quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Liturgia Diária

DIA 7 DE AGOSTO - SEXTA-FEIRA

XVIII SEMANA DO TEMPO COMUM *
(VERDE – OFÍCIO DO DIA)

Antífona de entrada:
Meus Deus, vinde libertar-me, apressai-vos, Senhor, em socorrer-me. Vós sois o meu socorro e o meu libertador; Senhor, não tardeis mais (Sl 69,2.6).
Oração do dia
Manifestai, ó Deus, vossa inesgotável bondade para com os filhos e filhas que vos imploram e se gloriam de vos ter como criador e guia, restaurando para eles a vossa criação e conservando-a renovada. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Deuteronômio 4,32-40)
Leitura do livro do Deuteronômio.
Moisés falou ao povo, dizendo: 4 32 "Escuta os tempos que te precederam, desde o dia em que Deus criou o homem na terra. Pergunta se houve jamais, de uma extremidade dos céus à outra, uma coisa tão extraordinária como esta, e se jamais se ouviu coisa semelhante.
33 Houve, porventura, um povo que, como tu, tenha ouvido a voz de Deus falando do seio do fogo, sem perder a vida?
34 Algum deus tentou jamais escolher para si uma nação do meio de outra, por meio de provas e de sinais, de prodígios e de guerras, com mão poderosa e braço estendido, e de prodígios espantosos, como o Senhor, vosso Deus, fez por vós no Egito diante de vossos olhos?
35 Tu foste testemunha de tudo isso para que reconheças que o Senhor é Deus, e que não há outro fora dele.
36 Fez-te ouvir a sua voz do céu para a tua instrução, e na terra mostrou-te o seu grande fogo, e o ouviste falar do meio das chamas.
37 Porque amou teus pais, e elegeu a sua posteridade depois deles, tirou-te do Egito com a força de seu poder,
38 despojando em teu favor povos mais numerosos e mais robustos do que tu, para introduzir-te em suas terras e dá-las a ti em herança, como estás vendo hoje.
39 Sabe, pois, agora, e grava em teu coração que o Senhor é Deus, e que não há outro em cima no céu, nem embaixo na terra.
40 Observa suas leis e suas prescrições que hoje te prescrevo, para que sejas feliz, tu e teus filhos depois de ti, e prolongues teus dias para sempre na terra que te dá o Senhor, teu Deus".
Palavra do Senhor.
Salmo responsorial 76/77
Penso em vossas maravilhas, ó Senhor!

Recordando os grandes feitos do passado,
vossos prodígios eu relembro, ó Senhor;
eu medito sobre as vossas maravilhas
e sobre as obras grandiosas que fizestes.

São santos, ó Senhor, vossos caminhos!
Haverá deus que se compare ao nosso Deus?
Sois o Deus que operastes maravilhas,
vosso poder manifestastes entre os povos.

Com vosso braço redimistes vosso povo,
os filhos de Jacó e de José.
Como um rebanho conduzistes vosso povo
e o guiastes por Moisés e Aarão.

 
Evangelho (Mateus 16,24-28)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Felizes os que são perseguidos por causa da justiça do Senhor, porque o reino dos céus há de ser deles! (Mt 5,10)

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
16 24 Em seguida, Jesus disse a seus discípulos: "Se alguém quiser vir comigo, renuncie-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me.
25 Porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas aquele que tiver sacrificado a sua vida por minha causa, recobrá-la-á.
26 Que servirá a um homem ganhar o mundo inteiro, se vem a prejudicar a sua vida? Ou que dará um homem em troca de sua vida?
27 Porque o Filho do Homem há de vir na glória de seu Pai com seus anjos, e então recompensará a cada um segundo suas obras.
28 Em verdade vos declaro: muitos destes que aqui estão não verão a morte, sem que tenham visto o Filho do Homem voltar na majestade de seu Reino".
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
A FELIZ RECOMPENSA
            O discípulo do Reino vê-se diante de duas propostas contrárias. Por um lado, Jesus o convida a assumir seu projeto de vida, com seu componente de cruz, até o ponto de perder a própria vida por causa dele. Por outro, o mundo apresenta-lhe o ideal de garantir a própria segurança, através do acúmulo de bens e da busca de proteção humana. O contraste é evidente. Riqueza e pobreza, honra e desprezo, segurança e perda de si mesmo exigem dele uma decisão. Não existe uma via intermediária.
            Jesus alertou o discípulo sobre a inutilidade de escolher o caminho da riqueza, da honra e da segurança. Tal caminho conduz à perdição, pois o Pai não se deixará impressionar pela grandeza de ninguém, quando irá recompensá-lo pelo que tiver feito ao longo de sua vida. O Pai está acima da riqueza e da honra humanas.
            Tudo será diferente, se a escolha do discípulo coincidir com a de Jesus. Sua recompensa será semelhante àquela que o Pai reservou para seu Filho. Então, o discípulo descobrirá em que consiste a riqueza imperecível, a honra sem mescla de engano, a segurança confiável. Sua opção por Jesus, insensata aos olhos do mundo, revelará toda a sua sensatez. Ele saberá que valeu a pena abrir mão dos próprios projetos e ambições, para abraçar a cruz do seguimento. A bondade do Pai não o decepcionará!

 

Oração
            Senhor Jesus, que eu não hesite em renunciar aos meus interesses pessoais para seguir-te, pois, só assim, serei recompensado pelo Pai.
 

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Sobre as oferendas
Dignai-vos, ó Deus, santificar estas oferendas e, aceitando este sacrifício espiritual, fazei de nós uma oferenda eterna para vós. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão:
Vós nos destes, Senhor, o pão do céu, que contém todo sabor e satisfaz todo paladar (Sb 16,20).
Depois da comunhão
Acompanhai, ó Deus, com proteção constante os que renovastes com o pão do céu e, como não cessais de alimentá-los, tornai-os dignos da salvação eterna. Por Cristo, nosso Senhor.


MEMÓRIA FACULTATIVA

SÃO SISTO II
(VERMELHO – OFÍCIO DA MEMÓRIA)

Oração do dia:
Pai todo-poderoso, que concedestes a são Sisto e seus companheiros a graça de dar a vida por causa da vossa palavra e do testemunho de Jesus, pela força do Espírito Santo fazei-nos dóceis para acolher a fé e fortes para proclamá-la. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Sobre as oferendas:
Recebei, Pai santo, as nossas oferendas na comemoração dos vossos santos mártires e dai-nos a graça de não vacilar ao proclamarmos nossa fé. Por Cristo, nosso Senhor.
Depois da comunhão:
Ó Deus, que, de modo admirável, manifestastes em vossos mártires o mistério da cruz, concedei que, fortalecidos por este sacrifício, possamos seguir fielmente a Cristo e participar na Igreja da obra de salvação. Por Cristo, nosso Senhor.
Santo do Dia / Comemoração (SÃO SISTO II):
Xisto II foi o vigésimo quarto sumo pontífice de Roma. Era grego, nasceu em Atenas e assumiu a direção da Igreja em 30 de agosto de 257. O seu governo durou apenas onze meses, tempo em que não poderia ter feito muitas obras. Mas fez uma das mais importantes para a Igreja. Com seu caráter reto e bondoso, conseguiu solucionar as discórdias que haviam atormentado a Santa Sé desde o governo de Vítor I. A questão polêmica era a seguinte: se um herege quisesse retornar à Igreja, após ter renegado a fé, deveria ser batizado de novo ou seria suficiente o batismo que havia recebido a primeira vez? Isso dividia a Igreja. De um lado, a de Roma, que aceitava o retorno apenas com a confirmação por meio do crisma. De outro, a do Oriente, em especial a da Antioquia e da Alexandria, que exigia um novo batismo. A discórdia aumentou quando o papa Vitor I impôs o procedimento romano a ser seguido por todos, sob pena de excomunhão. Moderado e pacifista, Xisto II neutralizou a excomunhão. Dizendo que não estava em jogo a fé comum, nem a união com o sucessor de Pedro, cada Igreja ou grupo de igrejas devia resolver a questão com independência e de acordo com as circunstâncias dos fatos, resolvendo o antigo problema. Assim, trouxe de volta à Igreja os cristãos da Antioquia e da Alexandria que se haviam distanciado, e a harmonia estabeleceu-se. Em meados de 258, o imperador Valeriano, por meio de um segundo decreto, obrigou que os cristãos renegassem a própria religião publicamente, sob pena de terem os bens confiscados e sofrerem morte por decapitação. Para os sacerdotes e integrantes da Igreja, seriam confiscados até mesmo os cemitérios. Xisto II fez o traslado das relíquias de são Pedro e são Paulo para um local seguro após esse decreto. Depois, surpreendido pelos soldados enquanto celebrava a santa missa, no cemitério, foi preso com outros sete religiosos. Durante as perseguições, os cristãos encontravam-se nos cemitérios subterrâneos para receberem a eucaristia, era lá que escondiam os livros sagrados e os objetos litúrgicos. Foram condenados, pelo imperador, à decapitação e houve o confisco dos bens. O papa Xisto II morreu junto com seis diáconos - Agapito, Estêvão, Feliz, Januário, Magno e Vicente -, no dia 6 de agosto de 258. O sétimo, Lourenço, foi morto quatro dias depois. A festa de são Xisto II e seus companheiros, com a reforma do calendário da Igreja, passou a ser celebrada no dia 7 de agosto. No livro dos papas, sua morte foi definida como "soglio pontificio", pois estava em exercício da santa missa. As suas relíquias estão na cripta dos papas de São Calisto, em Roma.

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