terça-feira, 4 de dezembro de 2012

França: Diálogo islâmico-cristão


Lyon, 04 dez (SIR) – Uns cinquenta líderes cristãos (católicos e evangélicos) e islâmicos se reuniram neste último fim de semana em Lyon durante o 2º Fórum islâmico-cristão. “As tentações extremistas” foi o tema escolhido para os debates numa França fortemente chocada este ano pelos atentados de Toulouse e Montauban.
O Fórum de Lyon é uma iniciativa assumida pelo delegado diocesano para o Diálogo com os Islâmicos, Vincent Feroldi e pelo imã Azzedine Gaci, mas que envolveu imãs de várias cidades da França, líderes espirituais, reitores de mesquitas bem como delegados diocesanos, pastores evangélicos. Participou dos trabalhos também dom Michel Dubost, presidente do Conselho para as relações inter-religiosas da Conferência episcopal francesa. “Também este ano – lê-se na mensagem escrita aos participantes pelo cardeal de Lyon, Philippe Barbarin – destes prova de coragem escolhendo refletir juntos sobre as tentações extremistas e fundamentalistas que ameaçam e dividem as nossas comunidades. Elas provocam formas de violência, às vezes homicida, que é causa de grande escândalo para os não crentes e para todos nós.
Estes atos violentos também fazem nascer medos que podem paralisar nossos encontro e o nosso diálogo. È preciso, portanto, denunciar todo tipo de violência fundamentalista com grande firmeza de modo que nunca possam alterar a qualidade das nossas relações”.
“2012 – explicou Vincent Feroldi – foi marcado por dramáticos aconteciment6os”. “Neste contexto, é urgente para todos nós, responsáveis pelas comunidades islâmicas e cristãs, comprometidos na França no diálogo inter-religioso, continuar nossos encontros, nossas relações e nossas trocas de opiniões”. Após os atentados de Montauban e Toulouse que atingiram de maneira particular a comunidade hebraica, “o medo novamente tomou conta da França”, afirmou o imã Gaci que também denunciou uma campanha de difamação sem precedentes contra os islâmicos.
E acrescentou: “os muçulmanos devem responder a estes inquietações dos franceses com dignidade e clareza. Devem defender a dignidade humana, combater toda forma de racismo” e “promover a cultura da paz e da convivência, favorecendo o diálogo entre as culturas e os crentes sem medo de cari no relativismo”. O Fórum terminou com a publicação de uma declaração final em que os responsáveis islâmicos e cristãos se comprometem em “testemunhar a alegria de crer em Deus e reconhecer Sua obra no crente de outra fé, acreditando que é um nosso irmão na humanidade”.

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