quinta-feira, 23 de julho de 2015

Liturgia Diária

DIA 23 DE JULHO - QUINTA-FEIRA

XVI SEMANA DO TEMPO COMUM *
(VERDE – OFÍCIO DO DIA DA I SEMANA)

Antífona de entrada:
É Deus quem me ajuda, é o Senhor quem defende a minha vida. Senhor, de todo o coração hei de vos oferecer o sacrifício e dar graças ao vosso nome, porque sois bom (Sl 53,6.8).
Oração do dia
Ó Deus, sede generoso para com os vossos filhos e filhas e multiplicai em nós os dons da vossa graça, para que, repletos de fé, esperança e caridade, guardemos fielmente os vossos mandamentos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Êxodo 19,1-2.9-11.16-20)
Leitura do livro do Êxodo.
19 1 No terceiro mês depois de sua saída do Egito, naquele dia, os israelitas entraram no deserto do Sinai.
2 Tendo partido de Rafidim, chegaram ao deserto do Sinai, onde acamparam. Ali se estabeleceu Israel em frente ao monte.
9 Então o Senhor lhe disse: “Eis que me vou aproximar de ti na obscuridade de uma nuvem, a fim de que o povo ouça quando eu te falar, e para que também confie em ti para sempre.” E Moisés referiu as palavras do povo ao Senhor,
10 o qual lhe disse: “Vai ter com o povo, e santifica-o hoje e amanhã. Que lavem as suas vestes
11 e estejam prontos para o terceiro dia, porque, depois de amanhã, o Senhor descerá à vista de todo o povo sobre o monte Sinai.
16 Na manhã do terceiro dia, houve um estrondo de trovões e de relâmpagos; uma espessa nuvem cobria a montanha e o som da trombeta soou com força. Toda a multidão que estava no acampamento tremia.
17 Moisés levou o povo para fora do acampamento ao encontro de Deus, e pararam ao pé do monte.
18 Todo o monte Sinai fumegava, porque o Senhor tinha descido sobre ele no meio de chamas; o fumo que subia do monte era como a fumaça de uma fornalha, e toda a montanha tremia com violência.
19 O som da trombeta soava ainda mais forte; Moisés falava e os trovões divinos respondiam-lhe.
20 O Senhor desceu sobre o cume do monte Sinai; e chamou Moisés ao cume do monte. Moisés subiu.
Palavra do Senhor.

 
Salmo responsorial Dn 3
A vós louvor, honra e glória eternamente!

Sede bendito, Senhor Deus de nossos pais.
A vós louvor, honra e glória eternamente!
Sede bendito, nome santo e glorioso.
A vós louvor, honra e glória eternamente!

No templo santo onde refulge a vossa glória eternamente!
E em vosso trono de poder vitorioso.
A vós louvor, honra e glória eternamente!

Sede bendito, que sondais as profundezas.
A vós louvor, honra e glória eternamente!
E superior aos querubins vos assentais.
A vós louvor, honra e glória eternamente!

Sede bendito no celeste firmamento.
A vós louvor, honra e glória eternamente!

Obras todas do Senhor, glorificai-o.
A ele louvor, honra e glória eternamente!
 
Evangelho (Mateus 13,10-17)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, pois revelaste os mistérios do teu reino aos pequeninos, escondendo-os aos doutores! (Mt 11,25).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
Naquele tempo, 13 10 os discípulos aproximaram-se dele, então, para dizer-lhe: "Por que lhes falas em parábolas?"
11 Respondeu Jesus: "Porque a vós é dado compreender os mistérios do Reino dos céus, mas a eles não.
12 Ao que tem, se lhe dará e terá em abundância, mas ao que não tem será tirado até mesmo o que tem.
13 Eis por que lhes falo em parábolas: para que, vendo, não vejam e, ouvindo, não ouçam nem compreendam.
14 Assim se cumpre para eles o que foi dito pelo profeta Isaías: ´Ouvireis com vossos ouvidos e não entendereis, olhareis com vossos olhos e não vereis,
15 porque o coração deste povo se endureceu: taparam os seus ouvidos e fecharam os seus olhos, para que seus olhos não vejam e seus ouvidos não ouçam, nem seu coração compreenda; para que não se convertam e eu os sare´.
16 Mas, quanto a vós, bem-aventurados os vossos olhos, porque vêem! Ditosos os vossos ouvidos, porque ouvem!
17 Eu vos declaro, em verdade: muitos profetas e justos desejaram ver o que vedes e não o viram, ouvir o que ouvis e não ouviram".
Palavra da Salvação.


 
Comentário ao Evangelho
O MODO CONVENIENTE DE ENSINAR
Aparentemente, as parábolas parecem ser um modo inconveniente de ensinar. Jesus mesmo explica que fala em parábolas para que "olhando, não vejam e, embora ouvindo, não escutem nem compreendam". Se a finalidade da pregação era instruir os ouvintes, por que escolher um a maneira difícil de falar, de forma que o sentido das palavras não seria imediatamente captado? Qual terá sido a intenção de Jesus, ao optar por esta forma de ensinamento?
No Evangelho aparecem duas categorias de pessoas: a multidão e os discípulos. A multidão é formada por quem ouve Jesus por simples curiosidade, ou, pior ainda, com prevenção contra ele. A falta de uma prévia abertura para o Mestre impede-a de captar o sentido de seus ensinamentos. Resultado: a multidão permanece na superficialidade das palavras, como se tivesse tapado os ouvidos, e fechado os olhos, tornando-se incapaz de compreender e de se converter a Jesus. Para ela, as parábolas eram desprovidas de sentido.
Já os discípulos, por sua adesão sincera ao Mestre, estão aptos para conhecer os mistérios do Reino revelados nas parábolas. Ou seja, seus olhos vêem, e seus ouvidos ouvem. Para eles as parábolas atingem seu objetivo, e, deste modo, revelam-se como o modo mais conveniente de ensinar.
Jesus declara-os bem-aventurados por terem uma sorte bem diferente daquela da multidão. Eles experimentam o que os antigos profetas e justos ansiaram por experimentar.

 

Oração
Espírito que sensibiliza o coração, faze-me conhecer os mistérios do Reino revelados nas parábolas, pois eles correspondem ao desígnio do Pai para mim.

 

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
 
Sobre as oferendas
Ó Deus, que no sacrifício da cruz, único e perfeito, levastes á plenitude os sacrifícios da antiga aliança, santificai, como o de Abel, o nosso sacrifício, para que os dons que cada um trouxe em vossa honra possam servir para a salvação de todos. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão:
O Senhor bom e clemente nos deixou a lembrança de suas grandes maravilhas. Ele dá o alimento aos que o temem (Sl 110,4s).
Depois da comunhão
Ó Deus, permanecei junto ao povo que iniciastes nos sacramentos do vosso reino, para que, despojando-nos do velho homem, passemos a uma vida nova. Por Cristo, nosso Senhor.


MEMÓRIA FACULTATIVA

SANTA BRÍGIDA
(BRANCO – OFÍCIO DA MEMÓRIA)

Oração do dia:
Senhor nosso Deus, que revelastes a santa Brígida os mistérios celestes quando meditava a paixão do vosso filho, concedei-nos exultar de alegria na revelação da vossa glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Sobre as oferendas:
Concedei, ó Deus, que este sacrifício em comemoração de santa Brígida nos alcance o vosso perdão e a salvação que esperamos. Por Cristo, nosso Senhor.
Depois da comunhão:
Deus todo-poderoso, a força divina deste sacramento nos ilumine e afervore nesta festividade de santa Brígida para que, animados sempre de santos propósitos, multipliquemos as boas obras. Por Cristo, nosso Senhor.
Santo do Dia / Comemoração (SANTA BRÍGIDA):
Brígida, ou Brigite, nasceu princesa, em 1303, no castelo de Finstad, na Suécia. Descendia de uma casa real muito pia, que forneceu à Igreja muitos santos e que se dedicava a construir mosteiros, igrejas e hospitais com a própria fortuna. Além de manter muitas obras de caridade para a população pobre, Brígida, desde a infância, tinha o dom das revelações divinas, todas anotadas por ela no seu idioma sueco. Depois, as descrições foram traduzidas para o latim e somaram oito grandes volumes, que ainda hoje são fonte de consulta para historiadores, teólogos e fiéis cristãos. Aos dezoito anos, ela se casou com o nobre chamado Ulf Gudmarsson, um homem cristão e muito piedoso. O casal teve oito filhos, dentre os quais a filha venerada como santa Catarina da Suécia. Era com rigor que eles cuidavam da educação religiosa e acadêmica dos filhos, sempre no caminho para a santificação em Cristo. Durante um longo período, Brígida foi dama de companhia da rainha Bianca, de Namur, por isso freqüentava sempre as cortes luxuosas. Mas não se corrompeu neste ambiente de riquezas frívolas, ao contrário, manteve-se fiel aos ensinamentos cristãos, perseverando seu espírito na dignidade e na caridade da fé. Após a morte de um dos seus filhos, o casal resolveu fazer uma peregrinação ao santuário de Santiago de Compostela, na Espanha. No retorno, Ulf caiu gravemente enfermo, e nessa ocasião Brígida, em sonho, teve uma revelação de são Dionísio, que lhe disse que o marido não morreria. De fato ele ficou curado, mas logo em seguida ingressou no mosteiro de Alvastra, onde vivia um dos seus filhos, e lá morreu, em 1344. Viúva, Brígida decidiu retirar-se definitivamente para a vida monástica, para realizar um velho projeto, a fundação de um mosteiro duplo, de homens e mulheres, que deu origem à Ordem do Santo Salvador, sob as Regras de são Agostinho, passando, então, a viver nele. Quando obteve aprovação canônica, a fundadora transferiu-se para Roma. Ali viveu por vinte e quatro anos, trabalhando pela reforma dos costumes e a volta do papa de Avignon. Com o apoio do rei da Suécia, construiu e instaurou setenta e oito mosteiros por toda a Europa. Ela morreu em 23 de julho de 1373, durante uma romaria à Terra Santa. Desde então, a Ordem fundada por ela passou a ser dirigida por sua filha, Catarina da Suécia, alcançando notoriedade pelos anos futuros. Canonizada em 1391, apenas dezoito anos após sua morte, santa Brígida já tinha um culto muito vigoroso em todo o mundo cristão da Europa, sendo celebrada no dia de sua morte. O local onde residia em Roma foi transformado em um belíssima igreja dedicada a ela, na praça Farnese.

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