quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Paróquias começam a divulgar questionário sobre a família

 

A publicação do questionário romano enviado no dia 18 de outubro em vista do Sínodo dos Bispos de 2014, por parte da revista norte-americana National Catholic Reporter no dia 30 de outubro, provocou uma confusão em nível mundial na Igreja, e em alguns lugares até foi posta em dúvida o seu porte real.

No dia 5 de novembro, o secretário-geral do Sínodo dos Bispos, o arcebispo Lorenzo Baldisseri, afirmou que essas perguntas devem ser divulgadas nas paróquias e nos movimentos católicos. Os bispos devem "canalizar" o seu eco. E também esclareceu: "Não queremos avaliações pessoais dos bispos, mas queremos saber o que as pessoas pensam e como vivem".

No mesmo dia, a Conferência dos Bispos da Áustria foi a primeira, entre os países de língua alemã, a divulgar o questionário online (www.bischofskonferenz.at ). Os bispos alemães, ao invés, tomarão uma decisão até o fim de novembro.

A Conferência dos Bispos da Inglaterra e do País de Gales já divulgou online o questionário, logo depois da chegada da carta de Roma, na forma de questionário ao qual é possível responder via internet. Com as palavras "Vocês podem participar ativamente da preparação do Sínodo", a Conferência Episcopal britânica apoia uma participação ativa dos fiéis na pesquisa online.

Antes da assembleia de outono da Conferência Episcopal austríaca no convento Michaelbeuern, o assunto "questionário" não havia sido posto entre os temas mais importantes, enquanto no comunicado de imprensa conclusivo, de repente, ele assumia o primeiro lugar.

No dia 1º de novembro, o secretário-geral da Conferência Episcopal, Peter Schipka, ainda não tinha definido o questionário como uma "prática normal". Ao contrário, no dia 7 de novembro, o cardeal Christoph Schönborn disse ao canal ZIB-2 que se tratava de "algo completamente novo", acenando ao ar fresco, ao "vento novo" que sopra na Igreja desde a posse de Francisco. Na sua opinião, Bento XVI também tinha a intenção de introduzir reformas, mas lhe faltavam forças para realizá-las.

A Secretaria Geral do Sínodo em Roma espera as respostas até o fim de janeiro. Por isso, os bispos austríacos pretendem discutir o documento e as perguntas até o fim do ano nos diversos níveis eclesiais. Paróquias, vicariatos e outras organizações eclesiais, assim como pessoas individuais, são convidados a tomar uma posição, de modo que derive daí um quadro completo e claro.

Além disso, também são envolvidos especificamente entidades, organizações e movimentos dos setores da família, da evangelização e do apostolado dos leigos. Os bispos diocesanos nomearão para as suas dioceses uma pessoa de referência que irá recolher as respostas. Os resultados, depois, irão formar um componente fundamental das posições dos bispos para o documento preparatório do Sínodo extraordinário e serão transmitidos a Roma por ocasião da visita ad limina dos bispos austríacos entre os dias 27 a 31 de janeiro.
JA – Die neue Kirchenzeitung, 17-11-2013.

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