terça-feira, 26 de maio de 2015

Liturgia Diária

DIA 26 DE MAIO - TERÇA-FEIRA

SÃO FILIPE NÉRI
PRESBÍTERO 
(VERDE – OFÍCIO DO DIA)

Antífona de entrada:
Repousa sobre mim o Espírito do Senhor; ele me ungiu para levar a boa-nova aos pobres e curar os corações contritos (Lc 4,18).
Oração do dia
Ó Deus, que não cessais de elevar à glória da santidade os vossos servos fiéis e prudentes, conce3dei que nos inflame o fogo do Espírito Santo que ardia no coração de são Filipe Néri. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Eclesiástico 35,1-15)
Leitura do livro do Eclesiástico.
35 1 Aquele que observa a lei faz numerosas oferendas.
2 É um sacrifício salutar guardar os preceitos, e apartar-se de todo pecado.
3 Afastar-se da injustiça é oferecer um sacrifício de propiciação, que consegue o perdão dos pecados.
4 Aquele que oferece a flor da farinha dá graças, e o que usa de misericórdia oferece um sacrifício.
5 Abster-se do mal é coisa agradável ao Senhor; o fugir da injustiça alcança o perdão dos pecados.
6 Não te apresentarás diante do Senhor com as mãos vazias,
7 pois todos (esses ritos) se fazem para obedecer aos preceitos divinos.
8 A oblação do justo enriquece o altar; é um suave odor na presença do Senhor.
9 O sacrifício do justo é aceito (por Deus). O Senhor não se esquecerá dele.
10 Dá glória a Deus de bom coração e nada suprimas das primícias (do produto) de tuas mãos.
11 Faze todas as tuas oferendas com um rosto alegre, consagra os dízimos com alegria.
12 Dá ao Altíssimo conforme te foi dado por ele, dá de bom coração de acordo com o que tuas mãos ganharam,
13 pois o Senhor retribui a dádiva, e recompensar-te-á tudo sete vezes mais.
14 Não lhe ofereças dádivas perversas, pois ele não as aceitará.
15 Nada esperes de um sacrifício injusto, porque o Senhor é teu juiz, e ele não faz distinção de pessoas.
Palavra do Senhor.

 
Salmo responsorial 49/50
A todos que procedem retamente
eu mostrarei a salvação que vem de Deus.


“Reuni à minha frente os meus eleitos,
que selaram a aliança em sacrifícios!”
testemunha o próprio céu seu julgamento,
porque Deus mesmo é juiz e vai julgar.

“Escuta, ó meu povo, eu vou falar;
Ouve, Israel, eu tenho contra ti:
eu, o Senhor, somente eu, sou o teu Deus!
Eu não venho censurar teus sacrifícios,
pois sempre estão perante mim teus holocaustos.

Imola a Deus um sacrifício de louvor
e cumpre os votos que fizeste ao Altíssimo.
Quem me oferece um sacrifício de louvor,
este, sim, é que me honra de verdade.
A todo homem que procede retamente,
eu mostrarei a salvação que vem de Deus”.
 
Evangelho (Marcos 10,28-31)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, pois revelaste os mistérios do teu reino aos pequeninos, escondendo-os aos doutores! (Mt 11,25)
.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos.
Naquele tempo, 10 28 Pedro começou a dizer-lhe: "Eis que deixamos tudo e te seguimos."
29 Respondeu-lhe Jesus. "Em verdade vos digo: ninguém há que tenha deixado casa ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou filhos, ou terras por causa de mim e por causa do Evangelho
30 que não receba, já neste século, cem vezes mais casas, irmãos, irmãs, mães, filhos e terras, com perseguições e no século vindouro a vida eterna.
31 Muitos dos primeiros serão os últimos, e dos últimos serão os primeiros."
Palavra da Salvação.
 
Comentário ao Evangelho
A RECOMPENSA PROMETIDA
            Os discípulos não se contentaram de seguir Jesus na gratuidade e lhe apresentaram a questão da recompensa pela ajuda prestada a ele. Pensando bem, os discípulos tinham razão. Para seguir Jesus, tiveram que romper os laços familiares, abandonar as atividades profissionais, deixar para trás suas propriedades e por-se à disposição do Mestre. Era justo quererem conhecer, de antemão, o prêmio reservado para si.
            Jesus não descarta a questão, mas a responde de maneira enigmática. O discípulo, já nesta vida, receberá o cêntuplo de quanto renunciou e, no futuro, a vida eterna. Esta resposta deve ser interpretada não numa perspectiva puramente materialista e, sim, na perspectiva das nova relações propiciadas pela opção do discípulo. O Reino estabelece vínculos consistentes de comunhão entre seus membros, formando uma grande família onde todos se sentem irmãos, irmãos, mães, pais, filhos e filhas. Ninguém se apega a seus bens a ponto de se tornar insensível à carência do próximo. A solidariedade é um imperativo do Reino. A ruptura exigida pelo Reino, portanto, não deveria deixar o discípulo na insegurança.
            A recompensa terrena prometida por Jesus chega em meio a perseguições e dificuldades. O discípulo, neste caso, dá-se conta de que o cêntuplo terreno ainda não é o bem definitivo a ser almejado. O Pai lhe reserva a vida eterna.
 

Oração
Senhor Jesus, possa eu experimentar, na solidariedade dos irmãos e irmãs, o cêntuplo reservado para mim, sem perder de vista a vida eterna.
 

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês).
 
Sobre as oferendas
Ao oferecermos, ó Deus, este sacrifício de louvor, dai-nos a graça de seguir o exemplo de são Filipe Néri, trabalhando sempre com alegria para a vossa glória e o bem do próximo. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão:
Eis que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos, diz o Senhor (Mt 28,20)
Depois da comunhão
Alimentados, ó Deus, com o pão do céu, levai-nos a imitar são Filipe Néri, procurando sempre as fontes que nos dá a verdadeira vida. Por Cristo, nosso Senhor.
Santo do Dia / Comemoração (SÃO FILIPE NERI):
"Contanto que os meninos não pratiquem o mal, eu ficaria contente até se eles me quebrassem paus na cabeça." Há maior boa vontade em colocar no caminho correto as crianças abandonadas do que nessa disposição? A frase bem-humorada é de Filipe Néri, que assim respondia quando reclamavam do barulho que seus pequenos abandonados faziam, enquanto aprendiam com ele ensinamentos religiosos e sociais.

Nascido em Florença, Itália, em 21 de julho de 1515, Filipe Rômolo Néri pertencia a uma família rica: o pai, Francisco, era tabelião e a mãe, Lucrécia, morreu cedo. Junto com a irmã Elisabete, foi educado pela madrasta. Filipe, na infância, surpreendia pela alegria, bondade, lealdade e inteligência, virtudes que ele soube cultivar até o fim da vida. Cresceu na sua terra natal, estudando e trabalhando com o pai, sem demonstrar uma vocação maior, mesmo freqüentando regularmente a igreja.

Aos dezoito anos foi para São Germano, trabalhar com um tio comerciante, mas não se adaptou. Em 1535, aceitou o convite para ser o tutor dos filhos de uma nobre e rica família, estabelecida em Roma. Nessa cidade foi estudar com os agostinianos, filosofia e teologia, diplomando-se em ambas com louvor. No tempo livre praticava a caridade junto aos pobres e necessitados, atividade que exercia com muito entusiasmo e alegria, principalmente com os pequenos órfãos de filiação ou de moral.

Filipe começou a chamar a atenção do seu confessor, que lhe pediu ajuda para fundar a Confraternidade da Santíssima Trindade, para assistir os pobres e peregrinos doentes. Três anos depois, aos trinta e seis anos de idade, ele se consagrou sacerdote, sendo designado para a igreja de São Jerônimo da Caridade.

Tão grande era a sua consciência dos problemas da comunidade que formou um grupo de religiosos e leigos para discutir os problemas, rezar, cantar e estudar o Evangelho. A iniciativa deu tão certo que depois o grupo, de tão numeroso, passou à Congregação de Padres do Oratório, uma ordem secular sem vínculos de votos.

Filipe se preocupou somente com a integração das minorias e a educação dos meninos de rua. Tudo o que fez no seu apostolado foi nessa direção, até mesmo utilizar sua vasta e sólida cultura para promover o estudo eclesiástico. Com seu exemplo e orientação, encaminhou e orientou vários sacerdotes que se destacaram na história da Igreja e depois foram inscritos no livro dos santos.

Mas somente quando completou setenta e cinco anos passou a dedicar-se totalmente ao ministério do confessionário e à direção espiritual. Viveu assim até morrer, no dia 26 de maio de 1595. São Filipe Néri é chamado, até hoje, de "santo da alegria e da caridade". 

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