domingo, 26 de maio de 2013

Arcebispo quer maior cuidado na preparação da iniciação cristã




Braga – O arcebispo de Braga diz que o futuro da Igreja Católica, numa época marcada por um decréscimo no número de fiéis em Portugal, depende, sobretudo, de uma abordagem mais “séria” à iniciação cristã. Numa nota publicada através da internet nessa sexta-feira, D. Jorge Ortiga realça que a “mudança” de paradigma religioso na sociedade portuguesa aponta para a necessidade de formar “cristãos mais conscientes nas suas motivações”. Um objetivo que, de acordo com o prelado, só será atingido através da promoção de “uma nova mentalidade” entre aqueles que têm a responsabilidade de educar as comunidades na fé.

D. Jorge Ortiga teve ocasião de sensibilizar os sacerdotes para esta questão na quinta-feira, durante o último Conselho Presbiteral da Arquidiocese. O encontro reforçou a importância de se “promoverem” novas formas de iniciação cristã, que favoreçam por exemplo uma maior “acompanhamento dos pais que pedem o batismo para os seus filhos”. Para agilizar a definição de soluções, a Igreja Católica bracarense está neste momento a desenvolver “uma reflexão alargada ao nível de foranias e dos diversos departamentos pastorais” do território. A revelação foi feita pelo secretário do Conselho Presbiteral, padre Luís Marinho, que adiantou também que todas as reflexões e propostas recolhidas serão depois devidamente compiladas e publicadas.
No âmbito do próximo ano pastoral em Braga, que vai privilegiar o tema da “Fé celebrada”, o sacerdote deixou algumas sugestões para o reforço da dinâmica da iniciação cristã, como a aposta em “percursos de iniciação à oração” e em “retiros, quer ao nível de foranias, quer nos santuários arquidiocesanos”. Entre as outras questões abordadas durante a reunião, destaque para a realização de um ponto de situação relativamente ao fundo “Partilhar com Esperança”, que o Conselho Presbiteral criou há dois anos para apoiar famílias mais carentes.
De acordo com o padre Luís Marinho, entre janeiro e março deste ano foram disponibilizados cerca de “25 mil euros”, sobretudo para auxiliar as pessoas no pagamento de rendas de casa e despesas de água, gás e eletricidade. Um número que faz perspectivar uma “subida no número de pedidos” de apoio, já que em 2012 o fundo distribuiu “no total cerca de 80 mil euros”.
SIR/Ecclesia

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