quinta-feira, 14 de novembro de 2013

A verdadeira batalha é pela vida

 

Aos fiéis, papa Francisco descreve o batismo como o bilhete de identidade do cristão.


Um novo apelo pela paz na Síria e um convite à solidariedade com as populações filipinas atingidas pelo furacão Haiyan foram dirigidos pelo papa aos fiéis reunidos na praça de São Pedro no final da audiência geral de quarta-feira (13).

Ao expressar  a sua dor pelas crianças assassinadas na segunda-feira em Damasco, no bairro al-Qassām, na maioria de população cristã – onde projéteis de artilharia atingiram a escola intitulada a São João Damasceno e a igreja da Cruz – o pontífice convidou a rezar para que “não voltem a acontecer  tragédias como esta”.
E recordando logo a seguir o compromisso para levar socorro às vítimas das devastações nas Filipinas, afirmou: “São estas as verdadeiras  batalhas que se devem combater. Pela vida! Nunca pela morte!”.
Durante a audiência geral, que teve lugar na presença de dezenas de milhares de pessoas provenientes de diversos países do mundo, o Santo Padre prosseguiu as suas catequeses dedicadas ao Credo, falando do Batismo como “bilhete de identidade do cristão” e do seu “certidão de nascimento”. O dia em que fomos batizados – afirmou – é como “o segundo aniversário”,  porque “é o do nascimento na Igreja”.
Do mesmo modo, o sacramento da confissão pode ser considerado para o cristão um "segundo batismo", que recorda sempre o primeiro para o consolidar e renovar”. Quando "vamos confessar as nossas  fraquezas, nossos pecados, vamos pedir perdão a Jesus, mas também renovamos o batismo”, explicou o papa Francisco, acrescentando: "Isto é bom, é como festejar o dia do Batismo. Portanto a Confissão não é uma sessão numa sala de tortura, mas uma festa".

O pontífice recordou depois o significado do sacramento batismal como “lavacro de regeneração e de iluminação”. E por isso convidou a não o considerar “um acontecimento do passado”, mas “uma realidade viva” que continua a iluminar e a dar força: “Com o Batismo – recordou – abre-se a porta a uma novidade efetiva de vida que não é oprimida pelo peso  de um passado negativo, mas que já pressente a beleza e a bondade do Reino dos céus”.

Trata-se "de uma intervenção poderosa da misericórdia de Deus na nossa vida", que, contudo, "não tira à nossa natureza humana a sua fragilidade" e portanto não exime da "responsabilidade de pedir perdão todas as vezes que erramos".
L’Osservatore Romano, 14-11-2013.

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