sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Para cardeal de São Paulo, 'a vida vale'


São Paulo - Em seu mais recente artigo, o arcebispo de São Paulo, Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer, destacou a Semana Nacional da Vida, celebrada no mês de outubro pela Igreja no Brasil, onde recordamos a valorização e a proteção da vida.

No início de seu texto, Dom Odilo disse: "damo-nos conta da importância de todo ser vivente no complexo e delicado sistema da natureza que nos abriga e sustenta", pois, "de muitas maneiras, o ambiente da vida é agredido e a consequência é a perda de capacidade do ambiente para bem hospedar a vida".

Para o arcebispo, a Semana Nacional pela Vida é considerada "uma proposta para valorizar mais a vida humana", lembrando casos banais de violência e agressões à vida humana vivenciados pela sociedade atual.
 "A vida e a dignidade humana são aviltadas também no trabalho semi escravo, na guerra, no tráfico de pessoas para a exploração sexual e na escravidão das drogas. Passar pelas ´cracolândias´ e pelas ´ruas do sexo´ nas metrópoles brasileiras chega a ser deprimente e revoltante! Quem disse que são coisas de obscuros tempos do passado?", exclamou Dom Odilo.
Ainda segundo o purpurado, a vida também sofre uma desvalorização pelo fato de existirem pessoas que se encontram nas condições de pobreza e miséria. "Como pode uma cidade como São Paulo continuar a conviver diariamente com cerca de 15 mil ´moradores de rua´, sem que, aparentemente, nada seja feito para ajudar esses irmãos a embarcarem novamente no trem da história?", questionou o arcebispo.
Continuando, Dom Odilo tratou do aborto como sendo uma das agressões à vida humana. "Matar seres humanos inocentes e indefesos seria um direito humano? Ao se pensar na valorização e no apreço pela própria vida, também não se pode deixar de ter apreço pela vida do outro".
"Aquele ser humano que ainda não nasceu, mas já vive no seio da mãe, merece todo o respeito pela sua dignidade e pelo seu direito mais elementar, que é o direito a viver e de não ser suprimido por vontade de outrem".
Finalizando seu artigo, o purpurado esclareceu: "a vida é sempre um bem; o desprezo e o vilipêndio à vida são sinais de perda de humanidade. A vida vale mais que qualquer outro bem!".
SIR

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