quarta-feira, 29 de julho de 2015

Quem segue Jesus é diferente!


Muitos que estão fora do rebanho não reconhecem a voz do Bom Pastor que nós devemos irradiar.
Por Ir. Diego Joaquim*
A adesão ao Evangelho deve fazer a pessoa assumir o mesmo compromisso e missão de Jesus Cristo, que veio ao mundo não como um ladrão para roubar, matar e destruir, mas para promover a vida, “e vida em abundância” (cf. Jo 10,10). Por isso, devemos colocar em prática o mandamento que Ele deixou: “Assim como eu vos amei, amem também uns aos outros. Se tiverem amor uns pelos outros, todos saberão que vocês são meus discípulos” (Jo, 13,56).
Longe de ser mera teoria, o ensinamento que Ele deixou era visível em sua prática de vida. No encontro com a samaritana (Jo 4,5-42), por exemplo, Jesus mostra que o diálogo e a proximidade com quem crê e pensa diferente promove o conhecimento mútuo e a transformação da realidade. Quando lhe foi apresentada uma mulher adúltera (Jo 8,1-11), ele mostrou que um pecador não pode julgar o outro, ao mesmo tempo em que o perdão recebido deve nos levar a uma mudança de vida.
Jesus agia dessa maneira porque se importava com as pessoas, se preocupava com elas. Ele mesmo disse que não era como um empregado que trabalhava somente por dinheiro, mas sim como um pastor que dá a vida pelas ovelhas (cf. Jo 10,11-18). Ele as conhecia, e por isso, sabia de suas dores e necessidades.
Nós, que professamos a fé cristã, precisamos nos aproximar de Jesus e procurar viver o que realmente Ele ensinou e viveu. Algumas ações de indivíduos ou comunidades inteiras, apesar da boa intenção, acabam distorcendo o essencial dos valores que o Evangelho nos apresenta. E, por isso, muitos que estão fora do rebanho não reconhecem a voz do Bom Pastor que nós devemos irradiar.
A melhor forma de comunicar hoje a voz do Pastor (cf. Jo 10,16) é pelo testemunho de vida (cf. Jo 10,35). Falta, em alguns, a disponibilidade para o diálogo, o acolhimento, e a colaboração para que possamos construir uma sociedade melhor. Como já disse o Papa Francisco: “A Igreja é fértil e mãe quando testemunha Jesus Cristo. Ao invés, quando a Igreja se fecha em si mesma, acredita ser – digamos assim – uma ‘universidade da religião’, com muitas boas ideias, belos templos, belos museus, mas que não testemunha, se torna estéril. E o mesmo acontece com o cristão”.
A12 19-07-2015.
*Ir. Diego Joaquim é missionário redentorista, jornalista e diretor de conteúdo da rede Pai Eterno de comunicação.

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