103. Na Igreja de Jesus Cristo, os discípulos
missionários procuram aprofundar-se no conhecimento da Palavra de Deus e dos
conteúdos da fé. Nela cultiva-se o discipulado, a aprendizagem, que tem seu
ponto de partida na iniciação cristã. “A iniciação cristã, que inclui o
querigma, é a maneira prática de colocar alguém em contato com Jesus Cristo e
iniciá-lo no discipulado” (DAp, n. 288).
104. Cinco aspectos fundamentais se destacam no processo
de formação de discípulos missionários:
a) O Encontro com Jesus Cristo: Aqueles que serão seus
discípulos já o buscam (cf. Jo 1,38);
b) A Conversão: Resposta inicial de quem escutou o Senhor com
admiração, crê nele pela ação do Espírito;
c) O Discipulado: A pessoa amadurece constantemente no
conhecimento, amor e seguimento de Jesus Mestre;
d) A Comunhão: O discípulo participa na vida da Igreja e no
encontro com os irmãos;
e) A Missão: A missão é inseparável do discipulado.
e) A Missão: A missão é inseparável do discipulado.
4.1. A Iniciação Cristã
105. A Iniciação Cristã dá a possibilidade de uma
aprendizagem gradual no conhecimento, no amor e no seguimento de Cristo. É uma
oportunidade de fortalecer a unidade dos três sacramentos da iniciação:
Batismo, Confirmação e Eucaristia e aprofundar o rico sentido entre eles.
Refere-se à primeira iniciação no mistério da fé, seja na forma do catecumenato
batismal para os não batizados, seja na forma do catecumenato pós-batismal para
os batizados não suficientemente catequizados.
106. Cada tempo e cada lugar têm um modo característico
para apresentar Jesus Cristo e suscitar nos corações o seguimento. “A admiração
pela pessoa de Jesus, seu chamado e seu olhar de amor despertam uma resposta
consciente e livre desde o mais íntimo do coração do discípulo”. A adesão a
Jesus Cristo implica anúncio, apresentação, proclamação (cf. CNBB, DGAE
2011-2015, n. 38).
107. Em outras épocas, a apresentação de Jesus Cristo se
dava através de um mundo que se concebia cristão. Família, escola e sociedade
ajudavam a se inserir na cultura, apresentando também a pessoa e a mensagem de
Jesus Cristo. Com as mudanças a realidade não é mais a mesma. Esta é a razão
pela qual cresce o incentivo à Iniciação à vida cristã, “grande desafio que
questiona a fundo a maneira como estamos educando na fé e como estamos
alimentando a experiência cristã”. Trata-se de “desenvolver, em nossas
comunidades, um processo de iniciação à vida cristã que conduza a um encontro
pessoal com Jesus Cristo”, atitude que deve ser assumida em todo o continente
latino-americano (cf. CNBB, DGAE 2011-2015, n. 39-40).
4.2. Catequese Permanente
4.2. Catequese Permanente
108. A formação tem ponto de partida, mas não tem ponto
de chegada, pois a formação é contínua, a catequese é permanente. As atuais
necessidades, urgências e desafios “requerem clara e decidida opção pela
formação dos membros de nossas comunidades, a favor de todos os batizados,
qualquer que seja a função que desenvolvem na Igreja” (DAp, n. 276). A formação
permanente é um elemento constitutivo da vida e missão do discípulo missionário
para que possa dar conta da própria esperança diante da realidade que o cerca,
comunicando-se, avaliando e deixando-se avaliar como instrumento transformador
da sociedade. A “missão principal da formação é ajudar os membros da Igreja a
se encontrar sempre com Cristo, e assim reconhecer, acolher, interiorizar e
desenvolver a experiência e os valores que constituem a própria identidade e
missão cristã no mundo” (DAp, n. 279).
109. “A catequese não pode se limitar a uma formação
meramente doutrinal, mas precisa ser uma verdadeira escola de formação
integral” (DAp, n. 299). Além do critério de uma formação permanente, o
Documento de Aparecida assinala que a mesma deve ainda acontecer de forma
atenta às diversas dimensões: a humana e a comunitária, a espiritual e a
intelectual, a pastoral e a missionária, num processo dinâmico e gradual, com
ternura e dedicação, pois para “chegar à altura da vida nova de Cristo,
identificando-se profundamente com Ele e sua missão, é um caminho longo que
requer itinerários diversificados, respeitosos dos processos pessoais e dos
ritmos comunitários” (DAp, n. 281).
4.3. Igreja: lugar de Animação Bíblica da Vida e da Pastoral
110. “Toda Escritura é inspirada por Deus e é útil para
ensinar, para argumentar, para corrigir, para educar conforme a justiça” (2Tm
3,16). Deus se dá a conhecer no diálogo que estabelece conosco. “Quem conhece a
Palavra divina conhece plenamente também o significado de cada criatura” (cf.
CNBB, DGAE 2011-2015, n. 44).
111. Vinculado à iniciação à vida cristã, o atual
momento da ação evangelizadora convida o discípulo missionário a redescobrir o
contato pessoal e comunitário com a Palavra de Deus, como lugar privilegiado de
encontro com Jesus Cristo. “Na alvorada do terceiro milênio, não só existem
muitos povos que ainda não conheceram a Boa Nova, mas há também muitos cristãos
que têm necessidade que lhes seja anunciada novamente, de modo persuasivo, a
Palavra de Deus, para poderem assim experimentar concretamente a força do Evangelho”.
Deste modo, iniciação à vida cristã e Palavra de Deus estão intimamente
ligadas. Uma não pode acontecer sem a outra, pois “ignorar as Escrituras é
ignorar o próprio Cristo” (cf. CNBB, DGAE 2011-2015, n. 45-46).
112. São vários os métodos de leitura da Bíblia. A
Conferência de Aparecida destacou a Leitura Orante como caminho para o encontro
com a Palavra de Deus. Nela, o discípulo missionário acolhe a Palavra como dom,
mergulha na riqueza do texto sagrado e, sob o impulso do Espírito, assimila esta
Palavra na vida e na missão (cf. CNBB, DGAE 2011-2015, n. 52).
113. O discípulo missionário compreende a expressão do
salmista, quando diz que a Palavra de Deus é luz para sua vida (Sl 119,105). Ao
fazer esta experiência, ele une profundamente sua palavra à Palavra de Deus.
Reza com a Palavra, reza a Palavra. Eis por que podemos dizer que a animação
bíblica de toda a pastoral vai além de uma pastoral bíblica especializada, quer
nos conduzir a uma iluminação bíblica de toda a vida, porque é um caminho de conhecimento
e interpretação da Palavra, um caminho de comunhão e oração com a Palavra, e um
caminho de evangelização e proclamação da Palavra (cf. CNBB, DGAE 2011-2015, n.
53).
4.4. A Inculturação
114. Fazer o Evangelho penetrar no dia a dia de um povo,
de modo que este povo consiga expressar sua experiência de fé em sua própria
cultura, é o que chamamos de inculturação. A inculturação é um processo que
“integra tanto a mensagem cristã como a reflexão e a práxis da Igreja” (RM, n.
52), conduzida pelo Espírito como uma exigência do seguimento de Jesus. Ser uma
Igreja inculturada significa assimilar o essencial da mensagem evangélica
respeitando os reais valores das diferentes culturas.
115. A formação dos discípulos missionários na Igreja de Jesus Cristo é sempre inculturada. “Com a inculturação da fé, a Igreja se enriquece com novas expressões e valores, manifestando e celebrando cada vez melhor o mistério de Cristo, conseguindo unir mais a fé com a vida e assim contribuindo para uma catolicidade mais plena, não só geográfica, mas também cultural” (DAp, n. 479). Por isso, na Igreja – a catequese, liturgia, a moral, as instituições etc. – tudo deve ser inculturado. A própria Igreja deve ser inculturada, a exemplo da encarnação de Jesus, o Filho de Deus, que vem do Pai e se insere na história humana, partilhando de sua fragilidade, marcada pelo sofrimento, pelo pecado e pela morte, assumindo-a para redimi-la. Na Galileia, Jesus assumiu o modo de viver, percebeu as potencialidades existentes naquele povo e naquela cultura, bem como as contradições e os conflitos e construiu, com os homens e as mulheres, o caminho do Reino de Deus (DAESC 2009-2011, n. 30).
115. A formação dos discípulos missionários na Igreja de Jesus Cristo é sempre inculturada. “Com a inculturação da fé, a Igreja se enriquece com novas expressões e valores, manifestando e celebrando cada vez melhor o mistério de Cristo, conseguindo unir mais a fé com a vida e assim contribuindo para uma catolicidade mais plena, não só geográfica, mas também cultural” (DAp, n. 479). Por isso, na Igreja – a catequese, liturgia, a moral, as instituições etc. – tudo deve ser inculturado. A própria Igreja deve ser inculturada, a exemplo da encarnação de Jesus, o Filho de Deus, que vem do Pai e se insere na história humana, partilhando de sua fragilidade, marcada pelo sofrimento, pelo pecado e pela morte, assumindo-a para redimi-la. Na Galileia, Jesus assumiu o modo de viver, percebeu as potencialidades existentes naquele povo e naquela cultura, bem como as contradições e os conflitos e construiu, com os homens e as mulheres, o caminho do Reino de Deus (DAESC 2009-2011, n. 30).
Paroquia nossa
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liturgica 2015 ano B
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