quinta-feira, 10 de julho de 2014

Basílica da Penha será aberta após sete anos de obra




basílicaRestauradores acertam detalhes das obras no templo, que foi interditado por risco estrutural. Missas devem recomeçar em 45 dias
Depois de quase sete anos fechada, a Basílica de Nossa Senhora da Penha, no bairro de São José, voltará a abrir as portas aos fiéis. Mesmo com obras de recuperação das duas torres sineiras não concluídas, o templo passará a realizar atividades religiosas dentro de 45 dias. Restauradores e equipe técnica fazem os últimos ajustes nas instalações elétricas e cuidam da limpeza.
Um estudo em 3D para avaliar os danos nas torres está em fase de conclusão. Hoje, engenheiros, arquitetos e equipe técnica começam a examinar os danos na parte estrutural das torres na área interna da basílica. No próximo sábado, será realizada vistoria na área externa.
O arquiteto Jorge Eduardo Tinoco, especialista em restauração de monumentos e responsável técnico, explicou que os engenheiros e técnicos irão examinar o topo das torres com a ajuda de uma plataforma elevatória. “A situação é complicada por conta da sobrecarga e muitos anos sem manutenção.” A plataforma elevatória será levada para a frente da igreja na noite da sexta-feira.
10527544_909973149028865_4397290269651953494_nPara evitar um desabamento repentino, um dos sinos já foi removido da torre do lado da Rua das Calçadas. Segundo Tinoco, será realizada uma espécie de raio x para observar melhor os danos nas colunas de concreto. “Queremos ver como está a estrutura dos ferros por dentro das vigas”, esclareceu.
O arquiteto informou que a vistoria desse sábado será acompanhada por um grupo de engenheiros, que chegaram de São Paulo exclusivamente para avaliar os estragos. Quanto à remoção da sujeira do ambiente, o arquiteto informou que a limpeza precisa ser feita com bastante cuidado. “Teremos que retirar grande quantidade de poeira sem molhar, nem jogar produtos químicos porque pode danificar o piso histórico”, observou.
Segundo o reitor da basílica, frei Luís de França, a limpeza será feita por aspiração, o que impossibilita uma reabertura imediata. “Quanto mais aspiramos, mais poeira aparece. Mas esse processo evita que a poeira se empregne nas paredes e nos afrescos, que não podem ser aspirados.”
Até agora já foram investidos R$ 5,9 milhões na reforma, desde estruturas que ofereciam riscos de desabamento até a pintura de ornatos e reconstrução de imagens. Contudo, ainda faltam revitalizar os 16 altares laterais, o altar-mor, a Capela do Santíssimo e as pinturas sacras.
Saiba mais
Investimentos na obra
R$ 3,8 milhões
Captados através da Lei Rouanet de Incentivo à Cultura
R$ 1 milhão
Levantados através de campanhas e eventos realizados pelos capuchinhos
R$ 845 mil
Investimento do governo do estado através da Fundarpe
R$ 251 mil
Investimento da Prefeitura do Recife através da Fundação de Cultura

Reportagem: Paulo Trigueiro 
Fonte: Diario de Pernambuco

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