segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Doutrina Social da Igreja é uma luz para a sociedade atual


Porto, 26 nov (SIR/Ecclesia) – O coordenador da Semana Social da Diocese do Porto, Joaquim Azevedo, disse à Agência ECCLESIA que a Doutrina Social da Igreja é uma “lâmpada e fonte inspiradora muito importante, sobretudo neste contexto de crise”.
Ao fazer o balanço dos três dias (sexta a domingo) da Semana Social que decorreu no Porto (Casa de Vilar), Joaquim Azevedo considera que é essencial “parar e refletir” sobre a situação atual e acrescenta que “foi importante perceber [na Semana Social] que a reflexão sobre o Estado social é oportuna, mas é pena que esteja atrelada a uma redução da despesa pública” e “não, necessariamente, a uma reflexão mais ponderada”. Com o tema «Estado Social e Sociedade Solidária» - congregou mais de 300 participantes – esta iniciativa deixou – nas palavras do coordenador – um conjunto de análises e considerações que podem ser “importantes nos próximos tempos”. Na ação de repensar o Estado social, Joaquim Azevedo defende que devem entrar “as várias áreas da sociedade portuguesa, não só a administração pública e os líderes políticos, mas também o setor social e solidário e o setor privado”.
Para o presidente do Centro Regional do Porto da Universidade Católica Portuguesa (UCP) “não se pode pensar” numa reforma do Estado social “sem envolver muito fortemente a sociedade”. As manifestações, realizadas nos últimos tempos, são – segundo Joaquim Azevedo – um “sinal da insatisfação e, essa vontade de vir para a rua, é também um sinal da disponibilidade para participar”. A sociedade portuguesa tem “de evoluir mais” e a ação da administração pública “devia provocar não o clientelismo – é o que ela sabe fazer muito bem e cada vez melhor -, mas a autonomia e a responsabilidade das pessoas e das instituições que o Estado apoia”.
Em Portugal “alimentou-se, até hoje, um clientelismo baseado na subsidiodependência”, alertou e acrescenta: “Quem alimentou a subsidiodependência foi o Estado para perpetuar a sua lógica clientelar”. As semanas sociais são promovidas de três em três anos pela Conferência Episcopal Portuguesa, com a coordenação de um grupo presidido por Guilherme d´ Oliveira Martins, e composto, entre outros por Alfredo Bruto da Costa, Eugénio Fonseca, padre José Manuel Pereira de Almeida e Joaquim Azevedo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário