sexta-feira, 24 de agosto de 2012

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Medo? Por que?

Por que medo da vida, se ela é milagre de gratuidade?
Medo da sombra, se ela é caminho da luz?
Medo do outro, se ele é imagem de Deus?

Medo do espelho, se ele reflete a verdade?
Medo do hoje, se ele é apelo do eterno?
Medo do ontem, se ele foi trampolim para o presente?

Medo do amanhã, se ele é promessa de nascimento?
Medo de mudança, se ela é caminho de libertação?
Medo do amor, se ele é o sol da vida?

Medo da lágrima, se ela é fonte de pureza?
Medo da saúde, medo da saudade, se ela é esperança do infinito?
Medo da perda, se existe a eternidade?

Medo do abismo, se a ponte é segura?
Medo da morte, se ela é começo de vida plena?
Medo da queda, se ela é semente de grandeza?

Medo do silêncio, se ele é linguagem da prece?
Medo do abandono, se o amor é para sempre?
Medo da solidão, se ela é saudade do encontro?

Medo da sede, se canta uma fonte?
Medo do relógio, se ele é ritmo da jovialidade?
Medo da liberdade, se ela é a glória do homem?

Medo da viagem, se ela conduz para casa?
Por que medo de Deus, se ele é a plenitude do amor?


Clemente Kesselmeier

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