quinta-feira, 16 de abril de 2015

Evangelho do Dia

B - 16 de abril de 2015

João 3,31-36

Aleluia, aleluia, aleluia.
Acreditaste, Tomé, porque me viste. Felizes os que crêem sem ter visto (Jo 20,29).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
3 31 "Aquele que vem de cima é superior a todos. Aquele que vem da terra é terreno e fala de coisas terrenas. Aquele que vem do céu é superior a todos.
32 Ele testemunha as coisas que viu e ouviu, mas ninguém recebe o seu testemunho.
33 Aquele que recebe o seu testemunho confirma que Deus é verdadeiro.
34 Com efeito, aquele que Deus enviou fala a linguagem de Deus, porque ele concede o Espírito sem medidas.
35 O Pai ama o Filho e confiou-lhe todas as coisas.
36 Aquele que crê no Filho tem a vida eterna; quem não crê no Filho não verá a vida, mas sobre ele pesa a ira de Deus".
Palavra da Salvação.
 

Comentário do Evangelho
JESUS E SUA MISSÃO
            O diálogo com Nicodemos constituiu uma oportunidade para Jesus explicitar sua origem e missão. Ele veio do alto, do Pai. Portanto, seu horizonte existencial superava os limites da história humana e lançava raízes no próprio Deus. Foi assim que Jesus declarou sua divindade. Sua origem celeste e sua superioridade em relação a todos fazia-o tão próximo de Deus a ponto de revesti-lo dos atributos próprios da divindade.
            Sua missão consistiu em dar testemunho do que aprendeu junto do Pai. Neste, suas palavras tinham sua origem. E seu testemunho era rigorosamente verdadeiro. Não aceitá-lo corresponderia a rebelar-se contra o próprio Deus. Afinal, Jesus recebera do Pai um mandato específico. Rejeitá-lo significaria rejeitar quem o enviou.
            Toda a vida de Jesus teve como pano de fundo o amor que o Pai lhe dedicou. E este amor foi tão intenso que o Pai não hesitou em colocar nas mãos do Filho, inclusive o poder de julgar a vida de quem se negar a crer nele.
            A contemplação do Ressuscitado coloca-nos diante de uma opção intransferível: aceitar, como veraz, o testemunho de Jesus e, com isso, obter a salvação; ou rejeitá-lo, e ser fadado à condenação eterna. Quem é prudente, opta pela salvação.
 
Leitura
Atos 5,27-33
Leitura dos Atos dos Apóstolos.
Naqueles dias, 5 27 trouxeram-nos e os introduziram no Grande Conselho, onde o sumo sacerdote os interrogou, dizendo:
28 "Expressamente vos ordenamos que não ensinásseis nesse nome. Não obstante isso, tendes enchido Jerusalém de vossa doutrina! Quereis fazer recair sobre nós o sangue deste homem!"
29 Pedro e os apóstolos replicaram: "Importa obedecer antes a Deus do que aos homens.
30 O Deus de nossos pais ressuscitou Jesus, que vós matastes, suspendendo-o num madeiro.
31 Deus elevou-o pela mão direita como Príncipe e Salvador, a fim de dar a Israel o arrependimento e a remissão dos pecados.
32 Deste fato nós somos testemunhas, nós e o Espírito Santo, que Deus deu a todos aqueles que lhe obedecem".
33 Ao ouvirem essas palavras, enfureceram-se e resolveram matá-los.
Palavra do Senhor.
 
Salmo 33/34
Este infeliz gritou a Deus e foi ouvido.

Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo,
seu louvor estará sempre em minha boca.
Provai e vede quão suave é o Senhor!
Feliz o homem que tem nele o seu refúgio!

Ma ele volta a sua face contra os maus
para da terra apagar sua lembrança.
Clamam os justos, e o Senhor bondoso escuta
e de todas as angústias os liberta.

Do coração atribulado ele está perto
e conforta os de espírito abatido.
Muitos males se abatem sobre os justos,
mas o Senhor de todos eles os liberta.
 
Oração
Concedei, ó Deus, que vejamos frutificar em toda a nossa vida as graças do mistério pascal, que instituístes na vossa misericórdia. Por nosso Senhor Jesus Cristo vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Liturgia Diária

DIA 16 DE ABRIL - QUINTA-FEIRA

II SEMANA DA PÁSCOA
(BRANCO – OFÍCIO DO DIA)

Antífona de entrada:
Ó Deus, quando saístes à frente do vosso povo, abrindo-lhe o caminho e habitando entre eles, a terra estremeceu, fundiram-se os céus, aleluia! (Sl 67,8s.20)
Oração do dia
Concedei, ó Deus, que vejamos frutificar em toda a nossa vida as graças do mistério pascal, que instituístes na vossa misericórdia. Por nosso Senhor Jesus Cristo vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Atos 5,27-33)
Leitura dos Atos dos Apóstolos.
Naqueles dias, 5 27 trouxeram-nos e os introduziram no Grande Conselho, onde o sumo sacerdote os interrogou, dizendo:
28 "Expressamente vos ordenamos que não ensinásseis nesse nome. Não obstante isso, tendes enchido Jerusalém de vossa doutrina! Quereis fazer recair sobre nós o sangue deste homem!"
29 Pedro e os apóstolos replicaram: "Importa obedecer antes a Deus do que aos homens.
30 O Deus de nossos pais ressuscitou Jesus, que vós matastes, suspendendo-o num madeiro.
31 Deus elevou-o pela mão direita como Príncipe e Salvador, a fim de dar a Israel o arrependimento e a remissão dos pecados.
32 Deste fato nós somos testemunhas, nós e o Espírito Santo, que Deus deu a todos aqueles que lhe obedecem".
33 Ao ouvirem essas palavras, enfureceram-se e resolveram matá-los.
Palavra do Senhor.
 
Salmo responsorial 33/34
Este infeliz gritou a Deus e foi ouvido.

Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo,
seu louvor estará sempre em minha boca.
Provai e vede quão suave é o Senhor!
Feliz o homem que tem nele o seu refúgio!

Ma ele volta a sua face contra os maus
para da terra apagar sua lembrança.
Clamam os justos, e o Senhor bondoso escuta
e de todas as angústias os liberta.

Do coração atribulado ele está perto
e conforta os de espírito abatido.
Muitos males se abatem sobre os justos,
mas o Senhor de todos eles os liberta.
 
Evangelho (João 3,31-36)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Acreditaste, Tomé, porque me viste. Felizes os que crêem sem ter visto (Jo 20,29).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
3 31 "Aquele que vem de cima é superior a todos. Aquele que vem da terra é terreno e fala de coisas terrenas. Aquele que vem do céu é superior a todos.
32 Ele testemunha as coisas que viu e ouviu, mas ninguém recebe o seu testemunho.
33 Aquele que recebe o seu testemunho confirma que Deus é verdadeiro.
34 Com efeito, aquele que Deus enviou fala a linguagem de Deus, porque ele concede o Espírito sem medidas.
35 O Pai ama o Filho e confiou-lhe todas as coisas.
36 Aquele que crê no Filho tem a vida eterna; quem não crê no Filho não verá a vida, mas sobre ele pesa a ira de Deus".
Palavra da Salvação.
 
Comentário ao Evangelho
JESUS E SUA MISSÃO
            O diálogo com Nicodemos constituiu uma oportunidade para Jesus explicitar sua origem e missão. Ele veio do alto, do Pai. Portanto, seu horizonte existencial superava os limites da história humana e lançava raízes no próprio Deus. Foi assim que Jesus declarou sua divindade. Sua origem celeste e sua superioridade em relação a todos fazia-o tão próximo de Deus a ponto de revesti-lo dos atributos próprios da divindade.
            Sua missão consistiu em dar testemunho do que aprendeu junto do Pai. Neste, suas palavras tinham sua origem. E seu testemunho era rigorosamente verdadeiro. Não aceitá-lo corresponderia a rebelar-se contra o próprio Deus. Afinal, Jesus recebera do Pai um mandato específico. Rejeitá-lo significaria rejeitar quem o enviou.
            Toda a vida de Jesus teve como pano de fundo o amor que o Pai lhe dedicou. E este amor foi tão intenso que o Pai não hesitou em colocar nas mãos do Filho, inclusive o poder de julgar a vida de quem se negar a crer nele.
            A contemplação do Ressuscitado coloca-nos diante de uma opção intransferível: aceitar, como veraz, o testemunho de Jesus e, com isso, obter a salvação; ou rejeitá-lo, e ser fadado à condenação eterna. Quem é prudente, opta pela salvação.
 

Oração
            Espírito de decisão, leva-me sempre a escolher o caminho da fé e da salvação, indicados pelo Filho, como o único capaz de me levar à reconciliação com o Pai.
 

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês).
 
Sobre as oferendas
Subam até vós, ó Deus, as nossas preces com estas oferendas para o sacrifício, a fim de que, purificados por vossa bondade, correspondamos cada vez melhor aos sacramentos do vosso amor. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão:
Eis que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos, aleluia! (Mt 28,20)
Depois da comunhão
Deus eterno e todo-poderoso, que, pela ressurreição de Cristo, nos renovais para a vida eterna, fazei frutificar em nós o sacramento pascal e infundi em nossos corações a fortaleza desse alimento salutar. Por Cristo, nosso Senhor.

Dom Helder: motivações e razões para viver


Apaixonado por Deus e suas criaturas, ele percebeu com clareza o caráter universal da salvação.
Por Geovane Saraiva*
"Das barreiras a romper, a que mais custa, mais importa, é sem dúvida, a barreira da mediocridade", dizia nosso 'Servo de Deus', Dom Helder Câmara. Ele, que tem muito a nos dizer e ensinar, ao sonhar com uma Igreja totalmente aberta ao Espírito, pobre, despojada e servidora, a nós que procuramos mergulhar na sua vida, por ocasião do centenário de seu nascimento (1909 -2009), e recentemente (08/04/2015), recebemos a alvissareira notícia da Sé Apostólica, sobre a aprovação do seu processo de beatificação e canonização.
Desde a juventude, Dom Helder mostrou-se determinado e comprometido com a realidade social, com os empobrecidos, nunca se esquecendo do conselho de seu pai, quando manifestar-lhe o desejo de ser padre: “Meu filho, você sabe o que é ser padre? Lembre-se que Padre e egoísmo nunca podem andar juntos. Padre tem que gastar-se, deixar-se devorar”.
Entrou para o Seminário da Prainha em Fortaleza-CE, estudou muito e foi ordenado sacerdote em 1931. Deixou o Ceará em 1936 para abraçar, como padre novo, cheio de sonhos e disposição interior, uma nova missão sacerdotal na cidade do Rio de Janeiro, como técnico em educação do Distrito Federal. Ao receber o convite para a nova função, seu bispo lhe aconselhou, dizendo: "Meu filho, é Deus, é Deus que está lhe chamando para o Rio de Janeiro. Aceite o convite! Vá, meu filho, vá!".
Foi para o Rio de Janeiro, trabalhou, trabalhou e ficou conhecido como o bispo das favelas. Mas seu superior, Dom Jaime de Barros Câmara, não gostava, não achava bom e reclamava do seu contato aberto, ao se dirigir as pessoas, dizendo: “O senhor não pode fazer isso. Um bispo da Igreja é um príncipe e um príncipe não pode se misturar”. Mas Dom Helder adorava se misturar!  “Quantas vezes eu celebro em área de miséria e o meu povo canta: 'O Senhor é o meu pastor, e nada me pode faltar'. Eu olho ao seu redor e vejo que está faltando tudo”.
Certa vez, Dom Helder confidenciou: "Uma de minhas maiores emoções, em toda minha vida, foi quando da abertura da primeira sessão do Concílio Vaticano II (1962 -1965)". Em sua aula inaugural, o Papa João XXIII disse com força: “Aqui estamos para a nossa conversão” e ele mesmo se incluía. Isso significava que nós, cristãos, padres e bispos e até o Papa, precisávamos voltar às origens do cristianismo e a reaprender o Evangelho. A beber novamente da fonte d’água da vida que é o próprio Deus.
Foi o bispo brasileiro mais influente em todo o Concílio Vaticano II, com grande mérito de abrir, para a Igreja, o caminho de renovação, da Igreja povo de Deus e que a mesma tinha que ir ao encontro dos sofredores e empobrecidos, dos "sem voz e sem vez". Dizia ele: "Se eu não me engano, nós, os homens da Igreja, deveríamos realizar dentro da Igreja as mudanças que exigimos da sociedade. Não pense que Deus ajuda a miséria. Deus não aprova as injustiças. As injustiças sociais são problemas nossos". No século passado, Dom Helder foi a pessoa, entre todos os brasileiros, mais conhecida no exterior. Comparado com Edson Arantes do Nascimento (Pelé) e Juscelino Kubitschek, foi ele, sem dúvida, o nome sobre o qual mais se perguntava fora do Brasil.
Alguns anos depois da inexprimível ação de graças ao bom Deus pelo seu centenário de seu nascimento (07/02/2009), somos convidados ainda mais a render graças a Deus por sua vida, o dom maior que a Igreja do Brasil já produziu, e ao mesmo tempo, acolhê-lo como um tesouro ou pérola preciosa, porque seu jeito de viver nos coloca bem dentro da proposta do Reino. É importante olhar para a convicção vocacional de Dom Helder, para o brilho de sua sabedoria, com raríssimas qualidades: inteligência, criatividade, perspicácia, espírito de liderança e, ao mesmo tempo, um incontestável amor por todas as pessoas do planeta, marcadas pela dor e sofrimento de toda natureza.
O pastor dos empobrecidos, apaixonado por Deus e suas criaturas, percebeu com clareza o caráter universal da salvação, em toda criação, como templo sagrado de Deus. Deixou-nos a a lição que, de  acordo com o projeto de Deus, os empobrecidos  não devem renunciar jamais seu inalienável direito de viver, sem esquecer a utopia e o sonho da esperança. Ensinou-nos também que Nosso senhor Jesus Cristo, o Filho encarnado do Pai, não é um mito ou uma fábula, e sim, Senhor da vida e da história, a iluminar os passos da humanidade. Em Dom Helder, nosso Servo de Deus, as pessoas encontram razões e motivações para viver!
*Geovane Saraiva é escritor, blogueiro, colunista, vice-presidente da Previdência Sacerdotal e Pároco de Santo Afonso, Parquelândia, Fortaleza-CE – geovanesaraiva@gmail.com.

terça-feira, 14 de abril de 2015

Meu Dia com Deus

DIA 14 DE ABRIL - TERÇA-FEIRA

Ouça: 
Evangelho do Dia: (João 3,7-15)
Aleluia, aleluia, aleluia.
O Filho do homem há de ser levantado, para que quem crer possua a vida eterna (Jo 3,14s).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
3 7 Disse Jesus a Nicodemos: “Não te maravilhes de que eu te tenha dito: Necessário vos é nascer de novo.
8 O vento sopra onde quer; ouves-lhe o ruído, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai. Assim acontece com aquele que nasceu do Espírito”.
9 Replicou Nicodemos: “Como se pode fazer isso?”
10 Disse Jesus: “És doutor em Israel e ignoras estas coisas!
11 Em verdade, em verdade te digo: dizemos o que sabemos e damos testemunho do que vimos, mas não recebeis o nosso testemunho.
12 Se vos tenho falado das coisas terrenas e não me credes, como crereis se vos falar das celestiais?
13 Ninguém subiu ao céu senão aquele que desceu do céu, o Filho do Homem que está no céu.
14 Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim deve ser levantado o Filho do Homem,
15 para que todo homem que nele crer tenha a vida eterna”.
Palavra da Salvação.
 
Meditando o Evangelho
SOB O SOPRO DO ESPÍRITO
            Ao exortar Nicodemos sobre a necessidade de nascer de novo, Jesus apontou o ação do Espírito como dinamismo deste renascimento. É o Espírito quem leva a pessoa a superar os esquemas da vida, segundo a carne, e a assumir um projeto de vida centrado na vontade de Deus. Arranca-a das malhas do egoísmo, e a coloca no terreno firme do amor. Abre-lhe os horizontes, apresentando-lhe a carência dos pobres e sofredores como campo de serviço. Liberta-a dos interesses mesquinhos, levando-a a confrontar-se com ideais elevados, realmente capazes de trazer felicidade e realização pessoal.
            O sopro incontrolável do vento serviu de comparação para revelar a liberdade de ação de quem é movido pelo Espírito. Como não se pode segurar, determinar o rumo, exercer controle sobre o vento, o mesmo se dá com a pessoa que nasce do Espírito. Sua capacidade de fazer o bem torna-se ilimitada. Nada a detém quando se trata de demonstrar, com gestos concretos, o amor ao semelhante. O amor que traz dentro de si permite-lhe expressar, de maneira criativa, sua solidariedade. Tudo, em sua vida, torna-se novo, pois o Espírito não lhe permite cair na rotina e na inatividade, características de quem perdeu a razão de viver.
            A ressurreição de Jesus é um convite a nascer de novo. O Ressuscitado é quem nos concede o Espírito necessário para este renascer.
 
Oração
            Espírito de renovação, que o nascimento pelo Espírito faça-me superar tudo o que é velho dentro de mim, e experimentar a liberdade de servir.
           

Preenchendo o espaço vazio


A Palavra de Deus faz superar o medo e as ameaças que muita gente vem sofrendo.
Por Dom Paulo Mendes Peixoto*
Já falamos de "Sepulcro vazio". A intenção agora é refletir sobre "Espaço vazio", podendo ser físico, psicológico ou espiritual. Após a morte de Cristo, pela motivação dos profetas do Antigo Testamento, à primeira vista, ficou um grande vazio. Parece que reinou uma profunda decepção e as esperanças de situações novas no processo de libertação do povo caíram por terra.
Páscoa significa espaços que foram preenchidos pelo Cristo ressuscitado. É o espaço da fé, que só tem sentido se Cristo é visto como O ressuscitado, que está vivo. A questão não é o espaço físico, mas o que é assumido no contexto do mistério e nas palavras do próprio Jesus: “Sou eu” (Jo 6,20).
O espaço toma nova forma e passa a ser preenchido agora com o testemunho dos apóstolos e dos primeiros cristãos. Passaram a testemunhar que Cristo tinha ressuscitado, e enfrentaram, inclusive, o martírio, por causa disso. Os atos miraculosos eram realizados em nome de Jesus Cristo. Era uma fé que conseguia “remover montanhas”.
O conhecimento que os primeiros cristãos tinham de Cristo não era um fato teórico. Eles viviam sua palavra no cotidiano, tendo como base o cumprimento dos mandamentos de Deus. Há uma expressão que diz: "o amor de Deus se realiza plenamente em quem guarda sua palavra" (I Jo 2,5). Palavra que é capaz de neutralizar nossa passividade em relação ao bem.
Na mentalidade atual, corremos o risco de ver em Jesus Cristo apenas um fantasma, com uma fé irreal e incapaz de construir vida nova e esperança para as pessoas. A confirmação da fé está fundamentada nas palavras da Sagrada Escritura. Aí encontramos o alimento que dá estrutura e base para a ação do cristão e preenche o espaço vazio.
Muitos espaços são preenchidos quando fazemos a opção e participamos de um grupo que reflete a Palavra de Deus. Palavra que motiva a vida e o valor de cada pessoa humana. Além disso, faz superar o medo e as ameaças que muita gente vem sofrendo. Ela fortalece a fé e preenche o vazio de esperança.
*Dom Paulo Mendes Peixoto é arcebispo de Uberaba.

Evangelho do Dia

B - 14 de abril de 2015

João 3,7-15

Aleluia, aleluia, aleluia.
O Filho do homem há de ser levantado, para que quem crer possua a vida eterna (Jo 3,14s).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
3 7 Disse Jesus a Nicodemos: “Não te maravilhes de que eu te tenha dito: Necessário vos é nascer de novo.
8 O vento sopra onde quer; ouves-lhe o ruído, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai. Assim acontece com aquele que nasceu do Espírito”.
9 Replicou Nicodemos: “Como se pode fazer isso?”
10 Disse Jesus: “És doutor em Israel e ignoras estas coisas!
11 Em verdade, em verdade te digo: dizemos o que sabemos e damos testemunho do que vimos, mas não recebeis o nosso testemunho.
12 Se vos tenho falado das coisas terrenas e não me credes, como crereis se vos falar das celestiais?
13 Ninguém subiu ao céu senão aquele que desceu do céu, o Filho do Homem que está no céu.
14 Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim deve ser levantado o Filho do Homem,
15 para que todo homem que nele crer tenha a vida eterna”.
Palavra da Salvação.
 

Comentário do Evangelho
SOB O SOPRO DO ESPÍRITO
            Ao exortar Nicodemos sobre a necessidade de nascer de novo, Jesus apontou o ação do Espírito como dinamismo deste renascimento. É o Espírito quem leva a pessoa a superar os esquemas da vida, segundo a carne, e a assumir um projeto de vida centrado na vontade de Deus. Arranca-a das malhas do egoísmo, e a coloca no terreno firme do amor. Abre-lhe os horizontes, apresentando-lhe a carência dos pobres e sofredores como campo de serviço. Liberta-a dos interesses mesquinhos, levando-a a confrontar-se com ideais elevados, realmente capazes de trazer felicidade e realização pessoal.
            O sopro incontrolável do vento serviu de comparação para revelar a liberdade de ação de quem é movido pelo Espírito. Como não se pode segurar, determinar o rumo, exercer controle sobre o vento, o mesmo se dá com a pessoa que nasce do Espírito. Sua capacidade de fazer o bem torna-se ilimitada. Nada a detém quando se trata de demonstrar, com gestos concretos, o amor ao semelhante. O amor que traz dentro de si permite-lhe expressar, de maneira criativa, sua solidariedade. Tudo, em sua vida, torna-se novo, pois o Espírito não lhe permite cair na rotina e na inatividade, características de quem perdeu a razão de viver.
            A ressurreição de Jesus é um convite a nascer de novo. O Ressuscitado é quem nos concede o Espírito necessário para este renascer.
 
Leitura
Atos 4,32-37
Leitura dos Atos dos Apóstolos.
32 A multidão dos fiéis era um só coração e uma só alma. Ninguém dizia que eram suas as coisas que possuía, mas tudo entre eles era comum.
33 Com grande coragem os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus. Em todos eles era grande a graça.
34 Nem havia entre eles nenhum necessitado, porque todos os que possuíam terras e casas vendiam-nas,
35 e traziam o preço do que tinham vendido e depositavam-no aos pés dos apóstolos. Repartia-se então a cada um deles conforme a sua necessidade.
36 Assim José (a quem os apóstolos deram o sobrenome de Barnabé que quer dizer Filho da Consolação), levita natural de Chipre, possuía um campo.
37 Vendeu-o e trouxe o valor dele e depositou aos pés dos apóstolos.
Palavra do Senhor.
 
Salmo 92/93
Reina o Senhor, revestiu-se de esplendor.

Deus é rei e se vestiu de majestade,
revestiu-se de poder e de esplendor!

Vós firmastes o universo inabalável,
vós firmastes vosso trono desde a origem,
desde sempre, ó Senhor, vós existis!

Verdadeiros são os vossos testemunhos,
refulge a santidade em vossa casa
pelos séculos dos séculos, Senhor!
 
Oração
Fazei-nos, ó Deus todo-poderoso, proclamar o poder de Cristo ressuscitado, e, tendo recebido as primícias dos seus dons, consigamos possuí-los em plenitude. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Liturgia Diária

DIA 14 DE ABRIL - TERÇA-FEIRA

II SEMANA DA PÁSCOA
(BRANCO – OFÍCIO DO DIA)

Antífona de entrada:
Alegremo-nos, exultemos e demos glória a Deus, porque o Senhor todo-poderoso tomou posse do seu reino, aleluia! (Ap 19,7.6)
Oração do dia
Fazei-nos, ó Deus todo-poderoso, proclamar o poder de Cristo ressuscitado, e, tendo recebido as primícias dos seus dons, consigamos possuí-los em plenitude. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Atos 4,32-37)
Leitura dos Atos dos Apóstolos.
32 A multidão dos fiéis era um só coração e uma só alma. Ninguém dizia que eram suas as coisas que possuía, mas tudo entre eles era comum.
33 Com grande coragem os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus. Em todos eles era grande a graça.
34 Nem havia entre eles nenhum necessitado, porque todos os que possuíam terras e casas vendiam-nas,
35 e traziam o preço do que tinham vendido e depositavam-no aos pés dos apóstolos. Repartia-se então a cada um deles conforme a sua necessidade.
36 Assim José (a quem os apóstolos deram o sobrenome de Barnabé que quer dizer Filho da Consolação), levita natural de Chipre, possuía um campo.
37 Vendeu-o e trouxe o valor dele e depositou aos pés dos apóstolos.
Palavra do Senhor.
 
Salmo responsorial 92/93
Reina o Senhor, revestiu-se de esplendor.

Deus é rei e se vestiu de majestade,
revestiu-se de poder e de esplendor!

Vós firmastes o universo inabalável,
vós firmastes vosso trono desde a origem,
desde sempre, ó Senhor, vós existis!

Verdadeiros são os vossos testemunhos,
refulge a santidade em vossa casa
pelos séculos dos séculos, Senhor!
 
Evangelho (João 3,7-15)
Aleluia, aleluia, aleluia.
O Filho do homem há de ser levantado, para que quem crer possua a vida eterna (Jo 3,14s).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
3 7 Disse Jesus a Nicodemos: “Não te maravilhes de que eu te tenha dito: Necessário vos é nascer de novo.
8 O vento sopra onde quer; ouves-lhe o ruído, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai. Assim acontece com aquele que nasceu do Espírito”.
9 Replicou Nicodemos: “Como se pode fazer isso?”
10 Disse Jesus: “És doutor em Israel e ignoras estas coisas!
11 Em verdade, em verdade te digo: dizemos o que sabemos e damos testemunho do que vimos, mas não recebeis o nosso testemunho.
12 Se vos tenho falado das coisas terrenas e não me credes, como crereis se vos falar das celestiais?
13 Ninguém subiu ao céu senão aquele que desceu do céu, o Filho do Homem que está no céu.
14 Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim deve ser levantado o Filho do Homem,
15 para que todo homem que nele crer tenha a vida eterna”.
Palavra da Salvação.
 
Comentário ao Evangelho
SOB O SOPRO DO ESPÍRITO
            Ao exortar Nicodemos sobre a necessidade de nascer de novo, Jesus apontou o ação do Espírito como dinamismo deste renascimento. É o Espírito quem leva a pessoa a superar os esquemas da vida, segundo a carne, e a assumir um projeto de vida centrado na vontade de Deus. Arranca-a das malhas do egoísmo, e a coloca no terreno firme do amor. Abre-lhe os horizontes, apresentando-lhe a carência dos pobres e sofredores como campo de serviço. Liberta-a dos interesses mesquinhos, levando-a a confrontar-se com ideais elevados, realmente capazes de trazer felicidade e realização pessoal.
            O sopro incontrolável do vento serviu de comparação para revelar a liberdade de ação de quem é movido pelo Espírito. Como não se pode segurar, determinar o rumo, exercer controle sobre o vento, o mesmo se dá com a pessoa que nasce do Espírito. Sua capacidade de fazer o bem torna-se ilimitada. Nada a detém quando se trata de demonstrar, com gestos concretos, o amor ao semelhante. O amor que traz dentro de si permite-lhe expressar, de maneira criativa, sua solidariedade. Tudo, em sua vida, torna-se novo, pois o Espírito não lhe permite cair na rotina e na inatividade, características de quem perdeu a razão de viver.
            A ressurreição de Jesus é um convite a nascer de novo. O Ressuscitado é quem nos concede o Espírito necessário para este renascer.
 

Oração
            Espírito de renovação, que o nascimento pelo Espírito faça-me superar tudo o que é velho dentro de mim, e experimentar a liberdade de servir.
          
 

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês).
Sobre as oferendas
Concedei, ó Deus, que sempre nos alegremos por estes mistérios pascais, para que nos renovem constantemente e sejam fonte de eterna alegria. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão:
Era preciso que Cristo padecesse e ressurgisse dos mortos para entrar na sua glória, aleluia! (Lc 24,46.26)
Depois da comunhão
Ouvi, ó Deus, as nossas preces, para que o intercâmbio de dons entre o céu e a terra, trazendo-nos a redenção, seja um auxílio para a vida presente e nos conquiste a alegria eterna. Por Cristo, nosso Senhor.