatório final, que foi o ponto de chegada de toda a reflexão agora será enviado às Conferências Episcopais, que vão discuti-lo em vista da próxima Assembleia, desta vez Ordinária, em outubro de 2015. “O Sínodo não é um parlamento, mas um espaço protegido para que o Espírito Santo possa agir: não houve confrontos entre facções, mas um confronto entre os Bispos, que ocorreu após um longo trabalho de preparação e que agora prosseguirá em outro trabalho, para o bem das famílias, da Igreja e da sociedade".
SIR

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